Os Gêmeos Potters escrita por MaV1


Capítulo 42
Dragões




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Quirrell, no entanto, deve ter sido muito mais corajoso do que os Grifinórios pensaram. Nas semanas seguintes ele pareceu estar ficando mais pálido e mais magro, mas não parecia ter cedido.

Todas as vezes que os meninos passavam pelo corredor do terceiro andar, Harry, Ron e Hermione encostavam as orelhas na porta para verificar se Fofo continuava a rosnar lá dentro. Snape levava a vida no seu habitual mau humor, o que com certeza significava que a Pedra continuava a salvo. Sempre que Harry passava por Quirrell nesses últimos dias dava-Lhe um sorriso como a encorajá-lo, e Ron começara a censurar as pessoas que riam da gagueira de Quirrell.

Hermione, no entanto, tinha mais no que pensar do que na Pedra Filosofal Começara a programar suas revisões e a marcar em cores suas anotações de aula para classificá-las. Harry e Ron não teriam se importado com isso, mas ela não parava de chateá-los para fazerem o mesmo.

— Hermione, os exames estão a séculos de distância. —

— Dez semanas — retorquiu Hermione. — Não são séculos, é como um segundo para Nicolau Flamel.

— Mas nós não temos seiscentos anos — lembrou-lhe Ron. — Em todo o caso, o que é que você está revisando se já sabe tudo? —

— Que é que estou revisando? Vocês ficaram malucos? Vocês já perceberam que precisamos passar nesses exames para chegar ao segundo ano? Eles são muito importantes, eu deveria ter começado a estudar a um mês, não sei o que deu em mim... —

— A Hermione está certa Ron, vocês dois tem que estudar mais — Disse Violet que estava sentada ao lado da amiga a mesma que deu um sorrisinho vitorioso em direção ao outro ruivo da mesa. — mas o Ron também está certo Hermione, você tem que relaxar um pouco, ou então você vai tar tão estressada no dia dos exames que vai errar coisas bobas. — completou. A outra garota só fez uma careta mais concordou.

Infelizmente, os professores pareciam estar pensando da mesma maneira que Hermione. Passaram tantos deveres de casa que as férias da Páscoa não foram tão divertidas quanto as de Natal. Ficou difícil se descontrair com Hermione ao lado, recitando os doze usos do sangue de dragão ou praticando movimentos com a varinha. Aos gemidos e bocejos, Harry e Ron passaram a maior parte do tempo livre com ela, na biblioteca, tentando dar conta de todos os deveres extras.

— Eu nunca vou me lembrar disso — desabafou Ron uma tarde, largando a pena de escrever na mesa e olhando desejoso pela janela da biblioteca. Era na realidade o primeiro dia bonito que tinham em meses. O céu estava claro, azul—miosótis e havia uma expectativa de verão no ar.

Harry, Violet estava na detenção com Snape então Harry estava com eles, que estava procurando o verbete "Ditamno" no livro de Cem ervas e fungos mágicos, não levantou os olhos até a hora em que ouviu Ron exclamar:

— Rubeus! Que é que você está fazendo na biblioteca? —

Hagrid veio arrastando os pés, escondendo alguma coisa às costas. Parecia muito deslocado com o seu casaco de pelo de toupeira.

— Só olhando — disse numa voz insegura que imediatamente despertou o interesse deles. — E o que é que vocês estão armando? — Ele pareceu repentinamente desconfiado. — Não continuam procurando o Nicolau Flamel, continuam? —

— Ah, já descobrimos quem ele é há séculos — disse Ron para impressionar. — E você sabe o que é que aquele cachorro está guardando, é a Pedra Filo... —

— Chhhhi! — Hagrid olhou à sua volta depressa para ver se alguém estava escutando. — Não saiam gritando isso por ai, que foi que deu em vocês? —

— Mas, tem umas coisinhas que queríamos perguntar a você. — disse Harry — sobre as outras coisas que estão protegendo a Pedra além do Fofo... —

— CHHHHHI! — fez Hagrid de novo. — Escutem, venham me ver mais tarde, não estou prometendo que vou lhes dizer nada, vejam bem, mas não saiam dando com a língua nos dentes por ai, estudantes não devem saber disso. Vão achar que fui eu que contei a vocês... —

— Vemos você mais tarde, então — concordou Harry.

Hagrid saiu arrastando os pés.

— Que é que ele estava escondendo às costas? — perguntou Hermione pensativa.

— Acham que tinha alguma coisa a ver com a Pedra? —

— Vou ver em que seção ele estava — prontificou-se Ron, que já estava farto de trabalhar. Voltou um minuto depois com uma braçada de livros e largou-os em cima da mesa.

— Dragões — cochichou — Rubeus estava procurando coisas sobre dragões! Olhem só estes: Espécies de dragões da Grã-Bretanha e da Irlanda, Do ovo ao inferno, guia do guardador de dragões. —

— Rubeus sempre quis um dragão, ele me disse isso da primeira vez em que nos vimos — comentou Harry.

— Mas é contra as nossas leis — argumentou Ron. — Criar dragões foi proibido pela Convenção dos Bruxos de 1709, todo o mundo sabe disso. É difícil evitar que os trouxas reparem em nós se criarmos dragões no quintal. Em todo o caso, não se pode domesticar dragões, é perigoso. Vocês deviam ver as queimaduras que Carlinhos recebeu de dragões selvagens na Romênia. —

— Mas não tem dragões selvagens na Grã-Bretanha? — perguntou Harry.

— Claro que tem — respondeu Ron — Os dragões verdes galeses e os negros das ilhas Hébridas. O Ministério da Magia tem um bocado de trabalho para mantê-los em segredo, posso lhe garantir. O nosso povo vive enfeitiçando trouxas que os viram, para fazê-los esquecer. —

— Então o que será que Rubeus anda armando? — perguntou Hermione.

Quando eles bateram à porta da cabana do guarda-caça uma hora mais tarde, ficaram surpresos de ver que todas as cortinas estavam fechadas. Hagrid perguntou "Quem é?" antes de deixá-los entrar e em seguida fechou depressa a porta assim que eles entraram.

Estava um calor sufocante no interior da cabana. E embora fosse um dia bem quente havia um fogaréu na lareira. Hagrid preparou chá para os meninos e lhes ofereceu sanduíches de carne de arminho, que eles recusaram.

— Então, vocês queriam me perguntar uma coisa? Onde está a Violet? —

— Queríamos — disse Harry. Não havia sentido em perder tempo com rodeios. — Estivemos pensando se você poderia nos dizer o que mais está protegendo a Pedra Filosofal além de Fofo. Detenção com Snape. —

Hagrid amarrou a cara.

— Claro que não posso dizer. Primeiro, eu mesmo não sei. Segundo vocês já sabem demais, de modo que eu não diria a vocês se soubesse. Aquela Pedra está aqui por uma boa razão. Quase foi roubada de Gringotes. Suponho que vocês já chegaram a essa conclusão. Fico até espantado que saibam da existência de Fofo. —

— Ah, vamos Rubeus, talvez você não queira nos dizei, mas você sabe tudo o que acontece por aqui — disse Hermione num tom caloroso e lisonjeiro. A barba de Hagrid mexeu e eles perceberam que estava sorrindo. — Só estávamos querendo saber realmente quem fez o feitiço de proteção — continuou Hermione. — Estávamos querendo saber em quem Dumbledore teria confiado o suficiente para ajudá-lo, além de você. —

O peito de Rubeus se estufou ao ouvir essas palavras. Harry e Ron se abriram em sorrisos para Hermione.

— Bom, acho que não poderia fazer mal contar isso... Vamos ver.... Ele pediu Fofo emprestado a mim... Depois alguns professores fizeram os feitiços... A Professora Sprout... O Professor Flitwick... A Professora Minerva... — ele foi contando nos dedos — o Professor Quirrell... E o próprio Dumbledore também fez alguma coisa, é claro. Um momento esqueci alguém.  Ah, sim, o Professor Snape. —

— Snape? —

— É, vocês não continuam insistindo naquela ideia, ou continuam? Olhem, Snape ajudou a proteger a Pedra, não está prestes a roubá-la. —

Harry sabia que Ron e Hermione estavam pensando o mesmo que ele. Se Snape fora chamado para proteger a Pedra, devia ter sido fácil descobrir como os outros professores a tinham protegido. Ele provavelmente sabia de tudo, exceto, ao que parecia, o feitiço que Quirrell fizera e de que jeito passar por Fofo.

— Você é o único que sabe como passar pelo Fofo, não e, Rubeus? — Harry perguntou, ansioso. — E você não diria a ninguém, não é? Nem mesmo a um dos professores? —

— Ninguém sabe a não ser eu e Dumbledore — disse Hagrid orgulhoso.

— Bom, isso já é alguma coisa — murmurou Harry para os outros. — Rubeus, podemos abrir uma janela? Estou assando. —

— Não pode, desculpe Harry — disse Hagrid. Harry notou que ele olhava para o fogo. Harry olhou também.

— Rubeus, o que é isso? —

Mas ele já sabia o que era. Bem no meio do fogo, debaixo da chaleira, havia um enorme ovo negro.

— Ah — respondeu Hagrid, mexendo, nervoso, na barba. — É... Ah... —

— Onde foi que você arranjou isso, Rubeus? — perguntou Ron, abaixando-se para o fogo para olhar o ovo mais de perto. — Isso deve ter-lhe custado uma fortuna. —

— Ganhei. A noite passada. Eu estava na vila tomando uns tragos e entrei num joguinho de cartas com um estranho. Acho que ele ficou bem contente de se livrar do ovo, para ser sincero. —

— Mas o que é que você vai fazer com ele, quando chocar? — perguntou Hermione.

— Bom, andei lendo um pouco — disse Hagrid, tirando um grande livro de baixo do travesseiro. — Apanhei este na biblioteca:

A criação de dragões como prazer e fonte de renda. É meio desatualizado, é claro, mas está tudo aqui. Mantenha o ovo no fogo porque as mães sopram fogo em cima deles, sabe, e quando chocar dê-lhe um balde de conhaque misturado com sangue de galinha a cada meia hora. E vejam aqui: como reconhecer os diferentes ovos, e este aqui é um dragão norueguês. São raros esses. —

Ele parecia muito satisfeito consigo mesmo, mas Hermione não.

— Rubeus, você mora numa cabana de madeira — lembrou-lhe.

Mas Hagrid nem escutou. Estava cantarolando alegremente enquanto atiçava o fogo.

Então agora tinham mais uma coisa com que se preocupar: o que poderia acontecer a Hagrid se alguém descobrisse que estava escondendo um dragão ilegal em sua cabana.

No dia seguinte o trio voltou até a cabana do guarda-casa para tentar convencê-lo a entregar o ovo novamente, mas sem sucesso, eles passaram o dia todo lá conversando com Rubeus, mas nada do homem ouvir eles quando estava escurecendo eles saíram e foram em direção ao salão principal onde o jantar já estava sendo servido.

— Gente, vamo ficar aqui esperando a Violet, nós temos que contar pra ela. — falou Harry enquanto parava nos banco na porta do salão.

— será que é o melhor cara? — perguntou Ron

— o que você quer dizer com isso Ron? —

— É só que, ela é da Sonserina, e ela ta do lado do Snape... —

— Nem continue Ron. A Violet é a minha irmã, não importa a casa que ela ta e se ela ta do lado do Snape deve ser por algum motivo, nós vamos falar pra ela sim. —

— É Ron, a Violet não vai fazer nada que não seja certo e ... — Hermione então viu a amiga chegando e parou de falar.

— Oi gente. Onde vocês tavão onde? Fui na biblioteca procurar vocês e vocês não tavão lá! — perguntou a Potter

Harry não respondeu, só a puxou até a sala mais próxima.

— ai Harry! que pressa é essa, Merlin do céu. — reclamou Violet

— Nós temos que te contar uma coisa. Nos vimos Hagrid na biblioteca ontem, bem na fileira dos Dragões nos então fomos até a casa dele e tava tudo fechada e quente e adivinha o que tinha no fogo? — preguntou Harry ansioso, não dava pra saber se ele estava feliz ou nervoso.

— Um ovo de Dragão?! — Respondeu Violet brincando

— O que? Como você... —

— espera realmente tinha um ovo? meu deus Hagrid ta maluco? Dragões são ilegais! E ele mora em uma escola, numa casa de madeira! Nós temos que falar pra algum professor. Ou pro Mestre Flitwick ou Pra Mestra McGonagall, já que vocês não gostam do Snape. —

— Nós não podemos! O Hagrid vai se encrencar, nós não podemos fazer isso com ele Vi. — Rubeus tinha sido o primeiro adulto a mostrar algum tipo de gentileza para eles, eles não podiam fazer isso contra ele

— ta certo. Nós não vamos dizer que o Hagrid tem um ovo de dragão, mas nós temos que dar um jeito dele. — disse a garota enquanto ia em direção a porta. — eu tenho que ir, nos encontramos amanhã na biblioteca pra estudar. —

Durante o café da manhã um dia Hedwiges trouxe uma nota de Rubeus

“Eu não sei o que fazer eu acho que fiz algo errado não está chocando’’

A carta estava cheia de marcas de lagrimas

— Vai ver leva mais tempo. — comentou Harry

— se ele está preocupado é porque já devia ter chocado. — respondeu Hermione. Ron queria ir e consolar Rubeus e faltar Herbologia, mas Hermione não deixou então o trio decidiu que iria para a aula e depois passaria na cabana.

— Hermione, quantas vezes na vida vamos poder ajudar um ovo de dragão? —

— Temos aulas, vamos nos meter em confusão, e isso não vai ser nada comparado à situação de Rubeus quando descobrirem o que ele anda fazendo. —

— Cala a boca! — cochichou Harry.

Malfoy estava a apenas alguns passos e parou instantaneamente para ouvir. Quanto teria ouvido? Harry não gostou nem um pouco da expressão que viu na cara de Malfoy.

— O que foi Draco? Congelou de novo? — perguntou Violet o que fez Malfoy sair praticamente correndo do salão.

Ron e Hermione discutiram todo o tempo a caminho da aula de Herbologia e, no final, Hermione concordou em dar uma corrida à casa de Hagrid com os dois no intervalo da manhã.

Quando a sineta tocou no castelo anunciando o fim da aula, os três largaram as colheres de jardineiro e atravessaram a propriedade correndo em direção à orla da floresta. Hagrid cumprimentou-os parecendo vermelho e triste.

O ovo estava em cima de mesa e tinha um engradado no chão cheio de cobertores

— o que aconteceu Rubeus? — perguntou Hermione vendo a tristeza do guarda-caça.

— Eu... Eu... pedi ajuda pro Dumbledore... grande homem o Dumbledore.... E ele ... e ele vai enviar.... Vai enviar o ovo .... Pra uma.... Pra uma reserva… — disse entre grandes soluços e começou a chorar. O trio meio sem saber o que fazer abraçaram o grande homem.

— Isso é bom Rubeus, o ovo vai poder crescer em um lugar junto com outros dragões. — tentou animar Harry

— Mas e se os Dragões maiores forem maus com ele? — perguntou Hagrid parecendo uma criança

— então os cuidadores vão ajudar o ovo. Eu tenho certeza que o Dumbledore não ia enviar o seu ovo pra um lugar que ele não achasse bom, não é? — tentou Hermione.

— É Hagrid. Charlie sempre fala que os filhotes são os melhores dragões a serem tratados por todos. Ele vai ser um rei, ou rainha. — completou Ron

— Você... Você acha? —

—Ah... Yeah claro. — disse Ron

— o que é aquilo? — Alguém estava espiando pela fresta nas cortinas, um garoto estava correndo de volta para a escola. Harry se precipitou para a porta e espiou para fora. Mesmo a distância não havia como se enganar. Malfoy vira o ovo de dragão

— Mas um motivo pra enviar o ovo pra reserva. Malfoy com certeza vai tentar fazer algo Hagrid. — disse Harry.

— um amigo do Dumbledore vem pegar o ovo amanhã, pra examinar e levar pra uma reserva. — com o susto do Malfoy Hagrid esteva mais calmo.

— nós temos que ir, nós temos que almoçar e ir pra aula, mas nós podemos voltar aqui se você quiser. — disse Harry.

— não precisa Harry, mas obrigada. Agora vao, não quero que vocês percam aula por minha causa. — e empurrou eles até a porta.

— Como será ter uma vida tranquila — suspirou Ron na sala comunal, pois noite após noite eles lutavam para dar conta de todos aqueles deveres de casa suplementares que estavam recebendo e agora tinham um adulto emotivo pela falta de um ovo de dragão e o pior Hermione começava a programar as revisões de Harry e Ron também.

Estava deixando os dois malucos.


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