Acordei cedo, na verdade quando o sol apareceu. Eu quase não consegui dormir, pois minha noite se resumiu em enjoo, vômito, desejo de comer Shawarma, pensar em Steve e chorar a noite praticamente toda com saudades dele. Assim que “abri os olhos” me levantei e fui me arrumar. Coloquei uma roupa simples, mas não muito pois eu iria na SHIELD falar com Coulson. Tinha muitos assuntos para resolver hoje, que se estendiam de falar com Steve até falar com Fury sobre meu bebê.

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Assim que me organizei, entrei no carro e fui em direção ao Cemitério Nacional de Arlington, mas não sem antes passar na lanchonete que vendia Shawarma. Essa vontade de comer Shawarma estava me consumindo. Não consegui dormir pensando nessa comida, então tentei comer outro tipo de alimento. Mas parece que meu bebê só aceitava isso, então vomitei e passei o resto da noite enjoada. Lembrei que foi a primeira coisa que eu e Steve comemos juntos e então fiquei até tarde chorando. Nunca pensei que a vontade de comer algo iria me deixar tão instável, mais até do que as mulheres olhando para Steve. Meus olhos encheram de lagrimas de novo, eu gostaria de sentir os olhares delas de inveja de novo, invés do de pena que sinto hoje.

Assim que paguei pela maldita Shawarma, comi com vontade. Não sei se era impressão minha, mas estava tão boa, tão gostosa. Bem melhor do que aquela que eu, o Steve e o restante dos vingadores comemos no dia que vencemos do Chitauris. Comprei mais duas para comer na viagem e então voltei para o carro. Dessa vez eu iria para meu destino, conversar com Steve.

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Eu não tinha a intenção de passar muito tempo no cemitério, mas então eu vi a Sarah. De certa forma aquela menina loira dos olhinhos azuis tinha me conquistado. De certeza, ela era uma criança feliz como a maioria delas era, apesar de não mais ter pai. A mãe dela parecia bem atenciosa e amorosa e pelo jeito que ela deixava a menina conversar comigo ela não tinha medo de eu fazer algo com o pequeno anjo que vinha correndo em minha direção com um sorriso grande e infantil.

− Moça bonita! – ouvi o grito infantil. De repente senti um impacto leve em minhas pernas, era Sarah me abraçando.

− Oi Sarah! Como você está? – me ajoelhei para ficar na altura dela

− Eu estou bem! E você... – ela parou um pouco como se pensasse – Hum... Como é seu nome mesmo? – ela me perguntou curiosa

− Natalia! – disse meu nome verdadeiro, me sentia no dever de dizer a ela – Mas me chame de Nat!

− Seu nome é bonito! O meu é muito sem graça. – Ela falou fazendo birra – É muito simples!

− Seu nome é lindo Sarah! – falei sorrindo da pequena – Seu nome quer dizer Princesa!

− Igual a Elsa da Disney? – ela perguntou ansiosa

− Sim, igual a ela! – Eu não sabia quem era a Elsa da Disney, mas sabia que ela iria ficar feliz se eu concordasse.

− Ela gosta muito de você! – ouvi a mãe dela se aproximando – Você é boa com crianças.

− Eu? Imagina! – sorri para a mulher

− Me chamo Helena – ela estendeu a mão para mim

− Natasha – estendi a minha mão e apertei a dela. Não queria contar o meu nome para a mãe de Sarah, então pisquei para a pequena e me parece que ela entendeu – Prazer.

− O prazer é meu! – ela sorriu – Vamos Sarah? Lembre-se que você ainda tem o ballet daqui a uma hora. Tchau Natasha, espero te ver em breve – Apenas sorri e acenei com a cabeça para Helena

− Tchau moça bonita! – Sarah abraçou minhas pernas de novo e então foi embora com a mãe.

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Quando cheguei no Triskelion, notei claramente os olhares curiosos dos agentes direcionados a mim. Desde que Steve me deixou, eu nunca mais tinha pisado ali. Desde a construção da nova SHIELD eu notei um fortalecimento na instituição que trabalhei durante anos de minha vida. Depois que eu e Steve mostramos os segredos da SHIELD para destruir a HIDRA os vingadores ficaram independentes, então meio que se “desligaram” da SHIELD.

Acenei para alguns agentes mais próximos e fui em direção a sala do diretor. Coulson, aquele em que Fury havia confiado a missão de reerguer a SHIELD e que executou a missão com perfeição. Não me surpreendi quando vi a agente Melinda na porta da sala do diretor, sentia uma proximidade entre os dois, nada muito notável, mas para um espião profissional era obvio. Provavelmente Coulson já tinha sido informado da minha presença desde que entrei no prédio.

Cumprimentei a agente e entrei na sala de Coulson acompanhada por ela. Vi ele sorrir radiante para mim e dar uma volta na mesa para me abraçar. Sorrindo feliz, ele me contou como a SHIELD estava, as mudanças, os protocolos de segurança. Depois de passar minutos falando sobre a instituição Coulson me olhou sugestivamente, ele sabe que que não estava ali para o ouvir falar sobre a SHIELD.

− Tudo aqui na SHIELD vai muito bem... – Coulson começa – Mas eu sei que você não está aqui para saber sobre a SHIELD! – ele sorri calorosamente para mim.

− Realmente não estou Coulson! – falei seria enquanto o encarava – O que eu vou falar agora é necessário um sigilo total, pelo menos por enquanto!

− O que é tão sério Natasha? – Ele agora olhou em minha direção notando que o assunto que eu tinha a falar não era simples

− Você logo vai entender! Por favor, isole a sala.

− Comando do Diretor Coulson, Phil. Isolar a sala – era a minha deixa. Eu iria ser bem direta.

− Estou grávida! – ele e Melinda olharam para mim assustados. O primeiro, pois sabia da minha antiga impossibilidade, já a May, talvez porque eu não tinha jeito de uma figura materna – Do Steve – completei tentando ficar seria, mas era apenas eu pensar no assunto que um sorriso bobo saia dos meus lábios.

− Grávida? – Coulson me perguntou um pouco estarrecido, como se algo o estivesse o assombrando – A quanto tempo você sabe?

− Descobri a dois dias – falei sincera – É o seguinte Coulson, eu preciso de sua ajuda com médicos confiáveis da SHIELD que não contem para ninguém e acima de tudo me ajudem a levar essa gestação adiante.

− Confesso que estou surpreso com a notícia! – Ele sorriu – O que me resta é apenas lhe desejar os parabéns e lhe ajudar com todo o possível. Esse assunto não vai sair dessa sala, pelo menos por enquanto! – ele falou olhando para Agente Melinda

− Eu também desejo saber a localização do Fury! – olhei nos olhos dele – Ele precisa saber!

− Certo, vou localiza-lo e te digo as coordenadas de onde ele está! – ele se aproximou do telefone – Localize a Agente Jemma Simmons, e a encaminhe para a sala do diretor!

− Sua médica está a caminho! – ele falou rindo e eu apenas fiquei encarando a porta, esperando para ver qual Agente teria essa responsabilidade