Destinos unidos por tortuosos caminhos escrita por TMfa


Capítulo 2
Capitulo 2




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Quando chegaram no hotel Fisher e Cho já os aguardavam. Lisbon entrou com a pequena franzina deitada em seu colo, as pálpebras de Amy escondiam seus olhos verdes, seus finos e lisos cabelos se escondiam no casaco de Lisbon, parecia que o sono tinha vencido o medo, já que seu singelo rosto aparentava calma.

– O que foi que aconteceu? - perguntou Cho preocupado

– Xii, ela dormiu faz pouco tempo. - repreendeu Lisbon acariciando Amy

– Acho melhor deixar ela em algum lugar. - aconselhou Jane

– Mas se ela acordar e não me ver vai ficar mais assustada ainda - contrariou Lisbon

– Então deixa que eu explico para eles. Fica com ela, depois eu vou ver vocês. - Jane pôs uma mecha de cabelo de lisbon para atrás da orelha - Teresa, você tem certeza que está bem? - acrescentou preocupado

– Sim, sim. Não tem com o que se preocupar. Vou levar ela para o meu quarto. - Respondeu Lisbon naturalmente dando as costas aos demais

Jane, Fisher e Cho foram para o quarto de Jane, enquanto Lisbon seguiu o que dissera.

– Por que aquela superproteção da Lisbon? Quem é a criança? O que aconteceu no prédio? - Disparou Fisher

– Calma. - pediu Jane - Nós estavamos esperando vocês, mas a Lisbon entrou no prédio. Eu não sei o que aconteceu lá. Mas dois homens invadiram a cena do crime. Teve tiroteio e fugimos de lá. A garota se apegou muito com a Lisbon, e vice-versa.

– Você disse que é a filha da vítima no telefone. Como a polícia local não encontrou a menina? - perguntou Cho

– Isso eu ainda não sei. Outra boa pergunta é: Por que deixaram testemunha? Se isso foi execussão por ele ter ajudado o FBI contratariam bandidos melhores.

– Talvez ela tenha se escondido. - argumentou Fisher

– Lisbon disse que ela viu tudo. Se eles não souberam dela na hora do crime, como souberam antes mesmo da investigação começar?

– É o que vamos descobrir. Cho, assim que o restante da equipe chegar comece a investigação. Mas não vá sozinho, não quero niguém correndo risco. Peça vigilância na cena do crime 24 horas. Eu vou ligar para a assistente social e o psicólogo infantil vir ver a garota. - Cordenou Fisher saindo do quarto

– Eu vou ficar com Lisbon. Ela disse que está bem, mas só parou de tremer quando já estávamos aqui no hotel - sussurrou Jane a Cho

– Acha que pode ser problema?

– Não. Foi só o susto, ela vai ficar bem. Mas quero ficar perto dela. - explicou Jane - e da garota também.

– Ok.

Lisbon estava no quarto olhando Amy deitada na cama. Tinha acabado de tomar um banho e vestir uma regata branca que deixava seus braços nus quando Jane bateu em sua porta.

– Oi, vim ver como vocês estão. - Disse Jane beijando de leve Lisbon

– Ela está bem. Ainda está dormindo e as vezes soluça - Lisbon olha ternamente a criança - Patrick, não podemos deixar ela, não depois de tudo que ela passou. - Acrescentou suplicante

– Eu sei. E você?

– O que tem eu?

– Teresa, você também passou por muita coisa hoje...

– Já passei por coisas piores, Patrick. Não tem com o que se preocupar - interrompeu ela com um sorriso calmo.

– ok. Entendi, você está bem - Jane se aproximou sorrindo - Mas sabe que eu te amo, e que estou aqui para o que precisar

– Eu sei. Te amo também - correspondeu Lisbon o abraçando

– O que foi isso? - perguntou Jane vendo no braço de lisbon um arranhão superficial porém grande

– Machuquei quando estava descendo as escadas de incêndio.

– Tem certeza? Está doendo? Pode ter sido uma bala - interroga Jane preocupado

– Achei que tivesse sido uma bala, mas se fosse estaria queimado, não arranhado

Amy se suspirou com resquiços do antigo choro. Os dois voltaram os olhos para a cama que parecia uma imensidão comparada ao corpinho da menina.

– Vamos fazer silêncio. É melhor deixar ela dormir mais um pouco - Disse Jane

Lisbon concordou com a cabeça e os dois se sentaram na cama lentamente, o que nem seria preciso devido a distâcia da ponta da cama ao início, onde Amy estava.

– O que ela disse para você? - começou Jane em um sussurro quebrando o silêncio de meia hora.

– Ela contou como o pai dela morreu, ela estava debaixo da cama. - recordou Lisbon com os olhos fixos em Amy

– Teresa, você sabe que uma hora ela vai ter que ir embora, ... não é?

– Eu sei. Só... só quero que ela fique bem.

– E eu quero que você também fique bem - disse Jane a abraçando e beijando o topo de sua cabeça.

Fisher bateu na porta do quarto e Jane a abriu.

– O que foi, Fisher? - perguntou Jane

– A assistente social está aqui com o psicólogo infantil.

– eles podem esperar mais um pouco? Deixar ela dormir mais uns minutos. - pede Lisbon

– Mais alguns minutos não vai fazer diferença. É melhor adiantar, assim ela vai superar mais rápido. Vai ser melhor para ela, Lisbon.

– Tem razão. Pode chamá-los, eu vou acordar ela.

– Ok.

Fisher sai do quarto enquanto Lisbon acorda carinhosamente a menina. Em poucos minutos Fisher volta com a assistente social e o psicologo.

– Quem são eles, Teresa? - pergunta a menina um tanto assustada

– são meus amigos, eles estão aqui para ajudar. Eles vão te fazer algumas perguntas, tudo bem? - Explica Lisbon maternamente

– Você vai comigo?

Lisbon olha ao psicólogo pedindo autorização.

– Oi, meu nome é Fred, eu sou amigo da Teresa. Eu queria falar com você sozinha, você deixa? - perguntou sorridente o psicólogo

A menina se agarrou ao corpo de Lisbon lentamente.

– Ela pode ir com a gente? - suplicou

– Tudo bem, acho que você vai se sentir mais disposta a falar com a Teresa do lado, não é? - respondeu ele depois de pensar um pouco

– Uhum

– Os demais podem sair, por favor? - pediu Fred

Jane, a assistente social e Fisher sairam do quarto e deixaram os três a conversar.

– Então, seu nome é Amy, certo? - começou Fred amigavelmente, Amy apenas acentiu com a cabeça - Quantos aninhos você tem?

– Três - respondeu representando também com os dedos

– Nossa três, que legal. O que você gosta de fazer, Amy? Gosta de desenhar?

E assim seguiu a entrevista sem que Amy saisse do colo de Lisbon. Enquanto isso Jane e Fisher conversavam com a assistencia social, que explicou a situação de Amy: O pai era o parente mais próximo, a mão havia morrido a 8 meses de overdose - fato que incentivou o pai a se tornar informante da narcóticos - não tinham registro da residência dos avós e ambos os pais eram filhos únicos.

– O que vai acontecer com ela? - perguntou Jane

– Se não localizarmos os avós até o fim da investigação ela vai para a adoção. Enquanto estiverem investigando Amy vai ficar sob tutela do programa de proteção a testemunha. Mesmo, que com 3 anos, os juízes não aceitem o testemunho dela.

Todos voltaram para o quarto, mas ficaram na porta.

– Então? - perguntou Fisher

– Ela está muito traumatizada, passou por tudo que abalaria até um adulto emocionalmente estável. Ela contou que a mãe morreu a pouco tempo, viu o pai morrer espancado e em menos de 24 horas esteve em um tiroteio. É muita coisa para uma criança de 3 anos, a agente Lisbon é agora a única coisa sólida em que ela vê segurança, tem medo de perder isso.

– Pobre alma - suspirou a assistente social.

– O que vão fazer com ela? - perguntou Lisbon sempre checando pela porta como se comportava a pequena.

– Vou levá-la para o programa de proteção a testemunha. Vai ficar confortável em uma casa com outras crianças.

– Isso não é bom. Ela precisa de muita atenção, dividir isso com outras crianças pode piorar o estado emocional dela.

– Ela não tem parentes? Tios, tias? Qual o endereço de ela vai ficar? Não tem como deixar ela com uma pessoa só? - despeja Lisbon

– Por que não deixam ela com a Lisbon? - sugere Jane

Todos o olham sem contra-argumentos.

– A casa da Lisbon é em outra cidade, ficaria longe do perigo, ela mora sozinha então daria muita atenção para ela. O senhor mesmo disse que Amy a vê como fonte de segurança e acredite em mim, ninguém tem coragem de invadir a casa da Lisbon enquanto ela estiver lá. - continuou Jane

– Teresa, vem ver o que eu desenhei! - Chamou a menina de dentro do quarto

– Com licença - saiu Lisbon em direção de Amy

– Ele tem razão, a agente Lisbon também se apegou a garota. Seria até bom deixar ela manter essa relação até a menina superar aos poucos o trauma. - concordou Fred.

– Mas e a questão do contraturno? Mesmo assim precisaria ter mais alguém para que a agente Lisbon pudesse descansar, além do armamento para manter a segurança. Eu conheço esse cartel, senhores. Eles encontram quem eles querem matar, e não se importam se são criancinhas ou se o juiz vai aceitar o depoimentos delas, matam sem dor nem piedade - Explicou a assistente social muito séria

– Lisbon tem armas de sobra. Ela guarda até uma no banheiro! - afirmou Jane

– Mesmo assim, vou pedir mais dois agentes para ajudar na proteção.


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Notas finais do capítulo

Estou pensando se faço mais uma ação, ms ai é pra estourar o psicologico da crianç, né?



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