Hail to the King [HIATUS] escrita por Louise Le Blanc


Capítulo 1
•• Prólogo ••


Notas iniciais do capítulo

Esse é só o Prólogo, ficou pequeno até, mas espero que gostem.

É minha primeira long fic, e minha primeira fic Jerza(*_*), mesmo que o foco principal não seja o romance, outros detalhes nas notas finais.

Xoxo Louise Le Balnc.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/503952/chapter/1

.

.

.

.

Aporta da cela foi aberta, o jovem de cabelos de cor incomum ignorou completamente o ato, era, provavelmente, alguém trazendo sua refeição. Mas que horas eram naquele momento? Há muito tinha perdido a noção do tempo, naquela cela escura, onde não via o sol, ou a lua, e só via a tênue e suave luz das velas que os guardas acendiam durante as vigias, escutou atentamente o som dos passos que vinham em sua direção. Eram diferentes do comum, mais firmes e seguros, não o das botas de couro gasto e macio que os guardas utilizavam; eram mais agudo e metálico, seguido do tilintar suave duma armadura.

Eram os passos de uma guerreira.

Bem, então sua execução finalmente tinha chegado? Ele não pôde deixar de se sentir aliviado, não fazia sentido viver ali, preso, sem nunca ver a luz do sol, sem nenhuma companhia constante, sem um incentivo, um plano ou objetivo. Era certamente uma existência muito vazia, e infeliz de mais para seu gosto. Tinha cedido, desistido de viver.

— E então, qual é a data? — perguntou quando a cela foi aberta, sem dirigir o olhar ao visitante, sua voz soou estranha ao seus próprios ouvidos, quase não falara naqueles três anos. — Vai ser o que? Enforcado? Executado em praça pública? Esquartejado? Degolado? Afogado? Congelado? Queimado vivo? Ou quem sabe torturado? — continuou pensativo. — A última é um tanto sádic...

— Eu não vim aqui para isso — cortou a visitante num tom de voz seco — Vim aqui para te trazer uma proposta.

— Ah, então é você capitã? — perguntou, levantando o olhar em direção a garota, parada, de modo imponente, de pé em sua frente. Uma quantidade considerável de sentimentos lhe invadiu o peito, deixando-o um tanto nostálgico. — E que proposta é essa? — Encarava-a intensamente, ela desviou o olhar e fitou o chão.

— Precisamos tirar o rei do poder — disse sem rodeios, com a voz ainda mais seca. — E você é a única pessoa que pode fazer isso. — Acrescentou depois. — E eu tenho um nome, caso tenha se esquecido.

— Um filho bastardo não tem direito ao trono — disse com escárnio. — E eu me lembro muito bem do seu nome, mas pronunciá-lo me faz pensar que cometi muitos erros no passado.

As palavras a atingiram como um tapa na cara, ela sentiu os olhos arderem mas engoliu as lágrimas, tinha um dever para cumprir ali, e não sairia até conseguir o que queria. E desde quando era dada ao sentimentalismo? Por que diabos queria chorar? Ela não sentia nada por ele, certo?

— Não é disso que estamos falando, precisamos que você crie um plano para tirar Zeref do poder — declarou, com a voz trêmula.

— Traição — disse ele, com um sorriso irônico nos lábios. — É por isso que vim parar aqui, e simplesmente querem que eu faça novamente? Pensei que você tinha desistido da oposição quando ajudou a me jogar aqui, capitã. Mas do que importa isso agora, no fim, eu tinha razão. E se tivessem me ouvido quando eu disse que ele não seria um bom rei, bem, seja lá o que for, não estaria acontecendo isso agora. — acrescentou enquanto estudava cuidadosamente a expressão da garota — Ah, mas se não me engano, você me ouviu... Por certo tempo. No entanto na última hora, você resolveu me entregar, por que mesmo? Pelo seu enorme e intenso amor pelo meu querido irmão, mas acho que está arrependida, entretanto ainda ama aquele cretino, não é? E seu coração se enche de pesar só de pensar em traí-lo, certo, minha fiel companheira? — Seu tom não podia ser mais sarcástico. — Sorte sua, porque, como minha resposta é um NÃO, vou poupar-te desse ato.

Outro tapa, ainda mais forte, se limitou á trincar os dentes e cerrou os punhos. A língua dele continuava afiada, e sua sinceridade, intacta, mas mesmo conhecendo cada detalhe da personalidade forte dele, não conseguiu evitar de se sentir chocada. Ele nunca havia falado assim com ela antes, seu coração apertou e um nó se formou em sua garganta. Repreendeu-se por se sentir assim, não tinha motivos para isso, certo?

— Ou você vem, ou você morre, aqui e agora! — vociferou ela em um ultimato, voltando ao tom de voz seco.

— É você que irá me matar? — perguntou, atento a todas as atitudes dela, não podia evitar se sentir curioso sobre o que aconteceria a seguir. — Vá em frente, eu não me importo! — declarou se pondo de pé em sua frente, sem conseguir impedir que um ligeiro sorriso de canto lhe tomasse a face.

Ela sacou a espada, disposta a matá-lo. Respirou fundo, controlando o nervosismo, que por sinal, não tinha motivo algum; ela já havia matado pessoas antes, não deveria ser diferente com ele, mas por que toda aquela hesitação? Levantou a espada, pronta para desferir o golpe, mas em vez de brandi-la, baixou a arma, e num murmúrio admitiu sua derrota:

— Eu não consigo...

— É uma pena — sussurrou ele, aproximou-se subitamente da capitã do exército, ao pé de seu ouvido — se tivesse o feito, mostraria que te sobrou ao menos um pouco de honra, Erza Scarlet. Qual é a dificuldade em matar alguém que traiu?

Erza sentiu seus joelhos bambearem, as lágrimas começaram a correr livremente por sua face, sem que pudesse impedi-las. Não que ela fosse de chorar, a última vez que havia chorado, fora a três anos atrás, escondida, onde ninguém a veria. Suas pernas pareceram se esquecer da função de sustentar o corpo e caiu de joelhos, em prantos, num choro baixo e persistente.

— Jellal... — Murmurou suplicante. Queria conseguir dizer mais, explicar tudo, todos os motivos, mas na verdade, ela desconhecia a maioria. Todavia estava arrependida, e faria de tudo para consertar seus erros, todos, um por um.

Vê-la chorar partia o seu coração, mesmo que quisesse sufocar todos os sentimentos que nutria por ela, não havia tido sucesso nos anos em que ficara preso, e não conseguiria em alguns segundos. Segurou-se para não abraçá-la e conforta-la, já que era isso o que queria fazer, mas não o fez. Tinha princípios e motivos para isso, poderia até ser um masoquista sentimental; uma teoria que havia desenvolvido naqueles três desagradáveis anos na prisão. Se é que algo assim existia, mas tinha orgulho próprio, e se o fizesse, estaria traindo à si mesmo.

Limitou-se observar atentamente a ruiva por inteiro. Suas roupas, armaduras um tanto exóticas e sensuais, que destacavam os seios fartos e a cintura fina. Os quadris ligeiramente largos, as pernas torneadas, cobertas até um palmo abaixo do joelho por uma bota preta de couro, revestida num metal especial. O mesmo que a maga usava em suas armaduras, os cabelos vermelho-escarlate, uma cor única, que lhe passavam da cintura.

Suspirou pesadamente, tendo certeza que em algum momento se arrependeria do que estava prestes a fazer, mas aquilo era mais forte do que ele. Por mais que tentasse e independente do quanto o tempo passasse, não conseguia dizer não a ela.

— Ok, eu ajudo com... Esse... Esse... Golpe de estado, ou seja lá o que for! — disse entre dentes.

Ah, ele se arrependeria, mas o que tinha a perder? Nada. Absolutamente, nada.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Algumas coisinhas importantes:

1#- Esse é só o Prólogo, o primeiro capítulo mesmo, eu vou postar em 2 ou 3 semanas, o tempo e postagem é indefinido, mas pretendo postar de duas em duas semanas, mas depende da minha satisfação com o que escrevi, já que tenho mania de perfeccionismo com meus textos.

2#- O foco da fanfic não é o romance, como eu disse antes, mas mesmo assim, vai ter muuuito romance, e outros casais também.

3#- O protagonista é o Jellal, a narrativa vai ser na terceira pessoa, o cenário é uma era medieval alternativa, e eles são magos, mas vai ser um pouco diferente em relação á magia, qualquer dúvida me perguntem.


É só isso mesmo, obrigada por lerem! Comentem!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Hail to the King [HIATUS]" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.