Entre o Amor e Ódio escrita por Joybessa


Capítulo 44
Não quero mais lutar


Notas iniciais do capítulo

Hey! Capítulo novinho saído do forno! Pessoal, agora é oficial! Estamos na contagem regressiva para o último capitulo. Se a minha contagem não for falha, daqui três capítulos será o último. Cortam os últimos momentos da história da Ju. Obrigada a cada um de vocês que estão com ela até hoje!



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No dia seguinte, tomei café da manhã rápido. Eu e o Will estávamos um pouco atrasados e quando a gente chegou a escola para o ensaio estava o maior burburinho.

— O que será que está acontecendo? – perguntei ao Will – Que estranho, tem um bolo de gente na porta do auditório.

Will deu de ombros.

Vi a Luiza empurra as pessoas para conseguir sair do auditório e o Lucas seguia logo atrás. A cara da minha amiga estava péssima.

— Luiza, você está pálida – falei – Está passando mal?

—Ju... Eu.. – Luiza não completou

— Ju, é melhor você entrar – Lucas falou – Vai com ela, Will.

— Gente, vocês estão me assustando – falei – Luiza, você travou. O que está acontecendo?

Antes que a Luiza pudesse me responder, a supervisora mandou todos entrarem para o ensaio aos berros, pois já estava todo mundo atrasado. Entrei no auditório e senti algo diferente no ar. Alguma coisa estava errada e logo eu descobriria o quê. Quando finalmente consegui chegar perto, o palco estava com muita gente. Era uma roda de pessoas envolta de alguma coisa. Minha curiosidade não me permitiu esperar, sem paciência, empurrei as pessoas e antes eu não tivesse feito isso. A Manuela estava de braço dado com o Fernando. Seus olhos azuis me fitaram. Percebendo minha presença Manuela não hesitou em me provocar e o beijou. Senti minhas pernas bambearem e então uma mão segurou a minha e deu um aperto forte. Will estava ao meu lado e sussurrou

— Não demonstre sua dor. É isso que ela quer. Eu estou aqui. Feche seus olhos e conte até cinco e respire. Isso vai ajudar a conter as lágrimas.

— Bom, caros alunos, é com muito prazer que eu venho anunciar a todos vocês a volta do nosso querido aluno Fernando – a diretora falou – Fernando, é uma honra ter você aqui recuperado conosco.

— Obrigado – Fernando falou – Fico feliz por estar de volta e poder participar da formatura com vocês.

Todos o cumprimentaram com tapinhas e sorrisos e eu fiquei ali parada sem ter o que fazer. O que eu mais queria era ir até lá e finalmente senti-lo nos meus braços. Sem pensar direito, larguei a mão do Will e fui até o Fernando.

— Eu também estou feliz por você está bem – falei – Se você pelo menos me desse uma chance...

— Assim você se sente menos culpada, não é. – Manuela falou – Saia daqui.

— Você vai me obrigar? – eu a enfrentei

— Não, quem vai sou eu. – Fernando falou – Por favor, Juliana! Fica longe de mim.

— Não se trata uma mulher assim – Will falou – Você está cometendo um grande erro.

— Quem é você? – Fernando perguntou – Namorado dela?

— Bem que eu queira, mas ela só tem olhos para alguém que está cego e sendo feito de bobo por uma cobra – Will falou e olhou na direção da Manuela – Eu tenho pena de você. Acha  mesmo que construir uma relação com mentiras vai dar certo? Você vai terminar sozinha.

Antes que os dois pudessem reagir, Will agarrou minha mão e me puxou e eu só consegui escutar a Manuela resmungando.

— Obrigada

— Não me agradeça, Ju. Eu não podia deixar ele te tratar assim, mesmo na atual situação.

Não consegui dizer nada. Meu coração já tinha apanhado tanto que parecia estar anestesiado. Depois dessa reação do Fernando eu não tinha mais esperança. Os casais começaram a se formar e coreográfica deu inicio ao ensaio. Enquanto não começava o ensaio da valsa estava tudo bem. Eu não sabia, naquele momento, como seria ver o Fernando valsando com a Manuela, mas só de imaginar eu sentia um nó se formando na minha garganta. O ambiente ficou tenso.

— Ju, você vai sair dessa – Lucas falou – Ainda não desistimos de encontrar uma solução.

— Não importa. Eu já desisti – supirei – É melhor a gente prestar atenção no ensaio.

— Bom, meninos – a coreografa falou – Vamos ensaiar a entrada dos formandos! O espaço que vai ser realizado o baile de formatura tem uma escada que da para o salão. Vocês já viram filmes clássicos não, é? Então! Cada cavaleiro vai esperar sua dama, que descerá graciosamente, na ponta da escada e ir até o seu lugar como marcamos aqui antes da valsa dos formandos começar. Bem, vamos fazer um ensaio! Meninas, quero todas em fila perto da escadinha que desce do palco. Vamos imaginar que ela é escada que vocês desceram para encontrar seus pares. E por favor sejam graciosas! Pelo menos tentem!

Ficamos em fila perto da escadinha e minha vontade era de larga tudo e ir embora para minha casa. Eu tinha tomado uma decisão. Depois da formatura eu iria embora daqui e deixaria tudo para trás. Os meninos já estavam em posição para nos receber. O primeiro era o Fernando. Apertei meus lábios enquanto via a cena acontecer. A Manuela descia triunfante e o Fê a seguia com o olhar, mas apenas por um momento seu olhar se esbarrou no meu e eu abaixei a cabeça tentando conter as lágrimas que insistiam descer. Uma a uma foi descendo e indo de encontro aos seus pares até que sobrou somente eu.

— Já pode descer – a coreografa falou – Vamos iniciar a valsa assim que o ultimo casal se posicionar.

Will me lançou um olhar de cumplicidade e estendeu a mão até a minha direção. Desci a escadinha tentando ignorar todos os olhares em minha direção e inclusive o dele. Cheguei perto do Will e me forcei a dar um sorriso. Tentaria pensar nele para sobreviver a esse pesadelo.  A valsa começou e no momento que pousei meus olhos na Manuela e no Fernando parecia que eu tinha esquecido de valsar. Voltei para aquela noite. A noite mais feliz e ao mesmo tempo a pior da minha vida. A lembrança de nós dois  dançando colados e do “Eu te amo” trocado por nós dois me deixou ainda mais triste.

— Ju, está tudo bem? – Will perguntou

— Vai ficar.

Parei de dançar e me voltei para os dois. O Fernando sussurrava aos pés do ouvido da Manuela e ela sorria.

— Vamos embora. Agora!

Saí correndo no meio da música decidida a não me submeter a isso. Era demais para mim. Eu não podia lutar. Não mais. Eu o perdi.


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Notas finais do capítulo

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