O Herói do Mundo Ninja escrita por Dracule Mihawk


Capítulo 57
Modo Shinigami


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde para todos.

Aí você descobre que no final do filme The Last vai ter uma cena de beijo entre Naruto e HInata confirmada. Tipo, morri, cara. O meu sonho vai se realizar. NaruHina tá sem freio nesse mundo.

Obs: o link da notícia. http://narutoshippuuden.xpg.uol.com.br/newsExpress/1066.html

Falando em romance...

Uma coisa muito estranha, muito imprevisível, muito... "whats?" anda acontecendo. Sim, senhoras e senhores, estou falando disso mesmo que estão pensando: o shipp "Shibeni" (Shino x Beni).
Depois de muitas reclamações, ponderações, indagações, exigências, solicitações e afins eu, finalmente, pus o assunto em pauta (ouviu, Morganna? Eu considerei a hipótese disso acontecer, sua chata! :p). Então, por meio desta, venho tentar entender a intensidade deste movimento. Quero saber com o que eu estou lidando. Façamos o seguinte: TODOS aqueles que shippam "esse troço aí" usem APENAS NOS COMENTÁRIOS a Hashtag #Shibeni. Por favor, não me perturbem com mensagens privadas a respeito deste assunto, galera. Motivo? Simples, eu delimitei o espaço para o tal (os comentários). Entendam a minha posição, please.

PS: a contagem de votos para Shibeni ocorrerá APENAS nos comentários deste capítulo. Se alguém votar depois, em outro capítulo, ou ainda em mensagens privadas, se us votos não serão contados. Eu avisei. Por favor, vamos fazer uma votação limpa.

Outra aviso, não poderei postar o próximo capítulo nesta semana. Como eu já enchi o saco de vocês várias vezes, dia 30/11/14 (domingo) estarei prestando o Exame Discursivo da UERJ. Essa minha semana está horrivelmente tomada. Acho que só poderei responder aos comentários às noites desses dias.

Deixando a minha vida de lado e sem mais delongas, a segunda parte deste combate. Espero que gostem. Nos vemos nas Notas Finais o/



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/504689/chapter/57

O punho de Beni se cerrou. Os olhos vazios e inexpressivos da Makagawa ignoravam o exército desenhado à frente. O alvo dela era apenas um: Sai. A respiração da garota era lenta e paciente.

Sai, por outro lado, não tinha o direito de aguardar. A cada segundo que passava. Ino estava mais próxima da morte. Ele estava sem tempo, tinha que tomar a iniciativa.

O garoto sinalizou com o braço direito. Em resposta, todos os homens de tinta criados pelo ninja correram, com armas em punho, na direção de Beni. Sai desaparecia do campo de visão da Oukami à proporção que o exército desenhado avançava.

O colosso atacou Beni com uma das espadas. A Oukami se esquivou do golpe, indo para a direita. A espada fluida atingira o solo erroneamente, por muito pouco resvalando na inimiga.

— Essas espadas de tinta são um Fuuinjutsu — analisou Beni. — É parecido com a Lâmina de Totsuka do Susano’o dos Uchiha. Eu li a respeito.

Mais uma investida. Com as duas espadas, o colosso atacou em sequência, diminuindo os espaços de fuga da oponente. Beni, todavia, saltou e escalou o gigantesco corpo do desenho até chegar a um dos ombros. Tocou-o com a mão esquerda. A criatura cambaleou e ameaçou tombar.

— Tsc. O tamanho é insignificante. A fraqueza é a mesma.

Foi quando um dos guerreiros gigantes, de quatro metros de altura, se lançou contra a Oukami. O porrete com espinhos irregulares e afiadíssimos era uma ameaça iminente. Beni, naquele momento, não teve escolha; foi forçada a saltar para evitar o golpe. O problema era que os demais soldados de tinta já a aguardavam. As espadas estavam erguidas, esperando Beni cair.

— É inútil. — Ela girou o corpo rapidamente. Seus braços estavam estendidos. Nove soldados de tinta foram destruídos ao simples toque da garota, que, com esta manobra, aterrissou em segurança.

Contudo, o exército de Sai fechou o cerco. Por todos os lados, Beni avistava homens de tinta. No meio deles, os dois guerreiros também se aproximavam com os porretes, o colosso caminhava na direção dela, e o mais importante: Sai estava escondido entre suas tropas desenhadas, à espreita para um golpe decisivo.

A onda de soldados avançou. Os ataques provinham de todas as direções. Beni não esboçou reação imediata, esperando o instante exato para o contra-ataque. Quando os soldados estavam a uma distância crítica, ela resolveu agir.

Beni se movia com sua típica velocidade absurda. Distribuía golpes simples, rápidos, mas letais o suficiente para desintegrar os homens de tinta com um leve toque. Direita, esquerda, frente, retaguarda... Mesmo estando cercada, nenhum dos soldados obtinha sucesso em feri-la, não obstante, eram reduzidos novamente à tinta fluida.

— Te peguei! — Sai surgiu inesperadamente do meio das tropas com uma Kunai em punho. O garoto saltou ferozmente contra a oponente.

A lâmina passou a poucos milímetros por cima do rosto da Makagawa, sendo capaz de cortar minúsculos fios de cabelo dela. Beni se abaixou na hora certa e, além disso, conseguiu girar e segurar a perna esquerda do Jounin. Sai arregalou os olhos, incrédulo.

— Não pode ser! — o garoto sussurrou, desacreditado. Caíra na técnica da garota.

— Apodreça, de forma que nada reste de seu corp...

— Ninpou: Sumi Hitsugi (Arte Ninja: Técnica do Caixão de Tinta)! — A voz de Sai ecoou distante de Beni, surpreendendo-a.

Toda a tinta deixada pelos corpos dos soldados derrotados se ergueu, de forma que Beni e Sai ficassem isolados dentro da técnica. Uma estrutura sólida e hexaedra se criou entre os soldados. Selados nela, o Jounin e a Oukami.

— Você é...

— Exato! — Sai olhou seriamente. — Eu sou um clone.

Do lado exterior da armadilha, o verdadeiro Sai apareceu entre os soldados. As mãos dele manobravam e sequenciavam selos.

— Ninpou: Sumi Baku no Jutsu (Arte Ninja: Técnica da Tinta Explosiva)!

O caixão de tinta no qual o clone de Sai e Beni estava, isolados estremeceu. Dentro da estrutura prisional, o clone de tinta havia explodido à queima-roupa da Makagawa. Por alguns instantes, nada aconteceu.

Porém, a estrutura, pouco tempo depois, desfazia-se, revelando a Oukami mais uma vez. Boa parte do vestido negro dela estava chamuscado, queimaduras de primeiro grau marcavam a pele clara de morena, ela respirava com dificuldade e, sem conseguir se manter em pé, se apoiou em um dos joelhos. O ataque combinado de Sai fora efetivo.

“Ela deve ter desfeito a maior parte da explosão com o Shinigami no Jutsu. Isso explicaria as feridas superficiais” concluiu o garoto.

Um dos enormes guerreiros de tinta apareceu ao lado da garota, que se via ferida e cansada demais para reagir. O golpe do porrete foi duro. Beni foi arremessada violentamente para trás, para o mais distante possível de Sai e de Ino. Suas costas se chocaram contra a parede, seu corpo e rosto sangravam devido ao ataque da arma pontiaguda, sua visão estava embaçada, seus músculos tremiam, sua respiração estava difícil. Beni Makagawa, pela primeira vez naquele combate, se via em desvantagem. Ela podia ser derrotada.

— Eu não me sinto confortável em matá-la, Beni Makagawa. Cancele sua técnica sobre a Ino e renda-se. Garantirei que não seja executada se cooperar conosco — Sai falou de forma fria.

— Execução... — ela murmurou. — Este é o destino dos membros do meu clã...

A Oukami se levantou. O Shinigami no Jutsu curava as feridas da garota de forma mais lenta do que antes. O olhar dela era distante, vago, triste. Sai, apreensivo, premiu com mais intensidade as Kunais nas mãos.

— O que vai ser Beni Makagawa? Qual é a sua decisão?

A expressão facial da garota era idêntica à que Sai tinha quando perdera Shin, seu irmão mais velho. Era melancólica. O garoto estremeceu em hesitação, como se, num súbito, ele tivesse se esquecido de tudo o que Beni fizera até então, como se ele e a garota fossem iguais. Apesar de tudo, por alguma razão, ele sentia compaixão pela pequena. Talvez porque, pelo tom de voz carinhoso da namorada, antes de receber o último ataque, Sai percebera que Ino não estava mais disposta a enfrentar Beni. Talvez porque ele, por perder Shin durante seu treinamento para a Ne (Raiz) de Danzou Shimura, compreendia a dor da perda.

Sai se viu sem ação momentaneamente, mas afastou os pensamentos misericordiosos. Beni era uma inimiga, os Oukami eram inimigos, Karin precisava ser resgatada, seus amigos precisavam de apoio, que naquele instante significava uma vitória sobre a Makagawa.

Cinquenta e nove soldados. Esse era o número de combatentes restantes após o embate contra Beni. Cinquenta e nove de cem. De pé também estavam os dois guerreiros de tinta e o colosso. Todos aguardavam as próximas ordens de seu líder e conjurador, Sai, que falava mais uma vez à Oukami.

— Beni Makagawa, você não precisa continuar lutando. Renda-se e coopere conosco, por favor. — A voz do garoto soava surpreendentemente calma, até mesmo para ele. — Esta luta acabou.

— Acabou? — Beni levantou o rosto, observando Sai. — Está tão confiante assim só por que teve um bom momento no combate? Não há como mudar isso, Sai. Você vai morrer, Ino Yamanaka vai morrer, Shino Aburame vai morrer, todos vão morrer pelas minhas mãos.

Um nó se formou na garganta de Sai. Beni já havia se encontrado com Shino e, aparentemente, vencido.

— Não, eu não vou deixá-la decidir o destino dos meus amigos.

— Não há como vencer a morte. Eu mostrarei isso a você; a minha última técnica. Vou mostrar a você todo o poder da Dama que personifica a morte. — Era impressionante como a voz de Beni não se alterava. O costumeiro vazio que chegava a assustar.

A garota levou os dois polegares à boca, mordendo-os até sangrar. Beni provava do próprio sangue. O sangue do Shinigami no Jutsu. Sai não tinha boas impressões do que viria a seguir.

O ar se tornou pesado. Beni exalava uma quantidade absurda de chakra. Era densa, do mesmo nível de um Jinchuuriki. O corpo da garota se transfigurava. A pele se tornava branca como algodão, os olhos eram vermelhos como sangue fresco, os cabelos eram feitos de fogo negro. Sai sentia medo e fraqueza apenas por estar perto dela.

— Modo Shinigami — Beni anunciou com frieza. — Quando bebo o sangue fluente nos meus braços, eu aciono esta técnica. É o meu poder máximo e nunca o mostrei a ninguém, nem mesmo o Iruzu-san viu essa transformação. Neste estado, eu me torno a mais poderosa dentre todos os Oukami, ultrapassando até mesmo o próprio Iruzu-san. Agora Sai, sinta-se impotente diante de mim, como todos os humanos se sentem diante da morte.

Beni apenas gesticulou com a mão esquerda e todo o ar na biblioteca se transformou em fumaça cinza. Não havia mais como respirar. Sai se ajoelhou sobre o chão. Com uma mão cobria o nariz e a boca, com a outra formava um selo manual.

“Isso é mau. Ela é uma só com o ambiente... Parece até...”

— Eu sei o que imagina — Beni falou mais uma vez. — O Modo Shinigami não é uma técnica de Ninjutsu, mas sim a minha forma de usar Senjutsu. Em outras palavras, nem mesmo o Onmyouton (Elemento Yin-Yang ou Elemento da Criação) do Modo Rikudou Sennin de Naruto Uzumaki destruiria esta técnica. O Naruto Uzumaki deveria ser meu oponente, não vocês.

Todos os soldados de tinta, os dois guerreiros, bem como o colosso avançaram em uma investida desesperada. Sai não tinha muito chakra para resistir; apostara tudo naquele ataque.

Beni juntos as mãos num selo manual. Depois, inspirou profundamente e anunciou o jutsu:

— Senpou, Kinjutsu: Shinigami no Iki (Arte Sennin, Técnica Proibida: Respirar do Deus da Morte).

A garota soprou um vapor negro contra os soldados de Sai. O gás aparentava ser fumaça preta, mas era algo indescritivelmente mais mortífero.

Quando o gás se esvaiu, todos os soldados de tinta haviam desaparecido. Usando apenas um ataque, Beni aniquilara todos os cinquenta e nove soldados de tinta remanescentes. Restavam apenas quatro alvos: os dois guerreiros de tinta, o colosso e o próprio Sai. O moreno, incapaz de prender a respiração, desabou no chão, infectando-se com o excesso de monóxido de carbônico no ambiente.

— Não... consigo... respirar... — A fraca voz de Ino alcançara os ouvidos de Beni, que parou de se mover, atônita.

— Sasha-onee-san... — Beni tinha a voz trêmula.

Aquela frase, “não consigo respirar”, significava uma das enormes cicatrizes que ainda estavam abertas no coração da pequena Beni. Ela jamais se esqueceria daquele dia horrendo, no qual perdera todos aqueles ela que amava.

Beni hesitou. Ela se lembrava de ver sua irmã mais velha caída sobre o piso de madeira do velho casebre onde viviam. O lugar estava em chamas. Sasha Makagawa dizia aquelas mesmas palavras: não consigo respirar.

Beni tinha oito anos quando perdera a família... Assassinada pelos moradores do vilarejo de Nagare.

A cabeça da Oukami latejava entre o vazio e a incerteza. Os ninjas da Folha eram seus inimigos, ela tinha total convicção disso. O problema era que ela sentia o coração doer. Aquela frase, aquela frase...

A morena não pensou. Gesticulou novamente com a mão esquerda, convertendo novamente a fumaça em ar puro. Sai tossia constantemente, mas estava bem, assim como Ino. Beni não sabia explicar. Uma parte dela estava feliz? A garota sem sentimentos, ao poucos, se quebrantava.

— P-Por quê? Por que os salvei? Eles são meus inimigos. O que estou fazendo? — Beni murmurava consigo mesmo.

Sai ergueu a cabeça com dificuldade. Aos poucos, se apoiou em um dos joelhos. Desesperado, olhou para trás, mas suspirou em alívio logo em seguida; Ino ainda respirava. Ela ainda podia ser salva.

Depois, o garoto dirigiu os olhos à Beni, que ainda estava confusa com o que acabara de fazer. Uma pergunta pairou na mente de Sai: seria Beni Makagawa uma vilã?

— Beni — Sai a chamou. Os olhos vermelhos o fitavam receosamente.

— Não dê nem mais um passo, Sai — disse a garota. — Você ainda é meu inimigo. Você e Ino Yamanaka são meus inimigos.

Os olhos escuros de Sai ignoravam o terror exalado por Beni e a encaravam.

— Se somo seus inimigos, por que nos salvou? — perguntou o Jounin, fazendo com que a Oukami arregalasse os olhos em confusão. — Por que, Beni? Você teve compaixão de nós? Foi isso?

— Não! A morte não tem compaixão; é fria, é cruel, é implacável. Eu não tenho compaixão, não tenho sentimentos. Eles morreram junto com meu “eu” de oito anos atrás.

— Tem certeza disso? — Sai perguntou mais uma vez. Beni estava cada vez mais inquieta. Sentia-se em xeque.

— Eu... Eu...

— Eu também já fui uma pessoa que se dizia “sem sentimentos”, Beni. Eu perdi meu irmão mais velho, Shin, e sucumbi. Tornei-me uma pessoa vazia, um verdadeiro assassino da Ne.

— O que aconteceu? Você não me parece ter essa personalidade. — Questionou Beni, curiosa.

— Um amigo me ensinou que a vida tem valor, que ninguém consegue viver sozinho. Ninguém, Beni. Ele costuma ser bem idiota às vezes, mas é muito sábio quando necessário. Ele foi uma das primeiras pessoas com as quais pude formar laços. Até hoje tenho dificuldades para lidar com as pessoas, mas tenho certeza: ele, Naruto Uzumaki, é o meu melhor amigo — confessou Sai. Beni piscou os olhos.

— Amigo?

— Sim. — O garoto avançou, um passo de cada vez, em direção à Beni. — Você quer ter um também, Beni?

— Eu... — A confusão, a hesitação ante a situação em que estava era notável em Beni.

— Venha conosco — Sai sugeriu à garota. — Venha para a Vila da Folha. Você vai ser feliz lá, encontrará amigos; eu te garanto. Venha conosco, Beni. Eu vou cuidar de você.

“Eu vou cuidar de você”. Outra frase que mexia com a garota. Ela parecia ouvir, através das palavras de Sai, a voz da outra pessoa que lhe dissera aquela frase. O titeriteiro de cabelos roxos que, por intermédio de palavras doces, lhe prometera proteção e amizade apenas para depois torturá-la física e psicologicamente, como também, tentar se apoderar da Kekkei Genkai de Beni. “Eu vou cuidar de você, Beni-chan!”. Fora isso que Shozu Ibuke lhe dissera.

— Mentiroso! — Beni gritou. A pressão do chakra dela lançou Sai para longe.

— Beni? O que houve?

— Você é como ele! Vocês são todos iguais! Mentirosos, traiçoeiros! Eu não vou viver aquilo de novo! Eu não vou passar por aquilo de novo! Não, de novo não! Nunca mais!

Sai não entendia o que estava acontecendo. Fora sincero; não pretendia fazer mal a ela. Assim como Ino, ele já não desejava mais enfrentar a garota. O Jounin entendia que a garota não era como os demais Oukami. Ela não era má, era apenas confusa.

Beni atacou. Ela se teletransportara para as costas de Sai, que por muito pouco não conseguir fugir da garota. Ele se afastou dela.

O problema era que Beni estava cega de ódio. Para evitar que seu passado se repetisse, ela destruiria Sai a qualquer custo. Era muito mais forte que ele.

— Senpou, Kinjutsu: Shinigami no Seifuku (Arte Sennin: Técnica Proibida, Subjugar do Deus da Morte). — Beni tocou o solo com ambas as mãos. Assim que a Oukami fez esse movimento, braços negros, enormes e bestiais ascenderam do chão. Dois deles agarraram os guerreiros de tinta, desintegrando-os na hora. O colosso de tinta tentou resistir, mas também sucumbiu à técnica da garota.

Sai estava condenado. Sem chakra e exausto, ele era alvo da fúria implacável da Oukami Beni.

— Veja, Shozu Ibuke, o que te aguarda. Eu te matarei da mesma forma que este ninja chamado Sai — Beni sussurrou consigo mesma.

Dezenas de braços gigantes emergiram do solo simultaneamente. Um deles conseguiu capturar o ninja, espremendo-o. Beni olhava com desprezo para Sai.

— Essa expressão no seu rosto... — dizia a garota — é terror. Veja o quão impotente é o ser humano diante do poder absoluto da morte. Não há nada que você possa fazer agora, Sai... além de morrer.

Uma segunda mão gigante repousou sobre a que espremia o garoto. Depois uma terceira, uma quarta, uma quinta. No final da técnica, diversas mãos negras estavam amontoadas umas sobre as outras.

— Seja devorado... — Beni sentenciava — por todos os atributos de morte.

A maldição máxima do Shinigami no Jutsu. A técnica que combinava a lançava sobre a vítima todos os atributos de morte possíveis. Uma vez ativado, era só uma questão de tempo para que o Kinjutsu reduzisse a existência da presa a nada.

Porém algo que Beni não esperava aconteceu.

Ela sentiu sua força se esvair rapidamente. Seu jutsu se desfazia no ar. Infelizmente, a morena sabia o que tudo aquilo significava. O tempo de duração do Modo Shinigami havia se esgotado. Beni não fora capaz de concluir a maldição que daria fim à existência de Sai.

O corpo do garoto desabou no chão gelado. Sai respirava com intensa dificuldade, exausto, ferido.

Mais afastada do garoto estava Beni. De fato o Modo Shinigami tornava a garota mais poderosa que Iruzu Ibe, contudo a transformação Sennin exigia demais dela, além de ser uma técnica de curta duração.

Beni se levantou devagar. Sua pele já estava mais vívida, os olhos estavam negros novamente, os cabelos voltaram ao normal. A pequena caminhou até Sai, que mesmo esparramado sobre o piso, tentava, desesperadamente, produzir mais chakra, sem sucesso.

A Oukami estava a menos de trinta centímetros do Jounin da Folha. Ela se abaixou. A mão direita da menina estava erguida sobre a cabeça de Sai.

— Não vou deixar que a história se repita. O Shozu Ibuke já me fez mal uma vez. Ninguém mais vai me fazer isso de novo — Beni murmurou. Sai estava indefeso.

A mão da garota se abaixou, mas não se encostou à pele de Sai, parando no ar. Beni não se mexia, não tinha controle sobre o próprio corpo.

— O que está...

O corpo da garota se ergueu contra a vontade dela. A mão direita se projetava involuntariamente para frente e gesticulava como se estivesse abrindo uma porta.

Atrás da Oukami, um ranger de porta abrindo se fez ouvir.

O garoto caminhou tranquilamente até onde Beni estava. O controlador de Beni surgira.

Sai suspirou em alívio. A presença daquela pessoa significara que a Godaime Hokage havia posto em prática seu plano. Os reforços chegaram.

— A cavalaria chegou finalmente... — Sai dizia com dificuldade. — Antes tarde do que nunca...

— Quem é você? — Beni perguntou ao garoto que surgira em reforço aos ninjas da Folha.

O rapaz suspirou, entediado.

— Isso é tão problemático. Não gosto de apresentações ao inimigo, mas, antes de qualquer coisa, permita-me dizer: Kage Mane no Jutsu (Técnica da Possessão da Sombra) feito com sucesso — proferiu Shikamaru.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam? Reforços se apresentaram aos ninjas da Folha. Além do Shikamaru, quem mais apareceu?

A batalha contra os Oukami caminha para o seu fim. Restando apenas duas forças em pé (Beni e Iruzu).

Falando na Beni, o que acharam do Modo Shinigami dela? Acreditem, eu imaginei, quando comecei escrever este arco, uma luta Naruto Uzumaki vs. Beni Makagawa. Fico imaginando como seria colocá-los frente à frente.

Próximo capítulo: Cavalaria

Este capítulo marcará o fim da luta contra a Beni. Claro, devo dizer que o final será surpreendente (leitores do mangá Naruto conhecem esta frase muito bem. hehehe)


Ah, eu prometi matar quatro pessoas neste arco, certo? Por hora, apenas o Raiga Takame tem morte confirmada. Faltam três... Hahaha.

#Eunãosoupsicopata

#Tambémnãosouserialkiller

E, aposto que muitos pensaram que a Beni se "converteria" com as palavras do Sai, né? É, não foi bem assim... As frases têm um poder enorme sobre as pessoas, não? Em suma, tudo pode acontecer. Não prometo nada. Aguardem.

Bem, pessoal. Desculpem-me por qualquer erro ou outra coisa. E, não, não haverá a digníssima sessão PROCURADOS DA RODADA hoje. Motivo? Eu estou com um "pouquinho de muito" de pressa. Gomenasai. Anyway, Sumidas-chan e Sumidos-kun, eu sinto falat de vocês, todos!

Agora sim, é isso, gente!

Até o próximo capítulo o/