— Eu tenho que ir Harry, se você não conseguir nos alcançar a nossa sala comunal é no sétimo andar atrás do quadro da mulher gorda e a senha é... Vem aqui— disse Percy a Harry e chegou perto e cochichou algo no ouvido dele. — Não fiquei muito tempo ai, senão vocês irão passar o toque de recolher. — Harry só concordou então Percy deu um aceno com a cabeça para Violet e deu as costas para os Potters.

— Você está bem Harry?Você não está brabo está? —Perguntou Violet enquanto sentava-se à mesa da Gryffindor. Harry podia ver que a irmã estava com medo do que ele estava pensado, mas para falar a verdade ele não sabia o que pensar. Todos diziam que aquela casa era para os maus, porem a irmã dele não era má.

— Eu não sei Violet, de verdade. Eu só quero saber o por quê? Você podia ter ido para a mesma casa que eu, você podia ter escolhido, eu escolhi, então porque você não escolheu a Gryffindor? —perguntou Harry enquanto se sentava ao lado da irmã. — Você lembra o que o Hagrid falou? O Voldemort foi da Slytherin. O homem que matou os nossos pais, então por que você quis ir para a mesma casa que ele? A casa de onde todos falam que só cria bruxos das trevas? —

— Justamente por isso, Harry. Eu quero entender porque alguém se tornaria tão mau. Voldemort foi como agente, ele veio para cá, ele estudou onde nos vamos estudar, ele comeu nesse mesmo Hall. Eu fui para a Slytherin por que eu quero saber por que ela cria bruxos das trevas como todos falam. Pra saber o que tem de tão diferente nela que muda alguém. Entende? —

—Mas, e se você mudar também? E se eles sei lá, fizerem lavagem cerebral em você, ou alguma coisa assim?— Harry entendia o porque dela escolher a Slytherin, ele também estava curioso do porque Voldemort se tornar tão mau como todos falam, mas não gostava das possíveis conseqüências.

— Simples, se você ver que eu to mudando é só você colocar juízo na minha cabeça. Mas, não fique muito esperançoso Potter, você não vai se livrar de mim. Você está preso a mim pra sempre maninho. —Disse Violet jogando um braço sobre o ombro do irmão — Não importa em que casa eu ou você esta, não importa nem mesmo que, as nossas casas se odeiem, ou nossos amigos pelo que vi no trem, nós vamos continuar irmãos, vamos continuar família, a única coisa que mudou é que nos não vamos ter que dividir o quarto. O que é bom afinal não agüentava mais você roncando. — Brincou Violet — Certo?—

— Concordo com quase tudo, menos a parte do ronco porque eu não ronco é você que ronca. — As conversas entre os Potters geralmente terminava assim, com eles brincando um com o outro.

Harry sabia que não importava a casa que eles estavam, nem com quem eles fizessem amizade, eles iriam continuar juntos.

— Que mentira Potter. Se você não tem coragem pra admitir não jogue a culpa pra mim. — Alegou Violet — Mas, em, mudando de assunto, a sua cicatriz doeu hoje não foi?! Durante o banquete. —

— Primeiro eu sou corajoso, eu estou na Gryffindor afinal. — Brincou Harry — E segundo sim, ela doeu, foi quando aquele professor de preto me olhou. Eu não tive uma boa sensação, não sei como, mas acho que bati o seu recorde. —

— Quem o Snape?Que recorde? — perguntou a Slytheri nao irmão.

— Não tivemos nem a primeira aula e já tem professor que não gosta de mim — brincou Harry.

— ahh. Você aprendeu com a melhor né?! Mas, por que você acha que ele não gosta de você? O Theo falou que ele é bem duro então vai ver ele é assim com todo mundo. —

— O professor Snape não gosta de ninguém da Gryffindor Potter, não precisa se preocupar não é nada pessoal. — Disse uma voz por de traz de Harry, ele se virou e viu Malfoy. O garoto de cabelo platinado já tinha trocado a sua gravata preta com o logo de Hogwarts pela gravada verde e prata da Slytherin. — Sinto muito interromper a conversa, mas o toque de recolher ira acabar em meia hora. E eu acredito que como o Potter ainda não conhece o castelo vai demorar um pouco até ele achar a sala comunal dele. —

Violet só concordou e levantou — Vamos Harry? O Draco está certo é melhor nós irmos, se não você vai se meter em encrencas. —

— Okay, obrigado por vir nos avisar Malfoy— agradeceu o leão enquanto iam até a porta do salão principal.

— Não tem de que Potter. —

—Certo, agora eu tenho que ir. Nós nos vemos amanha Speedy? — indagou Harry a irmã enquanto subia os degraus em direção a sala comunal da Gryffindor.

— Sim, eu vou tentar sentar com você um pouco no café da manha tudo bem?! — O Potter mais velho só concordou e se despediu dos Slytherins.

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O caminho até as salas comunais foi tranqüilo para ambos os gêmeos. A sala comunal da Slytherin ficava atrás de um quadro de um pântano com uma cobra, assim que Draco falou a senha “ambição” à cobra se enroscou no canto esquerdo e a sua cabeça se tornou uma maçaneta.

A sala comunal da Slytherin era um cômodo tipo masmorra, com paredes de pedras brutas, ela possuía uma luz esverdeada que vinha das janelas, que, aparentemente ficava em baixo d’água. Entre dois sofás de couro preto existia uma lareira, as paredes estavam repletas de caveiras humanas e imagens de cobras, ao lado direito da porta onde Violet e Draco estavam tinha um quadro com um homem segurando uma caveira. Nas três janelas que o cômodo possuía era possível ver o brasão da Slytherin e entre elas estantes com livros grandes e grossos.

A sala também tinha quadro mesas. Uma circular com cerca de oito cadeiras; outra no centro da sala com somente uma cadeira e com um abajur, a menor era a frente do quadro e possuía duas poltronas e um jogo de xadrez. A quarta era no canto esquerdo da sala comunal, ela era comprida com quatro cadeiras e dois abajures.

— Legal né? Os dormitórios façam naquele corredor — falou Draco apontando um corredor perto da mesa com o jogo de xadrez — o dormitório das meninas fica a direita e dos meninos à esquerda. A partir da porta eu não posso te ajudar porque os meninos não podem entrar, mas tenho certeza que você vai conseguir se achar. —

— É bem legal mesmo. Mas, por que as janelas são desse jeito? Nós estamos embaixo d’água ou algo assim? — indagou Violet enquanto ia até o corredor em direção aos dormitórios.

—Na verdade sim. Nós estamos em baixo do lago negro. Meu pai me disse que se você tiver sorte você ira conseguir ver a lula gigante durante o tempo que você estudar aqui. Ele nunca viu, mas meu padrinho já. —Draco já estava no primeiro degrau em direção ao seu dormitório.

— Eu espero que eu consiga ver, boa noite Draco. — Desejou Violet e subiu um pequeno lance de escadas.

O dormitório feminino da Slytherin tinha quatro portas, a primeira delas tinha uma placa que podia ser lido: “primeiro e segundo anos”. Dentro dela existia uma escada, quando Violet chegou ao final dela ela se surpreendeu, ao invés de um cômodo escuro e frio como o anterior esse era bem iluminado e quente ele era decorado com as cores da Slytherin, verde e prata. Assim como a outra sala essa possuía dois corredores e antes de cada um tinha uma placa, ela foi em direção ao corredor do primeiro ano nele só tinha quatro portas, cada qual com uma placa, menos a ultima, nelas tinham escrito: “Bulstrode, Millicent &Davis, Tracey” na primeira. “Greengrass, Daphne & Parkinson, Pansy” na segunda. Na terceira só tinha um nome “Potter, Violet”.

O novo quarto de Violet era o maior quarto que a menina já tinha visto, era maior que o quarto de Duda, maior até mesmo que o quarto de Tia Petunia e Tio Vernon! Ele possuía duas janelas que, assim como a da sala comunal, tinha vista para o interior do lago negro. No centro do quarto existia uma cama com quatro postes com lençóis brancos e cobertores verdes. Entre as janelas existia uma mesa com um abajur e uma prateleira. Do lado oposto a cama estava uma lareira pequena com um sofá de três lugares no mesmo estilo da sala comunal. No lado direito da porta se encontrava um guarda roupa de madeira escura de duas portas com uma cobra encravada em cada uma. O malão da nova Slytherin estava ao pé da cama, mas quando ela foi ate ele para pegar o seu pijama ele só estava com o material de escola.

Todas as roupas que Violet trouxe tanto as vestes bruxas quanto as roupas normais estavam organizadas no guarda roupa. Procurando entre as prateleiras Violet achou um dos pijamas que Tia Petunia comprou em um brechó e colocou, ela então saiu do quarto e foi em direção a ultima porta do corredor que era um banheiro ele, assim como os outros cômodos, era enorme no meio estava uma banheira que mais parecia uma piscina, logo á frente da porta existiam cinco outras portas, que Violet presumiu que fossem os chuveiros. Violet logo percebeu que tudo no banheiro estava dividido em cinco, o material de higiene pessoal de Violet estavam na ultima torneira. Ela fez a sua higiene pessoal rápido e voltou para o quarto. Assim que ela deitou a cabeça no travesseiro ela dormiu.