Os Gêmeos Potters escrita por MaV1


Capítulo 16
Banquete de Boas Vindas


Notas iniciais do capítulo

Agradecendo a Isadora Palhano que comentou seis capítulos e a Leitora fantasma.



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Após Ron ser mandado para a Gryffindor ele se sentou ao lado de Harry e Percy o parabenizou. Assim que a seleção terminou Harry baixou os olhos para o prato dourado e vazio diante dele. Acabara de perceber como estava faminto. As tortinhas de abóbora pareciam ter sido comidas havia anos.

Alvo Dumbledore se levantara. Sorria radiante para os estudantes, os braços bem abertos, como se nada no mundo pudesse ter-lhe agradado mais do que vê-los todos reunidos ali. — Sejam bem-vindos! — disse. — Sejam bem-vindos para um novo ano em Hogwarts! Antes de começarmos nosso banquete, eu gostaria de dizer umas palavrinhas: Pateta! Chorão! Desbocado! Beliscão! Obrigado. — E sentou-se. Todos bateram palmas e deram vivas. Harry não sabia se ria ou não.

— Ele é... Um pouquinho maluco? — perguntou incerto, a Percy.

— Maluco? — disse Percy despreocupado. — ele é um gênio! O melhor bruxo do mundo! Mas é um pouquinho maluco, sim. — Harry só deu uma risada e se virou para tentar dar uma olhada na irmã. Ele nunca esteve tão longe dela, eles estavam acostumados a fazer tudo juntos. O garoto estava com medo do que iria acontecer agora, mas ele sabia que ele iria fazer de tudo para continuar próximo da irmã, afinal ela era a única família que ele tinha e apesar dela estar na casa que todos falavam que só tinha bruxos maus ele sabia que a irmã não era assim. Claro ela adorava tirar sarro dos outros, principalmente de quem era mau com eles, mas isso não fazia dela uma pessoa má. Ele foi tirado dos pensamentos com Ron dando um empurrão no braço dele.

— Batatas, Harry? — O queixo de Harry caiu. Os pratos diante dele agora estavam cheios de comida. Ele nunca vira tantas coisas que gostava de comer em uma mesa só: rosbife, galinha assada, costeletas de porco e de carneiro, pudim de carne, ervilhas, cenouras, molho, ketchup e, por alguma estranha razão, docinhos de hortelã.

Não é que os Dursley tivessem deixado os gêmeos sem comida, eles davam a quantidade que eles precisavam para continuar trabalhando. Harry encheu o prato com um pouco de cada coisa exceto os docinhos e começou a comer. Estava tudo uma delícia.

— Isto está com uma cara ótima — disse o fantasma de gola de tufos observando, tristemente, Harry cortar o rosbife.

— O senhor não pode...? —

— Não como há quase quatrocentos anos — explicou o fantasma. — Não preciso, é claro, mas a pessoa sente falta. Acho que ainda não me apresentei? Sir Nicholas de Mimsy-Porpington às suas ordens. Fantasma residente da torre da Gryffindor. —

— Eu sei quem o senhor é! — disse Rony inesperadamente. —Meus irmãos me falaram do senhor. O senhor é o Nick Quase Sem Cabeça. —

— Eu prefiro que você me chame de Sir Nicholas. — O fantasma começou muito formal, mas o louro Seamus Finnegan o interrompeu.

— Quase Sem Cabeça? Como é que alguém pode ser quase sem cabeça? —

Sir Nicholas parecia muitíssimo aborrecido, como se aquela conversinha não estivesse tomando o rumo que ele queria.

— Assim disse com irritação. E agarrou a orelha esquerda e puxou. A cabeça toda girou para fora do pescoço e caiu por cima do ombro como se estivesse presa por uma dobradiça. Era óbvio que alguém tentara decapitá-lo, mas não fizera o serviço direito.

Satisfeito com a cara de espanto dos garotos, Nick Quase Sem Cabeça empurrou a cabeça de volta ao pescoço, tossiu e disse:

— Então, novos moradores da Gryffindor! Espero que nos ajudem a ganhar o campeonato das casas este ano! Gryffindor nunca passou tanto tempo sem ganhar a taça. Slytherin tem ganhado nos últimos seis anos! O barão Sangrento está ficando quase insuportável. Ele é o fantasma da Slytherin. — Dando mais uma olhada para a mesa do outro lado do salão ele viu um viu um fantasma horroroso sentado lá, os olhos vidrados, uma cara muito magra e vestes sujas de sangue prateado. Ele estava sentado ao lado de um dos guarda costas do Malfoy e ele não parecia muito feliz com a distribuição de lugares, quem parecia muito feliz era Violet ela estava conversando com um garoto negro que estava sentado ao lado dela. Harry só voltou para o seu jantar quando viu a irmã rindo, ele estava com medo de que o pessoal da casa dela não a tratasse bem, mas viu que esse não era o caso.

Depois que todos comeram tudo o que podiam as sobras desapareceram dos pratos deixando-os limpinhos como no início.

Logo depois surgiram as sobremesas. Tijolos de sorvete de todos os sabores que se possa imaginar, tortas de maças, tortinhas de caramelo, roscas fritas com geleia, bolos de frutas com calda de vinho, morangos, gelatinas pudim de arroz...

Harry, que estava começando a se sentir aquecido e cheio de sono após comer tanta coisa gostosa, olhou outra vez para a Mesa Principal. Hagrid tomava um grande gole de sua taça. A Professora Minerva conversava com o Professor Dumbledore. O Professor Quirrell, com aquele turbante ridículo, conversava com um professor de cabelos negros e oleosos, nariz de gancho e pele macilenta.

Aconteceu muito de repente. O olhar do professor de nariz de gancho passou pelo turbante de Quirrell e se fixou nos olhos de Harry, e uma pontada aguda e quente correu pela testa de Harry.

— Ai! — Harry levou a mão à testa.

— Que foi? — perguntou Percy.

— N-nada. —

A dor se foi com a mesma rapidez com que viera, ele estava acostumado com a sua cicatriz incomodando, ela fazia isso de vez em quando, mas nunca tinha sentido uma dor tão forte assim. Mais difícil foi se livrar da sensação que Harry teve sob o olhar do professor. Uma sensação de que ele não gostava nada de Harry.

— Quem é aquele professor que está conversando com o Professor Quirrell? — perguntou a Percy.

— Ah, você já conhece Quirrell é? Não admira que ele pareça tão nervoso, aquele é o Professor Snape. Ele ensina Poções, mas não é o que ele queria. Todo o mundo sabe que está cobiçando o cargo de Quirrell. Conhece um bocado as Artes das Trevas, o Snape—

Harry decidiu olhar a irmã, por que ele sabia que ela se sentia mal quando a cicatriz incomodava, ele a viu com a cabeça na mesa. Quando ele foi tentar levantar para ir até ela Percy segurou o seu braço — Aonde você vai Harry?—

— A Violet, ela não esta bem, eu vou ver como ela tá. — Disse tentando soltar o seu braço

— Você não pode, é contra as regras. Mas, não se preocupe vai ver ela só comeu muito doce, e de qualquer modo o banquete já esta acabando. Assim que as casas começaram a sair você pode tentar falar com ela. — Harry só soltou um suspiro e se sentou ele sabia que ela já iria ficar bem, mas mesmo assim, ele sempre esteve com ela quando ela passou mal. Entretanto, ele sabia que daqui a frente às coisas iriam mudar, ele só esperava que fosse mudar para melhor.

Para tentar tirar um pouco a preocupação da irmã ele voltou a olhar a mesa dos professores, mais precisamente o professor Snape, mas ele não voltou a olhar na sua direção.

Assim que as sobremesas também sumiram o Professor Dumbledore ficou de pé mais uma vez. O salão silenciou.

— Hum... Só mais umas palavrinhas agora que já comemos e bebemos. Tenho alguns avisos de início de ano letivo para vocês. Os alunos do primeiro ano devem observar que é proibido andar na floresta da propriedade. E alguns dos nossos estudantes mais antigos fariam bem em se lembrar dessa proibição. — Os olhos cintilantes de Dumbledore faiscaram na direção aos gêmeos Weasley. — O Sr. Filch o zelador, me pediu para lembrar a todos que não devem fazer mágicas no corredor durante os intervalos das aulas. Os testes de Quidditch serão realizados na segunda semana de aulas. Quem estiver interessado em entrar para o time de sua casa deverá procurar Madame Hooch. E, por último, é preciso avisar que, este ano, o corredor do terceiro andar do lado direito está proibido a todos que não quiserem ter uma morte muito dolorosa —

Harry riu, mas foi uma das poucas pessoas a fazer isso:

—Ele não esta falando serio! —cochichou para Percy

— Deve estar — respondeu Percy franzindo a testa para Dumbledore.

— E estranho porque em geral ele sempre nos diz a razão porque somos proibidos de ir a algum lugar A floresta está cheia de animais selvagens, todo o mundo sabe disso. Acho que poderia ter dito aos monitores, pelo menos. —

— E agora, antes de irmos para a cama, vamos cantar o hino da escola!— exclamou Dumbledore. Harry reparou que os sorrisos dos outros professores tinham amarelado.

Dumbledore fez um pequeno aceno com a varinha como se estivesse tentando espantar uma mosca na ponta e surgiu no ar uma longa fita dourada, que esvoaçou para o alto das mesas e se enroscou como uma serpente formando palavras.

— Cada um escolha sua música preferida — convidou Dumbledore — e lá vamos nós! —

E a escola entoou em altos brados:

Hogwarts, Hogwarts, Hoggy Warty, Hogwarts,

Nos ensine algo, por favor,

Quer sejamos velhos e calvos

Quer moços de pernas raladas,

Temos às cabeças precisadas

De ideias interessantes.

Pois estão ocas e cheias de ar,

Moscas mortas e fios de cotão.

Nos ensine o que vale a pena.

Faça o melhor, faremos o resto,

Estudaremos até o cérebro se desmanchar.

Todos terminaram a música em tempos diferentes. E por fim só restaram os gêmeos Weasley cantando sozinhos, ao som de uma lenta marcha fúnebre. Dumbledore regeu os últimos versos com sua varinha e, quando eles terminaram,foi um dos que aplaudiram mais alto.

— Ah, a música — disse secando os olhos. — Uma mágica que transcende todas que trazemos aqui! E agora hora de dormir —

Cada mesa saiu lentamente pela porta, primeiro a Ravenclaw, depois Hufflepuff. —Percy eu vou falar com a minha irmã tudo bem?! — Harry realmente não se importava com a resposta dele, mas pelo menos queria que o monitor soubesse aonde ele ia.

— Acho que não vai ser preciso Harry. —

— Como a... — Harry começou a perguntar, mas a voz de Violet interrompeu

— Harry, nós podemos conversar? —


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