O Segredo dos Bennech escrita por bianinha


Capítulo 9
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Enquanto me puxava pelo corredor, Ann me informava sobre os planos, mas eu estava tendo uma pequena dificuldade para me concentrar. Nas últimas frases, peguei mais ou menos o enredo das coisas.

- ... Então, graças ao fuso horário, temos 7 horas de vantagem, ok? - informava me sobrecarregando de coisas.

- Hmmm - foi o melhor que pude fazer. - Onde estamos indo?

- Para o seu quarto, você vai deixar suas coisas lá e vamos comer. - disse acelerando o ritmo de seus passos. Estava meio tonta, com tantos quadros e corredores inacabáveis, e Anne Marie parecia conhecer muito bem tudo aquilo.

Então ela parou em frente de uma porta, com um acabamento muito bonito e uma maçaneta de ouro, ela a abriu e deu espaço para que eu passasse.

- Está a sua altura, senhorita? - disse irônica

O quarto era fantástico, o maior que já vi na minha vida, com direito a cama de casal!

- Razoável. - respondi com o mesmo tom. - Pronto podemos comer agora.

Ela abriu um sorriso largo e desceu as escadas, elas nos levaram a uma sala imensa. Havia uma grande mesa com várias cadeiras muito confortáveis, a da ponta era a maior, deduzi que lá se sentaria o Sr. Benjamin.

- Vamos, sente-se! - alertou ela me tirando do meu pequeno mundinho de pensamentos. - Logo chegam todos os outros, então escolha seu lugar.

Assim que me acomodei, pude ouvir passos e risos se aproximando. Logo, a grande mesa já estava quase cheia. Um homem de fraque entrou e gritou algo em italiano, como: Buon appetito, ou coisa do tipo. Daí entraram garçons com vários pratos e passavam oferecendo a cada um. Para qualquer outro aquele seria um jantar muito formal, mas com a presença dos primos - alguns eu ainda não conhecia - e crianças, as risadas e bagunças predominavam.

O jantar estava ótimo! Havia tudo o que eu mais amava: Comida Italiana. Foi perfeito! Mas depois seguimos para aquela sala novamente, agora só estavam presentes os mais conhecidos. Todos me encaravam, e o jantar se revirava no meu estômago, mas finalmente alguém rompeu o silêncio.

- Pergunte o que quiser, Michelle. - Disse o homem, só agora fui perceber como sua voz passava autoridade.

- Certo... Ahn... O que vocês fazem com esses poderes? - perguntei. Ouvi alguns risos abafados e suspiros profundos e pude deduzir que aquilo seguiria por toda a conversa.

- Bom, nós temos que encobrir algumas coisas dos humanos. Ás vezes, coisas muito estranhas acontecem, estranhas demais para explicarmos. - se esforçava para escolher as palavras certas

- Então, vocês os enganam? - quando falei percebi que soou um pouco mais cruel do que eu planejara.

- Se preferir assim. Mas não somos os vilões, é para a segurança de todos...

- Entendo. - o interrompi, será que essa mania pega? - Mas, eu não entendo o porque desses poderes... - não terminei a frase, deixando que me interrompesse.

- Eles nos ajudam de certa forma, a descobrir o porquê, ás vezes até a encobrir os fatos.

- Que fatos? - perguntei

- Por exemplo, a bomba de Hiroshima. - começou -  Usamos a desculpa da bomba para encobrir uma explosão vinda de ... - pensou muito para continuar - um ser.

- Ser?

- Tecnicamente temos apenas um inimigo. -disse coçando a barba - Ruy.

Fiz minha cara de ponto de interrogação.

- Ele tem um pequeno exército e até pouco tempo, parecia usar a terra como um enorme tubo de experiência. Não sabemos do que. Mas, essas experiências acabam custando bem mais.

- Conte para ela, pai. Sobre os novos poderes. - encorajou Ann.

- Ah, sim. - disse - Bom, nossos poderes surgem com a necessidade. Até um tempo atrás, todos os poderes envolviam mentes, como o meu e o seu: ler mentes, manipulá-las e até prever pensamentos. Porém, ultimamente, poderes mais complexos ter surgido, como o de Ann e Mat: Invisibilidade e tele transporte, e Rob parece estar desenvolvendo uma grande velocidade.

- O que isso significa? - perguntei confusa

- Parece que novos desafios estão por vir. - disse Rob animado

- Talvez não agora, mas em breve. - tranquilizou Sr. Bennech. - Têm acontecido coisas muito suspeitas.

- Tipo o que? - perguntei

Então o silêncio absoluto tomou conta do lugar e os olhos apreensivos do Sr. Bennech me olhavam procurando as palavras certas novamente. 

- Já sabe que são 4 famílias certo? - perguntou ele

- Ahaam. - afirmei.

- Pois bem, uma delas, os Kingans, são os donos desse castelo. Eles sumiram de repente, e um representante de cada família veio para cá substituí-los e investigar qualquer vestígio. Já que, como pode ver, os Kingans são os mais poderosos, esse caso nos deixou muito intrigados.

- E as outras famílias, por que não estão aqui?

- Foram dar os últimos avisos a todos os membros, um dos nossos mais fortes companheiros é Connor Alexis, seu poder se assemelha com o de Mat. Ele tem se esforçado muito na busca, mas nada ainda.

- Uhn... Mas tem uma coisa ainda, por que a minha cicatriz é um B?

- Duas teorias: 1. Você foi trocada na maternidade. 2. Existem mais segredos a serem explorados.

- Isso não parece muito esclarecedor... - admiti

- E não é. - me apoiou o Sr. Bennech - Acontece que todas as famílias ficaram curiosas com seu caso, eles voltam hoje de madrugada para poderem falar com você amanhã antes de você partir.

- Legal, vou ser o centro das atenções... - resmunguei para mim mesma

- Mais alguma coisa?

- Não, acho que não.

- Certo, então durma Michelle. - me aconselhou - Amanhã vai ter muito que fazer, a família é grande. - brincou ele

Obedeci e depois de dar boa noite a todos fui dormir. Olhei o relógio e ele marcava 00:30, ou seja, lá em New Pile ainda era 5:30 da tarde. Suspirei e me virei para dormir.

 

 


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Notas finais do capítulo

Ficou meio curtinho, mas é melhor do que emendá-lo com o outro. O que acharam?