Rumour has it escrita por


Capítulo 36
Capitulo 36


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora!!!



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Cap 36

O caminho de volta para casa foi silencioso, Stella olhava pela janela do carro observando as pessoas que passava, não via seus rostos nitidamente, todos tinham suas dores assim como ela carregava o peso da morte de Ann em suas mãos.

Mac – Você está bem? – tocando a mão dela. Finalmente Stella desvia sua atenção para Mac.

Stella – Eu vou ficar. – entrelaçando sua mão na dele. – Se você estiver comigo eu ficarei bem, só preciso de um tempo. – os lábios de Mac se enrolam num pequeno sorriso. – Eu amo você.

Mac – Também amo você. – ele desvia um pouco a atenção da pista e acaricia o rosto de Stella. Ela deita a cabeça no ombro dele. Não demora muito e chagam em casa, ainda estavam no corredor para entrar no apartamento quando ouvem alguns latidos.

Stella – Isso é o Fred? – seu rosto começava a se iluminar.

Mac – Ele deve estar com saudades suas. – girando a chave na fechadura e abrindo a porta, quando o animal ver a dona correu para ela latindo.

Stella – Meu amor. – o cachorro corria de um lado para o outro latindo com o rabo balançando freneticamente. – Estou aqui meu amor. – se agachando, o animal pula nela com lambidas e latidas.

Millie – Que bom que chegaram! Como demoram.

Mac – Tivemos que passar em outro lugar. – dando um beijo na mãe. Stella e Fred continuavam brincando no chão.

Millie – Nossa como ele estava com saudades.

Stella – Desculpa Millie. – levantando-se. – Oi. – dando um beijo na senhora. Mas Fred continuava ao lado da dona querendo mais carinho.

Millie – Oi minha querida, o almoço ficará pronto logo.

Stella – Eu vou tomar um banho e já volto. – saindo em direção ao corredor.

Millie – Ela parece melhor.

Mac – Não se engane. – arcando uma das sobrancelhas.

....

Stella caminhava para o seu quarto junto com Fred mas se detém em frente a outra porta, devagarinho ela gira a maçaneta e dá apenas um passo olhando o ambiente, seus olhos brilhavam vasculhando o local e tudo estava exatamente como deixou, o bercinho branco montado, a cômoda já cheia de fraudas e roupinhas, as sacolas de presente...ela entra de vez no quartinho que estava montando para o seu bebê, Stella sonhava acordada com o dia que seu filho estaria ali dormindo naquele berço, brincando com aqueles ursinhos, ela puxa a cordinha e o móbile preso acima do berço começa a tocar uma música suave, suas mãos passam por cada objeto com tanto amor, imaginando como seria o rostinho do seu bebê. É então que Fred se aproxima e dá um pequeno latido para a dona, ela enxuga as lagrimas que acabou rolando e se agacha na frente do cão fazendo afagos.

Stella – Você sabia que iria acontecer alguma coisa, não sabia? Eu sei que você sabia, não passou a noite toda do meu lado a toa. Você é meu segundo anjo da guarda por sua causa eu fiquei de pé a primeira vez, lembra que você acabou me derrubando da cadeira e eu tive que me virar sozinha pra levantar?! – Fred dá um pequeno grunido e aproxima o focinho do rosto de Stella, ela sorri ao senti-lo gelado como sempre e logo em seguida recebe uma bela lambida, como se o cachorro quisesse enxugar suas lagrimas. Stella rir do que o cachorro fez e continuava fazendo até não suportar mais e acabar sentando no chão, Fred lambia a dona enquanto balançava o rabo de felicidade ao receber os carinhos e ela apenas ria.

Stella – Chega Fred, vamos, vem! – ficando de pé. Ela sai do quarto e desta vez tranca a porta com chave, não queria entrar mais ali até aquele vazio melhorar, sabia que nunca acabaria mas seria ao menos mais suportável.

Mac – Stella? – a vendo na porta do quarto que preparavam para o bebê. Stella se assustou um pouco com a presença de Mac. Ela apenas o olha mas nada diz. – Você está bem? – era perceptível a preocupação na voz dele. Ela tentava adiar uma conversa mas sabia que não poderia por muito tempo e então resolveu esclarecer tudo de uma vez.

Stella – Meu amor eu preciso conversar com você. – estendendo a mão para ele. Mac não soube decifrar se isso era bom ou não, se tomasse como base todas as vezes que Stella tinha um problema ela se afastava...não...não era nada bom. De repente um calafrio percorreu sua espinha e quando percebeu estava suando frio sentando na cama de frente para ela sem mover um músculo apenas esperando o que Stella tinha a dizer.

Stella – Mac você está bem? Está suando, sua mão está fria. – ele só agora havia percebido que ainda estavam de mão dadas. Stella o olhava com uma certa preocupação e podia notar o quanto ele estava tenso.

Mac – Eu estou bem. – falando rapidamente. Mac só queria que ela falasse logo o que tinha pra falar.

Stella – Eu quase não dormi a noite pensando em uma coisa e queria que você fosse o primeiro a saber. – ela pode notar a ruga de preocupação na testa dele se formar e teve medo por isso. – Pensei muito em como te dizer isso mas acho que assim é o melhor para nós dois. – ela respirou fundo buscando forças enquanto Mac prendeu a respiração temendo o que estava por vir. – Queria que você me entendesse mas principalmente essa decisão deve ser entendida por nós dois... – ela respira fundo. - ... que nós não tenhamos filhos agora. – Mac levanta-se da cama e apoia as duas mãos no batente da janela. Aos poucos ele vai conseguindo respirar novamente.

Stella – Mac, meu amor, sei que é difícil pra você mas... – Stella estava atrás dele nervosa, com medo da reação de Mac.

Mac – Não Stella, espera. – virando-se e segurando as mãos dela que gesticulava muito fazendo com que parasse de falar. – Eu achei que...achei que...estivesse terminando nosso relacionamento. – os olhos de Stella pareciam que iriam saltar das órbitas.

Stella – Achou o quê? – franzindo o cenho. – Por quê?

Mac – Porque sempre que tem algum problema se afasta? – arcando uma das sobrancelhas. Respondendo sua pergunta com outra pergunta. Ela sorri sem graça.

Stella – E eu temendo que você terminasse comigo depois dessa decisão. – Stella respira fundo agora mais aliviada. Eles sorriem e se abraçam e Fred enciumado dá um latido.

Mac – Vem senta aqui, você me deixou tenso. – novamente eles sentam na cama.

Stella – E eu estou uma pilha desde que comecei a pensar nisso. Eu não quero acabar com esse sonho Mac, só quero mais tempo, não vou suportar outra rodada de meses apreensiva e nada. Só quero que quando a Doutra Silvia me liberar ainda possamos ficar um tempo sem pensar nisso, quero me preparar para isso principalmente psicologicamente.

Mac – Lembra quando eu disse a você que mudaria os meus sonhos pra continuar na sua vida?

Stella – Lembro. – com um leve sorriso nos lábios.

Mac – Os sonhos podem ser adiados, modificados mas nunca podemos desistir dos nossos sonhos Stell, foi o que a minha mãe me disse naquela noite. – Mac ainda segurava as mãos dela e as encarava como se estivesse lembrando do que sua mãe dissera. – Eu tenho o sonho de construir a minha família ao seu lado e sei que você também mas não podemos nos atropelar com isso. – passando a encara-la. – Eu preciso de você bem para estar bem, para construir nossa família bem.

Stella – Só que as vezes eu não consigo estar bem o tempo todo, ser forte o tempo todo, tem momentos que fraquejo. – com os olhos marejados.

Mac – Para esses momentos eu estou aqui. Você é sim minha fênix... – tocando no ombro dela onde tem a tatuagem. - ...mas há a necessidade do tempo em que a fênix é cinzas para poder ressurgir. – Stella se joga nos braços do marido em busca daquele apoio que sempre estivera lá.

Stella – Mesmo que eu faça burradas Mac nunca me deixa, você é o meu ponto de equilíbrio, você é o meu ponto de segurança. – ela tinha a cabeça apoiada no peito dele e Mac beijava-lhe a testa.

Mac – Não, nunca. – Fred logo pula em cima da cama e se aproxima dos dois. – Vou mudar o nome dele para ciuminho. – Stella ri e sai dos braços de Mac enxugando uma lagrima que teimou em rolar pelo seu rosto. – Queria que você soubesse de uma coisa.

Stella – Fala.

Mac – Lembra aquele caso de roubos a casas de luxos cometidos por um grupo de empregadas ou babás? Elas roubavam a casa uma da outra mas nunca a mesma casa em trabalhavam?

Stella – Acho que lembro, de uma roubaram uma matriosca? – franzindo o cenho tentando lembrar do caso que ele falava.

Mac – Isso. Em uma das casas uma babá tomava conta de um bebê, os pais há meses estavam fora do país.

Stella – Lembro, o bebê até foi para um abrigo enquanto os pais voltavam.

Mac – Quando terminamos o caso você me pediu para sair mais cedo para visitar o bebê.

Stella – Fazia dias que o bebê estava naquele abrigo, os pais foram avisados tão logo aconteceu o roubo mas pareciam não se importar. Era um bebê tão lindo, foram breves instantes na compania daquela fofura. Mas porque está lembrando disso agora?

Mac – Eu estava lá.

Stella – Estava lá? Como assim?

Mac – Depois que saiu da minha sala eu te segui e fiquei de longe vendo você com o bebê.

Stella – Então não foi à toa que me encontrou naquele café logo depois? – arcando uma das sobrancelhas.

Mac – Não. Sabia que iria precisar de mim.

Stella – Como sempre. Mas porque está me contando isso agora?

Mac – Porque naquele instante quando vi você segurando aquela criança eu tive vontade abraça-los e fazer de vocês minha família. O que estou querendo dizer Stell, é que os sonhos podem ser mudados, que se você quiser adotar uma criança para mim não vai ser problema nenhum. Não estou querendo pressioná-la, só quero que você saiba disso e quando tomar alguma decisão estarei ao seu lado. – o rosto de Stella se ilumina com isso, como não amar aquele homem a sua frente? As palavras naquele momento não conseguiam expressar o tamanho do amor que sentia por Mac.

Stella – Eu amo você muito, muito. – se jogando novamente nos braços dele, fazendo com que os dois caiam sobre a cama. – Não, não me beija. – ele estava sobre Stella.

Mac – Por quê?

Stella – Porque Fred me deu um monte de lambida. – eles riem.

Mac – Eu quero você mesmo assim, mesmo com o cheiro do Fred. – eles riem mais ainda e se beijam. Fred novamente atrapalha o clima encostando o focinho gelado no rosto deles.

Stella – Vem cá ciumento. – abraçando o cachorro, os dois fazem um afago no animal antes do banho.

....

Jessica voltava a trabalhar aquela manhã e se sentia tão bem voltando aquela delegacia que também era sua casa.

Walker – Então está de volta, Angel?!

Jess – Sim capitão. Me precipitei.

Walker – E seu pai?

Jess – Ele já me deu vários sermões mas concordou quando falei toda a verdade. – passando as mãos pela barriga.

Walker – Tudo bem então seja bem vinda.

Jess – Obrigada. – ele entra em sua sala e Jessica vai até a copa. Jamie que acompanhava tudo de longe entra na copa também.

Jamie – Angel eu preciso falar com você.

Jess – Algum caso Lovato em que posso ajudar? – suas palavras saíram com uma pontada de sarcasmo.

Jamie – Jessica eu sei que agi mal com você...

Jess – Olha aqui garota eu não quero saber do seu rolo com o Don, não me interessa isso. Nós estamos bem agora e é o que importa. – não a deixando continuar.

Jamie – Mas nós não tivemos nada!

Jess – O quê?

Jamie – É isso mesmo que ouviu.

Jess – Você estava com ele, vai me dizer que na hora em que atendeu o telefone dele vocês estavam brincando de casinha?!

Jamie – Não vou negar que me senti muito atraída pelo seu marido, ele é lindo e gentil mas não aconteceu nada naquele maldito dia. É verdade que bebemos um pouco pois foi um dia e uma madrugada cheia de trabalho, acabamos misturando muita bebida e ele foi me deixar em casa mas foi só isso. Flack estava muito bêbado e quase bateu o carro então pedi que entrasse e sentasse um pouco até a bebedeira passar, ele deitou no meu sofá e eu não resisti confesso que tentei beija-lo mas ele dormiu. Foi isso que aconteceu. É claro que queria que você pensasse que houve alguma coisa e que terminassem e ele ficasse livre para mim mas não foi isso que aconteceu. – desviando seu olhar para o chão e depois de um tempo volta a encarar Jessica. – Pelo contrário, desde aquele dia ele só faz me ignorar, tentei reverter a situação indo até o hospital e encontrei com você...bom...sabemos o que aconteceu...depois fui até o apartamento dele mas quando cheguei ele estava saindo com o Detetive Taylor muito apressado e nem me deu atenção, nada. – ela respira fundo. – Vi que não adiantava tentar nada, ele só tem olhos para você. E eu espero que ele seja muito feliz ao seu lado. Da família que estão construindo. – Jessica a olha um pouco intrigada e Jamie da um sorrisinho forçado.

Jamie – Eu sei da gravidez, aliás isso não é segredo pra ninguém, ele veio aqui e gritou aos quatro cantos como estava feliz em ser pai.

Jess – E vamos ser muito felizes Jamie, pode apostar.

Jamie – Eu só quero deixar as coisas bem claras para não ter nenhum problema, já que não vou conseguir me transferir agora.

Jess – Transferir?

Jamie – É. Quando as coisas aqui na delegacia melhorarem eu volto para Nova Jersey. Bom...era só o que tinha pra falar. – saindo.

Jess – Jamie. – ao ouvir seu nome ela para diante da porta e vira-se. – Obrigada por ser sincera comigo.

Jamie – Era o mínimo. - saindo da sala.

Jessica continuava pensando naquela conversa que acabara de ter quando o seu celular começa a tocar em seu bolso.

Jess >> Oi Stell! << - atendendo ao telefone. >> Como está?

Stella >> Estou bem, já voltei pra casa.

Jess >> Que coisa boa minha amiga, estou aqui na delegacia quando sair passo na sua casa pra te ver.

Stella >> Ótimo estou te esperando, quero mesmo conversar com você.

Jess >> Sobre o quê?

Stella >> Quando você estiver aqui eu falo. Não é nada demais. << - tentando tranquilizar a amiga.

Jess >> Tá bom, até mais tarde.

Stella >> Tchau, beijos.

....

Lucy – Papai! – saindo do elevador correndo e indo de encontro a ele que caminhava pelos corredores.

Danny – Oi filhota. – a tomando nos braços.

Lucy – Já acabou papai?

Danny – Ainda não filha mas já estou perto.

Lindsay – Oi amor. – se aproximando dos dois. – Passamos aqui para buscar você.

Danny – Humm! – dando um selinho nela.

Jo – Oi. Oi menina linda! – fazendo cocegas rápidas na barriga de Lucy que ri alto.

Lindsay – Oi Jo. Danny já pode ir pra casa?

Lucy – Vamos visitar a tia Stell.

Jo – Claro que pode, já estar na hora.

Danny – Obrigado Jo, o Adam estar terminando de analisar as imagens que coletamos.

Jo – Tudo bem eu pego com ele.

Danny – Então até amanhã. – saindo com sua família. Lindsay sorri discretamente.

Danny – O que foi?

Lindsay – O que foi o quê?

Danny – Eu estou vendo esse sorrisinho e isso quer dizer alguma coisa.

Lindsay – Não quer dizer nada, é só um sorriso. – eles entravam no elevador.

Danny – Eu te conheço Linds e sei que esta me escondendo alguma coisa.

Lindsay – Não é nada.

....

Jess – Oi Mac. – quando ele abria a porta para ela.

Mac – Oi Jessica. – dando espaço para ela passar.

Jess – E a Stell?

Mac – Está no quarto, pode ir lá.

Jess – Obrigada. Don já estar chegando. – saindo em direção ao corredor.

....

Jo – Adam, Danny me falou que estava terminando a análise das imagens. – entrando na sala em que ele estava.

Adam – Já esta aqui. – passando uns documentos para ela.

Jo – Obrigada. – saindo lendo os documentos.

Adam – Jo. – ela para mas mantém seus olhos nos papeis. – Você vai fazer alguma coisa mais tarde?

Jo – Irei jantar, eu e minhas filhas e mais ninguém porque ninguém merece nossa compania. – ela o olha e depois sai da sala. Adam respira fundo e depois vai até o look.

Adam – Sheldon ainda aqui? Pensei que já estivesse indo embora junto com o Danny.

Sheldon – Hoje vou fazer hora extra, preciso afastar certos pensamentos da minha cabeça e nada melhor do que trabalhar.

Adam – Do que está falando? Que pensamentos?

Sheldon – Mulher Adam, mulher sempre preenche a nossa cabeça. – batendo de leve no ombro do amigo e saindo logo em seguida.

Adam – É verdade, mulher sempre da um nó na nossa cabeça. – falando sozinho de frente para o espelho. – Pior quando nós fazemos a besteira.

....

Jess – Oi. – dando batidas de leve na porta que estava entreaberta.

Stella – Oi Jessica. Entra. – sorrindo ao ver a amiga.

Jess – Como você estar?

Stella – Vou ficar bem com o tempo. – elas se abraçam. – Que bom que veio.

Jess – O que queria falar comigo?

Stella – Vem. – a puxando pela mão e saindo do quarto. – Quero que veja uma coisa. – Stella sorri fraco para a amiga e encara novamente aquela porta, a porta do quarto que montava para seu filho. Jessica apenas a olhava sem dizer nada. Elas entram no ambiente escuro, Stella olha mais uma vez aquele lugar ainda no escuro pois sabia cada disposição dos móveis que continha ali.

Jess – Que quarto é esse Stell? – tentando enxergar alguma coisa no escuro.

Stella – Esse quarto seria do meu bebê. – ascendendo a luz, o rosto de Jessica se ilumina ao ver todas aquelas coisas de bebês.

Jess – Stella que lindo! – olhando para todos os lados. – Nem eu preparei nada para o meu bebê e você já tinha isso tudo montado?!

Stella – Assim que soube da notícia corri em várias lojas e o Mac sempre que podia voltava com algum presentinho, estávamos nos preparando para esse momento mas ainda não foi a hora. – olhando as coisas e uma pontinha de tristeza vem inundar seus olhos.

Jess – E por que me trouxe aqui? – olhando a amiga com curiosidade.

Stella – Porque...porque agora que não tenho mais bebê quero que você fique com todas essas coisas.

Jess – Eu?? – surpresa ao ouvir aquilo. Seus olhos se arregalaram e encaravam a amiga.

Stella – Isso, você tem uma bebê aqui. – passando a mão pela barriga da amiga. – E como você mesma disse não comprou quase nada então quero que você fique com tudo isso porque agora não posso.

Jess – Não posso aceitar isso Stell.

Stella – Mas por quê? – surpresa pela resposta. – Isso é um presente para Charlotte.

Jess – Stell. – pegando as duas mãos dela. – Você por enquanto não vai poder ter filho mas não significa que você não terá o seu. – suas palavras eram cheias de calma.

Stella – É difícil Jess, eu já sentia ele na minha barriga, eu já tinha escolhido o nome.

Jess – E que nome seria?

Stella – Benjamin. Seria o meu Ben.

Jess – Você ainda vai ter o seu Ben e logo, não fica assim... – enxugando uma lagrima solitária que rolara pelo rosto da amiga. –... não pensa que não pode porque você pode. Nós ainda vamos nos reunir no dia de Ação de Graças com os nossos filhos em torno da mesa. Não perca a esperança, só não pode desistir, e você não é de desistir.

Lindsay – Também nunca vi você desistir e não vai ser agora que isso vai acontecer. – falando da porta.

Stella – Linds. – a loira se aproxima das duas amigas ainda de mãos dadas.

Lindsay – Eu preciso contar pra você a sua história? Hum? – mexendo no cabelo de Stella. – Quando criança escapou de um acidente que vitimou seus pais, cresceu em um orfanato, se tornou uma grande policial e por isso foi parar no laboratório de criminalística de Nova York um dos mais renomados do país, assumiu um laboratório de uma cidade que estava devastada...

Stella – Para Lindsay, já entendi. – elas riem.

Lindsay – Vai desistir de ser feliz?

Stella – Não. – os olhos das três amigas se emocionam.

Lucy – Tia!!! – chegando no quarto correndo com Fred.

Stella – Oi meu amor. – se agachando para abraçar a menina.

Lucy – O Fred esta enorme.

Stella – Está sim e muito sapeca. Igual você. – apertando de leve o nariz da criança e logo em seguida ficando de pé.

Jess – Logo o seu Ben vai está correndo pela casa. Mas enquanto isso se você quiser só me doar as fraudas eu aceito. – elas riem.

Lindsay – Stella fiquei sabendo que vai ganhar uma medalha honrosa.

Stella – Eu não quero isso. – caminhando até a janela mudando sua expressão. As amigas perceberam que Stella não gostara do assunto.

Jess – Mas por quê? – indo atrás dela.

Stella – Não tem nada de honroso ou coragem em matar um adolescente.

Lindsay – Amor vai lá para a sala com o Fred ficar com o papai e o tio Mac que nós já vamos, está bem?

Lucy – Tá bom mamãe. – saindo correndo com o cachorro.

Lindsay – Stella eu sei o que está sentindo agora. Já passei por tudo isso. Quando vi minha filha nos braços do Shane Casey, eu não pensei apenas apertei o gatilho, quando tudo passou eu me senti culpada talvez tivesse outra forma para acabar com aquilo, para aquele bandido parar de perseguir a gente mas não tinha e eu optei pela minha família e você fez a mesma coisa. Ou era você ou aqueles garotos, ele tinha bombas no corpo e mais explosivos naquela mochila que podia levar todos que estavam naquela sala pelos ares.

Stella – Mas era só um garoto.

Lindsay – Infelizmente um garoto que não pensou duas vezes em atirar no peito da colega.

Jess – Você foi corajosa sim e vai receber essa medalha.

Stella – Não quero pensar nisso agora, no momento quero pensar na nossa viagem de férias.

Lindsay – Férias...faz tempo que não sei o que é isso. – sorrindo.

Jess – E o meu tempo de folga forçado acabou, voltei a trabalhar hoje. E ainda dei de cara com a Jamie.

Lindsay – E ela?

Jess – Veio conversar comigo. Disse que não teve nada com o Don, que naquele maldito dia ele acabou dormindo mas que não aconteceu nada só deixou que eu pensasse que tivesse acontecido.

Stella – Esperta ela.

....

Na manhã seguinte Stella e Mac vão até a universidade, ainda tinha que acertar sua vida profissional naquele lugar. Mas ao andar novamente por aqueles corredores um sentimento de dor, de tristeza a invade, suas mãos estavam geladas e Mac percebeu.

Mac – Você está bem? – a fazendo parar.

Stella – Não, eu quero falar logo com o professor e sair daqui, parece que essas paredes estão me engolindo.

Mac – Stell olha pra mim. – segurando o rosto dela entras as mãos. – Eu estou aqui. – as aulas ainda não tinham voltado e poucas pessoas caminhavam por ali.

Stella – Eu sei mas caminhar por aqui me traz lembranças horríveis.

Mac – Então vamos resolver e sair daqui. – eles voltam a caminhar para a sala do professor P.

Professor P. – Stella! – a vendo entrar pela sua porta. Ele logo levanta e vai de encontro a ela para abraça-la.

Stella – Oi professor. – ele a abraça forte.

Professor P. – Que bom que está bem, tive tanto medo por você.

Stella – Eu estou bem. – se separando do abraço.

Professor P. – Oi Mac. – o cumprimentando.

Mac – Olá professor. Vou deixar vocês a vontade, espero lá fora. – ele da um selinho em Stella e sai da sala.

Professor – Sente minha querida.

Stella – Obrigada. Professor eu vim aqui porque quero tratar de um assunto importante, acho que...acho que não tenho mais condições de dá aulas, não sei ... ainda estou muito confusa com tudo isso.

Professor P. – Você precisa de um tempo e tem todo o tempo que for preciso.

Stella – Mac e eu vamos viajar de férias por um bom tempo.

Professor P. – Tudo bem então quando voltar você me procura.

Stella – Não professor, não quero mais me comprometer com a universidade, acho melhor me desligar totalmente. Não sei como vai ser minha vida profissional mas prefiro não me comprometer.

Professor P. – Está tudo bem minha querida, você viaja passa o tempo que for só quero que me comunique o que decidir, as portas da universidade sempre estarão abertas para você, fez um ótimo trabalho aqui.

Stella – Obrigada.

Professor P. – Posso saber para onde vão viajar?

Stella – Na verdade ainda não sabemos, estamos estudando um roteiro só sabemos que vamos até Chicago deixar a mãe de Mac, ele quer me mostrar algumas coisas do seu passado.

Professor P. – E do seu passado?

Stella – Eu tenho tão pouco do meu e ele já conhece.

Professor P. – Posso sugerir um local?

Stella – Claro.

Professor P. – Por que não volta a Grécia?

Stella – Não sei se quero voltar lá depois do que passei.

Professor P. – Mas você foi lá para resolver algo da polícia agora seria bom ir se divertir tem tantos lugares bonitos que de uma certa forma fazem parte do seu passado.

Stella – É tem razão, pode ser.

Professor P. – Então vou até pedir que pegue um documento para mim.

Stella – Tudo bem. Agora vou na minha sala pegar umas coisas para levar embora.

Professor P. – Tudo bem, vou pedir que levem uma caixa para colocar suas coisas.

Stella – Obrigada mais uma vez. – ficando de pé.

Professor P. – Não tem que agradecer. – também ficando de pé e se aproximando dela. – Só quero que fique bem. – a abraçando mais uma vez. – Sabe que a tenho como uma ... filha. – segurando o rosto dela entre as mãos. – Fique bem minha querida. – dando-lhe um beijo na testa.

....

Depois de um tempo Mac e Stella arrumaram os livros dentro de uma caixa e já saiam da sala, ela olha para a sala mais uma vez, nesse momento Mac via nos olhos dela a diferença da despedida daquela sala e quando esteve no laboratório de Nova Orleans, ser professora era um ótimo trabalho, estava aprendendo muita coisa mas não era isso que a fazia feliz. Passou a vida inteira sendo policial, trabalhando no laboratório de criminalística, ali não era bem seu ambiente, estava se dedicando era um desafio mas não era o que a empolgava, não era o que dava o brilho em seus olhos, Mac cansou de presenciar a determinação diante de muitos casos, a empolgação, o brilho mas não ali.

Stella – Vamos?

Mac – Claro. – Mac carregava a caixa.

Eles caminhavam de volta pelos corredores circundados de escadas quando ouvem, palmas. Stella e Mac param de caminhar, ela olha para o alto da escada e lá estavam muitos dos seus alunos, as palmas começavam a ficar mais fortes, ela gira nos calcanhares e observa as grades do segundo andar que estava todo tomado de alunos, alguns ela conhecia e outros não e mais alunos chegavam e se juntavam aos que já estavam e as palmas cada vez mais fortes. Stella se emociona ao ver todos ali, ela olhava para o alto e em todos lados tinha gente e todos a ovacionavam, batiam palmas, gritavam seu nome, a agradecia pelo seu feito pois todos estavam bem por ela ter agido. Mac a olhava orgulhoso, ela merecia todos aqueles agradecimentos.

Stella – Amor veja esse negócio da medalha com o Sinclair antes da gente viajar. Quero sair logo de Nova York por um bom tempo.

Mac – Tudo bem, vou ligar para ele e ver isso. – eles já estavam no carro no caminho de casa e o sorriso de Stella depois da homenagem dos alunos não saia de seu rosto.

....

... – Coragem não é ausência de medo mas desperta o julgamento para outras coisas mais importantes... – o secretário de segurança de Nova York dizia aquelas palavras no alto de um palanque com inúmeros jornalista a sua frente fotografando todos e os microfones bem direcionados ao que dizia. Ao seu lado Stella voltava a vestir sua farda da polícia e olhava seus amigos na plateia, todos a olhavam orgulhosos, mas ainda assim seu coração se apertava pela vida que não pode salvar. Mac ocupava o outro lado do secretário ao lado de Sinclair quem segurava a medalha que ela receberia.

Secretário – Hoje, Stella Bonasera Taylor é reconhecida por um extraordinário ato heroico. É uma grande honra condecorar a senhora Taylor com a Combat Cross, ela um dia deixou Nova York para se dedicar na reconstrução de uma cidade arrasada com o furacão Katrina mesmo com o tempo que passou longe nunca deixou de ser uma policial de Nova York.

Sinclair abre o estojo aveludado e Mac retira a medalha em formato de cruz pendurada numa fita de cor verde, Stella olhava o homem que sempre amou caminhando em sua direção com um leve sorriso nos lábios, ela então se vira totalmente pra ele e sem perder os olhos nos olhos Mac coloca a medalha no pescoço de Stella e logo depois uma chuva de flash e palmas são ouvido por todos e mais alguns gritinhos dos alunos mais ao fundo.

Sob a chuva de palmas de alunos e amigos Stella passava por mais uma etapa de sua vida e o que mais estava por vir? Ela não sabia mas estava disposta a descobrir, sempre.

....

Adam estava no estacionamento, no subsolo do laboratório esperando o elevador quando ouve passos apressados, as batidas de um salto feminino que ele reconheceria em qualquer lugar. Ele vira-se e contempla a silhueta de Jô caminhando em sua direção, parecia até que a cena acontecia em câmera lenta, ela tinha a atenção na bolsa que mexia sem parar procurando alguma coisa, seus cabelos se remexiam no mesmo ritmo que caminhava, até que acaba caindo algo de sua bolsa que ela não parava de balançar os dois de agacham ao mesmo tempo para apanhar, as mãos se tocam e aquele pequeno choque é sentindo por ambos. Eles se encaram por breves segundos que pareciam uma eternidade, os olhos contornavam a boca um do outro, os corações batiam acelerados até que ouvem o barulho do elevador chegando fazendo-os sair do transe que se encontravam. Jô quase da um pulo de susto e entra no elevador e Adam faz a mesma coisa, os corações continuavam acelerados, estavam tão próximos e ao mesmo tempo tão longe, até que Adam quebra o silêncio constrangedor.

Adam – Cerimônia muito bonita de premiação da Stella.

Jô – É foi sim. – seus olhos estavam grudados na porta.

Adam – Jô precisamos conversar.

Jô – Pode falar Ross. – olhando os números que marcavam o andar mudar demoradamente.

Adam – Preciso te pedir desculpas, estou com muitas saudades suas...

Jô – Para Adam! Não existe nós. – passando a olha-lo. – Isso foi um erro!

Adam – Erro?? – aumentando o tom de voz. Adam bate a mão propositadamente no botão de emergência fazendo o elevador parar entre os andares.

Jô – O que está fazendo??

Adam – Eu não suporto mais ficar sem você, estou arriscando tudo por você, porque te amo.

Jo – Adam aqui não. Vamos conversar em outro lugar.

Adam – Estou tentando conversar com você.

Jô – Tem um monte de câmera por favor.

Adam – Então onde?

Jô – Eu vou te procurar não se preocupe agora aperte esse botão de volta.

Adam – Tudo bem, eu vou esperar. – ele aperta o botão e o elevador destrava e no primeiro andar em que abre as portas ela salta dele apressadamente, estava nervosa, sua respiração estava ofegante. Nem sabia que andar era aquele mas não importava só não queria ficar no mesmo metro quadrado que Adam ou poderia descumprir as regras e beija-lo ali mesmo.


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Notas finais do capítulo

Pessoal comecem a colocar na cabecinha de vocês que a fic ta terminando, ta na fase final da final, ok?!
Bjos



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