Mistérios do coração escrita por Anjo Doce


Capítulo 8
Oitavo




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No dia seguinte Saori tomou um café da manhã rápido, em seu quarto. E se dirigiu a sede da Fundação Graad, aonde reunião sua equipe de projetos e pós todos a par sobre a aceitação do projeto de Julian.

– Logo ele estará aqui para uma reunião com todos nós, e poderá explica melhor o que pretende fazer.

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Seiya abriu os olhos e reparou que ainda se encontrava na sala. Já era manhã e ele havia dormido ali. Estava deitado de bruços no sofá, o braço esquerdo estava pendurado e encostado no chão. Ao lado de sua mão viu o controle da televisão, que ainda ligada, passava um programa culinário. Ele se espreguiçou, pegou o controle e desligou o aparelho.

– Espero que o dia de hoje me dê sorte.

Algum tempo depois, Seiya chegou à mansão Kido e ficou sabendo por Shun que mais uma vez Saori não estava, tinha ido para fundação, muito cedo. Shun viu o desapontamento do amigo e se lembrou do que Rubi havia dito na noite anterior. Então tentou animar Seiya de uma forma discreta.

– Não fique chateado, mais tarde vocês conversam. Espere ela aqui. Eu e June vamos tomar banho de piscina, vem com a gente?

– Me diga: ele esta na fundação com a Saori, certo?

– O Julian? Sim. Ele foi conhecer a cede da fundação e também apresentar melhor seu projeto para os organizadores.

– Sabia... Tchau amigo e obrigado pelo convite, mais não estou uma boa companhia, por enquanto, ainda mais para um casal feliz. – disse o Cavaleiro de Pegasus indo embora.

Sem um destino certo, Seiya foi caminhando pela cidade. Por mais que ele soubesse que o assunto entre Saori e Julian era “profissional”, não poderá deixar de sentir ciúme e insegurança.

O primeiro sentimento era normal, sempre teve ciúme de Saori com os homens que se aproximavam dela, apesar de saber que a deusa nunca deu atenção às inúmeras paqueras e gracejos que recebia. Ela sempre se manteve inflexível. Pelo menos era o que ele sabia. Mas, o segundo sentimento estava pensando seu coração demais. Insegurança. Seiya se sentia impotente à frente da insegurança que o abatia. De todos os homens que se aproximavam de Saori, Julian sempre foi o que mais lhe dava medo.

Logo ele, um cara que enfrentou situações tão sérias, de vida e morte, sentia medo por algo tão simples de resolver. Mas será que era tão simples assim? Há dois dias ele não tinha sossego, sua mente trabalhava há todo momento o deixando exausto.

O que o cavaleiro mais queria naquela hora era poder falar com Saori, mesmo que a resposta dela fosse negativa, pelo menos ele teria tentado. Tentado tê-la em seus braços, não como amigo ou cavaleiro, mas como homem. Seiya queria ter uma única oportunidade de senti os lábios dela tocarem os seus.

Só de pensar que Julian ou outro homem poderia ter essa chance, crescia uma fúria dentro de sim. Ele enlouqueceria se isso acontecesse. Apesar de saber que não tinha nenhum direito sobre Saori.

Sentia o impulso de ir atrás de Saori na fundação, mas sabia que essa atitude não daria em nada, pois ele não poderia fazer nada de útil naquele momento. Então resolveu tentar se acalmar.

Ele pegou seu celular e ligou para o celular de Saori, mas caiu na caixa postal. Seiya deixou um recado:

– Bom dia Saori, quero muito falar com você. Liga para mim.

Pensou: “Clama Seiya, o dia só esta começando”.

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No Santuário, Shina foi com Gisty até a arena, onde haveria o treino dos aprendizes. No caminho a Amazona de Serpente explicava à amiga com estava sendo os treinos:

– Quase nada mudou do treino que você aplicava a eles, exceto a participação de outros cavaleiros experientes para orientá-lo. Ou seja, além dos mestres particulares e de meus cuidados, eles têm a oportunidade de vivenciarem experiências com outras pessoas e isso é de grande valia no desenvolvimento de cada um. Hoje quem será o meu "ajudante" é Shura de Capricórnio.

Na arena Gisty apresentava Shina, para quem não a conhecia e explicou que a Amazona de Cobra estaria junto a ela para ensinar-los. Nessa hora Shura chegou ao local e Gisty completou sua explicação:

– Hoje quem vai me auxiliar no treino de vocês será o Cavaleiro de Capricórnio.

Shura comprimentos as amazonas e logo reuniu o grupo para explicar como seria seu treino. Colocou uma dupla para lutar por vez, enquanto o grupo todo tinha que analisar o que acontecia. Enquanto os aprendizes treinavam as amazonas também analisavam a desenvoltura de cada dupla. O desempenho de cada um era muito bom e Shina estava satisfeita.

– Tem muito aprendiz bom, mas não posso deixar de repara em Cléia, ela se destaca.

– Com certeza.

– A Marin disse que ela é pupilo de Milo e Camus, por isso ela tem essa ótima habilidade.

Enquanto as amigas elogiavam Cléia, a jovem dava trabalho a uma colega que lutava com ela, a garota tentava atingi-la com socos, mas não conseguia, pois todos os ataques eram desviados por Cléia que abaixou e com rapidez derrubou a garota com um soco veloz.

A colega começou a reclamar que a queda machucou suas costas e Cléia retrucou:

– Deixa de frescora! Você acha que será uma amazona se não aguentar uma quedinha dessa?

Gisty e Shina sorriam discretamente.

– Ela me lembra tanto você, quando mais nova, Shina.

– Só a mim? Nós duas éramos valentonas desse jeito. Podemos sentir dor, mas continuávamos firmes. Era difícil nos darmos por vencidas.

– Verdade. Mas às vezes você era pior.

Shura gostou da atitude de Cléia a chamou para uma demonstração ao grupo e a aprendiz vibrou por conta disso.

– Já que estamos recordando o passado, lembra que quando nós éramos aprendizes, Shura era um recém Cavaleiro de Ouro? Como o admirávamos e desejávamos ser fortes, como ele, assim nos tornarmos Amazonas de Ouro e revolucionar esse Santuário machista!

– É Gisty, não foi na nossa época que vimos uma mulher ocupar esse alto posto, mas quem sabe no futuro nós veremos isso aconteceu. Seria muito bom!

Durante a demonstração de Shura era possível reparar levemente no físico definido do cavaleiro, pois estava sem sua armadura e isso não passou despercebido por Gisty.

– O tempo só fez bem para ele, esta cada vez mais em forma, em todos os sentidos. Uhu! Olha os músculos do braço dele!

– Oh Gisty, você esta muito saidinha para quem tem namorada, não?

– E por que eu tenho namorado não posso olhara a beleza dos outros? Não estou cobiçando, só estou admirando os atributos físicos dele, ora. Estou muito satisfeita com meu namorado e o amo. – se defendeu – Mas sabe o que eu mais admiro em Shura? Ele é sempre reservado, quase não se fala dele pelo Santuário. Ser discreto é muito bom! E essa característica é forte em Shura.

Era verdade, Shura gostava de manter uma distância das pessoas, não por gostar de se isola, mas preferia manter mais contato com pessoas que realmente fosse amiga. Assim poucas saberiam de sua vida.

Depois do comentário da amiga, Shina também começou a analisar o físico de Shura, a contração de seus braços e pernas. Do abdômen, ela somente pode ver alguns poucos músculo, já que a camisa tampava a região. Mesmo assim, acabou deixando a imaginação tomar conta de sua mente e se viu sendo envolvida naqueles braços. Na mesma hora ela fechou os olhos e agitou a cabeça levemente para afastar essa idéia da mente. Porém acabou sentindo um arrepio percorrer suas costas.

– O que aconteceu comigo! - pensou.

A luta estava interessante, pois mesmo havendo uma grande diferença de habilidades entre Shura e Cléia, a garota mostrava seu potencial. O cavaleiro se movia na velocidade da luz e a aprendiz conseguia segui-lo. Ela tentou golpeá-lo de frente, mas ele rodopiou para o lado e deferiu um golpe em direção de Cléia que conseguiu se desviar, mas seu braço recebeu um corte de raspão. Porém, isso não foi motivo para que ela parasse de lutar. Logo Cléia aproximou-se de Shura e tentou dar uma rasteira no cavaleiro que pulou e fugiu do ataque.

Shura estava satisfeito em ver a desenvoltura da aprendiz. Com tudo, mesmo concentrado em sua aula, Shura reparou o tempo todo em Shina e buscou um momento certo para aproximar-se.

– É chegado à hora. – pensou.

– Muito bom Cléia! Você tem uma ótima velocidade, continue assim. Pode se sentar. Acredito que vocês tenham entendido o que quis mostra esta aula. É muito importante que vocês tenham visão aberta para observar como seus oponentes agem. Estudar-los é meio caminho para vencê-lo. Antes de terminar, gostaria de pedi o auxílio de uma das professoras de vocês. – se direcionou as amazonas que se aproximavam dele – Shina de Cobra, você poderia se juntar a mim e darmos uma última demonstração de luta para os aprendizes?

Shina concordou e assim os dois se puseram em posição de combate e olharam um nos olhos do outro esperando o primeiro movimento. Shina foi a primeira a ataca, sua força e velocidade eram as mesmas de uma batalha de verdade, pois para ela batalhas e treinos eram as mesmas coisas. Ela atacou com um soco direito e Shura se defendeu contendo toda a força da amazona. O cavaleiro repele sua força e dá um soco, mas Shina se esquiva pulando para trás.

O Cavaleiro de Capricórnio desferiu várias rajadas de cosmo cortante em direção da Amazona de Cobra. Shina se esquivou de todas se pulando para os lados. Correndo em direção do cavaleiro, ela lhe dá um chute com as pontas dos pés, porém Shura se defendeu do golpe com as duas mãos e tentou soltar mais uma rajada de cosmo cortante em direção a amazona. Porém Shina novamente se esquivou, ela deu um mortal para trás e quando caiu logo se repõe no equilíbrio e avançou rapidamente em direção a Shura, com um soco. O cavaleiro se esquivou e dando um giro por detrás da amazona deu um golpe com o dorso na mão em Shina que se defendeu com o cotovelo. Os dois se viraram um para o outro e seguraram as mãos disputando forças.

Cada um encarou o outro bem nos olhos. Seus cosmos queimam. Porém, Shina percebe algo diferente no cosmo vindo de Shura, ele passou de combativo para caloroso. Não parece mais ser o cosmo de agressão de uma batalha, e sim um cosmo de afetividade. A amazona se perde pensando nisso, de repente Shura com a força de seu cosmo lhe joga para trás. Shina conseguiu se repor, mas não foi capaz de escapar de seu golpe cortante. A rajada de cosmo acerta o ombro da armadura que se desequilibrou. Porém antes de cair o Cavaleiro de Ouro a segura nos braços e os olhos se cruzaram. O contato com o cavaleiro arrepiou Shina, mas ela foi rápida e se afastou de Shura, que ficou satisfeito, pois percebeu que tinha conseguido provocar alguma reação na amazona e sorriu levemente.

Ninguém percebeu nada, apenas Gisty, mas não esboços nenhuma reação.

– Por hoje é só galera. Espero que minha aula tenha ajudado a vocês e até a próxima. – disse Shura de frente para o grupo.

Os aprendizes aplaudiram ligeiramente e cada um foi seguindo seu destino.

Gisty se aproximou de Shura e o agradeceu:

– Foi uma ótima aula! Tenho certeza que foi valido para eles.

– Assim espero. - respondeu calmamente, como de costume – Pode me chamar sempre para dar aula a eles. Agora me dê licença. - e olhando para Shina, que estava mais distante – Até mais e gostei do duelo.

– Até. -respondeu Shina tentando se mostrar segura, apesar de senti seu coração sobressaltar no peito.

Quando as amigas ficaram sozinhas, Shina perguntou:

– Você sentiu algo diferente no cosmo dele, quando lutávamos?

– Não só no cosmo, mas não vou dizer o que estou pensando para você não ficar com raiva de mim. - brincou Gisty.

– Então é melhor não falar mesmo. - falou - Tô indo, pois vou jantar com a Marin e Aiolia hoje. Tchau!

Shina foi caminhando e Gisty ficou parada vendo a amiga se distanciar. Com um sorriso ela pensou: "É melhor você se acostumar, me parece que o seu regresso será bem movimento, ao que diz respeito aos interesses masculinos.”

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A manhã foi exaustiva, pois Saori acompanhou Julian todo o tempo: na visita aos departamentos da fundação, a reunião com os assessores de criação e de financias, além de vídeo conferencia com outras filias.

Julian parecia cada vez mais empolgando. Procurava conhecer todas as atividades da fundação e questionava muito, pois queria aprender tudo.

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Já eram mais de 13 horas quando Julian saiu do edifício da Fundação Graad acompanhado de Saori. Ele convidou-a para almoçar, mas apesar de gostar do convite, ela recusou educadamente, pois estava se sentindo cansada e queria ir logo para casa.

– Bem, ficarei aqui ate amanhã à noite, se quiser marcar algum até lá, é só me ligar. – falou Julian.

– Ok. Espero mesmo que tenha gostado da Fundação Graad.

Então cada um se dirigiu para um carro. Julian para um táxi que o deixaria no hotel em que estava hospedado e Saori para o seu carro, onde já havia um motorista a sua espera.

No táxi, Juliam estava feliz de conseguir o apoio que esperava da fundação. Ele sabia que seria muito bom para seu projeto e imaginou crianças com expressões felizes usufruindo dos benefícios dados a elas.

Ele também estava feliz por reencontrar Saori Kido na situação atual. Ele imaginava que as lembranças de Saori, sobre ele, não deveria ser as melhores. Mas depois desses dois dias, quem sabe, eles poderiam desenvolver uma boa amizade?

“- Ela continua linda e com a mesma doçura que contrasta com uma firmeza singular. Tão diferente e encantadora! Tanto tempo se passou e eu pensava que meu interesse em você havia ficado para trás, assim como todo o meu orgulho ferido por uma conquista frustrada. Porém eu gostei muito que você reapareceu em mim vida... Acredito que temos tanto em comum... Pode ser ilusão da minha parte. Mas não custa sonhar e tentar.” pensou.

##########

Saori chegou em casa e pediu para Tatsumi:

– Por favor, leve o meu almoço para o quarto.

Então a deusa entrou em seu aposento. O ambiente era amplo, confortável e arejado. Os moves era claros, com uma cama grande encostada na parede, da janela. Ao lado tinha uma estante com livros, fotos e algumas caixinhas. Mais a frente se encontrava uma escrivaninha e perto da cama tinha uma poltrona de um lugar, acolchoada de cor vermelha e pés de aço. A porta da suíte ficava camuflada com as portas do armário embutidos.

Pôs sua pasta na escrivaninha, tirou os sapatos e a parte de sua de seu tailleur, rosa bebê. Colocou uma musica clássica para tocar, e ouviu batidas na porta e foi atender, era o mordomo segurando uma bandeja. Ela agradeceu e pediu:

– Obrigada e gostaria de não ser incomodada por ninguém. Quero descansar.

– Sim senhorita.

Enquanto almoçava deixou a banheira enchendo, quando acabou deixou a bandeja na escrivaninha e fui para o banheiro, tirou a roupa, prendeu seus cabelos num coque e entrou na banheira e permanecendo lá por um bom tempo. A água quente e a música suave que ecoava no ambiente a relaxava. Além da manhã cansativa, ela demorou a dormir no dia anterior. Pois ficou pensando na conversar com Julian e como ele estava diferente.

Com os olhos fechados ela se lembrou do lindo sorriso do milionário e dos olhos azul penetrante que ele possui. Ele sempre teve esse olhar, mas agora tinha um brilho diferente que atraiu sua atenção. Ele parecia com ela em alguns aspetos, como as responsabilidades impostas a ele, desde muito novo, a preocupação com questões sociais, e a sensação de solidão. Apesar de sempre ter pessoal em sua volta, ela não tinha que mais desejo por anos.

– Seiya... Desde menina eu quero você, e em nome desse amor não permiti que nenhum homem se aproximasse de mim. Nunca quis deixar de te amar. Mas será que vale apena tanta devoção a um sentimento que me deixa tão sozinha? – sussurrou.

Ela podia ser deusa, mas a cima disso, ela também era uma mulher, e como tão também tinha sonhos e anseio comuns a todos. Ele numa deixaria sua obrigação de Atena, mas ela também queria se sentir beijada e amada.

– Como deve ser bom sentir o toque de lábios nos meus... – encostou a ponta do dedo indicador nos lábios – Como eu queria sentir o seu beijo, Seiya, e a sua mão tocando no meu corpo. Eu queria ser sua. Mas você não esta aqui, não é meu e não sei se será um dia. – e deixou uma lágrima fina escorrer em sua face.

Era sempre dolorido saber que seu grande amor dividia a vida com Shina. Ela sempre sofreu com o relacionamento deles, apesar de fazer um esforça absurdo para não transparecer essa dor. Ela não tinha raiva de Shina, afinal a amazona foi escolhida por Seiya como namorada. Mesmo sendo deusa, não podia obrigar ninguém a amá-la.

Porém algo novo começou a ressaltar em seu intimo, desde a noite anterior. Isso por conta de Julian. De repente, algo que ela nunca se permitiu, ou seja: olhar para outros homens. Agora ela conseguiu com Julian. Saori se “viu” sendo beijada e acariciada pelo milionário e isso a agradou.

– Zeus, o que esta acontecendo comigo? – perguntou com um leve sorriso – Será que eu devo dar uma chance para mudar o que sinto? Será que deve esquecer definitivamente Seiya e partir para outra? Não sei...

Ela saiu da banheira, se enxugou e vestiu um roupão felpudo de cor branco. De frente de um espelho enorme, ela começou e pentear seus cabelos.

– O que me faz ter duvida em tomar uma decisão definitiva?

Então uma resposta surgiu em sua mente: precisava ter certeza absoluta que Seiya nunca a amou. Mas como faria isso? Não teria lógica ela fazer esse pergunta a ele. Até porque não queria, em hipótese alguma, atrapalhar o namoro dele.

– É melhor eu esquecer essa duvida. É claro que ele ama a Shina, senão não estaria com ela.

Os questionamentos de Saori pararam quando a música que ecoava no quarto a fez se lembrar de sua infância e de avô. Foi à primeira música que aprendeu a tocar no piano. Ela foi ao quarto e olhou uma foto exposta em um porta retrato. Era ela no seu aniversário de dez anos, o ultimo aniversário de passou com Mitsumasa, pois logo ele faleceu. Na foto ela e o avô estavam sentados o sofá da sala, Saori esta usando um vestido rosa claro com estampas florais, de alça fina. O cabelo estava preso em uma trança lateral e sapato boneca preto. Mitsumasa usava uma calça social escura e uma blusa pólo branca.

– Mesmo eu não sendo sua neta, você me tratou com tanto amor que até hoje sinto sua falta.

A deusa buscou na estante um bauzinho de madeira e levou para a cama. Logo depois de sentar ela abriu a caixa e pegou algumas fotos de sua infância. Mas uma vez percebeu que sua vida estava entrelaçada a vida de seus cavaleiros, pois em suas mão haviam vários fotos com eles. Alguns meninos ela numa mais viu, depois que saiu do orfanato. Mas seus dez cavaleiros de bronze principais estavam sempre com ela, mesmo sendo mandona e mimada.

Lembrou-se de como ela os maltratavam. Ela sorriu ao lembrar que sempre gostou de Seiya e ficava muito irritada por ele não acatava suas ordens. Já Jabu, era o mais submisso, tudo que ela mandava, ele fazia. Ela sabe do sentimento que ele nutre por ela, até hoje, pois ele já se declarou, mas lamenta não sentir nada por ele além de amizade.

Guardou a fotos e se deitou, depois de se acomodar, o cansaço a fez dormir de imediato.


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Notas finais do capítulo

Um agradecimento especial o meu amigo Knight – Lingt. Você é 10!



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