Mistérios do coração escrita por Anjo Doce


Capítulo 9
Nono




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Shun deu uma leve batida na porta do quarto de Saori que depois de alguns minutos atendeu. Ele reparou que ela parecia estar dormindo.

– Desculpe. Sei que não queria ser incomodar, mas fiquei preocupado com você.

– Sem problema, Shun. Vem, pode entrar. – retrucou puxando o cavaleiro pela mão.

Dentro do quarto ele se sentou na poltrona, mas ficou constrangido, pois viu que a deusa estava de roupão. Saori notou o constrangimento do amigo, então pegou em seu armário um vestido.

– Já volto. – falou indo ao banheiro.

Segundos depois ela apareceu no quarto usando o vestido, que era simples, de malha branca.

– Esta melhor assim? – brincou.

– Sim. Eu prefiro assim. E me desculpe mais uma vez, creio que te acordei.

– Já estava na hora de acordar. Mas, pare de ter essa formalidade toda comigo. Somos amigos, ora! – disse sentando na cama.

– Eu sei, porém não gosto de abusar. Até porque o Tatsume contou que você pediu para não ser incomodada.

– Verdade. Queria um tempo para mim. Contudo, você nunca me incômoda.

Shun sorriu e perguntou:

– Então, como foi na fundação? Resolveu tudo?

– Sim. Foi bem cansativo, pois o Julian queria se interar de tudo, mas foi bom está com ele, já que me fez bem. Desde hoje eu percebi que eu tenho muito em comum com esse “novo” Julian. – revelou com um sorriso e um olhar pedido.

– Saori, quê expressão é está? Ele mexeu como você, não?

– De certa forma: sim. Estou cansada de esta sozinha, Shun. Quero ser feliz, igual a você e June, ao Hyoga e a Eiri e ao Shiryu e a Rubi. Sempre juntos e alegres. – respirou fundo – Tô cansada. E de repente me senti atraída pelo Julian, sim. Quem sabe eu, finalmente, dou uma chance para minha felicidade?

– Compreendo. Quer disser que você despistou definitivamente do Seiya?

– Você sabe melhor do que ninguém o quanto amo Seiya. Quantas vezes eu chorei no seu ombro por conta dele? Você acha que deve ficar assim para o resto da vida?

– Claro que não. Mas você acredita que Julian está interessado em você?

– Na verdade eu não sei, mas me pareceu que sim. Não custa pagar para ver. Afinal, pior que estou não ficarei.

Shun não queria contar sobre Seiya, não queria parecer invasivo. Não gostava de invadir a vida das pessoas, mesmo que elas fossem seus amigos. Mas o destino parecia esta brincando um pouco com os dois. Será que ele deveria ajudar? E porque não? Resolveu arriscar.

– Mudando de assunto, desde ontem o Seiya esta atrás de você. E ele não me parece nada bem.

– Sério? Aconteceu alguma coisa com ele? – perguntou demonstrando preocupação.

– Eu sei. Porém não queria que você soubesse por mim, e sim por ele.

– Agora você tem que terminar o que começou, senão vou ter um treco. – pediu aflita.

– Ele não sabe que eu sei, e eu não queria contar, mas vendo o desencontro de vocês, e também a seu interessa em Julian, sinto que tenho que fala. – deu uma pausa – Ele e Shina acabaram o namoro.

Essa notícia foi uma grande surpresa para Saori que ficou paralisada por alguns segundo.

– O... O quê? – gaguejou – Quando foi isso?

– Ontem. E me parece que ele esta atrás de você por conta disso.

– Como você soube disso?

– A Rubi me contou reservadamente.

– Ai Zeus! – exclamou levantando da cama e inda até sua pasta, que ainda estava na escrivaninha e pegando seu celular – Nossa! Tem mais de dez ligações dele, além de várias mensagens de texto e de voz, mas o celular estava no silencioso e eu não vi.

– Eu disse que ele queria falar com você. E me parece preocupado, pois sabia que você estava com Julian.

– Ai Shun, será que ele quer finalmente se declarar? – perguntou nervosa.

– Tudo indica que sim.

– O que devo fazer? – perguntou olhando o visor da celular.

Shun não respondeu a nada, mas ela conhecia a expressão do amigo, já sabia o que ele pensava sobre o que deveria fazer. Assim, depois de alguns minutos analisando a situação, ela foi até o armário e ficou olhando suas roupas, enquanto Shun a observava.

– Então tá, não vou esperar mais. – pegou algumas peças e entrou no banheiro – Espere um pouco. – pediu.

Após algum tempo Saori saiu do banheiro e surpreendeu o amigo. Ela estava vestida com uma saia envelope verde clara e uma blusa de alça de seda creme. Tinha uma leve maquiagem no rosto.

– O que achou?

– Esta linda, você vai procurar Seiya?

– Sim. Sabe, há muito tempo tenho anulado minha vida por conta da minha missão, ou pensando a forma certeza de tomar atitudes, mas a parti de hoje, tudo vai mudar. Eu vou corre atrás de minha felicidade e não vou deixar ninguém impedir.

Abriu uma das gavetas da escrivaninha e pegou uma chave de carro. Aproximou-se do amigo e revelou:

– Vou sozinha até a casa de Seiya. Não quero ninguém atrás de mim.

– Sozinha? Será que é prudente sair sozinha?

– É aqui perto, além disso, não sou mais uma menina que não sabia se defender. Agora eu sei usar meu poder, se for necessário. Ah, já vou avisando: não atenderei celular. E Se perguntarem por mim diga que sabe onde estou, mas foi proibido de revelar.

– Pelo menos, liga para mim quando chegar lá. – pediu preocupado.

– Tá bom. Vou ligar só por causa de você. – de um beijo no rosto de Shun – Vamos, me ajuda a fugir? – sorriu abertamente.

O que mais Shun poderia fazer, além de ajudar? Ver o brilho de felicidade no rosto da amiga o deixava igualmente feliz. Ele sabia o que ela estava sentindo, pois já havia passado por isso há pouco tempo quando foi a Ilha de Andrômeda atrás de June. Essa era a emoção que emanava de seu coração, naquela vez e Saori trazia essa mesma emoção. (1)

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Shina chegou à casa de leão e foi recebida por Marin que a levou a sala de estar da casa, que fazia parte da área reservada. Era um cômodo amplo, com dois sofás, de dois e três lugares, de camurça marrom claro; mesa de centro de madeira, uma cadeira de madeira acorçoada. Entre os dois sofás tinha uma mesinha e em cima dela um abajur e um porta retrato com a foto de Marin e Aiolia. (2) Em cima da mesa de centro estava arrumada com vários petiscos, uma garrafa de vinhos, taças e guardanapo.

– Fique a vontade, logo o Aiolia se juntara a nós, ele esta acabando de tomar banho. – explicou Marin sentando no sofá.

Shina também se sentou ao lado da amiga e ficou olhando a foto na mesinha. Era a foto do casamento do casal. Aiolia estava atrás de Matin, abraçando sua cintura. Ele vestia um terno bege e ela um vestido de noiva branco, de modelo grego, com um ombro amostra (3) e os cabelos cacheados e soltos, com duas flores de organza branca presa no lado esquerdo do cabelo.

– Vocês estavam tão bonitos e felizes nesse dia.

– Realmente, foi um dia muito especial! Eu agradeço todos os dias aos deuses pelo retorno de Aiolia, eu sofri tanto com sua morte, apenas de saber que esse é o risco de qualquer guerreiro.

– Vou revelar algo que nunca contei a ninguém: eu fique emocionada com o seu casamento. Tive que segurança o choro.

Marin riu com a revelação de Shina.

– Você sempre bancando a durona. Lembro desse seu jeito desde menina.

– Pois é. Já você era um doce e isso me irritava profundamente. - elas riram dessas lembranças – Eu tinha a certeza que você não se tornaria amazona.

–Para você ver que a força não esta na personalidade e sim no desejo e na determinação de vencer. – afirmou Marin servindo a amiga com um pouco de vinho tinto – Pode se serve do que quiser.

– Obrigada. - agradeceu Shina pegando um pedaço de salame.

– Mas me conte o que achou do seu retorno ao Santuário?

– Gostei, foi um dia produtivo, apesar de alguns acontecimentos estranhos.

– Como o olhar devorador do Milo para cima de você?

– Exatamente. O que deu nele?

– Meio obvio, não? Você é a nova presa dele. – e brincou – Acho que ele perdeu a noção do perigo.

– Perdeu mesmo.

Então Aiolia apareceu na sala.

– Boa noite! Que bom que você aceitou nosso convite.

– Eu gosto de está perto de pessoas amigas, como vocês. Quando cheguei, vi a foto do casamento de vocês e estava lembrando com Marin da felicidade dos dois nesse dia. – contou apontando para o retrato.

– Eu não tenho com expressão em palavras o que senti naquele dia. – afirmou o cavaleiro sentando ao lado da espoca.

– A decisão de vocês em casar, foi tão rápida, que assustou muita gente. Menos eu. Mesmo quando eu não era amiga de vocês, era visível o amor de ambos.

– Pois é? Ficamos boa parte das nossas vidas preocupados com nossa missão e fomos deixando nossos sentimentos abafados. Porém, quando eu voltei à vida, percebi que não podia mais ficar sem ela. – contou Aiolia olhando nos olhos de Marin que sorriu e deu um beijo leve nos lábios do amado.

E a noite dos três passou agradável. Shina se sentiu satisfeita de conversar e com o casal, o qual ela prezava bastante. Conversaram sobre as novidades, sobre sua decisão de voltar ao Santuário e das lembranças do passado. Antes de ir embora Aiolia a advertiu:

– Sei que você é esperta e precavida, mas vigia, não deixa o safado daquele escorpião destila o veneno barato em você.

– Deixa-o vir de gracinha comigo que irá se aprender pro resto da vida.

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Seiya estava em seu apartamento aflito e por mais que tentasse não pensar no pior, ele tinha a certeza que perdeu a oportunidade de ter Saori ao seu lado. Já havia feito tantas ligações e deixado tantas mensagens e ela não retornou. Sabia que estava em casa, pois tinha ligado para a mansão, porém ficou sabendo que a deusa não queria ser incomodada por ninguém.

Então ele pegou seu violão, sentou na ponta da cama e ficou dedilhando melodias, tentando conforta seu coração. Depois de algum tempo escutou a campainha tocar. Quando atendeu se surpreendeu, pois era Saori e ela estava vestida de uma maneira diferente, mas muito bonita. O coração do cavaleiro acelerou.

– Sa... Saori.

– Oi Seiya! Desculpe, mas só vi suas ligações agora. Por isso, resolvi vir pessoalmente para saber o motivo de tanto você me ligar.

– Ah sim, entre.

– Obrigada.

Na sala Saori continuou:

– Fiquei preocupada com você, pois... – pensou de deveria tocar nesse assunto, mas ela estava decidida a ser uma nova Saori, uma pessoa mais direta e para isso deveria ser mais ousada – Pois fique sabendo que você e a Shina terminaram e achei que você estivesse precisando de alguma coisa.

Seiya percebeu a segurança de Saori e também tentou ser direto:

– É realmente terminamos, mas não foi por isso que quero tanto falar com você. Eu precisava revelar algo que está há muito tempo escondo dentro de mim.

Seiya pegou na mão de Saori, sentou-a no sofá e se ajoelhou em sua frente. As mãos dele seguravam com firmeza as dela e os olhos de ambos se fixaram na face de cada um. Os corações estavam batendo aceleradamente.

– Eu... Eu te amo! – revelou em um sussurro.

Por mais que Saori tentasse demonstra mais força, ela não pode evitar que um filete de lágrima escorresse pela sua face, afinal tudo que ela sempre quis escutar daquele homem, foi dito. A expressão de ansiedade no rosto de Seiya a fez dar um sorriso tímido e finalmente disse:

– Eu sempre te amei, desde menina. – mais lágrimas começaram a escorrer – Eu tenho sonhado com esse momento há anos.

Seiya sorriu de felicidade, tudo levava a crer que sua angustia havia acabado. Ele enxugou o rosto de Saori com as mãos, porém seus olhos também começaram a arder, pois também estava emocionado.

A deusa tocou no rosto de seu amado, fazendo um leve carinho. Ela estava tão feliz, porém queria mais que palavras, ela necessitava de atitudes de amor. Então se aproximou mais da Seiya, encostou seu rosto no dele e fechou os olhos sentindo a quentura da pele do amado e começou a deslizar sua bochecha na face dele, o fazendo suspirar. Uma das não de Saori passeou no pescoço do cavaleiro e finalmente os lábios se encostaram. Primeiro de uma forma tímida, mas o arrepio percorreu todo o corpo de ambos e logo aprofundaram o beijo.

As mãos de Seiya enlaçaram a cintura de Saori, uma das mãos dela estava acariciando as costas do cavaleiro enquanto a outra envolvia o pescoço dele. Seus lábios estavam grudados e suas linguais desvendavam cada canto de suas bocas. Saori se sentia nas alturas, aquele era seu primeiro beijo e era com Seiya. Tudo que ela mais quis estava acontecendo. Ela aproveitava cada segundo, cada toque e sensações. Entretanto, no calor do momento, Seiya parou, desfez o abraço e se levantou, fazendo Saori lamentar aquela separação com um gemidinho.

– Por que parou? Estava tão bom. – reclamou com uma voz manhosa.

– Desculpe e que de repente me veio à cabeça um desconforto. Na verdade, uma preocupação. Apesar de te amar incondicionalmente e desejar você o fundo de minha alma, não posso deixar que venha em minha mente pensamento de punição. – aquelas palavras estavam deixando Saori confusa – Foi por trazer esse pensamento sempre comigo que nunca revelei claramente o meu amor por você. Por incrível que pareça, tenho medo do que todos vão pensar, se vão me julgar um aproveitador, afinal além de deusa, você é uma milionária. Minha mente fica dizendo que se eu ficar com você, todos me avaliaram um aproveitador.

Saori não acreditou nas palavras de Seiya, não fazia sentido um homem com ele, tão impulsivo, corajoso e despreocupado com a opinião aléia se sentisse assim por conta dela.

– Eu não compreendo sua preocupação, afinal você nunca deixou que ruindo externos mudasse seus desejos de continuar em frente.

– Eu sei. Sou assim quando se trata de mim, apenas de mim. Mas, nesse caso você esta incluída e não consigo deixar que os ruindo me tirem a coragem, nessa situação.

– Sabe de uma coisa? Quando decidiu vir aqui, resolver que não deixaria que nada, nem ninguém interrompessem ou afetasse minha vontade de ser feliz. – ela se levantou e caminhou na direção de Seiya. – Por isso quero que você também aja assim. Esqueça o mundo lá forma. O que importa é apenas eu, você e o nosso amor. – abraçou Seiya e o beijo com a mesma intensidade de antes e a cavaleiro conseguiu parar de se questionar e se entregou totalmente ao momento.

O abraça era forte, fazendo que os corpos se mantivessem grudados. Uma das mãos dele abraçava Saori e a outra acariciava o rosto da deusa. Ela se pendurou no pescoço dele e o arrepio que sentiram crescia junto com um calor, dentro do seu corpo. Essa sensação maravilhosa também era compartilhada por Seiya. Saori estava amando aquelas sensações era melhor do que imaginava, porém ela queria muito mais.

– Toque em me mim, Seiya. – pediu em um sussurro, pegando a mãos dele, que estava em seu rosto, e fazendo-o tocar em um de seus seios.

Seiya olhou na face de Saori e viu uma mistura de vergonha e desejo. Ela estava sendo deliciosamente ousada e ele não conseguiria resistir ao seu apelo, até porque seu corpo estava pedindo pelo dela desesperadamente. Então ele apertou levemente os seios de Saori que gemeu baixinho e apertou o bumbum dele e deu um sorrisinho lascivo. Seiya abraçou a deusa pela cintura e a carregou até o seu quarto, a deitando na cama, juntou a ele.

– Espero que não se importe que seja nessa cama, afinal eu dormia aqui com a Shina. – falou baixinho no ouvido dela.

– O que foi não me incomoda, o importante é o agora. Além disso, com você ao meu lado, eu não ligo para mais nada. – respondeu sorrido largamente.

Seiya também sorriu, parecia um sonho ter em seus braços aquela linda e fascinante mulher, a qual ele amava mais que a sua própria vida.

Na verdade, eles precisavam esclareceu muitas coisas um para o outro, porém naquela hora, nada era mais especial que estarem juntos.

Ao mesmo tempo em que se beijavam, se acariciavam intimamente e retiravam suas roupas. Eles ansiavam por aquele momento que finalmente estava acontecendo.


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Notas finais do capítulo

(1) Fanfic: Em Busca de Seu Amor
(2) Visual da sala: https://blogdareforma.files.wordpress.com/2010/06/sala-de-estar.jpg
(3) Vestido de Marin: http://www.diadocasamento.com/wp-content/gallery/vestido-de-noiva-grego/vestido-de-noiva-grego-07.jpg e modelo das flores da cabeça: http://www.meuclub.net/wp-content/uploads/2012/05/penteados-para-noivas-com-presa-de-flor.jpg