Ela chegou em casa irritada louca para ouvir musica, Slipknot de preferência sempre que estava com raiva gostava de ouvir algo que á libertasse de toda a angustia. Quando estava perto ao aparelho de TV se depara com seu irmão Wiliam vendo á um clipe do Tokio Hotel.

 - Por que meu irmão lindo e querido ouve essa banda de garotas? –Indagou Mirelly rindo da cena. Wiliam prestava atenção em cada verso da musica “Automatic”.

 - My já disse mil vezes que essa banda é super talentosa, se não gosta respeita. – Falou o outro irritado.

 - Ai, mas não posso ver meu irmãozinho querido perdendo tempo nessa porcaria, olha esse cara que se diz vocalista, só falta se assumir. – Disse a outra se sentando no sofá às gargalhadas.

 - É um homem, que ta pouco se lixando pras opiniões vazias de gente que pensa como você. – Disse o outro saindo da sala e jogando o controle da TV no sofá.

 - Talentosa onde? – Indagou Mirelly á si mesma ainda vendo ao clipe. No clipe Bill olhava com ternura enquanto cantava: “There's no real love in you, There's no real love in you, There’s no real love in you, Why do I keep loving you?” ela observava cada gesto, cada olhar dele o que a fazia sentir algo que não sabia explicar o que era, tratou de mudar de canal, e colocar psychosocial pra tocar.

- Sua diretora me ligou, o que pensa da vida garota? – Indagou D. Laura entrando na sala desligando o aparelho de som.

 - O que penso? Penso que essa não é a vida que quero pra mim, penso que to farta dos seus sermões, e penso que to pouco me lixando pra diretora, satisfeita? – Disse Mirelly entrando em seu quarto deixando apenas seu rosto para fora.

 - Não terminei, não pense que vai deixar falando sozinha. – Disse D. Laura tentando abrir a porta.

 - Não to pensando já deixei. – Disse My por fim fechando a porta e a ligar o som novamente. Sua mãe gritava algo do lado de fora que ela não fazia questão de ouvir.

 - Não é essa a vida que quero pra mim – Disse Mirelly á si mesma deixando uma lagrima silenciosa percorrer por sua face. O telefone toca e a moça vai pronta a atende-lo.

 - My, é você – Indagou uma voz conhecida.

 - Bruna, gatona como você ta minha irmã? – Disse Mirelly após reconhecer a voz de sua irmã.

 - Bem eu to muito bem, mas você eu acho que não, percebi pela sua voz. – Continuou a outra carinhosamente.

 - Você me conhece não é mesmo? - Riu a mais nova.

 - Á quase dezessete anos mocinha o que houve? – Perguntou a mais velha preocupada.

 - A banda ta numa crise e também tem as brigas com a D. Laura. – Disse a outra com um ar tristonho.

 - Eu sei, sei como é discutir diariamente com a mamãe, foi por isso que me casei cedo, e a banda é só uma crise, sei que ainda vou te ver brilhando em todo o mundo. – Animou a mais velha.

 - Você me faz bem. – Disse a outra em um tom quase inaudível.

 - Você e eu nunca nos sentiremos sozinhas, sempre teremos uma á outra minha irmã.  – Falou a mais velha emocionada.

 - E nada vai nos separar. – Concluiu a mais nova.

 - Eu te amo muito conta comigo. – Disse a outra firmemente.

 - Sempre. – Terminou a outra com lágrimas nos olhos.