Destinos unidos por tortuosos caminhos escrita por TMfa


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Cá estamos. Meia noite no fuso -4 o/. Espero que gostem. E para aqueles que são contra o Dan ser gente boa ( Não é dona Lolita?!) aguardem surpresas.



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ENQUANTO ISSO, FORA DA CASA DE LISBON
– Senhor, encontramos a garota. Ela está em Austin - afirmava um homem à meia luz em seu carro
– Excelente, mate ela. - ordenou outro ao telefone
– Não dá.
– Como não?!
– Não sei quantos são. Só sei de dois. O terceiro acabou de sair, mas falou muito com um deles. Não dá para saber qual, porque tinha uma parede na frente.
– Então só sobrou dois. Você já deu conta de mais de dois. - insistia o outro nervoso e tenso
– Não dá para ter certeza. Só vi saírem três, não sei quantos ficaram na casa. Não se preocupe, amanhã eu volto com um amigo meu. Damos conta de todos, a criança também.
– Espero mesmo - suspirou apressado o outro - Se essa garota lembrar de alguma coisa tudo vai por água a baixo. E você não vai receber de um preso!
DE VOLTA À CASA DE LISBON
Lisbon estava nervosa, distraída e preocupada. Ao mesmo tempo, tinha atenção redobrada com Amy, já a tinha enrolada na toalha e a esfregava enquanto a pequenina ria. É intrigante como, com uns poucos dias, o senso materno se desenvolve. Lisbon já disponha da atenção policial, contudo, agora conseguia exercer muito mais funções ao mesmo tempo.
– O que foi, Teresa? - indagou Amy com sua voz infantil
– Hm?
– Por que você está triste? É por que o Patrick foi embora? Fica triste não, eu fico com você - completou a menina abraçando-a com um sorriso
Lisbon retribuiu o carinho rindo muito da dedução da criança.
– Não estou triste não. E o Patrick tinha que ir.
– Então por que você está assim?
–Assim como?
– Assim... - Amy suspirou e olhou para o lado fingindo-se tristonha.
Lisbon pôs a mão direita no rosto rindo muito.
– Por nada, querida. Vem, vamos preparar para dormir - respondeu Lisbon a pegando no colo. Amy espirrou forte e Lisbon parou bruscamente - Se você ficar doente eu mato o Patrick - acrescentou com desespero.
– Se você matar ele como a gente vai poder brincar na chuva? - perguntou ela surpresa
– Você não brinca mais na chuva, ouviu mocinha? Com ou sem o Patrick.
Lisbon a levou para o quarto e a vestiu com tantas roupa que Amy mal conseguia se mover. A preocupação desviou o foco da desconfiança. De qualquer modo, não conseguiu dormir, a preocupação aumentou ainda mais quando pela segunda vez Amy espirrou. Foi quando todas as suspeitas sobre Dan foram esquecidas e ela pediu dele ajuda.
– Calma, não é nada. Ela espirrou duas vezes, no máximo é um resfriado, com muita água e descanso fica boa. - apaziguou Dan
– Tem certeza? Ela não vai ficar pior? Meus irmão quase não ficavam resfriados, quando ficavam não conseguiam levantar da cama - contestou Lisbon apreensiva
– Isso não é resfriado, é gripe. Amy só tem um resfriado, ela vai ficar bem.
– E tem diferença? - perguntou Lisbon em sua aflição
– Lisbon, quer se acalmar? Eu tenho uma filha da mesma idade, lembra? Eu acho que consigo distinguir um resfriado de uma gripe. Vá descansar que eu cuido dela, você está desesperada - disse Dan já preocupado com Lisbon em vez de Amy
Com essas palavras foi que Lisbon se acalmou, e quando a preocupação diminuiu a desconfiança voltou. Não permitiria que Amy saísse de sua vista, muito menos para ficar com Dan.
– Não precisa, ela dorme comigo. - afirmou saindo
– Lisbon - deteve-a Dan, Lisbon olhou para a mão dele a qual foi retirada - Desculpe. Lisbon, preciso que confie em mim, como vamos proteger a Amy se não contarmos um com outro?
Lisbon pensou um pouco, olhou para Dan e desviou o olhar.
– Eu vou para o quarto. Boa Noite.
Lisbon retornou ao quarto onde Amy, que havia tirado parte da roupa posta por Lisbon, estava à sua espera. Pegou seu celular e tentou falar com Cho, sem sucesso, para pedir informações sobre Dan.
– Teresa, por que o Patrick não quis ficar aqui? - perguntou Amy
– Ele bem que queria - riu Lisbon juntando as roupas que Amy tirou
– E por que ele não ficou?
– Porque ele tinha que voltar e ajudar na... - Lisbon lembrou-se com quem falava, deu um sorriso e reformulou - Ele tinha que voltar para casa.
– Ah! - reclamou - Onde é a casa dele? A gente pode dormir lá? Por que ele não mora aqui com você? - disparou Amy se pondo em pé sobre a cama
– Você faz muitas perguntas! - exclamou Lisbon repondo as roupas em Amy - Ele mora em um trailer, e ele não vai dormir aqui esses dias.
– Então ele dorme aqui? - perguntou Amy feliz - Por que esses dias ele não vai dormir?
– Não foi!... - Lisbon suspirou surpresa - Ok, chega de perguntas. Vamos dormir, você precisa descansar. - E então acrescentou para si mesma - Não sei o vou fazer se você ficar doente.
– Eu v...
– Chega de perguntas. Você vai dormir. - terminou Lisbon deitando e a aconchegando em seus braços. - Boa Noite
– Boa Noite, Teresa.
A boa noite de Lisbon ficou apenas no desejo. Amy não dormiu facilmente, tinha medo dos pesadelos e não confessou à Lisbon, a constipação ajudava a insônia. Com Amy acordada sua protetora não tinha sossego, e a preocupação só se dissipou quando a pequena dormiu, dando lugar à incômoda desconfiança sobre Dan.
Já passava da meia-noite quando Lisbon não se conteve e tentou pela segunda vez falar com Cho. Falhando novamente resolveu ligar para Jane, que surpreendentemente atendeu.
– Ei... desculpa te acordar...
– Não me acordou. Eu estou vendo a reconstituição da cena do crime no papel.
– Você com papelada?! Tinha motivo para chover tanto hoje.
– Muito engraçado, mas temos que resolver logo isso. Pela Amy, certo? - Jane ergueu a cabeça de cima dos papeis
– Obrigada por isso.
– Não tem de quê
Manteve-se o silêncio, os dois embebidos na melodia das vozes um do outro, até que Jane deu fim à pausa:
– Mas você não me ligou de madrugada para saber o que eu estava fazendo, ligou?
– Ah, não. V-você... você falou com o Cho? Eu tentei ligar para ele, mas ele não atende. - respondeu Lisbon sonolenta.
– Sim. Ele se irritou com a demora da balística e resolveu ficar lá até a polícia terminar.
– Ainda não terminaram?!
– Não, por isso Cho foi para lá. Ah, contei sobre o escorpião que a Amy lembrou. Fisher está investigando. São símbolos dos assassinos do cartel, você só pode tatuar um escorpião se tiver DEZ ASSASSINATOS pelo cartel - enfatizou Jane
– Eu sei... - suspirou Lisbon apreensiva
– Como soube?
Lisbon ainda moveu os lábios para explicar, mas seu instinto - sem a certeza se o de policial ou o recém-adquirido - dizia que não deveria fazer isso. Ela sabia que se Jane soubesse voaria para Austin sem nenhuma hesitação.
– Lisbon?
– Hm?
– Como soube?
– Soube do quê?
– Do... Esquece. Mas o que você queria do Cho?
– Se tinha alguma novidade. Sabe de alguma?
– Além da informação que Amy deu, nenhuma. E você?
– Amy está resfriada. E a culpa é sua! - respondeu Lisbon indignada
– Minha? Eu não faço chover - brincou Jane
– Haha. Acho bom não ser nada sério. Dan disse que é só um resfriado, espero que não aconteça nada de mais.
– Você está se saindo uma ótima mãe - sussurrou Jane rindo. Lisbon corou e desviou o olhar - Eu daria tudo para ver você vermelha agora.
– Quem disse que eu estou vermelha? Eu não estou vermelha - retrucou Lisbon corando ainda mais
– Oh, está sim. E aposto que está olhando para os lados.
– Oh, quieto! - repreendeu Lisbon - Eu vou dormir. Boa Noite
– Boa Noite. Eu te amo
– Te amo também.


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Notas finais do capítulo

Bem pessoas. Eu creio que esse seja o último capítulo que posto até dezembro. Talvez eu consiga tempo para escrever antes. Mas o provável é que eu volte somente no final do ano. Eu queria escrever toda hora. Mas não estou conseguindo, em resumo: Sem novo capítulo até dezembro. Deixem seus comentários sobre o que acharam e o que pode ser melhorado. Isso ajuda pakas.



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