O Segredo dos Bennech escrita por bianinha


Capítulo 8
A mansão




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/50489/chapter/8

Era 31 de outubro, Halloween. O plano para minha ida para Itália já havia sido formado pela Ann. Era o seguinte: Eu voltaria da escola com a Anne Marie e 'dormiria' lá - era o que minha mãe pensava -. Na verdade, o primo dela me levaria para Itália, conheceria o famoso pai dela, depois de todas as perguntas esclarecidas, eu voltaria.

Parece simples, mas não é. Na verdade, nem parece simples, eu tenho que entender tudo desse negócio de 'dons' e voltar para casa antes do almoço do dia 1 de novembro! Tava na cara que não daria certo, mas Ann disse que era bobagem, e não precisava se preocupar. 

Então foi assim, terminei a aula e encontrei eles na frente da escola.

- Olha lá ela! - disse Ann acenando enquanto eu me aproximava

- Oi, pessoas. - cumprimentei

- Pronta? - perguntou Paul, eu afirmei com a cabeça.

- Você vai primeiro, depois o Mat volta e nos leva um por um... - explicou Ann - ele só consegue levar uma pessoa por vez, além dele, é claro.

- Falando nisso, cadê ele? - eu perguntei

- Deve estar em casa, ele não precisa perder tempo com o ônibus. - esclareceu Paul

Fomos para a casa de Ann, e lá estava ele, vendo TV.

- Pronto Mat? - perguntou o mais velho

- Mas é claro! - disse com um sorriso torto e se levantou do sofá. - Primeiro levaremos a garota, certo?

- Mitchie. - eu disse - Meu nome é Mitchie

- Tá bom. - disse rindo. - Não vá ficar tonta!

- Pode deixar. - respondi

- Não esqueça, nos espere lá! Nós não demoramos. - informou Paul

- Me dê a mão. - pediu Mat

- Hã?

- Para eu te levar. - disse balançando a cabeça

- Ah, tá! - disse corando

De repente, tudo ficou roxo, depois preto, depois branco e...! Lá estávamos nós, na Itália!

- Gostou? - peguntou

- Uau! - disse sorrindo. - E não, eu não tenho namorado. - esclareci. Ele ficou envergonhado por ter seus pensamentos lidos.

- Não pense mal, sou muito curioso é só! - e sumiu, diante dos meus olhos.

Não demorou muito para que todos estivessem lá. O Mat pareceu aliviado de não ter mais que ir e voltar e evitou ficar do meu lado, e eu sabia disso, porque vi que ele não queria que eu lesse seus pensamentos.

- Gostou da viagem? - perguntou Ann - E da Itália?

- Magnífico! Ambos são fantásticos! - disse também animada, apesar de não conhecer exatamente a Itália.

Ela sorriu e andamos por uma trilha até alcançarmos uma mansão. A mansão era coberta por aquela planta trepadeira e lembrava muito a épocas da idade média. Um belo jardim, com flores, borboletas e fontes, deu um charme especial à casa.

- Chegamos. - informou Paul, mesmo sendo obvio.

- É linda, Ann! Entendo porque gosta tanto daqui! - eu disse

- Como sabe que eu... - ela não precisou completar e eu não precisei responder. - Ah, esquece...

Eu ri. Estava começando a gostar daquilo.

Quando entramos lá, seguimos por vários corredores, passamos por alguns quartos e Rob deu uma 'paradinha' no banheiro. Por fim, chegamos numa imensa sala, com três grandes poltronas de veludo, mas só a do meio estava ocupada

- Sejam Bem - Vindos! - disse uma voz simpática

- Papai! - Ann gritou e foi abraçá-lo - Estava com saudades.

- Trouxemos a garota. - Disse Paul dando espaço para eu passar.

- Ora, ora... Como é seu nome? - perguntou o dono da voz simpática.

- Michelle. - disse

- Michelle, mas não era Mitchie? - peguntou Ann

- Mitchie é apelido, na verdade. - expliquei.

- Mitchie? Não, não combina... - Disse ela

- Deixe disso, eu quero conversar com a Michelle. - Disse ele. - Michelle, meu nome é Benjamin, Benjamin Bennech

Eu me curvei como reverência e pude ouvir alguns risos atrás de mim.

- Não precisa disso. - informou o Sr. Bennech - Somos da mesma família.

- A cicatriz. - cochichou Ann

- Ah, deixe me ver a cicatriz, Michelle? - perguntou estendendo a mão, eu estiquei a minha. - Interessante... Você já conhece a história?

- Sim. Já contamos a ela. - respondeu Ann por mim.

- Claro, claro. Qual é seu dom, querida? - perguntou o homem

- Ela lê pensamentos. - informou Rob por mim. Já estava me acostumando.

- Isso explica o porque que não consegui ler nada. - Pensou consigo mesmo o Sr. Bennech. - Você deve estar muito confusa não é mesmo? E com fome também! Vou pedir o jantar.

- Oba! - gritou Rob lá de trás.

- Descanse e depois conversamos. - Informou o pai de Ann e se retirou da poltrona.

Ann me pegou pelo braço, e me levou pelos corredores.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!