O Segredo dos Bennech escrita por bianinha
Notas iniciais do capítulo
Fiquei sem escrever por um tempo porque fui viajar, e talvez eu vá de novo essa semana, então vocês já sabem...
TOC! TOC! - bateram na porta - TOC! TOC!
Quem era a essa hora? Adivinha, Anne Marie.
- Ai, Ann, o que foi? Você sabe que horas são? -disse entre bocejos e esfregando os olhos
- É que eu não me acostumo facilmente com o fuso horário, daí eu vim saber se você também estava com esse probleminha, assim você me fazia companhia. - Disse sorrindo e entrando no quarto.
- Ah, pode entrar... Mas, felizmente eu não tive esse problema. Se você quiser....
- Deixa eu ficar aqui com você? Vai, por favor? - me interrompeu fazendo beicinho.
- Tá, mas...
- Isso!! - Seu grito me interrompeu, ela colocou a mão na boca para mostrar que tinha feito muito barulho e nos encaramos um momento esperando que alguém reclamasse, mas nada. Então começamos a rir.
Apesar de estar morrendo de sono, fiquei acordada com Anne Marie um tempão, ela me contou várias histórias e artes dela no castelo, que realmente dariam um livro, rimos praticamente o tempo todo, mas o sol nasceu e tivemos que descer para tomar o café da manhã.
Depois de nos arrumar, descemos as escadas com pressa e chegamos na copa com tempo suficiente para poder escolher nosso lugar. O Sr. Bennech me apresentou para todas as famílias como: Michelle da cicatriz. Espero que não seja um apelido sendo formado. Me cercaram de perguntas durante o café e até depois, todos davam seus palpites sobre a cicatriz 'misteriosa' e perguntavam se tudo não era uma farsa ou um pacto com o demo. - O.o Credo cruzes!
- Cuidado, eu tô passando. Licença. - ouvi uma voz vindo do meio da multidão que estava no corredor. - Deixem ela em paz! Ela é uma humana qualquer! Bom não exatamente... Vocês entenderam! - vi Mat se aproximando.
- Mat? - não pude evitar de rir.
-Oi. Ahn... Quantos fãs ,hein? - disse ele quando finalmente conseguiu se aproximar.
Revirei os olhos.
- Me dê sua mão. - pediu ele
- Hã?
- Você sabe, a gente some e aparece. - disse revirando os olhos, mas é que é tão estranho ouvir alguém pedir sua mão assim do nada...
- A tá. - estendi a mão para ele, e em poucos segundos estávamos num lugar totalmente diferente.
Era uma varanda clara, com azulejos brancos no chão, uma mesinha e cadeirinhas brancas - que mais pareciam ser tiradas de casinhas de bonecas.-, plantas de folhas verdes e longas em vasos brancos, e um parapeito, uma muretinha branca com detalhes perfeitos. E a vista? Ah, ela era linda! Se via um laguinho, todos os limites do castelo e no horizonte, várias colinas verdinhas.
- Uau! Obrigada? - disse confusa
- De nada. - ele sorriu e se dirigiu ao parapeito.
- Isso aqui é dentro do castelo? - perguntei
- Sim. Não gosta? - perguntou sem olhar para mim, só admirando a vista.
- Gosto, é tão bonito! - respondi com medo de tê-lo magoado - Mas por que aqui?
- Foi o primeiro lugar em que pensei. - essa resposta parecia meio confusa, mas deixei passar.
- Certo... - então me aproximei ao parapeito. - Então... Você desaparece e reaparece, né? - puxei assunto, mas balancei a cabeça ao perceber o quão ridículo aquilo soou.
Ele riu.
- É, e você lê as pessoas, estou certo? - disse ainda rindo
- A mente delas. - completei
- Hum...
- Posso ouvir o que você pensa... - provoquei
- O que?
- Você acha que sou uma irmã perdida sua e não está muito feliz com isso, por quê?
- Não faço ideia.
- Eu sei que faz, eu sei tudo.- disse com um sorriso de vitória brincalhão.
- Mas que menina metida. - brincou ele.
Eu ri.
- É chato ás vezes, eu descubro coisas que não gostaria de saber e ...
- Michelle? - fui interrompido por um estranho, que ao entrar percebi ter mais ou menos minha idade.
- É, e você? - perguntei confusa
- Sou Connor Alexis. - disse abrindo um sorriso que faz qualquer uma derreter.
Que babaca. ¬¬' - ouvi Mat pensar.
- Olá. - me recuperei do efeito de seu sorriso e continuei - Ouvi falar de você, muito bem, por acaso.
- Que bom. - disse envergonhado.
Ele se aproximou do parapeito e começou a me falar sobre ele e perguntar coisas sobre mim. Podia ouvir Mat bufar e reclamar pelo pensamento, mas não era nem preciso ler a mente de ninguém para perceber que havia uma rivalidade entre os dois, mas sem querer toquei num assunto um pouco delicado.
- Ouvi falar que seu poder é igual ao de Mat. - eu comentei.
- Mas é claro que não! - ele logo se exaltou e se preocupou em explicar as diferenças. - Mathew pode ir a qualquer lugar do mundo, mas eu posso ir a qualquer lugar, hora, em qualquer época.
- Hmm...- disse meio assustada com o jeito que ele explicou.
- Mitchie! Aí está você! - disse Ann entrando pela grande porta de vidro da varanda. - Meu pai quer falar com você, vem. - ela fez um gesto com a mão para que a seguisse.
- Tá. - disse para ela e depois me virei. - Tchau, meninos.
- Tchau. - disseram os dois ao mesmo tempo e percebendo isso se olhando e fuzilando com os olhos.
Revirei os olhos diante daquela cena infantil e segui Ann.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Gostei desse capítulo, minha amiga Jú ajudou.
Obrigada, Jú!
E vocês, gostaram?