Divergente's Refúgio - Interativa escrita por MaryDuda2000


Capítulo 24
Proposta


Notas iniciais do capítulo

Bem, pessoal, vamos lá!
1- Boa leitura!
2- Desculpe a demora, tive um tal de "Hábile" na escola e foi um horror, ficando sem tempo para escrever.
3- Se o capítulo parecer "confuso", relaxem. Coloquei algumas "deixas" nesse para ser explicados no próximo.
4- Fico feliz que tenham gostado do desafio, mas talvez demore um tanto para o próximo.



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Narrador

– Tudo bem? – perguntou Luke pela sexta vez nos últimos dez minutos.

– Mais é claro. – falou serena Mia, que apesar de estampar um sorriso, o próprio revelava ao fundo um tanto de raiva.

– Não ta, sei lá, irritada pelo que aconteceu... – foi interrompido por Mia.

– Eu?! Imagina! Só porque aquela porca rosa chegou e saiu te agarrando?!

– Até meio minuto atrás era vaca – sussurrou Luke para si mesmo, porém a voz saiu mais alta do que esperava.

– Mas é. Na realidade, estou procurando diversificar. Dói!

– O que?

– Ofender os pobres animais. Coitados! – ambos eliminaram pouco da tensão em risos e Mia passou a mão pelos cabelos de Luke, deixando os fios loiros bagunçados.

P.O.V Violet

– Vejo que vocês estão se dando bem. – falou com um sorriso Cassie ao lado de Alice, que lentamente se aproximaram de mim e Sarah.

– Claro. – confirmei.

– Alice, aqui é bem legal mesmo. – disse Sarah à irmã.

– Pois é. Não é nossa casa, mas... – retornava Alice quando foi interrompida por Sarah.

– Errado. Nossa casa fica onde está nosso coração.

– Verdade... – dizia Alice quando Sarah continuou.

– E como euzinha estou aqui, você já pode se sentir em casa.

Nós quatro riram do vanglorio cômico de Sarah e Alice balançou a cabeça de um lado a outro, negativamente, mesmo estando feliz pelo humor da irmã está no auge. Como devia sentir falta daquilo...

– Violet?! Vamos?! – Sarah falou.

– Onde? – perguntei esquecida.

– Lembra que você ficou de me ajudar com aquele lance... – ela arregalou os olhos.

– Ah, sim! Esquecida que sou.

– Pois é. Mana, vou dar uma voltinha com a Vi, ok?!

– Tudo bem. Mas cuidado! – alertou Alice.

Narrador

– Menina, se toca?! Eu não fiz nada! – defendia-se Helena.

– Sei... Só estou falando mais uma vez que não quero mexendo nas minhas armas? – avisava Alek aos nervos.

– Menina, se acalma, por favor! Ela caiu e eu peguei para te entregar. – explicou novamente Helena.

– Mesmo assim, ela só falar. Não sou cega. Ia dar a falta de minha faca e acharia.

– Isso é ridículo! Não vou brigar com você por besteira.

– Afe! Tchau!

– Tchau! E melhoras com a sua TPM, amor! – gritou Helena provocando ainda mais Alec que apressou o passo a fim de não querer mais olhar para cara da outra, caso sim, uma luta estava para formar-se.

Alek estava tão irritada que seus passos eram firmes, fazendo barulho ao tocar o chão, e ágeis, que em menos de dois minutos, ela tinha fugido completamente do campo de visão de Helena.

– Ai, ai! Povo doido! Fazer o que se sou a única normal, né?! – deu de ombros.

– E ai, loirinha?!

Ele a encarava. Ao contrário do que pensava, Helena são se virou, nem se assustou, muito menos arregalou os olhos ao reconhecer a voz de Robert. Manteve-se a fazer o que tinha começado: limpar a bota esquerda das fezes que tinha pisado há algum tempo.

Robert se agachou ao seu lado no riacho, mas Helena continuava demonstrando a expressão longínqua. Cantarolava algo em outro idioma e não era possível entender uma só palavra do que dizia, pois era como se estivesse gemendo, ruídos eram escutados apenas.

– Quer parar de palhaçada?! – logrou Robert.

– O que, fofo?! O que você quer? – indagou piamente Helena como se a última vez que se viram a briga, os socos, hematomas, dor e sangue, fosse de natureza corriqueira e estivesse ficado para trás por completo, apagado ou encoberto pelo vento com areia.

– Como vai? Já se enroscou com outro depois que fugiu?

– Ah, sim. Você sabe né?! É vida que segue. – afirmou Helena com um sorriso incrivelmente inocente – E você?

– Também.

– Sabia! – riu Helena.

– O que?

– Você sempre está com alguém.

– Isso é ci...

– Não! Aliás, é bom doar brinquedos velhos aos mais necessitados.

– Digo o mesmo em relação a você. – sorriu sarcasticamente Robert com uma envergadura que firmava com a de Helena, um par perfeito, ou quase – E ia falar cimento, na bota.

– Não! – falou como óbvio – Mas o que você quer... – Robert interveio.

– Eu quero fazer uma proposta a você.

– Diga! – pronunciou agora atenta, mas ainda não tinha olhado para o rapaz.

P.O.V Rose

Por mais incrível que pareça, eu ainda estava com raiva de Tanner, bastante por toda a confusão que trazia consigo, mas dessa vez, eu sentia uma paz. Não no ambiente, ou por estar calmo sem ninguém próximo, mas essa paz vinha dele mesmo.

A lágrima, única e úmida, que escorrera pela face de Tanner foi sugada pela pele rapidamente, deixando nenhum rastro de que existira. Caminho percorrido, olho avermelhado, nada. Eu não me mexi para tocar sua mão ou abraçá-lo. Era como se o mais confortante que já estivemos um com o outro fosse não termos contato físico. Tão perto e ao mesmo tempo tão longe.

Perdi-me em pensamentos, do primeiro encontro com Alyssa, do seu sorriso, do jeito como fazia propaganda sobre o irmão para mim (risos), isso não podia se esquecer. Todo o cuidado que ele tinha era mais que preciso, mais que obrigação ou amor, era um pouco de culpa também.

Retornei ao mundo real quando ele finalmente falou algo, que não entendi.

– Oi?!

– Nada. – deu um sorriso frouxo.

– Você está melhor?

– Estou ao seu lado. Por que não estaria?

– Você não é bem o tipo de cara que “desabafa”.

– Na realidade, sempre fiz isso, mas com pessoas erradas.

Ele se aproximou aos poucos. Um arrepio percorreu todo meu corpo. Era quase impossível não sentir o coração acelerando e a respiração ficando ofegante a cada milímetro que ele chegava mais perto de mim. Creio que até ele mesmo percebeu. Faltava pouco quando a mão de Tanner deslizou pelos meus cabelos, colocando uma mecha atrás da orelha e recuou. “Ufa!” pensei “Será que eu devia estar assim?!”.

Um novo sorriso fez-se em seus lábios, mais alegres em relação ao anterior, mesmo assim não pleno como de costume. Um sorriso involuntário fez-se em mim também, sem mostrar os dentes, mas uma leve curvatura foi percebida, vi isso no reflexo dos olhos castanhos de Tanner. Seu olhar era de alívio. Infelizmente, em uma fração de segundo, este se transformou em horror, indignação, raiva, surpresa, angústia, aspereza, repúdio, era impossível caracterizar o que eu sentia.

Tentei observar além dele, sua íris tinha simplesmente desaparecido. O tom castanho médio tinha se transformado em mais escuro, quase único, tendo como único contrate, o qual também não sabia o que era. Um arrepio percorreu minha espinha, porém diferente dos demais. Algo que causou até náusea, digamos. Com voz trêmula, um pouco, atrevi a perguntar:

– O que foi?

Narrador

– Mas o que você acha que pode ter ai? – perguntou Tyler.

– Não faço à mínima ideia. – disse Scott.

– Mas não foi você quem decodificou tudo isso ai? – indagou Lena, um tanto leiga no assunto.

– Eu sei, mas tiveram outras pastas que não abri, porque simplesmente apagamos. – replicou Scott.

– Ok, então! Qual é o seu plano? – instigou Lena.

– Precisamos de um computador, né?! – expôs Alice.

– Com certeza! E aqui é meio difícil arranjar um. – complementou Scott.

– Ai a situação complica. O mais perto de estar na cidade, mas se passarmos do muro, Jeanine nos mata e faz churrasco. – disse Miguel.

– Óbvio! – pronunciou Tyler.

– Mesmo que não saibamos o que tem dentro, é melhor deixarmos em segurança. Se Jeanine tem mesmo relação com esse maldito pen drive e para conseguir que esses arquivos fossem decodificados sequestrou eu, você e Sarah, quase nos matando, acho melhor manter bem longe dela até eu... – Alice parou de falar percebendo um leve espanto no olhar de todos e tentou relaxar – Cuide disso. Alguma coisa importante tem ai.

– Ok! – assentiu Scott.

– Alice?! Pode vir aqui?! – chamaram Violet e Sarah.

– Sim?! – levantou Alice e foi até elas.

– Queríamos saber mais sobre... – dizia Sarah quando a irmã interveio.

– Olha, Sarah, desculpe, mas estou ocupada. Lucy não podia te ajudar não?! – apontou para a garota que estava pouco mais afastada e distraída. Quando escutou o nome, levantou a cabeça e arregalou os olhos.

– Claro... – falou Lucy – Em quê?

– Vamos! – ordenaram Violet e Sarah enquanto puxavam Lucy para ficar em pé. Emma soltou um leve riso, mas continuou a brincar com a lâmina, lembrança da última batalha. Ela discorria leves riscos com o objeto pontiagudo pelo antebraço esquerdo, formando alguns símbolos, dos quais saiam finas linhas de sangue rubro, quase marrom, que escorriam vagarosamente pela pele pálida.

Pov’s James

Kylie estava preocupada, tensa, não sei como descrever. Suas mãos gélidas e olhar pensativos não saiam da minha mente. O pesadelo que tinha tido na noite anterior, ainda dava calafrios. Tudo tão incrédulo. Temo as vezes que isso tenta a ver com aquele tal de Bruce. Bem, mesmo ele estando morto (e já foi tarde), ainda sim me dá ódio. Preferia ter sido eu a tirar sua vida. A coitada (nem tão coitada assim) Hiendi foi junto...

Pelo menos tenho que proteger Kylie. Ela é a única que desde o início demonstrou algum interesse, respeito e afinidade com a minha pessoa. Cassie e Tyler, Alice e Scott são legais, porém ainda não os conheço direito, sem contar os últimos sufocos que passaram.

P.O.V Reyna

Eu já estava saindo com Alyssinha quando esbarrei em Josh. Acho ele até agora foi o único que igualmente não gostava de Hiendi, igualmente a mim. Dava para suportar, mas aquele jeitinho metido dela, desbravado, tão vulgar e ridículo dava borboletas no estômago.

– Ela escondia alguma coisa. Eu sinto! – afirmou Josh.

– Também. Toca aqui! – levantei a mão, sem deixar Alyssinha cair, lógico. Se por ventura ela chegasse com um só arranhão, Raven iria me esfolar.

– Ok, Sherlock, o que descobriu até agora?

– Bem, - começou – até o momento, sei que o nome dela era Hiendi Collins, tinha dezoito anos, enrolava o pobre Caleb e suspeito que tinha um caso com Bruce.

– Hum – refleti – Mas isso está meio que na cara. Acho que tem mais coisa por trás dessa história.

– Ok! Mas não dá para fazer muita coisa com a bebê.

– E? Primeiro, eu sou diva, faço de tudo com a Alyssa dormindo em meus braços. Segundo, só vou procurar a mãe dela, por um único motivo: ela precisa se trocada, frauda ou pano, sei lá o que ela usa, porque meu braço não está tão limpinho sabe?!

Josh não se conteve e ecoou uma gargalhada, ri junto. Parecia ser nojento, porém gosto de Alyssinha e só preciso lavar o antebraço direito. Quanto mais rápido, melhor. Confesso que Josh é meio... Espontâneo (até demais) e curioso. Não sei bem porque concordei com aquela história de investigar Hiendi (que há essa hora deve estar rezando por ter se livrado do inferno salvando Sarah), mas ainda sim não gosto dela. Por quê? Sei lá! Porque sim!

Narrador

– E ai? Aceita? – propôs Robert.

– Nós dois num grupo de novo? – repetiu Helena.

– Isso ai.

– Não! Não to a fim. Não quero. Não!

– Ok! Achei que a gente podia... – comentava Robert tocando os cabelos loiros, longos e vibrantes de Helena.

– Lutar de novo? Seria bom. Na próxima vez não posso me esquecer de te deixar estéril.

– Que gracinha! – ironizou Robert, recebendo em troca um sorriso largo, falso, de Helena.

– Bom, eu poderia dizer que foi um prazer ter visto você novamente, saber que está bem, curado, forte e saudável – fez uma pequena pausa dando uma piscadela – Mas não foi. Então, tchauzinho!

Robert se levantou e seguiu. Helena disse a si mesmo que não olharia para trás, porém em meio minuto que percebera seu movimento, girou a cabeça e não notou mais nenhum sinal de Robert.

Não muito longe, Rose encarava abismada a reação de Tanner, quando enfim escutou uma voz feminina.

– Oi, amorzinho! – uma voz feminina soou. Rose girou e viu a presença de uma mulher, bem mais alta que ela, cintura fina, roupa decotada sendo calça jeans rasgada e blusa vulgar, cabelos castanhos e lábios salientes, sendo o inferior destacado pela mordidinha que fazia, produzindo um charme – Quanto tempo! Onde está a cunha?!

– Tanner, quem... – perguntava Rose baixo quando se interrompeu.

– Olá, Katherine. – levantou-se Tanner.

– Quanto tempo fofo! – ela se aproximou numa rapidez incrível e o abraçou. – Parece que esse tempinho sozinho te fez aprender como lidar com as mulheres, não é?!

– Não sou mais tão idiota como quando namoramos.

– Tenho orgulho de você. – sorriu Katherine, dando de costas e desfilando para o local onde estava. – Queria te fazer um convite. Só para você. A ruivinha sardenta descabelada ta de fora. – Rose se pôs de pé para falar algo, mas Tanner continuava a ignorá-la e interrompê-la, como se quisesse que ela não entrasse na conversa.

– “Junte-se aos bons se serás um deles.” – começou o convite – Eu queria saber se você não queria fazer parte do nosso grupo bem mais evoluído que esse ai – Olhou para Rose com desprezo.

– Ora, ora, ora... É de Tanner que falava?! – disse um homem que a segurou pela cintura fortemente.

– Robert! – balançou a cabeça Tanner em cumprimento e teve retribuição.

– Não acho que seja o caso de chamá-los. – sugeriu Robert.

– Era só ele. A estrábica não. – confessou Katherine, enquanto Rose começava a ficar vermelha.

– A resposta é não. Podem ir. Não quero escutar nada que tenham a dizer. Tenha um bom dia – despediu Tanner.

Robert como se já esperasse a resposta, deu de costas e seguiu. Katherine, estalou os dedos e chamou a atenção de Tanner.

– Caso mude de ideia, sabe como me encontrar. – piscou novamente, soltou um beijo que perdeu-se no ar e seguiu desfilando, igualmente rebolando, atrás de Robert até ficar lado a lado com o homem, revelando suas alturas similares.

***

Lembrete da Duda:

5- Votação::::: ♥ O que será?! O “Pato” será sorteado. Sem spoiler! Acho que o fato de vocês não saberem o “futuro” deixa tudo mais interessante.

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6- Aceito sugestões de fic para ler, pois 90% das que estou lendo demoram para atualizar.

7- Bem, até o próximo com o resultado da votação. (problemas com notas finais novamente).


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