Os Viajantes escrita por MFR


Capítulo 3
Caius


Notas iniciais do capítulo

Demorei pra caramba, mas eu estou pensando em fazer umas mudanças, então...



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Espreguiçar, bocejar, esfregar os olhos, me sentar na cama e gritar para os meus empregados. Assim eu começava todos os dias.

Meu nome é Caius Jaime Rothesai Hamilton Lenox Buccleuch Roland Carlo Devius Pietro Loirrieri Escanvo Leomicas, tenho 14 anos, meu pai é primo do rei, em consequência minha família é uma das mais ricas da Escócia. Vivo em um castelo a algumas milhas de uma média e pobre vila. Não vejo ninguém que não seja meus empregados e professores durante o dia, meu pai em geral fica ocupado realizando trabalhos entediantes que eu infelizmente tenho aprender, minha mãe está sempre envolta de damas de companhia que fazem tudo para ela, desse modo eu acabo não vendo-os muito, mas eu não me importo. Devo admitir que prefiro estudar do que me submeter a meus pais, pois eles ainda estão acima de mim.

Agora é noite e eu estava deitado em minha cama dormindo, mas acordo ao ouvir múrmuros. Estava a ponto de mandar quem quer que seja se calar quando entendo parte da conversa.

– ...querem ele vivendo com vocês para sempre? - Alguém diz, um homem jovem provavelmente.

– A decisão já está tomada, Sal, se ele aceitar ele será um de nós. - A voz feminina diz.

Me levanto o mais silenciosamente possível e vou até a porta de meu quarto, abro uma pequena fresta e observo o corredor. Só era possível ver a sombra de três mulheres e o contorno negro de um rapaz. Abro mais a porta e o rapaz se vira em minha direção tendo seu rosto iluminado por um candelabro, assim pude perceber que ele vestia uma roupa toda negra que combinava com o cabelo preto preso na nuca, o jovem dá um sorriso desdenhoso e dobra o corredor sumindo de vista junto com as sombras.

Fico estático na porta, não só por ser a primeira vez que alguém me olhou daquela forma, mas por ele ser, sem sombra de dúvida, a pessoa mais imponente e bonita que eu já vira, e isso incluía reis, guerreiros, príncipes e nobres.

No outro dia, eu tentava me convencer que tudo havia sido um sonho, mesmo que algo estivesse me incomodando: Quem era a pessoa que eles de quem eles falavam? Eu tinha a terrível suspeita que era eu.

– Você esta muito distraído, pequeno mestre. - Meu professor de esgrima dizia.

– Hun, eu só estou cansado. - Digo apenas tentando dar uma estocada que o professor defende facilmente.

Eu nunca fui bom em esgrima, gostava de arco e flecha, minha mira era incrível.

Algum tempo depois eu pedi para parar, voltei ao meu quarto e de lá não sai nem para o jantar.

Me posicionei na sacada do quarto e observei as fracas luzes da vila que iam se acendendo com o anoitecer.

Queria esquecer a noite passada, esquecer o jovem e as mulheres que eu não vi o rosto, mas não conseguia. Eu via o sorriso dele toda vez que fechava os olhos.

Suspirando e puxando meus cabelos loiros vou para minha cama e durmo.

Era como se eu tivesse dormido por segundos quando sou acordado. Gritos preenchiam o ar junto com o som de estouros e batidas.

Me levanto na cama e procuro o manto aos pés desta.

Saio corredor a fora, tenho que dobrar três corredores e descer uma escada para encontrar alguém.

– O que está acontecendo? - Pergunto a uma serviçal segurava uma das damas de companhia da minha mãe.

– Pequeno mestre! - A dama de companhia me reconhece enquanto a outra responde.

– Estão invadindo o castelo, senhor, os aldeões estão saqueando tudo o que vêem pela frente! E matando também!

Demoro um momento para entender a informação.

– Vamos, temos que nos esconder. - Ordeno as mulheres.

Elas me seguem e eu pecebo que tinha algo de errado com a dama de companhia. Ela se machucara. Seguro a moça pela cintura ajudando ela a seguir em frente.

Posso ser uma pessoa fria e séria, alguém que não gosta de acatar ordens e de ser desobedecido, mas eu dava valor a uma vida. Se eu deixasse essas mulheres naquele corredor, onde cada vez os sons e gritos ficavam mais altos, elas com certeza se machucariam.

– Rápido, rapido! - Ordeno e elas se adiantam.

Os corredores que iam para as masmorras - onde eu julgava ser seguro - pareciam se alongar, até que finalmente eu avisto a porta que daria para elas. E entre nós e as masmorras dois aldeões tentando tirar os quadros das paredes.

Tento nos afastar o mais rápido e silenciosamente possível, mas a dama de companhia acaba por gritar ao ter que colocar grande parte de seu peso sobre sua perna machucada.

– É o príncipe! - Um dos homens me reconhece. Os dois homens vem para cima de nós.

Entrego a dama de companhia a serviçal que se afastam enquanto eu empurro uma das armaduras postas no corredor sobre o homem mais próximo.

O segundo homem tenta me atacar com um pedaço de madeira, mas eu desvio e corro.

Mas o homem que eu tinha empurrado a armadura me agarra pelo manto e me joga no chão.

– Agora você é todo nosso, principezinho. - O primeiro homem diz.

Tento me levantar, mas me chutam. Arfo ao receber uma paulada no queixo. Ganho chutes, socos e pisadas. Ouço as risadas deles. E então, tenho o vislumbre do pedaço de madeira e apago.



A dor que eu senti sumiu, mas eu não fazia ideia do que acontecia em minha volta. Abro os olhos, e continuo sem saber onde estava. Nada além de branco era visto. Tanto o chão quanto o alto, nem mesmo eu tinha sombra.

Me levanto meio tonto ao entender o que me tinha acontecido.

– Eu morri. - Constato.

Era a explicação mais plausível que eu podia pensar.

Abaixo a cabeça fazendo força para não chorar.

– É, você morreu. - Uma voz diz do meu lado.

Pulo de susto olhando para o lado. Meu queixo cai. Era o rapaz que eu vi naquela noite.

– Vo-você. - Gaguejo dando um passo para trás.

– O que foi? Parece que viu fantasma. - O jovem diz com um sorriso brincalhão.

Agora, no claro, eu podia vê-lo com clareza. Ele era alto, musculoso, seu cabelo preto solto devia chegar aos ombros, mas agora ele estava preso na nuca, ele tinha a pele muito clara e seus olhos eram verdes como esmeraldas. Era ainda mais belo e imponente do que eu tinha pensado ser.

Ao perceber que ele me encarava recobro minha postura.

– É claro que parece que eu vi fantasma. Eu estou morto e estou te vendo. - Digo friamente.

– É muito corajoso para alguém que morreu espancado por dois aldeões a pouco tempo. - Ele diz. Mas ele não parecia dizer para mim, ele só estava contando um fato.

O observo por um momento e então pergunto:

– Quem é você?

Ele olho para mim como se tivesse tão pensativo que tinha me esquecido.

– Meu nome Salazar. - Ele se apresenta esticando a mão. Eu não a pego.

– Salazar? - Pergunto.

– É, mas as Amazonas me chamam só de Sal também. - Ele diz.

Eu não sabia quem eram as Amazonas e nem se ele queria que eu o chamasse assim então só pego sua mão e a balanço em silêncio.

Ao perceber que eu não dizia nada ele sorri e começa.

– Eu não sou um fantasma, sou um Viajante. Estamos em uma divisa de dimensão que é o ponto onde duas dimensões se encontram, no caso entre as dimensões ALFA e BETA. As dimensões são criações de três espíritos chamados Vid, Temp e Espaci...

Então ele continuou a contar sobre as Amazonas, a ALFA, os primeiros espíritos de metais, a BETA, a morte dos espíritos, a criação das demais dimensões e a escolha dos Viajantes e seus poderes. E Salazar contou como as Amazonas queriam que eu fosse um Viajante como ele.

– Quer dizer que eu não estou morto? - Pergunto.

– Seu corpo está morto, mas sua alma agora está presa a Prata em uma forma física.

– Então estou vivo? - Pergunto confuso.

Ele revira os olhos.

– Sim, você está vivo. Mais alguma pergunta boba?

– Minhas perguntas estão totalmente de acordo se levarmos em consideração tudo o que eu passei nas últimas horas. - Digo sem emoção, sério como fui criado a ser.

– É, até que tem razão. - Salazar concorda. - Então, garoto, vai aceitar ser um Viajante? - Ele pergunta.

Eu não penso duas vezes, o que mais eu poderia fazer?

– Aceito. - Digo.

Salazar dá um sorriso acenando.

– Não se desespere. - Ele me aconselha. Fico confuso, por que eu ia me desesperar?

Então acontece, o mundo em minha volta gira, sou jogado de um lado para outra e então caio de joelhos sobre um superfície de pedra.

– O-oque? - Pergunto confuso ainda de joelhos.

Vejo os sapatos de Salazar na minha frente e ergo a cabeça, sendo momentaneamente cegado pela luz do sol.

– Bem-vindo a ALFA. - Salazar deseja esticando a mão para me ajudar a levantar.

Me apoio nele e olho em volta.

Uma floresta em volta de uma clareira onde a maior parte dela era coberta por uma placa de diamante branco, no canto da clareira uma mansão nova e limpa se encontrava.

– Certo, e agora? - pergunto.

Salazar ergue as sobrancelhas.

– Vem cá, você é sempre assim tão sério? - Ele pergunta.

– Fui criado para não expressar emoções. - Digo.

– Certo, então. Daqui a pouco vai escurecer, quer conhecer sua casa e amanhã o resto da dimensão e as Amazonas?

– Eu gostaria de dormir um pouco. - Peço.

Embora de agora em diante eu não precisasse dormir, o cansaço mental me obrigavam a tirar um cochilo.

– Claro, venha. - Salazar sorri e continua - O que eu vou fazer agora se chama Teleporte, a sensação é meio ruim, mas você vai se acostumar. Pronto?

Aceno. No próximo momento eu deixo de sentir o meu corpo, mas logo o momento acaba. Eu me sinto cair e sou segurado por Salazar que me põe no chão. Eu estava meio tonto, porém logo me recomponho e me levanto com ajuda de Salazar.

– Esta bem? - Ele pergunta meio preocupado.

– Estou. - Garanto mesmo que minha cabeça ainda girasse e eu não conseguisse focar minha visão.

– Logo você aprenderá a fazer isso e se acostumará, Teleporte é um ótimo meio de transporte.

Concordo com a cabeça e finalmente consigo olhar em volta.

Eu estava em um campo aberto, que começava em uma floresta e terminava numa pequena praia, na orla da floresta três pequenas casas de dois andares se erguiam.

– A minha casa é a preta, a sua é a branca e a marrom é para o viajante de bronze que as Amazonas ainda não escolheram. - Salazar explica. - Vamos entrar?

Concordo com a cabeça e vou na frente. Subo os degraus para a pequena varanda e abro a porta.

Por dentro a casa era decorada em tons de branco, a maior parte de uma parede era ocupada por uma escada, a cozinha era toda feita de porcelana, cerâmica e granito em tons claros.

A casa era menor do que eu estava acostumado, mas isso me agradou. Se uma vida nova me esperava eu acabaria por mudar o meu jeito de ser.

– O seu quarto é lá encima. - Salazar diz apontando para a escada. - Vou deixar você descansar, amanhã de manhã eu venho te pegar para conhecer as Amazonas, tudo bem?

– Tudo sim, tchau.

– Te vejo amanhã.

Eu queria só te-lo visto no outro dia.

Logo depois que ele foi embora, eu subi para os quartos - haviam dois - escolhi um que tinha um armário de roupas, peguei uma camisa e uma calça de pijamas e fui me deitar. Fiquei mudando de posição na cama até que desisto de dormir, me levantei e sai da casa. Primeiro eu fui até a praia, fiquei observando aquele calmo mar pensando como meus pais estavam com a minha morte, minha mãe talvez chorasse, meu pai vestiria as roupas de luto em consideração, mas não faria mais do que isso e ir no meu enterro, como segundo mais jovem irmão eu sabia que o caçula choraria, o segundo mais velho iria ao enterro e o mais velho não devia nem se importar.

Quando me afastei da praia já era noite, mas a lua iluminava bastante. Sabendo que não ia dormir tão cedo eu entrei na floresta indo em direção noroeste, logo que eu perdi as casas de vista eu encontrei uma clareira com só uma árvore grande e baixa nela, me sentei sobre uma grande raiz e fiquei olhando para o céu sem nuvens e sem estrelas quando um galhinho caiu mim. Olhei para cima e constatei que devia ter sido só o vento. Fechei os olhos, mas então algo bate com força em minha cabeça.

– Quem é você? - Uma voz grossa pergunta.

Olho em volta confuso e me ponho em pé. Não tinha ninguém na clareira então olho para a árvores, demoro um momento para perceber as duas vez empoleiradas num galho.

Eram duas coruja muito grandes, com a falta de luz eu só podia identifica que uma era branca e outra tinha penas das mais variadas cores - azul, rosa, verde, amarelo, vermelho, preto, laranja, etc.

– Eu perguntei quem é você!

Fico boquiaberto quando vejo que foi a coruja branca que perguntara.

– Ele é mudo? - A coruja colorida pergunta com uma voz doce e feminina.

– Como vou saber se ele não dizer! - A branca diz.

– Se ele for mudo não pode responder - A colorida retruca.

Continuo observando incrédulo.

– Ele não é mudo! - A branca diz.

– Então quem é você? - A colorida pergunta se virando para mim.

Tento, mas não consigo formar palavras.

– Ele é mudo. - A branca diz claramente aborrecido pela outra ter razão.

– Talvez não, ele pode ser burro. - A colorida muda de ideia.

– Não! Ele é mudo, eu sei saber quando alguém é burro, ele não é burro.

– Então ele deve ser um amigo de Sal. - A colorida fala.

– Você é amigo do Sal?

– Nã-nã-não. - Gaguejo tão bobo que até esqueci que Salazar usava o apelido de Sal.

– Se você não é amigo dele então da onde você veio? - A colorida pergunta.

– Eu corri. - Digo apontando para trás.

As duas corujas se olham.

– Você não é amigo de Sal e correu de lá... - A colorida raciocina.

– É um inimigo! Pega ele! - A branca grita alçando voo para cima de mim.

As garras da corujas rasgam minha camisa, mas não perfuram minha pele.

Começo a gritar tentando tirar a coruja de cima de mim, por fim consigo e pulo para dentro da floresta, indo na direção errada das casas na pressa.

As corujas me seguem do alto gritando insultos. Paro ao chegar na ponta de uma clareira, mas a colorida mergulha em minha direção e acabamos por cair enrolados

Ela logo se recupera e começa a me atacar com as asas, o outro nos acha e começa a ajudar a me bater. Eu nem sentia as garras, bicadas e tapas, mas aquela situação me enlouquecia.

Volto a gritar, agora com raiva, e então sinto elas se afastarem.

– O que está acontecendo aqui? - Alguém pergunta.

Abro o olhos e vejo Salazar segurando as duas corujas pelos pés, ele estava sem camisa, descalço e com o cabelo solto - meus cálculos estavam certos, o cabelo chegava aos ombros.

– Pegamos o inimigo, senhor! - A coruja colorida diz batendo continência.

– Que inimigo, criatura? - Salazar pergunta.

– O loiro mudo e burro. - A branca responde apontando com a asa para mim.

– Eu não sou mudo e nem burro! E não sou inimigo! - Digo recobrando a presença de espírito e me pondo de pé.

– Isso é o que você diz! - A colorida retruca.

– Urgh! - Urro de raiva jogando meus braços para cima.

Eu tinha total consciência que minhas roupas estavam em frangalhos e que tinha penas em meu cabelo, e também sabia que estava a ponto de pular em cima das corujas que Salazar mantinha presas pelos pés de cabeça para baixo.

– Esta tudo bem, ele não é inimigo. - Salazar diz segurando risos. - Esse é Caius, o mais novo Viajante. - Ele apresenta soltando as corujas que caiem em pé no chão e logo voam para os ombros de Salazar.

– Ah, nos perdoe então, senhor. - A colorida diz.

– É que pensamos que era um inimigo. - A branca fala.

Minha raiva se esvai, quando se é atacado por corujas gigantes e elas lhe pedem perdão, você aceita, principalmente se elas forem muito engraçadas,

– Tudo bem, estão perdoados.

– Obrigado, senhor! - A branca agradece.

– Muito obrigada e adeus! - A colorida diz e as duas aves se afastam.

Olho para Salazar.

– O que foi isso? - Pergunto.

Ele finalmente cai na risada.

– Sain e Deria são o primeiro casal de corujas criados por Vid, são muito sábios embora aparentem ser burros. - Ele explica parando de rir um momento.

– Obrigado por tirar elas de mim. - Agradeço.

– Tudo bem. Mas me diga, o que estava fazendo na floresta? - Salazar pergunta nos direcionado pela floresta.

– Eu não conseguia dormir. - Respondo.

– Leva um tempo para se acostumar com o novo corpo e entendo que deve ter muita coisa em sua cabeça.

Estava prestes a dizer que ele não podia entender quando me lembrei que ele podia sim.

– Como você morreu? - Pergunto.

Salazar parece meio pensativo e dá um sorriso triste antes de responder.

– Eu era um órfão que vivia nas ruas de uma cidade inglesa, estávamos em uma guerra e quando eu vi um soldado ir matar uma menininha eu pulei no lugar dela.

Ele teve uma morte muito melhor que a minha. - penso.

– O que aconteceu com a garota depois? - Pergunto.

– Ela morreu poucos anos depois doente, mesmo assim acho que valeu a pena te-lá salvo. - Ele diz.

Ficamos em silêncio até que eu pergunto:

– Por que as corujas não conseguiram me machucar?

– Nossa pele é muito resistente, mesmo aqui na ALFA onde podemos morrer é difícil algo que não seja metal nos machucar. - Salazar responde.

Continuamos em silêncio até que chegamos as casas, ele olha para a minha situação, deve ter se sentido compaixão, estala os dedos e eu fico limpo com a roupa arrumada e inteira.

– É melhor eu ir tentar dormir. - Digo, ele só acena e se vira para a casa dele. - Ah, Salazar. - Chamo e ele se volta. - Obrigado por tudo.

Ele sorri.

– Não foi nada, maninho. - Ele diz e desaparece dentro de sua casa.

Não percebo, mas entro em casa sorrindo.


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