My Sky Angel escrita por Snowflake


Capítulo 20
Capítulo 19 - Anna


Notas iniciais do capítulo

Cá estou eu com mais um capítulo! O segundo maior até agora! Estou inspirada... Boa leitura!



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Acordei com Elsa a olhar para mim e a sorrir. Instantaneamente sorri também. Sou surpresa com o seu abraço.

– Tu estás bem! – ela exclama e eu olho em frente onde tinha sete pessoas a olhar-nos estupefactas.

– O que aconteceu? – disse eu quando me soltei do seu abraço.

– Bem, tu desmaiaste cheia de febre e estavas entre a vida e a morte – Kristoff resumiu. – Como acordaste acho melhor a Elsa contar-te.

Sentia-me bastante cansada mas não parei de observar a jovem mulher que me observava.

– Não sei há quanto tempo estou assim. Só sei que se falaram comigo eu não me lembro – disse – por isso eu não faço a mínima ideia quem é a senhora.

Aquilo fez com que ela se risse e eu olhei-a de sobrancelhas erguidas não compreendendo o motivo.

– Explicam vocês isso que eu tenho que ir – ela justificou-se – Rapaz anjo Grey! – ela chamou e um rapaz apareceu ali – importas-te de lhes mostrar os dormitórios? Estão a precisar de um banho – ela sorriu para nós e foi embora.

– Sim, minha senhora – o rapaz respondeu.

Olhei para Elsa que olhava para mim feliz. Depois o meu olhar seguiu a corrente que pendia no pescoço de Elsa. Era um colar com uma asa amarela. Era-me estranhamente familiar e logo eu percebi o porquê. Olhei para baixo. O meu colar com uma asa azul estava exposto. Era dos meus pais. Isso queria dizer que…

– Não… - eu comecei.

– Sim… – ela olhou para mim e deu um pequeno sorriso.

– Irmãs? – eu perguntei e ela assentiu.

Uma estranha sensação invadiu-me. Eu e Elsa éramos irmãs. Sorri com um sentimento de felicidade a correr por mim.

Ouvi um pigarrear. Merida olhava para mim e para Elsa com um olhar estranho. Estaria ela… com ciúmes?

– Vamos? – ela pergunta cortante. Sim, ela definitivamente estava com ciúmes mas não percebi o porquê.

Levanto-me e olho para as minhas roupas. Não as conhecia. As minhas outras estavam rasgadas e com sangue de Kristoff. Lembro-me do que acontecera antes de desmaiar. Ver Olaf a cair e aquela forte pontada no peito. O frio e o calor a alastrarem-se pelo meu corpo. A minha visão a turvar. O ar a sair dos meus pulmões e o fraquejo das minhas pernas. Fecho os olhos tentando afastar o mal-estar.

– Anna? – abro os olhos e vejo uma mão a abanar-se na frente da minha cara. Olho para o dono e vejo Kristoff – uh, uh.

Sorrio e ele sorri de volta.

– Como estão as tuas feridas? – eu pergunto preocupada.

– Já sararam – ele fala reconfortando-me.

Olho para a minha nova irmã. Uma irmã de sangue. Eu não queria acreditar. Eu logo sentira uma empatia por ela no início. Fora isso que me fizera aceitar, sem pensar duas vezes, juntarmo-nos. Sentia como se pudesse confiar nela, sentia aquela atração como se algo me completasse. Sentia-me completamente feliz.

Fomos andado e o rapaz levou-nos para dois edifícios. Eram ambos majestosos mas simples. As estruturas que compunham o lugar eram praticamente todas assim: brancas, simples mas ao mesmo tempo sobrenaturais ao encaixe que faziam com a natureza. Pareciam que faziam parte do simples ambiente natural. Havia lagos, nascentes que davam um toque ainda mais mágico. Os anjos voavam livremente assim como as crianças corriam no terreno. Fez-me lembrar algo parecido com o paraíso.

– Eugene! – o rapaz de cabelos prateados aloirados chamou outro mais velho que nós.

– Chamo-me Eugene mas toda a gente me conhece por Flynn – ele apresentou-se – fui eu que trouxe a rapariga e o Kristoff para aqui.

Todos cumprimentamos Flynn e Elsa disse-me que o outro rapaz se chamava Owen. Os edifícios à nossa frente foram apresentados como o dormitório dos rapazes e o outro o das raparigas. Aí dividimo-nos para nos instalarmos. O edifício era dividido em vários andares com vários quartos. Cada quarto era dividido por duas pessoas e embora eu quisesse ficar com uma das duas irmãs não queria que elas ficassem magoadas com quem eu escolhesse e como eu era a melhor amiga de Rapunzel decidi ficar com ela.

Os nossos quartos eram lado a lado o que me fez relaxar pois assim não ficaria longe das minhas irmãs.

Era um quarto simples. Paredes brancas desnudas e simples limitavam o lugar. Havia duas camas de solteiro em cada lado do quarto. Eram acompanhadas de uma porta que servia de armário. Outra porta dava para a casa de banho. Era desnuda também sendo acompanhada de um lavatório, uma sanita, uma banheira e um lugar para por as toalhas. Voltando ao quarto reparei numa janela com vista para o pátio onde vários anjos passeavam. Sentei-me na beirada e olhei para fora. A relva era verde, um verde vivo, um verde verdejante. O sol punha-se e refletia no lado dando-lhe uma tonificação dourada. Um anjo abriu asas e levantou voo. Tinha as asas amareladas mas com alguns tons de azul. Quando deu uma volta pude ver as suas penas interiores. Cinzentas. Um cinzento límpido mas sujo ao mesmo tempo.

Suspirei e pus-me a pensar na minha situação. Descobria que tinha uma irmã e que Merida não achara graça nenhuma aquilo mas não percebi. Ó meu Deus! Merida sabe que eu nunca a trocaria, certo? Eu não acredito nisto. Eu tenho que ir para lá ou a Elsa ainda morre.

– Está tudo bem, Anna? – Punzie pergunta preocupada. A minha cara não devia ser das melhores – Parece que viste um fantasma.

– Eu volto já! – falo rapidamente e saio disparada do quarto. Paro quando ouço umas vozes.

– Anna não faria isso. Não sei porque estás a começar isto. Eu posso sê-lo de sangue mas tu é que estiveste com ela a vida toda.

– Não me venhas com isso, ela é daquelas pessoas que confiam facilmente mas nunca confiaria como confiou em ti, quando eras uma desconhecida. – elas estavam a discutir, notava a voz de Merida alterada.

– Está bem, é verdade! – a voz de Elsa tinha perdido toda a calma que eu sempre encontrava nela. – Eu também me senti assim, senti que podia confiar nela de olhos vendados e eu não confio em estranhos mas eu não posso fazer nada. Que queres que eu faça?

– Afasta-te! – simples e cortante. E eu estava paralisada. Não me conseguia mover para parar a briga. Somente escutar.

– Afastar-me? – uma voz de puro escárnio. Ouço uma risada baixa, fraca, incrédula. – Tu queres que eu me afaste? – quase pude sentir Merida a afirmar com a cabeça. A voz que se seguiu de Elsa era uma que eu nunca tinha ouvido. Mágoa, tristeza, raiva, somente sensações negativas – Toda, mas toda, a minha vida quis ter uma irmã! E agora dizes-me para me afastar? Eu nunca me vou afastar! Nunca! Ela é minha irmã!

– Ela é minha irmã também, porra! Tu fazes ideia dos momentos que eu passei com ela? Ela e Hans são tudo para mim!

– E tu fazes ideia do que eu passei? – a voz estava partida como se estivesse a conter lágrimas – Enquanto Jack era o preferido dos pais porque era o filho verdadeiro, eu fui empurrada para o lado! Apareci num cesto à porta deles. Toda a vida me perguntei porque é que os meus pais me tinham abandonado somente com um colar de recordação. Era renegada por todos por causa desta maldita madeixa. Sempre sonhei com uma irmã que me pudesse consolar todas as noites. Ser mais forte do que eu. Foi só quando eles morreram que eu e Jack nos tornamos verdadeiros irmãos. Mas eu já tinha jurado nunca mais chorar. Nunca mais sentir pena de mim própria. Como achas que eu me senti quando soube que tinha uma irmã? Que a podia salvar? Eu adoro Jack, Hiccup que também é como irmão para mim, mas nunca tive ninguém assim. Nunca me senti ligada a ninguém como me sinto ligada a Anna.

Ouço um soluço. Tento mover-me desesperada mas parecia que o meu mundo tinha parado. A voz que ouço a seguir não passa mais de sussurro.

– Ver-te a ti e a Anna juntas, duas irmãs, fez-me ter inveja. Parecia que se compreendiam uma à outra como nunca ninguém, nem Jack, me compreendeu. Sentir aquela ligação especial com ela fazia-me perguntar se eu um dia teria isso… - outro soluço – Mas pelos vistos não sou bem-vinda.

A porta abre-se e Elsa sai a correr o máximo que consegue. Lágrimas correm-lhe pela face e nem repara na minha presença. Merida está ao pé da porta abatida e ao contrário da outra esta repara em mim.

– Anna…

– Eu ouvi tudo – digo asperamente mas depois suavizo para algo parecido à desilusão – tu achavas mesmo que eu te ia abandonar?

Ela suspira com um claro embaraço.

– Eu não te queria perder. Quando eu vi que tinhas uma irmã, uma irmã de sangue, aquilo que tu sempre sonhaste, tive medo de te perder.

Os meus pés ficaram sem chão.

– Merida… - abraço-a – eu nunca te iria abandonar, tu serás sempre a minha irmã. E Elsa também.

– Temos que ir procura-la – ela fala.

– Não, ela não nos ouvirá – digo.

– Como podes ter a certeza? – pergunta.

– Digamos que o sinto – de facto sentia-a. Lá no fundo sentia e agora Elsa precisava de espairecer.


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Notas finais do capítulo

Então para quem queria que elas soubessem que eram irmãs cá está! Só suponho que não era assim que vocês tenham imaginado! Comentem e digam o que estão a achar!!
~-...-~
Terras Dufins - Rei Lufhins - Asas Azuis
Terras Weerfins - Rei Adnis - Asas Amarelas
~-...-~
❄Abraços,
Snowflake❄



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