Destinos unidos por tortuosos caminhos escrita por TMfa


Capítulo 5
Capitulo 5


Notas iniciais do capítulo

Oh eu aqui de novo, passei a manhã escrevendo. Feriado é uma coisa linda.



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EM LAREDO
– Alguma novidade? - pergunta Fisher vendo Cho se aproximar
– Nada, ainda não sabemos como os assassinos souberam da garota. Ela viu tudo de onde ela estava, mas eles não devem ter visto ela.
– E o Jane?
– Voltou para Austin. Quis conversar com a menina para ver se tinha alguma informação.
– Com a menina? - começou Fisher incrédula e irônica - Algo me diz que foi por alguém mais velha.
– Ele...
– Tudo bem, nós nos viramos por aqui. - interrompeu Fisher - Afinal, não estamos conseguindo muita coisa por aqui - acrescentou em um suspiro.
– É. A balística já chegou?
– Eles disseram que estão procurando no banco de dados se tem alguma coisa com sorte a arma vai estar registrada.
– Se for o cartel sorte não vai adiantar, eles são assassinos de aluguel, seria burrice usar uma arma registrada.
–A bala estava bem conservada, mais algumas horas e eles tem o resultado.
– Está demorando mais que o normal. - constatou Cho desconfiado
– Você tem razão. Se não chegar em duas horas eu vou pedir para encaminhar as balas para Austin. - concordou Fisher
NA CASA DE LISBON
Lisbon já estava exausta, fazia um bom tempo que os três brincavam ali. Até mesmo Dan começava a dar sinal de cansaço. Amy, porém, se mostrava cada vez mais enérgica.
– Como você consegue? - perguntou Lisbon a Dan já encostada no sofá
– O que?
– Dan, de novo. - pediu Amy se levantando das almofadas e pulando nelas
– Acompanhar esse pique. Estou morta - concluiu Lisbon deitando a cabeça
– Iven está nessa fase, acredite. Amy ainda é quieta compara a ela - respondeu ele rindo
– Dan. De novo - insistiu Amy
– Lá vai - obedeceu Dan perseguindo Amy por entre as almofadas espalhadas pelo chão.
O celular de Lisbon toca e ela o procura guiada pelo som.
– Patrick? Já está vindo? - perguntou ela atendendo
– Sim, já passei do meio do caminho, parei para comer alguma coisa.
– No meio do caminho? - surpreendeu-se Lisbon - Patrick, a quantos Km/h você veio?
Jane não respondeu, parou até mesmo de mastigar.
– Não muito - respondeu depois de uma curta pausa
– Aham. Quer saber, não me diz. Só... não morra, okay? - repreendeu ela irritada
– Prometo - concordou ele rindo
– Sério, Jane. Se você sofrer um acidente, e não morrer..., Eu mato você. - insistiu Lisbon aumentando o tom de voz e a afinando.
Jane não se conteve e caiu em riso, o que fez Lisbon formar um sorriso no rosto
– Tchau - desligou ela rindo
Jane voltou para a estrada e Lisbon para as almofadas.
– Okay, Amy. Já chega. Deixe o Dan descansar um pouco. - ordenou Lisbon a pegando no colo
– Aaah, mas ele não tá cansado, não é Dan?
Dan apenas a olhou, sorriu e se jogou no chão fingindo dormir
– Ele está cansado sim, Amy - riu Lisbon - Bem, lembra do que você me prometeu ontem a noite? Como condição para dormir comigo? - Amy assentiu um tanto desconfortável - Vamos para o meu quarto, lá você me conta. Acha que consegue?
Amy não concordou logo, não queria contar seu pesadelo, era assustador. Entretanto Lisbon estava com ela, então resolveu contar, em seu pensamento infantil imaginou que se Lisbon soubesse do monstro que a assustava poderia acabar com ele. Assim, as duas subiram até o quarto de Lisbon e se sentaram na cama.
– Teresa, eu to com medo - confessou Amy se pondo no meio da cama e tirando a mecha lisa de cabelo dos olhos com a costa das mãos
– Ei, não importa qual foi seu pesadelo, ele é só um pesadelo, não pode te machucar. Eu vou estar aqui, tudo bem? - Amy concordou meneando a cabeça - Antes de mais nada... Amy, seu pai apareceu no sonho?
– Apareceu. O monstro bateu nele e... - Amy não completou, engatinhou até as pernas cruzadas de Lisbon e abraçou o tronco dela.
– Espera
Lisbon se esticou um pouco e alcançou seu celular. Em alguns movimentos ágeis dos dedos pôs a gravar.
– Agora me conta desde o comecinho, não vou deixar te machucarem - ordenou Lisbon a pondo de costas para si em seu colo e a abraçando
– Foi assim. Meu papai tava andando comigo, aí nós voltamos pra casa, foi quando um monstro coberto de preto apareceu e chutou o papai. Outro monstro igual o outro apareceu também mas esse tinha um bicho grande desenhado no pescoço. - começou Amy
– Que bicho grande?
– Um com um rabo pontudo assim - e imitou com a mão a forma de uma flecha - e dobrado pra cima - dobrou o braço formando uma concha - cheio de linha no corpo e com umas patinhas atrás fininhas e outras na frente que nem o rabo.
– Como um escorpião?
– O que é escopião?
– É mais ou menos assim - Lisbon pegou uma bloco de papel e uma caneta que estavam na cômoda ao lado da cama e rabiscou um escorpião.
– É , que nem esse, só que o dele era todo preto.
– E depois?
– Depois ele bateu no papai de novo e um gritou: "Isso é por ser indo metido"
– Indo metido? - Lisbon pensou um pouco - Intrometido?
– É, isso aí. Aí o monstro sem o desenho no pescoço tinha uma mão com um buraco por onde saia fogo, ele jogou fogo no meu pai e eu fiquei com muito medo. Aí ele veio atrás de mim assim - Amy fez caretas e curvou as mão em forma de garra - Foi quando eu acordei.
Lisbon parou a gravação e em silencio virou Amy de frente para si. A pequenina, com os olhos suplicantes e molhados, a encarou. Lisbon a abraçou docemente e sussurrou: Não tenha medo, eu estou aqui.


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Notas finais do capítulo

Então, estou me empolgando :D



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