My Sky Angel escrita por Snowflake


Capítulo 10
Capítulo 9 - Hiccup


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo para vocês! Espero que gostem!!!



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Vesti uma nova camisola. A minha ficara toda rasgada e não havia maneira de aproveitá-la! Thoothless estava a saltar na minha cama todo contente. Algumas vezes parava de saltar para rebolar mas sempre de língua de fora!

– Thoothless! Para quieto! – suspirei mas eu também me sentia assim. Estava totalmente contente capaz de saltar montanhas. Ele olhou para mim com os seus olhos verdes brilhantes e de cabeça inclinada. Ele sabia que eu não conseguia resistir a uma carinha daquelas.

– Hiccup? – ouvi pancadas na porta e era uma voz familiar feminina – Posso entrar?

– Entra! – vi a maçaneta a rodar e Elsa a espreitar pela porta com um sorriso no rosto.

– A tua camisola é importante? – vi que ela tinha uma tesoura e linhas nas mãos. Ao seguir o meu olhar acrescentou – Não tenho muito jeito mas vou tentar fazer o melhor para não ficar piroso!

– Tens linha preta? – quando vi que ela confirmava atirei-lhe uma camisola preta já um bocado usada, velha por assim dizer – Não a estragues muito, por favor – supliquei.

Elsa pegou nela e observou-a. A sua coruja entrara atrás dela e estava a debicar Thoothless como a cumprimentá-lo. Depois de analisá-la bem olhou para mim.

– Veste-a – pediu e quando viu eu olhar para ela confuso justificou – preciso de ver o tamanho.

Tirei a minha camisola e vesti aquela. Ficava-me larga e tinha um carapuço. Era uma camisola de andar por casa bastante confortável. Elsa veio para trás de mim mas eu observava pelo espelho do meu quarto já que ela tinha dito para eu ficar quieto sempre que olhava para ver o que estava fazer. Levantou a minha camisola.

– Ficamos com grandes marcas, não ficamos? – assenti. Tinha agora nas costas duas cicatrizes em “V” invertido grandes e grossas. Enquanto abaixava a camisola aos bocados ia recortando onde ficavam as cicatrizes. Quando acabou, o que pareceu uma eternidade, ordenou – Podes tirar.

Tirei-a e vesti a camisola que vestira quando Elsa me interrompera. Era uma camisola verde, justa e vesti por cima um casaco castanho sem mangas de pelo de ovelha. Sentei-me na minha cama ao lado de Elsa que cozia, para não desfiar, à volta daqueles cortes finos e longos cortados pela tesoura. Observei-a atentamente o seu trabalho. Até que não estava a ficar mal. A coruja de Elsa veio-me cumprimentar e eu afaguei-a. Enquanto o hiddick de Elsa se enroscava para eu fazer festas num sítio específico e piava em sinal de satisfação Elsa sorria satisfeita também. Eu já tinha notado que os meus sentimentos atingiam Thoothless e que os sentimentos destes atingiam-me a mim.

– Acabei! – diz Elsa num pulo assuntando nós todos. Quando olha para nós de olhos esbugalhados sussurra – desculpem!

Ela dá um sorriso torto e puxa a sua madeixa castanha para trás da orelha. O cabelo solto era uma maneira que Elsa muitas vezes usava para tapar a aquela madeixa mas nem sempre resultava.

– Veste – atirou para mim e eu suspirei. Estava a ficar farto daquilo tudo – Como está?

Depois de voltar a vestir a camisola as minhas suspeitas confirmaram-se. Vistas ao longe pareciam estar cozidas mas de perto notava-se o buraco que mostrava de realce as minhas cicatrizes. Chamei as minhas asas. Bati um pouco o que vez uma grande ventania dentro do quarto. As minhas asas eram um cinzento lustroso como se tivessem plástico à volta. Encolhi-as. A minha camisola não se rasgara. Continuava com os pequenos cortes que Elsa tinha feito. Abracei-a.

– Tu és a maior! – elogiei-a. Agora sempre que abrisse as asas não rasgava a camisola.

– Não é nada de mais para o meu melhor amigo! – sorriu e afastou-se.

– Adeus Desdentado/Banguela*. – Afagou Thoothless e Marshmallow, o seu hiddick, subiu para o seu ombro.

– Ei – exclamei em sinal de reclamação e Thoothless mostrara os dentes.

– Também não posso traduzir o nome do teu hiddick, Soluço? – fez beicinho e afagou-me o cabelo. Eu sorri. Aquela era a Elsa, sempre a troçar-me.

– Vai-te mas é embora daqui antes que algo me passe na cabeça. – ela dá um pequeno sorriso e vai-se embora com o seu hiddick atrás. Era tão bom quando Elsa estava sorridente e brincalhona. Ela só era assim comigo e com Jack, o seu irmão. Muitas vezes era reservada e tinha um olhar triste e eu não gostava de a ver assim. Erámos como irmãos, todos nós. Partilhávamos um laço que nem sempre todos os irmãos de sangue têm. Éramos inseparáveis.

Decidi apanhar um pouco de ar e saí de casa. Thoothless estava apoiado na minha cabeça fazendo um pouco de peso mas eu não me importava. Estava a anoitecer e decidi subir a uma árvore. Podia sempre voar mas eu trepei pois já estava habituado e era sempre divertido. Thoothless saiu da minha cabeça e pôs-se a voar no céu quase nocturno. Peguei no meu caderno que andava sempre comigo num bolso e num lápis que o acompanhava. Que havia eu de desenhar. Observei o céu. O meu hiddick voava lá graciosamente e belamente. Sem notar o meu lápis traçava riscos no caderno e rapidamente fiz o esboço do Fúria da Noite.

Quando já estava contente com o meu desenho as asas saíram sem aviso e a árvore começou a ser iluminada por um brilho azulado. Reparei que eram as minhas asas que brilhavam. Levantei-me num salto e estiquei as asas. Quando o brilho esmoreceu as minhas asas adquiriram na parte da capa, a parte de trás, um brilho azulado dando um aspeto mais lustroso. Levantei voo e gargalhei. Sabia tão bem o vento a bater nas minhas asas. Desci quando achei o suficiente. Os músculos das asas ainda eram frágeis e eu cansava-me rapidamente.

– Jack! – ouvi Elsa a gritar desesperadamente- Hiccup!

Jack apareceu ao meu lado a correr aflito e depois apareceu Elsa. Atrás dela vinham Guardas de lanterna em punho.

– Ela está ali, apanhem-na – um guarda gritou.

Jack pegou na mão de Elsa e começou a correr. Eu não tinha outra opção e corri também. Já ganhávamos alguma distância dos guardas quando perguntei:

– Que aconteceu? – a minha voz soara aflita.

– Temos que ir para a floresta proibida. Lá estaremos mais seguros – Elsa chorava com as lágrimas a caírem copiosamente da cara. Nunca a vira chorar e percebi que era algo grave.

– Eles estão ali! – ouvimos.

– Conseguem voar? – Jack perguntou mas Elsa abanou a cabeça em sinal de discórdia. – Corram mais rápido! – ordenou.

Ouvi passos atrás de nós. Eles estavam perto mas não me atrevi a perder tempo e a olhar para trás. Um pedregulho estava há minha frente e eu com o escuro não o vi. Tropecei e quase cai. Fora o suficiente.

– Estás aqui minha peste! – senti uma mão a agarrar-me o braço. Arfara de surpresa mas consegui dar-lhe uma cotovelada mas sem efeito.

– Hiccup! – Jack gritou

– Vão. – ordenei desesperado. Tentei bater no meu oponente mas sem efeito. Thoothless viera em meu socorro. Mordera a mão do meu agressor e salvara-me.

– Vamos Thoothless – disse e acrescentei sussurrando – Obrigado! Salvaste-me a vida.

Abri as asas e voei! Veria Jack e Elsa melhor lá de cima. Estava um pouco cansado mas mesmo assim levantei voo. Eu e Thoothless olhávamos atentamente e de repente ele emite um grunhido para obter a minha atenção e aponta a cabeça para baixo. Consigo ver Jack e Elsa lá em baixo e desço, numa quase queda livre, obtendo uma grande velocidade. Uau, tinha que fazer aquilo mais vezes. Abri as asas para aterrar e levo um solavanco fazendo uma dor aguda na minha asa direita e um pouco na esquerda. Gritei. A dor era dilacerante. Pousei e caí de joelhos. Tentei recolher as asas. Doía bastante mas lá consegui. Arfei. E depois de olhares a confirmarem se estávamos todos bem entramos na floresta proibida até não vermos mais a luz das lanternas.


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Notas finais do capítulo

*N/A: Desdentado em Portugal e Banguela no Brasil.
~-...-~
Espero que tenham gostado! Comentem!!! Eu adoro os vossos comentários! Fazem-me sempre feliz!!!!
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Terras Dufins - Rei Lufhins - Asas Azuis
Terras Weerfins - Rei Adnis - Asas Amarelas
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❄Abraços,
Snowflake❄



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