— Qual é a situação Dr. Selvig? - disse Nick Fury entrando no grande e secreto centro de pesquisas onde o Dr. Selvig analisava um cubo chamado Tesseract.

— Ele está se comportando mal às análises - respondeu o doutor no momento em que um dos cientistas quase tomou um "choque" do cubo.

— Não dá pra desligá-lo? - Fury perguntou, receoso.

— O Tesseract é uma fonte de poder, não dá pra desligar - explicou Selvig - Ele está instável, mas não apresenta perigo. Está apenas expelindo um pouco de radiação gama.

— Isso pode ser perigoso - disse Fury, recordando-se do Dr. Banner - Onde está o agente Barton? - perguntou, mudando de assunto.

— O Gavião? Lá em cima, no ninho dele - brincou Selvig, apontando para cima.

Fury o chamou e Barton desceu.

— Como estão as coisas por aqui? - perguntou Fury.

— Nada fora do normal - respondeu ele - Tem notícias do agente Cooper senhor?

— Ele ainda está em missão Barton. Não se preocupe demais com o garoto - disse Fury mesmo conhecendo a relação de irmãos que os agentes Cooper e Barton tinham.

Eles se aproximaram do Tesseract e Fury falou:

— Alguma coisa parece estar acontecendo.

— Não desse lado - respondeu Barton.

— Como é? - perguntou Fury intrigado.

— O cubo não é uma porta pro espaço? Portas abrem para os dois lados - explicou Barton.

Nesse instante, o Tesseract começou a ficar totalmente instável e os dois recuaram. Um feixe de luz azul atravessou até a outra extremidade da grande sala e de lá surgiu um homem de roupas esquisitas e cabelos negros. Ele segurava um cetro.

— Senhor, tenho que pedir para que largue a arma - disse Fury com todos os agentes que ali haviam apontando armas para o sujeito.

Ele olhou para a arma em sua mão e um instante depois começou a atacar e matar os agentes que tentavam atirar nele. Ele se aproximou de um agente e o tocou com o seu cetro, o transformando em seu servo. O agente Barton tentou impedi-lo, mas ele o pegou pelo pescoço.

— Você tem coração - disse ele, transformando Barton.

— Por favor, fique onde está - disse ele quando viu que Fury tentara em vão sair dali com o Tesseract.

— Você não vai ter isso - disse Fury, apontando para a maleta.

— Eu vim de muito longe para que não fosse assim. Eu sou Loki. De Asgard e carrego o fardo de um glorioso propósito - anunciou ele.

— Loki? O irmão de Thor? - perguntou o Dr. Selvig, saindo de onde estava escondido.

— Nós não temos rixa com o seu povo - declarou Fury.

— Um verme não tem rixa com a bota - rebateu Loki.

— Você pretende nos esmagar?

— É a ordem natural das coisas e quando você aceita esse fato, em seu coração, você fica em paz - disse Loki, tocando o peito de Selvig e o transformando.

— Senhor, o Diretor Fury está enrolando. Ele quer nos enterrar - relatou Barton à Loki, percebendo o plano de Fury.

— Assim como os antigos faraós - disse Fury, sarcástico.

— Então? - disse Loki, olhando para Clint.

Barton atira em Fury que usava colete, pega a maleta e guia Loki e os outros para a saída onde Maria Hill está.

— Quem é esse? - pergunta ela, apontando para Loki.

— Não me disseram - responde Barton, entrando no carro.

— Hill... O agente Barton mudou de lado! - disse Fury do outro lado do rádio.

Hill escuta e entra em um carro para perseguir Barton.

A base de pesquisas começa a desmoronar e Hill gasta toda a munição da arma na tentativa de acertar Barton. Uma parte do túnel desmorona antes que ela consiga pegá-los.

Fury entrou em um helicóptero e quando os vê pega sua pistola e começa a atirar, mas Loki lança um raio azul de seu cetro fazendo Fury pular do helicóptero em plena queda.

Eles conseguem fugir e Fury escuta a voz de Coulson pelo rádio.

— Diretor Fury, o senhor está bem?

— Estou e você?

— Eu também, consegui tirar alguns dos agentes.

— Hill? - chamou Fury pelo rádio.

— Estou bem, mas há muitos escombros. Não sei quantos sobreviveram - relatou ela.

— Quero que deem o alerta. Nível 7. De agora em diante, estamos em guerra - declarou Fury.

— Senhor, o que faremos? - questionou Coulson, mas Fury já sabia o que fazer.

JULIE

— Julie, levanta dessa cama - disse Megan tirando as minhas cobertas. Eu havia ficado com muito sono depois da ligação do meu pai.

— Que horas são? - perguntei.

— 10:00 horas da manhã e nós temos muito o que fazer hoje - Megan avisou.

— Tá, já levantei - eu disse - Onde está a sua mãe?

— Saiu cedo para aprontar os últimos detalhes da festa - respondeu ela.

— O que tem em mente para hoje Srta. Hoffman? - perguntei enquanto escolhia o que vestir.

— Primeiramente o mais importante: comprar o que vestir para hoje à noite - disse ela - e pode ficar tranquila que eu vou ser a sua estilista pessoal.

— Contanto que você não me faça vestir nenhum vestido de perua - brinquei enquanto acabava de colocar uma jaqueta de couro da Megan e me olhava no espelho. Eu usava uma calça jeans, botas e uma camiseta branca do AC/DC.

— Podemos ir? - Megan perguntou.

Eu assenti, saímos da Casa de Diana e entramos em um dos carros que havia na grande garagem, um Audi vermelho de última geração.

Como apenas Megan conhecia tudo de Berlim, ela foi dirigindo. Depois de minutos rodando pela cidade, paramos em frente a uma loja bem chique por sinal.

— Aqui é o melhor lugar pra achar o vestido perfeito - Megan disse, entusiasmada só por estar ali.

Megan tinha razão. Quando entramos na loja me deparei com os mais lindos vestidos. Eles eram lindos, mas não era muito o meu estilo.

A vendedora veio nos atender e de cara Megan começou a pegar um monte de vestidos. Passei a meia hora seguinte apenas ajudando Megan a escolher o seu. Até ela optar por um lindo vestido rosa claro.

— Agora é a sua vez - Megan falou, animada.

— Megan, eu não achei nada que fosse do meu gosto. É tudo muito luxuoso demais e...

— E nada. Hoje eu sou a sua estilista e eu vou achar o vestido perfeito pra você - disse ela, me interrompendo no meio da frase - Nós temos que chegar arrasando - brincou ela.

Gastamos mais meia hora onde experimentei os mais variados vestidos, mas eu não havia gostado de nenhum deles em mim até que Megan me chamou, um tanto quanto histérica:

— Julie! Vem aqui agora!

Corri o mais rápido que pude até ela.

— Eu encontrei o vestido perfeito pra você - disse ela - É a sua cara.

— É lindo - eu disse e era mesmo. Era um vestido longo, preto e com brilho. Era maravilhoso.

Saímos da loja felizes e passamos o resto da manhã andando pela cidade.

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— Como estão as coisas? - Loki perguntou ao Dr. Selvig.

— Ainda estou tentando estabilizar o Tesseract e para isso vou precisar de irídio - disse Selvig.

— Isso não será um problema - disse Clint.

— Do que precisa agente Barton? - perguntou Loki.

— De uma distração e de um olho - respondeu ele, pegando seu arco.

A festa em homenagem ao cientista Owen Werneck havia começado. Ele e sua filha Olívia recebiam os convidados junto com Diana Hoffman quando Julie e Megan chegaram. Elas estavam lindas em seus novos vestidos.

— Megan, Julie, vocês estão fantásticas - comentou Diana.

— Obrigada - as duas falaram, em uníssono.

— Owen e Olívia, essas são minha filha Megan e a amiga dela, Julie Stark - apresentou Diana.

Olívia ficou muito interessada em Julie apenas por ela ser uma Stark. Julie teve que aguentar a irritante Olívia falar os 30 minutos seguintes sem parar.

Até que ela o viu.

Ela o acompanhou com o olhar. Um rapaz de cabelos negros andando no segundo andar. Ele parou lá em cima e a encarou. Ela sustentou seu olhar.

Loki não sabia por que havia parado para ver aquela moça que era muito bonita por sinal, mas alguma coisa nela o intrigava. Julie desviou o olhar e Loki voltou a seguir o seu plano.

JULIE

Depois daquele encontro de olhares esquisito tentei me concentrar em alguma coisa que Olívia dizia. A garota não parava de falar um minuto sequer.

De repente, ouço gritos e vejo aquele cara que me encarava antes mutilando o Dr. Werneck. História da minha vida. O Brad sumiu e esse é um psicopata.

Olívia começa a gritar e eu tento levá-la para fora enquanto procuro Megan e sua mãe com o olhar, mas não as encontro. Ele aparece na minha frente com seus olhos verdes e me pega pelos braços.

— Me solte - eu exijo, mas ele apenas sorri. Começo a me debater.

— Acalme-se minha deusa - ele fala pra mim. O cara é totalmente pirado.

Ele toca em meu rosto com sua mão gelada e eu começo a ficar tonta até que não vejo mais nada.