Hail to the King [HIATUS] escrita por Louise Le Blanc


Capítulo 2
•• Capítulo Um - Zeref ••


Notas iniciais do capítulo

Oeeee meus anônimos lindos!!

CÁ ESTOU EU! E dentro do prazo, né, meus lindos, antes de tudo, quero agradecer aos 5 que acompanharam e ao 1 que favoritou, e também ao Spayke Vastia que comentou! Obrigadinha! Boa leitura!! o/



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Zeref levantou de sua cadeira e se dirigiu à sacada de seu escritório. O cômodo era amplo, as paredes de pedra cinza-claro, decorado com algumas tapeçarias especiais, muito bem-trabalhadas, em tons negros e pasteis. As janelas iam do chão ao teto, os vidros coloridos, alguns retratos antigos de parentes decoravam as paredes; no espaço restante, as paredes eram ocupadas por estantes, abarrotadas de livros, o perímetro do chão que correspondia à mesa estava coberto por um carpete verde-musgo escuro, e o restante do chão era de mármore negro polido.

Permitiu-seum meio sorriso. Concretizara as primeiras etapas numa velocidade espantosa, o que demorariaao menos uma década, fora resolvido em três anos! Mas em vez de ficar parado esperando o tempo passar, o rei estudaria a situação o máximo possível, para se livrar de quais queres imprevistos.

Fez o caminho de volta até sua escrivaninha e se sentou novamente, abriu a segunda gaveta e pegou um livro: o volume era grosso e pesado, sua capa era negra com escrituras rúnicas em vermelho-sangue entalhadas nas bordas; possuía um fecho simples de couro, também negro, mas era lacrado com magia. Com um feitiço simples, Zeref desfez o lacre e se preparou para retomar a leitura, procurou pela última página lida com um cuidado especial, pois o livro era antigo, muito antigo, não tão gasto, mas extremamente precioso. Respirou fundo. Ainda estava na metade do volume, era uma leitura complexa e cansativa, pois era em um antigo idioma, há muito perdido, e decifrá-lo era trabalhoso.

Quando finalmente achou a página, ouviu uma batida na porta. Bem, aquilo era realmente irritante, bufou e fechou o livro, lacrando-o novamente com magia; ser precavido nunca era de mais.

Zeref seguia essa linha de pensamento em relação aos seus planos, colocou o livro na gaveta e fechou-a.

— Entre — Disse alto o suficiente para que o visitante escutasse.

— Majestade — começou o visitante abrindo a porta, curvando-se logo após numa reverência simples. — a resposta do Lorde Heartfillia chegou hoje.

— Ah, Sor Laxus, agradeço por trazer até aqui, mas isso não seria obrigação da senhorita Scarlet? — Zeref lançou a pergunta de modo sutil, mas de sutil em suas reais intenções não havia nada.

Já tinha reparado nos sumiços repentinos da capitã das forças especiais, sem contar a frequência com qual passava na frente da entrada da prisão nos últimos tempos, que também não lhe passava despercebido.

Era divertido observar as reações de Erza quando passava por lá, por suposta coincidência: a expressão impassível vacilava e seu rosto se contorcia em dor e arrependimento, por ao menos um milésimo de segundo, era hilário. Mas o temor por um ato inconsequente de Erza não lhe passou pela cabeça em nenhum momento, pois, por mais que num surto resolvesse tirar seu irmão mais novo da prisão, conhecia Jellal bem o suficiente para prever o tipo de atitude que tomaria.

Ele era rancoroso, e certamente tentaria uma vingança ou algo do gênero.Durante os anos de convivência com a maga das armaduras, observou cuidadosamente seus atos: fechada, difícil de ler, exceto quando estava com Jellal.

Erza era como uma gatinha manhosa, porém arisca, confiava todos seus segredos a ele, seu primeiro amigo, mas antes fosse somente amizade o que ela queria; era outra coisa, sempre fora. E o motivo era simples: amor. Um sentimento tão intenso, mas tão perigoso!

Manipular uma mulher apaixonada nunca era difícil, e não havia sido diferente com Erza. Foi só achar uma ferida e cutucá-la, e pronto, sua insegurança faria o resto do trabalho. E a fez, muito bem. E quando a hora chegasse, iria usar a liberdade de Jellal à seu favor, por quê não?

Seu irmão era um mago poderoso, seria o mago mais poderoso de toda Fiore, se não fosse por ele, é claro.

— Erza está tratando de assuntos da Guilda, Majestade, a pedido do Mestre Makarov. Um assunto bem longo, presumo, já que faz quase uma semana — respondeu Laxus com naturalidade.

Erza era a maga mais forte da Fairy Tail, sair em missões relâmpago ou para resolver assuntos urgentes era normal, principalmente se levasse em conta a confiança cega que o Mestre depositava na Titânia. Era também de se esperar que ela não haveria de dar a mínima satisfação a Zeref, por mais que ele fosse o rei. Já que nutria por ele um ódio decomunal desde que Jellal foi para a prisão.

— Ultimamente a Guilda está passando por um tumulto momentâneo pós-ataque. O conflito com a Phanton realmente deixou sequelas — acrescentou fazendo uma careta, não gostava de falar sobre aquilo, e o mesmo valia para todos membros da Fairy Tail.

Mas esse assunto era um tabu absoluto para Erza, junto com a prisão de Jellal, tocar nesses assuntos, poderia desencadear o ódio da maga das armaduras, e resultar numa boa surra. O rei também nunca se pronunciava a respeito da prisão do irmão mais novo, desviava sempre o assunto, deixando bem claro o quanto issoo desagradava.

Todos os outros envolvidos haviam voltado para seus respectivos reinos ou guildas. Outros poucos como Gajeel e Juvia tinham ficado, mas também não se pronunciavam. E havia também o Conselho Mágico, as autoridades supremas no continente de Fiore, estavam acima de qualquer rei, com certeza sabiam do golpe, mas se mantinham em absoluto silêncio. Intrigante.

Zeref fez um movimento afirmativo com a cabeça, assuntos relacionados à guildas eram problemáticos ao extremo, e procurava evitá-los. Mas como um membro do conselho, aquilo não dava lá muito certo.

— É por isso que eu não entro em nenhuma Guilda.- Franziu o cenho.

Laxus riu ruidosamente do comentário do outro, deu um meio sorriso, fazendo um gesto de negação com a cabeça logo em seguida. Zeref lhe respondeu com um discreto repuxar de lábios, não que aquele movimento pudesse ser chamado de sorriso, mas era algo semelhante.

Caro Rei, com um prazer imenso aceito sua proposta. Não imagino pretendente melhor para minha querida Lucy, do que vós, Majestade. Gostaria que pudéssemos resolver os detalhes o mais breve...Zeref começou a ler, em voz alta, mas foi interrompido pelo barulho ruidoso da porta de sua sala batendo com força na parede.

Parado no batente, estava Natsu Dragneel. A mão esquerda estendida, como se estivesse segurando algo que lhe fugiu dos dedos, o rosto levemente corado de vergonha diante do estardalhaço que sua entrada — não autorizada e não requisitada, diga-se de passagem — causou. Zeref levantou o olhar casualmente do papel e focou suas orbes vermelhas no jovem hiperativo e desastrado parado com cara de idiota no vão da porta.

Já Laxus lançou um olhar mortal em direção ao protegido da antiga Rainha, segurou-separa não levantar e apertar o pescoço daquele inútil com as próprias mãos. Ele não tinha educação?! Devia bater e pedir licença antes de entrar em aposentos alheios, ainda mais quando eram os aposentos do rei! E ele não havia feito NEM UMA REVERÊNCIA!

Não que Laxus fosse de formalidades, mas aquilo era uma questão de modos básicos, ainda mais para alguém que provavelmente herdaria um trono. O que era o caso de Natsu Dragneel, o único filho homem do ilustre e poderoso Rei Igneel, o Dragon slayer mais poderoso dos últimos tempos.

— Bem, Natsu, o que você acha de nos dizer o motivo de sua adorável presença? — sugeriu Sor Laxus entre dentes, mantinha um sorriso assustador nos lábios, enquanto tamborilava os dedos impacientemente no braço da cadeira.

— Ahn?... Uhmm... Bem... — murmurou Natsu, coçando a nuca num gesto de nervoso.— Ah! Lorde Heartfillia e sua filha acabaram de chegar, Majestade. Um dos guardas disse que o senhor não estava esperando por visitas, e isso deu numa briga, até que o mensageiro explicou que houve um imprevisto na estrada e que a carta contendo a resposta chegou com um mês de atraso. E me mandaram vir aqui comunicar-lhe isso, Majestade, e, hum...Ah! É Só! — Natsu finalizou curvando-se de leve, com se estivesse acabado de lembrar que estava falando com o rei.

Enquanto terminava de ler a carta rapidamente, o Rei pôde confirmar a história, mais para o final, Lorde Heartfillia solicitava um encontro com Zeref, naquele dia.

Soltou um suspiro, sua leitura haveria de esperar.

— Bom — disse ele colocando a carta em cima de sua mesa extremamente organizada — ,não tenho nenhum compromisso hoje mesmo, então não vejo problemas em receber Lorde Jude. Sor Laxus, por favor, traga nossa visita até aqui, mas antes lhe apresente algumas partes do castelo. Um pai provavelmente tem interesse em conhecer o novo lar de sua filha, mas nada muito demorado, por favor. E, Natsu, acompanhe a Srt.Heartfillia pelo castelo e lhe apresente as dependências. Depois leve-a aos aposentos que irá usar durante a visita.

Laxus assentiu com a cabeça, fez uma reverência e saiu da sala. Já Natsu fez uma careta, como se a ideia de bancar a babá da futura rainha não lhe agradasse, mas não reclamou. Murmurou um “Como queira, majestade” e saiu do escritório do Rei, fechando a porta atrás de si, ainda com a cara amarrada.

Quando os passos se afastaram, Zeref apoiou a cabeça no encosto da cadeira e soltou um longo suspiro, ajeitou sua postura e abriu novamente a segunda gaveta. Fitou por um segundo o livro e depois fechou-a, soltando mais um suspiro.

Por hora, teria que resolver outros tipos de negócios, mas sua futura esposa era uma maga poderosa, o que era realmente satisfatório. Soltou um risinho malicioso e deixou sua mente vagar nas vantagens desse casamento.


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Notas finais do capítulo

Não me matem por esse capítulo!
Eu sei que nem o Jellal nem a Erza apareceram, maaas esse cap. é necessário, juro que o próximo compensa, principalmente para quem curte NaLu!

É só! Até alguns dias, ou quem sabe nos comentários??



Louise LB