Eu estava desesperada correndo para o ponto de taxi mais próximo e ao mesmo tempo tentava ligar para Fury, Stark, ou qualquer pessoa conhecida. Eu sentia que algo de ruim iria acontecer, mas não foi apenas ruim era horrível. Meu Steve ferido. A cada segundo eu pedia, seja lá para quem fosse, que ele estivesse bem.

Como assim a Sharon tinha o ferido? Eu não conseguia entender, meus olhos eram constantemente nublados pelas lagrimas que teimavam em cair de meus olhos. Eu devia ter ido com ele, mesmo que caso eu não pudesse o acompanhar para a seção. Céus! Meu Steve ele não podia me deixar, Nunca!

− Ahh! Até que enfim Stark! – falei no telefone com a voz embargada – Tem como você pedir para JARVIS descobrir para que hospital o Steve foi levado?

− Steve no hospital? – no mesmo instante que ele pergunta eu não resisto e começo a soluçar. Estava tentando ao máximo me controlar, mas quando se tratava de Steve eu me tornava uma pessoa frágil e repleta e sentimentos.

− Sim. Eu vi no jornal. Atiraram nele Tony. Eu nunca te pedi nada, por favor só localize o Steve! – Continuei atordoada – Stark me ajuda por favor!

− Calma Natasha, eu vou o encontrar! – o tom de voz de Tony havia mudado, pelo jeito ele percebeu que o assunto era delicado – Só um minuto e JARVIS descobre para que hospital ele foi levado.

− Por favor eu só te peço isso! – implorei de novo

− Natasha? – Escuto Stark me chamar – Ele está no Hospital Providence, Varnum Street. Agente Romanoff vai dar tudo certo. Tente se acalmar. Eu vou para Washington para te ajudar.

− Obrigada Stark!

Finalmente encontrei um ponto de taxi e quase não tinha conseguido dizer o destino para o taxista de tanto que eu soluçava.

− Por favor – puxei o ar para tentar falar de forma que o taxista entendesse – Hospital Providence. Rápido, o mais rápido que você puder.

Em vinte minutos o taxi estacionou na frente do Hospital, era notável a quantidade de jornalistas que estavam ali. Eles queriam as mesmas informações que eu desejava obter. Então um deles me nota e como um efeito em cadeia aos poucos todos notam a minha presença. Eles já me conheciam é claro. A namorada do Capitão América e participante dos Vingadores. Tentei me desvencilhar da quantidade de jornalistas que me faziam perguntas que eu não sabia como responder. Na verdade as suas perguntas só pioravam minha situação emocional. Novamente eu estava chorando.

Me desvencilhei deles e segui em direção a recepção, mas ali tinham ainda mais pessoas. Fãs! Eles queriam saber como o Capitão América estava, não os julgava e estava da mesma forma que eles, apenas com uma diferença, e era que eu estava muito mais desesperada que eles.

− Moça... – Chamei a recepcionista – Steve Rogers! Preciso saber sobre ele.

− Você e todas essas pessoas, querida! – Não me aguentei, eu estava muito nervosa e com muito medo

− Escuta aqui – Puxei a mulher por sua blusa – Eu quero saber como o meu namorado está. Eu quero saber como o Steve Rogers está, entendeu? E se você não agilizar os seus dedos por esse teclado eu juro que vou invadir esse hospital e vou descobrir sozinha onde o meu Capitão está! – Ela me olhou nervosa

− Ok senhora – ela me encarava com medo – Ele está na sala de cirurgia para a retirada dos objetos que perfuraram seu corpo.

− E onde fica essa sala? – Perguntei já voltando a chorar.

− No terceiro andar – Praticamente voei para o elevador mais próximo. Eu precisava ver eu meu Steve estava bem. Eu precisava dele. Não sei o que seria da minha vida se meu Ste não estivesse nela.

Eu cheguei no terceiro andar e logo avistei outra recepção. Dessa vez me atenderam melhor e soube que ele havia entrado no hospital vivo e que até agora o quadro dele é grave. Eu só queria que ele ficasse bem. Steve por que você faz isso comigo?

Éramos só nós dois em Washington, os mais próximos estavam pelo mundo. Stark vivia em Nova York, Bruce ninguém sabia onde ele estava, Clint devia estar em alguma missão, Thor estava em Asgard. Eu estava sozinha na sala de espera portanto. Após três horas que eu estava sozinha, Hill chega e senta ao meu lado. Ela estava triste, não tanto quanto eu, mas estava. Era difícil, ou até impossível, achar alguém que estivesse da mesma forma que eu me encontrava. Não tinha recebido nenhuma notícia sobre o meu amor durante esse tempo.

− Natasha? – Maria me chama – Ele vai ficar bem. Ele é forte, vai sobreviver. − Foi o que bastou para eu começara a chorar. Ela então me abraçou. Nunca tinha permitido alguém me abraçar desta forma a não ser o Steve. Mas eu já estava chorando compulsivamente e não sabia quanto tempo tinha chorado.

...

..

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Eu tinha dormido, depois de chorar nos braços da Agente Maria. Quando acordei já era noite, Stark e Pepper já estavam na sala de espera comigo, fora eles Fury também se encontrava no hospital. Quando Tony viu que eu acordei ele simplesmente me abraçou e me fez sentar ao seu lado e de Pepper.

Esperamos mais alguns minutos, até que um médico entrou na sala de espera e pediu para falar com os parentes de Steve Rogers. Eu levantei do sofá e fui em sua direção.

− Eu sou a mais próxima dele. Sou sua namorada – Eu implorava mentalmente para ele dizer que meu Ste estava bem...

− Sinto muito em te dar a notícia que vou falar agora. O paciente Steve Rogers não suportou os ferimentos e faleceu durante a cirurgia... – Olhei para o médico não consegui dizer nada, nem falar nada, apenas o olhei. Eu vi a Hill, Pepper, Tony e até o Fury chorar, mas eu não conseguia. Meu Steve estava morto, o amor da minha vida morreu.

Depois de minutos olhado para o médico eu comecei a chorar. Era um choro baixo, mas que aos poucos ganhou vida. Eu gritei, gritei o mais alto que minhas cordas vocais aguentavam. Tudo o que eu vi pela frente eu derrubei. Não sei o que aconteceu depois, pois simplesmente tudo escureceu.