A garota misteriosa escrita por Universo Tsu


Capítulo 8
Contos de fadas Mentirosos


Notas iniciais do capítulo

O cap demorou para sair.... e eu sumi.... mas volteiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii com um cap novo u.u Mas vocês que dirão se está bom :3 Boa leitura



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–Kat. –Carol me chamou tirando-me de meus devaneios.
– Oi?
– Você vai falar com a irmão do Brian?
– Sim. Prometi não é mesmo?
– Sim... Mas o que você vai falar?
– Bom... eu não sei ao certo. Você sabe?
– Acho que é bom falar sobre o que a incomoda tanto, ao ponto de ela não querer sair do quarto.
– É um bom começo. Acho que daí já consigo saber sobre o que preciso falar.
– Olha!
– O que?
– Pela primeira vez eu te ajudei nesses assuntos. –Carol disse com um sorriso enorme estampado no rosto.
– Que isso, você já me ajudou muitas vezes. –Respondi devolvendo o sorriso.
Ficamos em silencio até chegar na porta da casa do Brian. Ele abriu a porta e fez sinal para que entrássemos antes dele. Fiquei um pouco com medo, admito, não sabia como falar para o Brian que eu queria falar com a irmã dele. E se ele perguntasse o porquê? Ok, ok, isso está ficando muito paranoico e chato. Vamos parar de enrolação. Todos entraram na casa, e os meninos foram para a cozinha conversar um pouco, já eu e as meninas fomos para a sala, começar a ver um filme, não me lembro ao certo o porquê de elas quererem tanto assistir filme.
– Kat você não vai falar com a irmão do Brian?
– Sim, eu vou agora se não vou desistir.
Fui em direção a cozinha, que ficava a poucos passos da sala. Cheguei lá tomei um pouco de coragem e entrei na cozinha, Os garotos se surpreenderam um pouco, mas logo voltaram ao normal, porém, olhando fixamente para mim, o que me deixava um pouco desconfortável.
– Brian... Onde é o quarto da sua irmã?
– Por quê? –Ele perguntou com uma cara de desconfiança.
– Sua mãe mandou que eu fale-se com ela.
– Você minha mãe?
– Sim.
– Desde quando?
– Desde que eu nasci. Agora por favor deixe eu falar com a sua irmã.
– Ah... Claro, é só subir as escadas. O quarto dela é quase o último mas tem o nome dela na porta, então é fácil de achar.
– Tá bom, obriagada. –Disse com um sorriso obviamente falso, mas, que só Alex conseguiria decifrá-lo.
Saí da cozinha de cor salmão e fui em direção a escada que ficava a uns dois passos de distância da cozinha. Terminei de subir as escadas e cheguei no corredor que tinha uma cor clara e agradável para qualquer um, mas para mim naquele momento, era escuro e horripilante. Terminei de andar o corredor, cheguei e parei em frente a porta do quarto onde estava escrito “LIA” com letras grandes e desenhos de flores em volta da placa. Admito que estou morrendo de medo de entrar ou melhor estou com medo de bater na porta. Calma Kat coragem! Respire fundo, e bata, não pode acontecer nada de tão ruim assim. Tomei coragem e bati na porta. Poucos segundos depois ouvi uma voz trêmula sair do quarto:
– Que...quem é?
– Uma amiga da sua mãe.
– Qual?
– Meu nome e Katharina.
– Ah, a gata.
– Quê?!
– Seu apelido é gato em inglês não é?
– A claro... “Cat”. –Respondi dando uma leve risada.
Ouvi passos e reparei que viam em direção à porta. A fechadura foi destrancada, a maçaneta se mexeu e a porta de cor branca abriu. Vi uma pequena garotinha ruiva com olhos verdes, parecidos com os meus, e me lembrei de que o pai dela era ruivo. Dei um sorriso que dessa vez não era falso.
– Entra –A garotinha ruiva me disse com um sorriso contagiante.
Entrei no quarto, que tinha uma cor rosa bebê, com ursinhos de pelúcias na prateleira e borboletas desenhadas na pintura da parede, e também alguns enfeites coloridos que enfeitavam o quarto. Notei os livros na prateleira, todos intitulados “contos de fadas” e me lembrei de que amava que minha mãe lê-se eles para mim, mas que passei a odiá-los após sua morte. Sempre pensei que minha vida poderia ser como um conto de fada, mas... é totalmente o oposto. A garotinha ruiva acendeu aumentou a luz do quarto, afinal antes estava apenas a meia luz. Sentamos no mini sofá rosa que tinha em um dos cantos do quarto.
– Gosta de contos de fadas? –Falei quebrando o gelo, enquanto pensava em algo para dizer.
– Alguns, mas estou perdendo o gosto por eles. E você? Gosta de contos de fadas?
– Já gostei. Faz um bom tempo que não abro um livro de contos de fadas. Mas... qual é o seu favorito?
– Acho que o da Bela e a Fera, e o seu?
– Bem, acredito que meu predileto é o do Aladim e da Jasmine.
– Por quê?
– É o único conto de fada no qual me identifico com a personagem principal, pelo menos um pouco. E ela é parecida comigo na aparência. E me mãe sempre lia ele para mim. –Disse com um sorriso fofo.
– Entendo...
– E você? Por que gosta da Bela e a Fera?
– Não sei, acho que porque minha mãe sempre lia ele pra mim, pelo menos antes de ela ir para o hospital. –Ela disse com uma voz desanimada.
– Sua mãe vai voltar para casa, eu garanto. –Disse dando um sorriso que, acredito, que tenha tocado fundo na garotinha ruiva que deixou rolar uma lágrima.
– E sua mãe, por que ela não lê para você?
Dei uma leve risada e respondi:
– Bom... Eu já estou grandinha eu acho. Mas minha mãe morreu. –Disse tentando sorrir.
– Nossa, como e quando?
– Há quase 6 anos. Ela e meu pai foram assassinados na minha frente. –Disse com um rosto triste, não conseguia mais parecer feliz
– Desculpa, não devia ter perguntado.
– Tudo bem, se você se sentir melhor daqui pra frente. –Disse dando um grande sorriso, que fazia muito tempo que não dava.
– Tá, então me conte como você sobreviveu.
– Ok. Uns caras entraram na minha casa no dia do meu aniversário, eu ouvi um barulho, mas estava no meu quarto, não sabia o que era, então desci correndo. Então um homem me puxou e me pôs de joelhos no chão. Fiquei assustada, meus pais também estavam amarrados no chão. Os homens então disseram: “Que ótimo que ela desceu, assim será mais fácil acabar com a família.” E o outro cara falou: “Mais cadê o ruivo?” O outro respondeu que não sabia. Eu sabia que ele estava com o Sebastian, meu mordomo e guarda-costas, num acampamento, e voltaria alguns minutos depois. -O homem que havia me amarrado mandou os outros dois que estavam atrás dos meus pais acabarem logo com eles. E um deles atirou na cabeça do meu pai. Minha mãe estava assustada e chorando, mas aí ela olhou para meu bolso da calça, até então eu não havia entendido nada, mas aí o homem que mataria minha mãe falou para ela dizer suas últimas palavras, apontando uma arma para ela. E eu comecei a tossir sem parar, e comecei a tossir sangue e ela me disse algo parecido com: “O último quadro foi pintado, e eu amei o seu origami amor. Desculpa, você herdou minha doença, mas ela irá te salvar. Tchau.” Ela havia dito isso em japonês e os homens não entenderam, mas, eu sim, já que ela havia me ensinado. O homem a matou. Eu continuei a tossir sem saber o que estava havendo comigo. Quando o homem ia me matar, eu simplesmente, “mudei de personalidade” eu consegui desfazer o nó que me prendia, e tirei a arma do homem atrás de mim. Os outros dois iriam me matar, mas Sebastian chegou e os matou antes. E o homem que havia me amarrado, consegui me prender, e disse que iria me matar se Seby se mexe-se. Eu peguei o origami em forma de shuriken com laminas de ferro na ponta que tinha em meu bolso e furei a perna dele, ele me soltou e eu joguei o outro shuriken em sua cabeça, e depois eu desmaiei.
– Como você lembra de tudo isso?
– Na verdade, depois que “mudei de personalidade” eu não lembrava de mais nada, mais vi as gravações das câmeras.
– Legal, mas por que sua mãe falou do quadro lá?
– Ah sim, ela deixou uma carta no vão da pintura. –Disse com um sorriso.
– Que legal. Mas triste ao mesmo tempo.
– Sim, acho minha história até que divertida. –Disse dando uma risada contagiante.
– Você é incrível. –A garotinha ruiva respondeu com um sorriso maravilhoso.
Depois de um tempo rindo e conversando, pegamos no sono, e não fazíamos a mínima ideia do que estava acontecendo com os garotos no outro andar da casa.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Gente se gostou comente ^^ Se não gostou... comente também :v
Até o próximo cap lindos :3



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