Blessing or Curse? escrita por misshunter


Capítulo 8
8




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–Que caso? -boceja Sam.
–Moradores locais notaram o desaparecimento de uma família e depois de 3 dias o pai retorna sem sua família e com comportamentos estranhos, como não sair durante o dia e as janelas de sua casa foram todas tampadas.
–Metamorfos! -diz Sam.
–Não há outros caçadores para esse caso? -pergunto nervosa.
–Se Bobby nos pediu pra investigarmos isso nós não questionamos só fazemos, falou? -responde Dean arrumando as coisas.
–Não tem como eu ficar?
–Você sabe que não dá.
–Olha, eu sei que vai ser díficil voltar, mas eu vou estar lá com você. -diz Sam enxugando a lágrima de medo que estava escorrendo pelo meu rosto.
–Você é forte vai ficar bem. -diz Dean dando uma leve batida em meu ombro.
Deixamos o hotel e partimos para a estrada, como não estamos tão longe da Pensilvânia suponho que chegaremos amanhã, contando com paradas para lanches e idas ao banheiro.
Dean para descontrair ligou o rádio do carro e estava tocando uma das minha músicas favoritas : Black Dog, Led Zeppelin.
"Hey, hey, baby
When you walk that way
Watch your honey drip
Can't keep away"–eu e Dean cantamos juntos e ficamos conversando sobre musica e nossas bandas favoritas por um bom tempo, Sam ficou nos encarando.
–E você Sam, gosta de música? -pergunto.
–Não é a praia dele.-diz Dean.
–É minha sim.
–Claro que é. -retruca Dean.
–Então... qual sua banda favorita? -pergunto
–É... -diz Sam se enrolando, parece que ele quer me impressionar.
Cas aparece ao meu lado interrompendo Sam. Ele desmaia sobre meu colo. Ele está pálido e com alguns arranhões em seu rosto. Achei que anjos podiam se curar. Enfim Cas parece não estar bem. Como eu sou idiota, é óbvio que ele não está bem.
Eu dou uma sacudida nele e o chamo, mas ele se quer responde. Dean parece apavorado e encosta seu Impala. Os Winchester o chamam,o que é inútil.
–Dean, vamos a um hotel mais próximo. -digo tentando disfarçar a minha preocupação.
Chegamos a recepção de um hotel que por sorte estava do outro lado da rua perto de um posto/loja de conveniencia. Cas apoiado sobre os ombros de Sam e de Dean.
–Um quarto com 3 camas, por favor. -digo a recepcionista.
–Ele está bem? -pergunta ela
–Ele só bebeu demais. -responde Sam.
–3 camas para 4? -ela continua. Sei que é o trabalho dela, mas estou ficando impaciente, ela deveria parar de xeretar e cuidar de sua vida.
–É que... eles - diz Dean se referindo a Sam e Castiel - são um casal.
Olho para o chão para segurar a minha gargalhada. Se eu olhar para a cara de Sam eu não vou conseguir me controlar, percebo que Dean está fazendo o mesmo.
Subimos ao quarto que acabamos de alugar. Os rapazes colocaram Cas deitado na cama. Sam foi ao banheiro e Dean foi comprar bebidas e eu sentei na beirada da cama pois nem sei o que eu poderia fazer, queria muito saber o que ouve com o Cas, mas ele não acorda. Se eu pudesse fazer como ele olhar através da sua alma, mas ao menos sei se anjos possuem alma.
Me sento ao lado da casca de Castiel e coloco minha mão sobre sua cabeça. Sinto uma coisa estranha, como uma sensação de estar prestes a cair em sono, algo do tipo. Meus olhos começam a arder e minha mão parece estar congelada. Sinto um toque em um de meus ombros,o que me faz voltar ao "normal".
–O que você está fazendo? -Sam pergunta confuso.
–É...ah... nada. Quero dizer, só queria que Cas acordasse.
Sam senta ao meu lado e fica olhando dentro dos meus olhos, daquele mesmo jeito de sempre, um olhar indecifrável mas que me hipnotizava.
Sam se espreme como se estivesse ouvindo algo e leva suas mãos á suas orelhas, eu não escuto nada. Não espere,estou ouvindo alguém me chamando. Uma voz cansada mas profundamente expressiva, não consigo identifica-la.
Jennifer, eu preciso que você coloque suas mãos novamente sobre minha mente! Jennifer, eu preciso que você coloque suas mãos novamente sobre minha mente!–e continuava repentinamente, sem parar, quase me deixando louca.
Sam continuava tentando conter o som. As janelas se quebram e a jarra de café em cima da mesa se quebra. Dean entra desesperado, também tampando seus ouvidos e em seu braço uma sacola pendurada com o que eram as cervejas que fora buscar, e agora se resumiam em um monte de cacos.
Suponho que enquanto eu não fazer o que a misteriosa voz não para de dizer, o barulho que está atormentando Sam e Dean não irá sessar. Se a voz diz para colocar NOVAMENTE as minhas mãos sobre a mente, acho que é para colocar as mãos na cabeça de Cas. Só pode ser isso! Novamente eu sendo uma completa idiota, claro que é isso.
Eu faço isso, instantaneamente a voz para de zunir e os Winchester pararam de se debaterem. Sinto aquela mesma sensação de sonolência e de ardência nos olhos.
Em um piscar de olhos, vejo Cas em um beco parecendo procurar algo, ou melhor, procurando alguém. Atrás dele aparece um homem alto, moreno de olhos verdes como esmeraldas, que estava aumentando o ritmo do passo para alcançar o anjo. Cass repentinamente para e se vira, o homem dá um largo sorriso e tira do bolso da sua jaqueta uma faca, não uma comum era uma faca que mata anjos, só sei disso porque já tive pesadelos com assassinato de anjos.
O homem insere seu primeiro golpe, Cas se defende. Os olhos do homem ficam completamente verdes e continua investindo mais e mais golpes e Castiel continua se defendendo. Cas tenta exorciza-lo tocando sua cabeça mas é inútil.
–Fique longe do caminho de Lúcifer! -diz esse demônio.
Cas continua lutando sem falar nada. O demônio parece mais forte que ele, Cas se cansa e leva alguns golpes nos braços e no rosto e finalmente some.
Pisco novamente e estou no quarto de hotel de novo. Dean e Sam ainda estão se recuperando do som que os afetaram, aparentemente não se passou muito tempo, deve ter passado uns 2 ou 3 minutos. Tiro as mãos da cabeça de Cas, que se senta rapidamente. Ele olha ao redor do quarto e friza seus olhos azuis como água em mim. Cas ainda parece exausto mas suas feridas se cicatrizam.
–Obrigado.
–Amigos são para isso. -digo - Mas se eu não tivesse feito isso você me enlouqueceria com aquela voz estranha. Era você, né?
–Minha voz natural é aquela.
Os Winchester se entreolham e parecem entender o barulho o que houve há alguns minutos atrás.
–Quem era aquele demônio que te atacou? -digo e em seguida sinto uma tontura e limpo o que começa escorrer da minha boca: sangue
–Bem, a cerveja explodiu. -diz Dean me entregando um copo d'água. -Que demônio?
Eu os conto o que vi.
–O demônio trabalha para Lúcifer. Eu não sei como ele conseguiu alguém para trabalhar para ele.
–Esse demônio deve ter sido mandado para afastar vocês e me obrigar a fazer aquela coisa lá. -concluo.
–Eu preciso detê-lo. -diz Cas.
–Ei, espera aí! -diz Dean segurando Cas. -Você não vai a lugar nenhum assim e muito menos sozinho. Primeiro vamos solucionar a parada do metamorfo e depois cuidaremos do desgraçado.
Nenhum de nós discordamos.
–Cas é melhor você ficar aq... -diz Sam mas antes que pudesse terminar o anjo parte. -Droga!!
Como já se passava das 2 da manhã os meninos foram dormir (na verdade eles desmaiam de cansaço) e eu não consegui porque agora tenho mais uma preocupação. Se Castiel não deu conta do tal demônio enviado pelo meu "papai" anjo caído, temo o que possa acontecer com Sam e Dean e até comigo.
Sorrateiramente saio do quarto. Espero que a loja de conveniencias esteja aberta. E está, deve ser daquelas lojas 24 horas. Vou direto a geladeira e pego algumas cervejas e no balcão pego alguns doces.
A rua está completamente vazia, a não ser por alguns drogados do outro lado da rua, que nem notam a minha presença. Me encosto em um poste de luz e por alguns minutos só fico observando as estrelas, até que sinto alguém se aproximando, um dos drogados:
–O que uma garota bonita está fazendo aqui sozinha?
Não respondo e o ignoro tomando mais um gole da cerveja. A voz dele me parece familiar, talvez ele possa ser um antigo colega de classe ou algo do tipo. O drogado continua se aproximando dando uma pitada em seu baseado e solta a fumaça no meu rosto. Agora que ele está a minha frente, o reconheço. Seis olhos ficam completamente verdes, ele é o demônio que trabalha para Lúcifer.
Estendo minha mão para matá-lo, mas ele a segura. Tento com a outra mão e ele a segura também. Ele me força contra o poste e ficamos cara a cara (ainda bem que eu não consigo ver a verdadeira face dele).


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Notas finais do capítulo

Obrigada a todos que estão lendo e aos que comentam, significa muito para mim.
Se puderem comentar para me incentivar, ficarei muito grata



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