Blood Curse escrita por Soul Kurohime
Notas iniciais do capítulo
Oie pessoas. s2
Não tenho muito o que dizer hoje...
hm...
Não, não tenho.
Gostaria de agradecer à JeniOtome por ela ser linda e diva. huehuehueh
OK, podem ler.
Boa leitura...
~Soul.
O garoto de cabelos azuis abaixou-se e tirou um livro antigo dentre os demais que estavam ali. Carregando-o nos braços, ele se dirigiu para a mesa redonda no meio da sala, a qual estava cercada por um grupo de pessoas.
Ele o colocou em cima da mesa com cuidados calculados e abriu na página marcada. Havia a figura de um homem segurando um cálice que transbordava sangue.
– Esse é o livro?
– Sim, e essa a página.
A garota se curvou em cima do livro e esfregou a página entre os dedos.
– É pele humana.
– Nos conte alguma novidade.
Ela ergueu os olhos para o garoto de cabelo azul, que apertou os seus para ela. Feiticeiros odiavam bruxos, afinal. Licantropes e vampiros se odiavam. O clima tenso era perceptível no ar. Ouviu-se um suspiro no fundo da sala. Lysandre.
– Concordamos em dar uma trégua nas rixas, não foi? – Ele se pronunciou.
– Para você é fácil falar. Anjos têm rixas com alguma coisa? – Kentin retrucou.
– Sim, com demônios. – Ele se aproximou do grupo – Eu deveria, então, estar caçando a Rain e matando-a. Mas aqui estou eu, tentando ajudar.
– Porque ela é a filha da sua antiga namorada. – Respondeu Castiel.
– E a namorada do seu melhor amigo. – Completou Alexy, que logo se arrependeu do que dissera.
– O que você disse? – Kentin o olhou com olhos afiados.
Castiel revirou os olhos e bufou.
– E o super protetor ataca novamente...
– Fiquem quietos! – O garoto ergueu o tom de vocês – Qual o problema de vocês?
Todos olharam para ele. Alexy franziu o cenho: não gostava quando seu irmão se irritava.
– O que estava dizendo, Debrah? – Armin continuou.
– Eu estava dizendo que... – Ela folheou um pouco mais o livro – Esse não é apenas um livro de bruxaria. É o primeiro livro, escrito pela própria Lilith.
– Como você sabe disso? – Alexy se debruçou sobre o livro.
– Vocês não conseguem ver, pois são feiticeiros. Mas eu, tanto por ser uma bruxa, quanto por meu demônio ser a própria Lilith, consigo ver. Em cada ponta, de cada página, tem um L dourado e curvilíneo; ela sempre o bota em suas obras. E eu nunca vi um livro tão antigo assim. Sem dúvidas, esse é o primeiro.
– E então? Esse livro nos ajuda em alguma coisa quanto à Rain? – Rosalya finalmente se pronunciou.
Debrah levantou os olhos para olhá-la, mas logo se voltou ao livro. A garota de cabelos castanhos retornou a página que Alexy havia indicando e a analisou. Avançou a página, e atritou seus dedos enquanto a segurava. Franziu o cenho. Voltou a página e repetiu o processo. Voltou mais uma e sorriu. Expirou ao sorrir.
– Vocês perceberam que a página com a imagem do cálice é mais grossa que as demais?
– É um livro antigo feito de pele humana. – Armin deu de ombros – Isso é completamente normal.
– De fato. – Debrah sorriu mais uma vez.
– Mas não para Lilith. – Lysandre se pronunciou – Ela era completamente perfeccionista.
Debrah, ainda sorrindo, ergueu as sobrancelhas para ele.
– Exatamente. Se algo para aquela mulher não saísse perfeito, ela o refazia quantas vezes fossem necessárias.
– Isso quer dizer que... – Rosalya deixou a pergunta no ar.
– Alguém tem uma faca?
– Por que alguém teria uma faca? – Kentin retrucou.
– Eu tenho. – Castiel retirou um pequeno canivete do bolso e se aproximou de Debrah.
– Ah. Claro que tem. – Kentin ironizou.
Castiel revirou os olhos e se virou para o garoto.
– O que você está querendo insinuar?
– Não parece óbvio?
Castiel ergueu as sobrancelhas.
– Você devia ter cuidado com o que fala. Sabe, eu tenho uma faca, se não percebeu.
Kentin deixou escapar uma leve risada.
– Não me ameace como se eu tivesse medo de você. – Ele cruzou os braços – Eu não tenho. – Ele cruzou os braços – Eu mato vampiros, e você não passa de uma imitação barata de um.
Debrah franziu o cenho.
– Ei! Criadora aqui!
– Criadora? – Rosalya ironizou – Está mais para cientista maluca, psicopata e uma humana fraca e mimada que se vendeu para um demônio. Você não tem vergonha de viver?
Debrah se levantou e encarou Rosalya.
– Você é filha de um demônio qualquer. Por que se acha tão superior?
– Eu não tive que me vender para ter o que eu tenho! Nós temos repulsa de vocês, bruxos.
– Por quê? Por que não tiveram a chance de viver uma vida humana? Isso me parece puro despeito.
Rosalya apertou os olhos.
– E mesmo que se sinta tão superior, sua magia, mesmo no ápice, não chega a um quinto do que um feiticeiro, do mais comum, possui. Deveria estar muito desesperada, não é mesmo?
Ouviu-se um alto suspiro.
– Debrah, já conseguiu a sua faca. Quanto mais rápido terminar, mais rápido nos livramos um dos outros.
Alexy suspirou também. Sabia que todo o estresse do seu irmão provinha de toda a quantidade de pessoas no quarto deles: Armin odiava estar em contato com muita gente, além de toda a discussão que já estava deixando ele próprio com dor de cabeça.
Debrah desviou os olhos de Rosalya e sentou-se novamente na cadeira. Com a ponta da faca do canivete, cortou cuidadosamente ao redor da página. Não, não ao redor. A ponta da faca estava dentro da folha. Ao terminar de a contornar, a folha se partiu em duas novas páginas.
– Voilà.
No meio das duas novas páginas, havia uma pequena folha. Debrah atritou os dedos na mesma: era papiro.
– Como conseguiram esse livro? Sei que Rain o trouxe do outro mundo, mas é muita coincidência, vocês não acham? – Debrah cortou o silêncio.
– No outro mundo, - Castiel se pronunciou – uma garota o deu para ela. Disse onde estava para que ela pegasse.
– Uma garota? – Debrah ergueu seus olhos para ele.
– Sim. De olhos vermelhos e cabelos negros. Lembro que o cheiro dela era muito parecido com o de Rain.
– Cabelos negros e olhos vermelhos? Isso te lembra alguém, caro Lysandre? – A bruxa olhou para ele.
Ele abriu a boca para responder, mas se interrompeu ao franzir o cenho.
– Você acha que a garota era Lilith?
– Não. – Ela piscou – Eu tenho certeza. Talvez Lilith já suspeitasse que sua filha estava em perigo e deu um jeito de aparecer para ela no outro mundo para lhe entregar esse livro para que, se algo viesse a acontecer a ela, Rain pudesse ser salva.
Todos se entreolharam e engoliram em seco. Debrah não pode evitar dar um sorriso de solidariedade.
– Escutem: “As crianças noturnas e os filhos da lua, caminhando de mãos dadas pela estrada do desespero, serão as reivindicadoras da cura quando a lua estiver completa. ”
– Um enigma? – Armin apoiou as mãos na mesa
– Crianças noturnas são os vampiros, e filhos da lua, os licantropes. – Afirmou Rosalya.
– Caminhando de mãos dadas? – Kentin franziu o cenho – O que isso quer dizer?
– Então, há uma cura. – Alexy expirou.
– Talvez a cura seja algum ponto em comum entre os licantropes e os vampiros. – Lysandre supôs.
– Velocidade? Força? – Castiel deu de ombros – Como isso pode ajudar de alguma forma?
– A lua estiver completa... A lua cheia. Então, de acordo com os calendários, temos três semanas para conseguir a tal cura. – Debrah mordeu o lábio inferior – Kentin, Castiel, se aproximem! Vamos descobrir o que as duas raças têm em comum.
*
Ela bateu os pés rápida e continuamente no chão, fazendo com que a cadeira giratória rodasse. Como uma criança, ela levantou os pés e gargalhou.
– Se me permite dizer, é ainda mais linda quando ri.
Rain parou a cadeira com o salto das botas de couro e encarou Noir.
– Me poupe dos elogios, querido. – Ela sorriu – Eu sou a mulher mais bonita da Terra, não precisa ficar me relembrando. – Ela girou mais uma vez – A única mulher que poderia ser ainda mais bonita do que eu era minha doce mamãe, mas ela está morta, então esse posto é meu. – Noir ergueu as sobrancelhas – Mas sabe, eu também tenho os genes do anjo mais perfeito, então é de se duvidar se ela realmente era mais bonita do que eu.
Noir suspirou e andou até a lareira.
– Lembra quando eu fui buscar você? Você era um doce.
Ela imitou o movimento dele e se aproximou do garoto.
– Eu era parte anjo. – Ela soou incompreensão – E eu ainda sou um doce.
Ele abaixou os olhos e deixou escapar uma risada.
– Seu doce azedou um pouquinho.
Rain o pegou pela mão e ergueu os olhos para ele.
– Achei que gostasse de mim assim. – Ela sussurrou.
Noir mordeu o lábio inferior e a puxou pela cintura.
– Eu adoro você assim.
– Verdade. – Ela o empurrou de leve – Pode arrumar mais bebida para mim?
Ele expirou ao sorrir.
– Você ainda tem alguma tolerância à álcool?
Ela balançou a cabeça.
– Nadinha. – Ela mordeu o lábio inferior e riu – Uma das melhores partes de ser um demônio, na verdade.
– Quando nós bebemos pela primeira vez não pareceu tão bom, minto? – Ele se afastou dela e pegou a jaqueta de couro que estava sobre a poltrona do quarto de hotel.
– Não, mas me dê um desconto. Eu nunca havia bebido, nem mesmo vinho em festas de Natal. Eu era... tipo, uma freira.
Noir riu.
– Uma boa comparação. Eu me lembro, você também era virgem.
Rain pegou uma bola de cristal de cima da lareira e jogou na direção do garoto que desviou facilmente.
– Detalhes. – Ela franziu o nariz. Noir riu mais uma vez e andou na direção da porta. A abriu, e deparou-se com Nina.
– O que está fazendo? – Noir franziu o cenho.
– Levantando minha mão para bater na porta. Obrigada, não preciso mais disso. – Passando por Noir, ela adentrou – Tenho notícias do mestre.
Rain andou até ela e enfiou os dedos no bolso de trás da calça jeans escura.
– E então?
– Ele está completamente satisfeito.
– Também, se não estivesse. – A morena ironizou e deixou-se cair na poltrona. – Estou livre, então?
– Por enquanto. – Nina apertou os lábios quando Rain ergueu as sobrancelhas – Ele ainda precisa de você para a Noite.
– Ah. Quando ele for realizar o feitiço, eu me lembro. – Ela mordeu o lábio inferior mais uma vez – Mas até lá, eu estou livre para fazer o que eu quiser, não é?
– Sim. Há algo que você quer fazer, dama?
Rain olhou de Nina para Noir e girou mais uma vez na cadeira.
– Nada. Ser livre é um tédio.
– Nós iremos com você, não importa o que queira. – Nina relatou. Rain olhou dela para Noir que, ao perceber o olhar da morena, assentiu com a cabeça.
Rain suspirou e girou mais uma, duas, três vezes.
– Não consigo ficar tonta. – Ela levou os pés ao chão – Tive uma ideia.
Nina focou sua atenção em Rain.
– Eu ainda estou no ensino médio, certo? Acho que preciso completar meus estudos.
A loira, parecendo confusa, ergueu as sobrancelhas.
– Quer se matricular em uma escola?
– Não. – Ela mordeu o lábio inferior – Vamos voltar para Sweet Amoris.
*
– Desisto! Nós não temos nada em comum! – Ambos se pronunciaram ao mesmo tempo.
– Ah. – Debrah apontou para eles – Parece que finalmente concordam em alguma coisa.
– Vocês não facilitam, também. – Rosalya bufou.
Kentin suspirou e abaixou o olhar.
– Tenta encontrar um ponto em comum com a Debrah. – Castiel expirou – Se conseguir, nós não teremos mais desculpas.
Rosalya olhou para a garota e a analisou de cima para a baixo.
– O assunto não sou eu, e sim vocês! E não minta para a gente, todos sabemos que é mais que rixa de clãs. Afinal: quem roubou a namorada de quem?
– Isso... – Kentin sussurrou.
– Hm? – Debrah desviou o olhar de Rosalya e olhou para o garoto. Ele olhava fixamente para o livro.
– Esse texto. Ele me é familiar.
– Também me pareceu familiar quando o vi pela primeira vez. – Afirmou Castiel, ignorando completamente Rosalya – Tem um quadro com esse texto do castelo do rei dos vampiros.
Kentin ergueu seus olhos de esmeralda para o ruivo em sua frente.
– É isso! Um quadro! Há um quadro, com essas escrituras, no saguão da base da Caninus.
Debrah expirou ao sorrir.
– Parece que encontramos o ponto em comum: os quadros. E então, quem vai até a diretora para pedir permissão para fazermos uma viagenzinha?
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COMENTEEEM! :3
Minha criatividade para notas está jogada. De novo. Ainda mais embaixo. Devem ter percebido.
Obrigada por lerem, beijinhos e amo vocês. s2
~Soul