Blind Captain Swan / Capitulo 2 - Chegando em Storybrooke

*-*

–Nossa - Emma ergueu o corpo dolorido com dificuldade - Minha cabeça parece que vai explodir...

Ela suspirou de cansaço. Mesmo que tivesse dormido que nem uma pedra, parecia que havia passado a noite em claro, tentou lembrar-se da noite passada mas apenas pedaços vinham até sua mente.

Suspirou pesadamente, e só então começou a reparar no quarto a sua volta.

Aquele, definitivamente não era seu apartamento.

A loira franziu o cenho.

"Tem alguma coisa errada"

Levantar-se-ia para vasculhar a casa desconhecida, mas seu corpo doía demais para qualquer coisa. Estava tudo devidamente arrumado, nada jogado pelo caminho ou coisa parecida, a sua volta, apenas um criado mudo e um guarda roupa de solteiro.

"Nenhum espelho" Pensou consigo mesma afinal quem não tinha um espelho?

Foi só então que olhou para o lado vendo o espaço na cama intocável.

"Dormi sozinha, disso eu tenho certeza".

"Toc, toc, toc"

Alguém bateu a assustando.

–Posso entrar? - Uma voz masculina estranhamente familiar perguntou.

"Droga, devo estar descabelada!"

–Pode - Respondeu receosa.

A porta rangeu ao ser aberta, e o homem da noite passada passou pela mesma sorridente com uma bandeja em mãos.

–Bom dia flor do dia, você apagou totalmente ontem a noite, pelo que me pareceu você tinha começado a beber muito antes de eu chegar.

–É... - Respondeu ainda sem entender o que estava acontecendo - Tanto que não me lembro seu nome.

Ele se sentou ao pé da cama sorrindo mais colocando a bandeja com café da manhã a frente.

–Imaginei que não se lembraria, Killian Jones.

–E onde estamos?

–Na minha casa, e você no quarto de hospedes, digamos que me deve uma depois de ter te carregado até o sétimo andar. Estamos sem elevador desde semana passada. Acho que perdi uns três quilos.

Emma se controlou para não rir.

–E isso ai é pra quem? - Jogou os olhos na direção da bandeja.

–Precisa me dizer a que se refere querida - Ele bateu o dedo indicador na haste do óculos escuros - Não posso ver lembra-se?!

Emma fechou os olhos se xingando mentalmente.

–Desculpe, eu me referia à bandeja.

–Sua - Ele voltou a sorrir - Tem compridos para dor de cabeça ai perto do café, recomendaria que tomasse antes de sair escondido quando eu me retirar.

"Mas como é que ele..."

Killian sorriu singelo, levantou-se e caminhou a passos lentos até a porta, parando diante da mesma e voltando sua atenção a Emma.

–E Swan?

Ela voltou os olhos a porta assustada.

–Espero encontra-la de novo qualquer dia desses

(...)

–Mas onde é que você estava? - Stefani jogou os braços para o alto desesperada - Liguei umas dez mil vezes no seu celular ontem a noite e nada, na sua casa, nada além de um menino desconhecido, e você me aparece na hora do almoço?! Onde foi que você se meteu?

–Desculpa Stéh - Emma passou as mãos pelo cabelo nervosa enquanto arrumava a papelada em sua mesa - Mas eu passei por uma série de imprevistos ontem, dentre eles, ficar bêbada, desmaiar, e acordar na casa de um desconhecido.

–Como é? Qual o nome dele?

Emma ergueu os olhos descrente.

–Depois da minha explicação resumida, a única palavra que você escutou foi desconhecido?

–É claro - Colocou as mãos na cintura como se fosse obvio - Não te vejo com um homem desde... Sempre.

–Não é pra tanto...

–Com certeza é. - Mas ainda não me respondeu a minha pergunta.

–Killian.

–Killian?! Que nome mais incomum, ele trabalha com que?

–Eu sei lá.

–Não sabe nem com o que ele trabalha e já foi pra casa dele? Mulher estava tão desesperada assim?

Emma fechou os olhos contando até 5.

–Pelo amor de Deus Stefani, é claro que não. Eu não dormi com ele, mas na casa dele,no quarto de hospedes.

–Hum - Stefani sorriu de lado enquanto se sentava - Se ele tem um quarto de hospedes é por que tem dinheiro.

Emma revirou os olhos.

–Não importa, vou viajar.

–Viajar? Pra onde? Você? Emma Swan, a mulher que eu nunca vi tirar férias? Tá bom, me engana que eu gosto.

–É sério, Richard disse que posso ficar fora o tempo que precisar.

Stefani se inclinou sobre a mesa cochichando.

–Ele só diz isso por que já tem um bom tempo que ele quer te levar pra cama.

Emma sorriu para os papeis.

–Eu sei, por isso vou abusar o quanto conseguir. Preciso ir a uma cidade chamada Storybrooke.

(...)

O dia fora mais agitado do que Emma esperava, saindo do trabalho as pressas durante o almoço, precisava saber se o moleque que se declarava seu filho comera algo, afinal ela passara a noite e a manhã toda fora.

–Que bom que apareceu Emma! - O menino sorriu de orelha a orelha - Fiquei começando a pensar que tinha acontecido alguma coisa.

Emma com toda certeza não estava acostumada a ser bem tratada daquela maneira.

–Não há nada com que se preocupar menino, vou te levar pra casa pode pegar suas coisas.

–Meu nome é Henry. - Sorriu de orelha aorelha ao colocar o cachecol vermelho sobre os ombros e pegar a mochila já preparada de trás do sofá logo ao desligar a TV. - E não se preocupe, eu lhe mostro o caminho.

Emma torceu o nariz.

"Como ele sabia que ela não encontrara indícios da tal Storybrooke?"

–Você comeu algo? - Disse enquanto trancava o apartamento e suspirava.

–Eu fiz um lanche.

–Ótimo, vamos embora.

(...)

Fora mais rápido chegar até a cidade pequena do que pensara, e se surpreendeu com a simplicidade das pessoas conforme dirigia seu fusca amarelo, parecia mais uma cidade congelada no tempo.

–Onde você mora moleque?

–Sou filho da prefeita. Moramos naquela mansão - Henry esticou o braço para uma casa mais ao fim da rua - Ela é a Bruxa Má.

–Não deveria falar assim dela, ela é sua mãe, tenho certeza de que tudo o que ela faz é para o se bem.

–Pode até ser, mas ninguém na cidade gosta dela.

Emma estacionou o carro.

"Pronto, agora vou ter de encarar uma mãe adotiva furiosa".