Acordei com o sol entrando pela janela do quarto com meu corpo ainda envolvido pelos braços de Steve. Me aconcheguei mais em seu peito e fitei seu rosto perfeito. Como eu senti a falta dele, ainda era difícil acreditar que ele estava ao meu lado novamente, que ele estava vivo. Estiquei minha mão e comecei a passar meus dedos levemente pelo seu rosto, fazendo um carinho lento.

Steve moveu um pouco o corpo, devido ao carinho que eu fazia em sua face. Depois de minutos o tocando, vi um sorriso romper de seus lábios e senti seus braços me puxando para mais perto de si. Ainda sem abrir os olhos, Steve encostou seus lábios levemente nos meus. Então ele sorriu para mim, o sorriso mais bonito de todo mundo, enquanto abria seus olhos azuis e me encarava.

− Que maneira mais perfeita de acordar... – Ele comenta ainda rindo para mim. – Dormiu bem, meu amor? – Ele pergunta colocando uma mecha do meu cabelo atrás de minha orelha.

− Sim... – Respondi em um sussurro. Eu ainda não tinha me acostumado com todo carinho que Steve me proporcionava. Ele é perfeito, perfeito demais para mim. Mas neste momento é tarde, pois eu não o deixaria nunca.

− Está com fome, porquinha? – Ele me perguntou carinhoso. Sorri para ele, era o bastante para dar minha resposta. Ele sabia que era difícil eu rejeitar sua comida.

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Enquanto Steve fazia nosso café da manhã eu tomava um banho demorado. Passei hidratante em todo meu corpo, principalmente no meu ventre, para evitar alguma lesão na pele. Então me olhei no espelho, eu realmente estava diferente. Minha barriga estava enorme, meus seios pareciam bem maiores. Depois de mais alguns minutos anotando mentalmente as mudanças que a gravidez estava fazendo em meu corpo me vesti com uma roupa minha. Após estar devidamente vestida, segui meu caminho para a cozinha.

Senti o cheiro de bolo, assim que cheguei perto da cozinha. Steve de avental andando pela casa é uma das visões que me fazem acreditar que ele voltou para mim. Me encosto na porta o observando cozinhar. Mas não fiquei por muito tempo presa a ele, pois sem motivo algum uma imagem de “Camarão na Moranga” surgiu em minha mente. Minha boca começou a salivar instantaneamente, enquanto eu me imaginava comendo aquela comida típica do Brasil. De repente eu não queria mais comer bolo eu desejava comer camarão. Eu e Clint havíamos a provado antes de entramos nos vingadores depois de uma missão exaustiva no Brasil no primeiro restaurante que encontramos.

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− Steve... – Me surpreendi o chamando.

− Fiz bolo para você. – Ele falou rindo para mim. Instantaneamente me senti mal, mas eu precisava comer “Camarão na Moranga”.

− Ste, me desculpa! Mas... – Sorri sapeca para ele. – Steve, eu preciso comer Camarão na Moranga! – Disparei falando o que eu queria comer.

− E o que é isso? – Ele perguntou rindo.

− É uma comida brasileira! Amor, eu preciso comer isso, por favor. – Pedi para ele.

− Você está com desejo? – Ele perguntou vindo em minha direção enquanto abria um sorriso largo. Afirmei para ele com minha cabeça. – Vou tentar fazer para você, mas vai demorar um pouco. Certo? – Steve nunca decepcionava.

− Certo. – Respondi com um sorriso de orelha a orelha.

Infelizmente o meu sorriso não permaneceu por muito tempo em meu rosto, pois Coulson ligou para Steve, no momento que ele procurava a receita do meu objeto de desejo, dizendo que tinha marcado uma reunião com os vingadores em duas horas. Fiquei irritada no mesmo momento que entendi que esse “pequeno” imprevisto iria prejudicar o desfecho do meu mais novo desejo.

− Não se preocupe... – Ele falou se aproximando de mim depois que terminou a ligação de Coulson. – Você vai comer seu Camarão na ... Como é mesmo o nome? – Ele me pergunta.

− “Camarão na Moranga” ... – Respondo ainda irritada. Sem esperar sinto seus braços ao redor de mim.

− Falei com o Coulson. Consegui o convencer de encontrar os ingredientes para fazer sua comida, mas por enquanto a mocinha vai comer o que tem pronto. – Ele falou rindo.

− Mas eu... – Comecei a tentar protestar, mas fui interrompida por Steve que colocou dois dedos nos meus lábios me impedindo de falar.

− Come, por favor. Eu prometo que vou fazer essa comida que você quer no avião da S.H.I.E.L.D ou na casa de Stark. – Eu não consegui resistir e abri um sorriso para ele, enquanto torcia internamente para minha comida não demorar tanto. – Vou tomar banho! Enquanto isso você come, certo? – Assenti com a cabeça. Enquanto ele se afastava para o banheiro fui em direção mesa da cozinha sem vontade. O bolo que antes tinha o poder de me fazer o comer “rezando” estava sem gosto algum em minha boca.

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Coulson não tardou a chegar, na verdade em pouco menos de trinta minutos vimos um carro da S.H.I.E.L.D. estacionar na frente da casa. Vi um Phil sai feliz do carro falando ao telefone acompanhado de um Fury bastante mal humorado, provavelmente ele soube que Steve estava vivo a pouco tempo, através da janela. Eu sabia mais do que ninguém que Nick odiava não saber dos assuntos, afinal nós somos espiões e sempre vamos querer saber mais que as outras pessoas. Ouvimos a campainha tocar, então Steve seguiu em direção à porta para abrir para Phil e Fury.

− Capitão! – Ouvi a voz de Fury o saudando. – Você nos deu um susto... – Então ele sorriu meio escandaloso. – Cadê a Natasha? – Ele perguntou para Steve.

− Estou aqui, Fury! – Respondi enquanto seguia em direção a sala de estar onde eles estavam.

− Steve, por que você me pediu para trazer camarão, azeite, alho, cebola, tomate, abóbora, Creme de leite e requeijão? – Coulson perguntou curioso para Steve, que sorriu com a pergunta dele.

− A Natasha quer comer uma comida que tem esses ingredientes. – Ele falou sorrindo e me abraçando com um de seus braços.

− Desejo? – Coulson e Fury perguntaram juntos. Afirmei com a minha cabeça para os dois homens a minha frente.

− Natasha, você já falou para o Steve o que você fez o Clint trazer de madrugada para você há dois meses? – Coulson me perguntou com um sorriso na boca. Então eu sorri ao me lembrar da Torta de Maçã que fiz o Barton trazer para mim tarde da noite.

− Ainda não... – Respondi sorrindo. – Por que você não conta Phil? – Perguntei a ele.

− A Natasha ligou para o Clint de madrugada pedindo uma Torta de Maçã. Ele não conseguiu dizer um não, pois quando tentou ela o ameaçou com um choro. Quando chegou aqui, pobre Barton, teve que dormir no sofá. Para piorar quando o dia amanheceu foi acordado por James Barnes de forma muito “delicada”. O seu amigo o jogou no chão... – Coulson não conseguiu terminar de contar, pois foi surpreendido por um acesso de risos.

− Depois os dois começaram a brigar aqui na sala e eu apontei uma arma para cada. – Falei orgulhosa, segurando o riso.

− Você é sempre tão “delicada”! – Steve concluiu rindo. Depois deu um beijo em cima de minha cabeça.

− Va... Vamos indo? – Coulson pergunta tentando controlar o riso.

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Já estávamos em um avião da S.H.I.E.L.D., provavelmente seguiríamos para casa do Tony, depois de pousar em Nova York, de carro. Steve estava na cozinha fazendo minha comida como prometido enquanto eu conversava com Fury. Coulson havia desaparecido com a Agente Melinda pelo avião. Na minha opinião aqueles dois tinham algo a mais que apenas amizade, olhei sugestivamente para Nick que entendeu prontamente a minha sugestão com o olhar.

− Você também acha, Romanoff? – Ele perguntou para mim.

− Tenho quase certeza! –Respondi sem nenhuma dúvida. –Se eles ainda não estão juntos, eles vão ficar um dia! – Falei para o homem a minha frente. – E a Maria? Como ela está? – Perguntei. Poucas pessoas sabiam do relacionamento que Fury tinha com a Agente Hill, apenas os mais próximos sabiam, ou seja, eu, Clint e Coulson.

− Ela está bem... – Ele respondeu simplesmente. Na verdade não teve oportunidade de continuar falando, pois Steve chegou com meu objeto de desejo pronto. Imediatamente minha boca voltou a salivar, segurei com as duas mãos o prato e me pus a comer. Com toda certeza do mundo eu podia dizer que meu filho teria bom gosto com comida.

− Isso deve ser muito bom! – Ouvi Fury comentar com Steve. Provavelmente impressionado com a forma que eu estava comendo.

− Se você quiser, Fury, tem mais na cozinha do avião! – Steve respondeu rindo. – Está bom, meu amor? – Steve me perguntou, enquanto sentava do meu lado. De esguelha eu vi Fury se afastar, nos deixando sozinhos.

− Você não decepciona! – Respondi de boca cheia.

− Depois você reclama quando te chamo de porquinha! – Ele fala enquanto limpa o molho do lado de minha boca. Depois de engolir a comida, sorri para ele e dei um selinho rápido em seus lábios.

− O que será que os outros vão fazer quando descobrirem que você está vivo? – Perguntei me aconchegando nele.

− Com certeza eu vou ganhar mais um apelido do Tony! –Steve comentou rindo. Ela passou o braço por meus ombros, fazendo minha cabeça encostar em seu peito.

− Com certeza! – Falei sorrindo. – Como será que ele vai te chamar agora? Capitão Fantasma? – Perguntei rindo, enquanto ele fazia uma careta.

− Você tem talento para criar apelidos irritantes! – Ele falou rindo.

− Eu acho que sou melhor conseguindo encontros! – Falei para ele segurando o riso. – Você foi o mais difícil, tenho que confessar!

− Só porque você não viu que eu queria você e não as outras! – Steve falou sincero, olhando em meus olhos. – Você era e sempre foi o encontro prefeito! – Falou aproximando seus lábios dos meus, mas eu virei o rosto o fazendo beijar minha bochecha. Ele olhou confuso para mim.

− Você sabe que se nós nos beijarmos agora, não vamos conseguir nos controlar! – Comentei rindo para ele que riu em resposta.

Em pouco tempo sentimos o avião pousar, durante esse período nem Coulson e nem Fury apareceram no local onde estávamos do avião. Provavelmente queriam nos dar privacidade, principalmente o Fury, pois o Coulson estava com a Agente Melinda aproveitando a companhia dela. Desembarcamos do avião e fomos em direção a um helicóptero novo da S.H.I.E.L.D. e enfim seguirmos em direção a chamada Torre Stark.