My Sky Angel escrita por Snowflake


Capítulo 22
Capítulo 21 - Hans


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora! Ando com muito trabalho que não tive muito tempo para postar! Começarei a postar um capítulo por semana! Espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/505845/chapter/22

Acordei com uma enorme dor de cabeça. A luz do sol que irradiava o quarto era bastante forte o que me fez fechar os olhos no segundo em que os abri.

– Hans – Kristoff chamou-me e lá consegui entreabrir um olho.

– Sim? – perguntei devagar com a voz rouca. Parecia que tinha tambores na minha cabeça.

– Levanta-te. Já são horas.

Sentei-me pois não me consegui levantar. As minhas movimentações davam-me tonturas o que me fazia ver tudo à roda e fazer os tambores tocarem mais alto.

– Dá para fechar um pouco a janela? – questionei agarrando a cabeça tentando diminuir o barulho.

– Porquê? – ele perguntou e eu senti uma pontada aguda na cabeça.

– Shhh – pus o dedo no lábio – fala mais baixo.

Kristoff foi fechar as persianas e a luz diminui consideravelmente. Abri os meus dois olhos. Só uma pequena luz entrava pela janela o que dava uma claridade agradável. Ouvi uma risada de Kristoff.

– Shh – protestei. Além dos tambores tinham acrescentado os pratos à orquestra.

– Tu estás de ressaca? – ele perguntou e eu acenei levemente. Não valia a pena mandá-lo falar mais baixo.

A parte pior de te embebedares não é o ficares bêbado. É o segundo dia. A consequência. A ressaca. Eu já tinha jurado nunca mais beber. Beber era o que ajudava contra os pesadelos que eu tinha com os meus progenitores. Houve uma altura que eu ficara de tal maneira descontrolado que as minhas irmãs tiveram que me ajudar. A partir daí nunca mais bebera mas ver Elsa a mutilar-se fez-me lembrar o quão perto eu também estivera. Cortares-te e veres o sangue a jorrar livremente. Ansioso por sair e fazer esquecer os nossos problemas.

Instantaneamente levei um dedo ao pulso. Só o fizera uma vez mas quando o fizera deixara marca. Uma pequena cicatriz rosada que só se notava se olhássemos com atenção.

O conteúdo do meu estômago quis subir à boca. O quarto rodopiava à minha volta inclusive Kristoff.

– Tem aí algum comprimido para dor de cabeça e enjoos? – perguntei roucamente.

Kristoff foi à casa de banho e eu deitei-me tentando controlar a sinfonia dentro da minha cabeça. Eu estava a delirar. Os tambores batiam sem parar e ritmicamente. Eu acabara de ouvir um trompete? Eu só podia estar a delirar.

– Cá está – ele ofereceu-me dois comprimidos e água que eu engoli de boa vontade.

– Eles têm tudo aqui! – ele disse passado algum tempo – Até caixinha de primeiros socorros.

Eram de efeito rápido. A sinfonia diminuiu gradualmente assim como os rodopios. Pus a mão debaixo da almofada e senti algo suave. Era uma pena e as memórias da noite anterior vieram aos bocados num flash. No final de tudo apenas reti uma coisa. Elsa beijara-me? Não parecia muito dela beijar uma pessoa. Enfim. Não podia dizer que não tinha gostado. Fora espetacular. Guardei a pena numa gaveta.

Saímos e fomos ter com os nossos hiddicks. Os outros já estavam lá.

– Calíope – falei quando vi uma gatinha malhada a correr para mim. – Também senti saudades tuas – sussurrei-lhe.

O meu olhar caiu para três raparigas juntas. Anna, Merida e Elsa conversavam animadamente. Pareciam que tinham feito as pazes.

– Então? – perguntei em saudação.

– Hans – Anna cumprimentou-me e o seu hiddick piou animado. Merida sorria para mim, obviamente feliz. Já Elsa corava e desviava o olhar. Parecia que se lembrava da noite anterior. Sorri. O seu hiddick olhava-me com um olhar inquisidor.

– Os remédios já atuaram Elsa? – Merida perguntou e a loira esbugalhou o olhar.

– Sim, já – ela tartamudeou claramente envergonhada.

– Remédios? – sentia-me incrivelmente bem em deixa-la desconfortável.

– Elsa estava meio adoentada esta manhã! – Anna explicou – com tonturas e enjoos.

– Tonturas e enjoos – repeti a sorrir e recebi um olhar fulminante e dois olhares surpreendidos da forma como nos estávamos a comportar.

– Okay – Anna tenta esclarecer-se – aconteceu alguma coisa entre vocês que nós não sabemos?

– Não.

– Sim.

– Não ou sim?

– Não – ela diz e olha para mim intensamente. Anna olha para mim à espera de resposta.

– Não – digo em sinal de rendição.

Fomos andando até ao refeitório. Owen veio ter connosco assim como Astrid.

–Então hoje nós os dois seremos só vossos – ele disse – perguntas, tours ao campus, é só dizer, está bem? Nos pegaremos a vocês como lapas! Ao final do dia vocês nãos nos vão querer ver mais pela frente.

Todos sorrimos. O campus tinha um ambiente calmo e sossegado. Não faltava diversão e havia uns quantos edifícios que eu queria conhecer.

– Owen, Astrid – Merida chama – porque é que aquele anjo tem pintinhas pretas nas asas?

– Esperava perguntas mais fáceis – Astrid disse – aquele é o símbolo dos feiticeiros. Há anjos, embora sejam um pouco raros, que conseguem fazer, - ela explica com as mãos tentando achar a palavra certa – magia.

Owen vê os nossos olhares confusos e sorri.

– Nas terras Dufins e Weerfins vocês nunca os viram pois os vossos Reis tentam esconde-los ao máximo. Essas pintinhas são reveladas a partir dos quinze anos, no último dia do ano. – ele pensa um bocado – que será daqui a poucos dias. Nesse dia as tropas do Rei costumam visitar as casas e arrancam praticamente o membro que tiver essas pintas. Uma família que tiver um filho assim nunca mais o vê. O Rei pega neles e põe-nos a seu serviço sobre ameaças. Depois obriga-os a terem filhos com outros feiticeiros para que a probabilidade de este ser feiticeiro ser maior. Bem, se não calhar… - a sua voz esmorece.

– Mais alguma coisa? – Astrid pergunta tentando quebrar o gelo. Ninguém fala.

– Existem alguns edifícios que nós não conhecemos – pronuncio-me.

– Como o quartel? – Owen pergunta espicaçando os nossos olhares de curiosidade.

– Temos lá aulas que nos ensinam a defendermo-nos com armas e a corpo a corpo. Não são obrigatórias a não ser que queiram subir o estatuto.

– Sim, vocês estão no patamar mais baixo a seguir a terem asas. Rapaz/Rapariga Anjo e o vosso apelido. A partir daí vão aumentando e diferenciando de patamares. Existe o Guerreiro Anjo, o Feiticeiro Anjo, entre outros.

Chegamos a um edifício de campo aberto. Havia uma pequena casinha onde entramos.

– Estejam à vontade. Só não podem mexer nas caixas que têm nome.

A casinha estava armada até aos tijolos. Tinha todas as armas que podias imaginar desde facas a arcos e fechas. Também havia escudos e armaduras.

– Tomem. - Ele ofereceu-nos um colete e um capacete a cada um. Pegou em oito caixas e dispô-las por ordem. Depois de por os nossos nomes falou.

– Estas caixas são vossas. Aí vão por o que vos acabei de dar e as vossas armas. Quando se adaptarem a uma arma falem com o Ferreiro Anjo Harrison que ele faz uma para vocês. Se não souberem não faz mal ele costuma ter um palpite bastante acertado. Caso precisem de ajuda o Instrutor Anjo Miles estará lá fora. Estejam à vontade! – e tanto ele como Astrid desapareceram da vista com duas espadas em punho.

– Ei Hans! – Jack chamou-me – Vai um combatezinho?

Peguei também numa espada e fomos para o campo. Pusemos as espadas em riste e atacamos.

As nossas espadas atacavam com precisão e força. Sempre a defender e a atacar. Senti que os outros nos estavam a olhar. Ataquei mas ele defendeu-se com aquele sorrisinho desafiador. Ele atacou-me e eu defendi. Outro ataque. Esquivei-me. Começou-me a atacar sem perdão. Eu só ouvia o barulho entres as espadas. Era como música. Ritmada e melódica. Contra ataquei quando o senti fraquejar. Tás. Ele defendeu. Tás. Era o único barulho que penetrava pelos meus ouvidos. Parecíamos que estávamos a dançar. Passos precisos e elegantes. Os movimentos das espadas pareciam coordenados. Era uma dança mortífera. Sem contar ele baixou-se e tentou tocar-me com a espada na perna. Eu saltei e rebolei naquela relva alta e fofa. Ele veio para cima de mim e segurei a sua espada contra a minha.

– Desiste Hans – ele disse com o seu sorriso de vitória. Eu sorri também e empurrei-o com as pernas.

Ambos perdemos as espadas mas o curso tinha mudado. Agora eu estava em cima dele ambos a ofegar e com fios de suor a correr pela cara.

– Acabou! – Hiccup disse batendo palmas para nós prestarmos atenção. Saí de cima dele e estiquei-lhe a mão. Ele aceitou.

– Bom combate.

Merida já estava armada com um arco e Kristoff com uma espada. Os outros, nem por isso. Parece que íamos começar a ver qual os seus talentos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Com que armas acham que os nossos heróis devem ficar? Digam o que estão a achar nos comentários! Mais ao menos uns 10 capítulos a fanfic acaba!
Espero que tenham gostado do capítulo!
~-...-~
Terras Dufins - Rei Lufhins - Asas Azuis
Terras Weerfins - Rei Adnis - Asas Amarelas
~-...-~
❄Abraços,
Snowflake❄



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "My Sky Angel" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.