Mistérios do coração escrita por Anjo Doce


Capítulo 20
Vigésimo


Notas iniciais do capítulo

Atendendo ao pedido de Raffa Soarez, resumirei o capítulo anterior: Camus impediu que Milo fosse falar com Shura, sobre Shina. O escorpiano foi conversar com Aiolia para pedi dicas sobre Shina e o leonino resolve o ajudar com a condição de que Milo não fizesse a amiga sofrer. O Cavaleiro de Escorpião chamou Cléia e Shina para irem a uma peça teatral. Ao retornar ao Santuário, Milo e Shina conversam e a amazona acaba o provocando e eles se beijam ardentemente.
Tem mais: espero que, nesse capítulo, eu tenha conseguido descrever melhor Cléia.



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O dia raiou na Grécia e logo pela manhã Saori e Seiya desembarcaram no Santuário, para participarem do casamento de Gisty e Shiva. Nessa mesma hora, Shina despertou com o raio do sol entrando pela fresta da sua janela, mas ela demora a se levantar, lembrando-se da noite anterior, principalmente do beijo trocado com Milo, e um leve sorriso se formou em seus lábios. Porém ela saiu da cama e se preparou para ir à casa de Aiolia e Marin para se arrumar para o casamento de Gisty.

Chegando à quarta casa do zodíaco, em um dos quartos, Shina encontrou Marin, Barbela e Gisty sendo arrumadas por servas, logo ela também começou a ser arrumada.

As amigas da Amazona de Cobra perceberam que ela estava diferente e imaginaram que seria por causa da noite anterior.

— Está tudo bem com você?

— Sim, Barbela.

— E o encontro de ontem?

— Foi bom, Gisty. Sabe que eu gostei da peça que assistir? E ainda jantei em um lugar bem legal.

— Ok. Mas queremos saber do seu acompanhante. - revelou Marin - Afinal você ta bem estranha hoje e, dessa forma, acabamos supondo que ele tem algo a ver com isso.

— Não é momento para isso, não é? O foco de hoje e Gisty, não eu.  - desconversou Shina, afinal ela não queria falar sobre Milo na frente das servas - Em outro momento conversamos. Posso, apenas, adiantar que ele foi legal comigo.

# # # # # #

Na Casa de Escorpião, Milo acordou, foi até a cozinha para tomar café e encontrou Cléia sentada à mesa, apreciando um belo pedaço de bolo de chocolate. 

— Bom dia. - falou ele beijando a testa da irmã e sentando ao seu lado.

— Bom dia.

A garota observou o semblante do irmão e percebendo que ele não estava muito bem, então o questionou, perguntando se tinha acontecido algum problema.

— Não. Quer dizer: não sei.

— Adelfo, preciso tirar uma dúvida com você. Algo que está martelando na minha cabeça ao algum tempo. Seja sincero: você gosta da Shina?

Milo sorriu alto. Já sabia que a irmã deduziria isso depois da noite anterior.

— Gosto.

— Tenho mais uma pergunta. - e completou com sorriso de sapeca - Foi ela que machucou seu rosto naquele dia, não foi?

O cavaleiro ficou olhando para Cléia com uma expressão espantado, se perguntando como ela sabia disso. Então ela contou.

— Você sabe, tenho boa percepção, adelfo. Já notei o olhar que você direciona a ela, principalmente no dia da festa na cidade. Além disso, o arranhão no seu rosto era muito similar ao ataque dela. Tem mais: um dia desses escutei você pedindo desculpa a ela.

— Não acredito! Você é mais observador do que eu imaginava! - exclamou sorrindo - E ainda fica me vigiando.

— Eu não. Escutei sem querer. Mas eu gostaria de sabe mais uma coisa: você realmente gosta dela, ou só ta a fim de se divertir?

— Senhorita Cléia, pode parar. Não estou gostando do rumo dessa conversar.

— E por quê? Você acha que eu realmente não sei que você passa o rodo em geral? - a expressão de Cléia ficava cada vez mais sapeca e, por sua vez, Milo ficava mais espantado, além de envergonhado - Não sou boba, ao contrario. Eu sei que a Shina não é muito fácil, por isso, eu estou disposta a dar uma forcinha, mas apenas se você me jurar que gosta dela de verdade.

Milo continuou olhando para irmã, porém a expressão de espanto se tornou carinhosa. Ele pode compreender que Cléia queria o ajudar, realmente, mas também pode perceber a preocupação que sentia por Shina.

— Minha querida, obrigado. Contudo, a tarefa de fazer Shina acreditar em meus sentimentos é exclusivamente minha. Do jeito que ela é desconfiada, é capaz de pensar que eu to usando você, e eu não quero isso.

— Ok, mas se precisar: conta comigo. E estou torcendo para que vocês fiquem juntos, pois adoraria ter ela como cunhada. - deu pausa - No entanto, estou achando que aconteceu alguma coisa com vocês ontem, algo que não está fazendo bem para você. Vocês brigaram?

Milo estava impressionado. Nessas horas, ele percebia o quanto à irmã estava crescendo rápido e o quanto era esperto, além de linda, com aqueles olhos azuis, os cabelos ruivos (como mexas aloiradas) e longos, o corpo bonito e uma excelente altura, características que o deixava com muito ciúme.  Mais o que o deixou mais impressionado foi perceber o quanto ela se preocupava com ele. O escorpiano lembrou-se da primeira vez que a viu.

# # # # #

Milo não falava com o pai há alguns anos, desde quando ele se separou da sua mãe para namorar a futura mãe de Cléia. Porém, quando o cavaleiro soube que havia nascido sua irmã, ele deixou o ressentimento de lado e foi conhecê-la. 

Assim que chegou à maternidade e pegou Cléia no colo, meio sem jeito, seu coração se encheu de amor, um amor tão grande que o fez findar todas as diferenças com seu pai e sua madrasta.

Milo passou a visitar sua irmã sempre que podia e pode vê-la crescer, mesmo à distância. Sua felicidade foi grande ao saber que, assim como ele, Cléia possuía poderes astrais e habilidade de guerreira. Quem não gostou disso foi pai, ele não queria que mais um filho tivesse esse destino, porém não pode impedir que Cléia fosse morar no Santuário para ser treinar pelo irmão.

# # # # # #

— Sabe, adelfí (1), quando eu a peguei no colo pela primeira vez, aquela garotinha linda, de penugem ruiva e olha azuis, iguais ao meu, fique apaixonado. Como você era inteligente! Aprendia tudo com tanta rapidez... - contou sorrindo - Mas deixou nosso pai louco, quando decidiu se tornar uma amazona, mas ele teve que aceitar, afinal esse é seu desejo. A cada dia você mostra seu excelente desenvolvimento, não só como pessoa, mas como guerreira. - e acariciando a face da irmã afirmou - Sei que tenho sido muito chata contigo, mas penso sempre em seu bem. Contudo, preciso disse: eu tenho orgulho de você! Você tem caráter e qualidades excelentes para ser minha sucessora, sabia? Continue seguindo os caminhos corretos, buscando não só a força e a coragem, mas também a justiça.      

— Sim. Ser sua sucessora, é tudo que mais quero, adelfo. Quero ser tão boa quando você é. E sei que com seus ensinamentos e também os de Camus, Shina, Gisty e até de Kiki, serei a primeira representante feminina de uma armadura de ouro. Nem que eu tenha que me quebrar toda para isso. Pode acreditar.   

— Sei que vai. Só não será melhor do que eu. - rebateu sorrindo.  

Cléia também sorriu. Esse comentário orgulhoso era típico do irmão, que ela amava tanto.

# # # # # #

Enquanto as mulheres estavam se arrumando, a Casa de Virgem estava sendo decorada para a cerimônia de casamento, supervisionada por Shiva. Ele estava muito agradecido ao seu mestre por ter oferecido a sua casa para um dos momentos mais felizes de sua vida.

# # # # # #

Na Casa de Capricórnio, Shura conversava com os irmãos Aiolos e Aiolia. Então, em um determinado momento, Aiolos comentou que ficou sabendo que Shina tinha saído com Milo deixando o capricorniano incomodado.

— Pois é. Milo estava estranho ontem, me perguntando sobre Shina. A Marin não acredita nas boas intenções dele, mas, por incrível que pareça, eu estou acreditando que ele esteja gostando mesmo dela. - afirmou o leonino, sem  perceber que aquele assunto incomodava Shura, que ficou calado.

— Basta saber o que Shina sente por ele, não é mesmo? - perguntou Aiolos olhando para o amigo que permaneceu em silencio - Apesar de acreditar que Shina não sairia com ele se não tivesse interesse.

— Com licença, vou até a cozinha trazer algo para bebemos. - se manifestou o capricorniano olhando serio para o amigo e saindo do recinto e Aiolos foi atrás.

Na cozinha Shura abriu a geladeira em busca de latinhas de suco, pegou três e as pôs na mesa, depois olhou para o sagitariano e falou seriamente:

— Não gostei de sua atitude na sala, você poderia ser mais discreto. Sabe que sou discreto e não gosto de ficar divulgando minha vida por ai.

— Mas ele é meu irmão e...

— Não importa! - interrompeu.

— Calma, Shura. Na verdade queria saber melhor o que está rolando entre Shina e Milo para te ajudar. Meu irmão também pode ser útil, já que é amigo dela. E mais Aiolia não é de ficar espalhando assuntos por ai. Até porque ele já sabe de alguma coisa através de Marin, que também é amiga de Shina. - Shura ficou quieto escutando Aiolos - Tive uma ideia para você ver a Shina hoje: depois do casamento a chamarei junto de meu irmão e Marin para irem em minha casa, então você também pode aparecer.

— Desnecessário. Não preciso de ajuda. Eu já fiz minha parte, se Shina quiser ficar comigo, ela vira ao meu encontro. E se eu quiser também posso procurá-la.

— Eu sei disso. Apena seria uma oportunidade de vocês se encontrarem juntos de outras pessoas, de amigos.

— Vamos ver. - falou depois de pensar um pouco - Se ela for me avise e eu decidirei.

# # # # # # #

Quase na hora do casamento as quatro amazonas já estavam arrumadas e se olhavam num grande espelho no quarto de Marin.

A noiva estava muito bonita, mas bastante diferente dos costumes ocidentais, usava um vestido longo, bege escuro, bordado em dourado, que lembra um sarong comprido. (2)

Shina estava se sentindo estranha, afinal estava com um vestido diferente do que costumava usar: era longo na cor bege, em tecido leve, possuía uma pequena manga em renda e ainda usava um arranjo de flores corais na lateral do cabelo, que estavam com cachos. (3) Ela pensou: "o que não faço por você, Gisty."

Marin e Barbela também estavam com cores claras: azul e verde claros, respectivamente e também eram longos.

Aiolia e Aiolos foram buscar seus pares, depois de algum tempo, Shina fui junto da amiga, porém entrou na Casa de Virgem, deixando Gisty na porta.

Depois da entrada da noiva, o casal se sentarou a uma mesa colocada no centro, Shaka, Barbela, Shina e Ágora permaneceram nas laterais, a frente da mesa central ficou o monge. (4)

Depois da cerimônia os convidados se espalharam pela sala de estar enquanto conversavam. Era a primeira vez, depois da separação de Seiya, que Shina ficava no mesmo espaço, junto dele e Saori. Porém, a amazona não se importou muito e até os cumprimentou. Era algo que a deixou surpresa e agradecida, a raiva se findado e ela sabia que o cavaleiro seria especial em sua vida, para sempre. Porém, isso não aliviava seu coração, ela sentia-se muito confuso. Preferiu ficar mais afastada das pessoas, apesar de se esforçou para tratar todos educadamente. Também não deixou de se alegrar com a felicidade que a amiga demonstrava sentir.

Essa atitude deixou Barbela e Marin preocupadas. Não que Shina fosse muito comunicativa, ao contraio, ela sempre foi mais fechada, porém quando estava perto dos melhores amigos, ela ficava mais sociável. Com tudo, aquele dia ela estava muito estranha. Parecia que ela queria fugir de todos e assim evitar indagações.

Ao fim da comemoração, quando todos os convidados começaram a ir embora, Aiolos chamou Barbela, Aiolia, Marin e Shina para sua casa. Porém a Amazona de Cobrar recusou:

— Obrigada, mas estou precisando descansar.

— Vamos, querida, só um pouco, ainda falta algumas horas para anoiteceu. Depois você descansa. - pediu Barbela.

— É verdade. - completou Aiolos, que queria muito a presença de Shina em sua casa.

— Ok, eu vou, mas só um pouco, tá bom? O que não faço pelos meus amigos... - disse depois de olhar o rosto de cada um e ver impresso a vontade de desfrutar de sua companhia - "Realmente estou ficando muito compassiva". - pensou. 

# # # # # #

Na Casa de Sagitário, todos se acomodaram na sala de estar e logo Aiolos foi à cozinha para pegar uma garrafa de vinho e cálices, porém aproveitou e ligou par Shura.

— Sua musa esta em minha casa. Não demore a decidir, pois ela já disse que ficará pouco tempo.

Na sala o anfitrião ofereceu a bebida comentando que o casamento foi bom, mas faltou um pouco de álcool, afinal budista não consome bebidas alcoólicas. Todos aceitaram um pouco.

— Então, eu achei bonita a cerimônia do casamento. - comentou Aiolia - Diferente do que já vimos, mas bonita.

— Verdade. Tudo foi um pouco diferente. - concordou Shina, pensativa - Apesar de ter feito parte da felicidade de minha amiga, me senti deslocada, tipo um peixe fora d'água.

— Por isso que você estava tão calada e distante? - perguntou Barbela.

— Sim. Posso ir até a varanda, Aiolos?

Com a resposta positiva dele, Shina foi até a sacada ver a vista do Santuário e as suas amigas aproveitaram para irem junto. Assim, seria possível fazer algumas perguntas para Shina.

— Finalmente um momento oportuno para perguntar: porque você está assim, estranha?  - Marin foi direto ao ponto.

— Você estava doida para me questionar, não?

— Com certeza. Aconteceu algo com você e isso é claro. Estamos preocupadas, não e Barbela? - a mestra afirmou com a cabeça - Foi alguma coisa com o Milo?  Só pode, pois você estava estranha desde cedo. Não foi por causa de Seiya e Saori, pois você os cumprimento com toda a educação. Então o motivo só pode ser Milo. 

— Você está muito fuxiqueira hoje!

— Quanto mais você enrola, mas ficamos pensado que aconteceu algo significativo entre vocês dois, se você me entende. - comentou a ruiva.

— Ok. Não transamos, mas foi por pouco. - revelou Shina naturalmente - E a culpa seria minha, pois eu que o provoquei. Satisfeitas? - ironizou - Ele foi bastante cortês e me respeitou bastante, mas eu quis testá-lo e um beijo aconteceu. O pior: eu gostei. Agora estou mais confusa do que antes. Dê quem eu gosto: Milo ou Shura?

— Por isso que você não deveria ter começado essa brincadeira com Milo.

— Eu já estava confusa, Marin. Eu não podia ficar com Shura sem saber de quem eu gosto, pois seria injusto com ele, que é tão gentil.

Barbela e Marin ficaram quietas, pois concordaram com Shina.

As três voltaram para a sala e Shina iria embora, mas ao entrarem no cômodo viram Shura sentado junto dos irmãos. Isso acabou atrapalhando os planos da amazona, pois ela julgou indelicadeza sair sem antes conversar um pouco com o dourado. Mas uma vez ela se sentiu "ridícula" e pensou: "Desde quando eu me preocupo com indelicadezas?”.

Shura sorriu para a amazona e ela retribuiu. O grupo conversou sobre alguns assuntos e, de vez em quanto, o capricorniano olhava para Shina, que estava sentada de frente para ele. Então o cavaleiro não resistiu mais e se aproximou dela. Os amigos continuaram conversando, tenta deixar um clima favorável para os dois.

Ele se sentou ao lado de Shina e comentou que ela estava muito bonita.

— Acha mesmo? Eu estou me sentindo incomodada com esse vestido e esse arranjo em minha cabeça. É muita frescurinha para mim. - contou fazendo careta.

Shura sorriu como o comentário e elogiou com um olhar sedutor:

— Já te falei: você é linda! Não importa se está muito arrumada ou pouco arrumada. Eu gosto de você de qualquer jeito.

— Pare com isso, Shura.

— É verdade... Sabe, que eu estava com muita saudade sua.

— Que exagero! Você está sem me ver apenas um dia.

— É muito para mim. Eu quero vê-la todo dia, toda hora.

Shina começou a ficar sem graça. Ela não sabia explicar o pode que Shura tinha para deixa-la daquela for.

— Vamos até varanda, um pouquinho? - perguntou segurando a mão dela.

— Por favor. Não quero dar bandeira. - pediu puxando sua mão.

— Estamos entre amigos. Todos os presentes sabem o que está acontecendo entre nós, de alguma forma. Venha comigo?

Com a insistência do cavaleiro Shina acabou aceitando, afinal ela também tinha anseio de ter alguns momentos a sois com o capricorniano.

Na varanda, o dourado acariciou a face da amazona e a abraçou pela cintura, Shura olhou dentro dos olhos verdes de Shina:

— Como você é linda! E como eu te amo!

Ela enlaçou os braços no pescoço dele e os dois se beijaram ardentemente. 

Enquanto isso os amigos, na sala, estavam animados.

— Espero que eles fiquem juntos. - comentou Barbela. 

# # # # # #

Em um dos quartos do 13º templo, Seiya trocava mensagem pelo celular, com Shiryu, que tinha ficado no Japão. Pegasos estava na janela, e também aproveitava para olhar o Santuário, que começava a acender as luzes, devido à noite que chegava.

“- Fiquei feliz em perceber que a Shina não está mais chateada. Ela falou comigo e a Saori normalmente. Você sabe que eu nunca quis magoa-lá? E a ultima vez que nos falamos, ela não tava legal.

— Quem bom, Seiya! Sei exatamente como você se sentia, afinal também passei por uma situação parecida, quando terminei o meu namoro com a Shunrei, ela também ficou magoada comigo e é horrível saber que alguém que temos carinho esta chateada com a gente.

— Com certeza!  Por isso que fique feliz e aliviado ao notar, na face da Shina, que a magoa dela tinha passado. Aquela esquentadinha vai ficar para sempre num canto especial do meu peito. Por isso, quero ter um bom relacionamento com ela.

— E a Saori?

— Ficou feliz também, ainda mais porque ela se preocupa com o bem estar de todos. Ficou aliviada de perceber que a Shina não estava guardando resentimentos. Mas tanto a Saori como eu percebemos, que a Shina não estava bem, ela tava com um olhar vago o tempo todo do casamento.

— Para você perceber isso, é porque ela realmente estava bem.

— Ei, não fica me zoando!

— Não estou zombando. Você sabe que, de vez em quando, é desligado.

— Tá eu sei... Agora deixa eu me arrumar, pois aqui a pouco será o jantar e eu não posso me atrasar, afinal Shion não gosta. "

# # # # # #

Quando Shina chegou a sua casa, foi tirando enfeite de cabelo, roupa, sapato e foi tomar em banho.  

Deitada na cama, apenas de calcinha, ela lembro de Shura e como era bom esta em sua companhia, o capricorniano a dava segurança e ela concluiu que seria fácil ficar com ele, até porque ela sabia que todos os amigos gostariam disso. Mas e ela? Então seu pensamento foi interrompido, pois ela sentiu seu celular vibrar anunciando mensagem.

Ela o pegou e viu uma mensagem de Seiya: "Fique feliz em perceber que não esta mais chateada comigo. Quero te ver feliz, pois você merece." Ela sorriu levemente. Era bom saber que ele estava, mesmo estando com Saori, ainda se preocupava com ela.

Mas havia outra mensagem, e essa acelerou seu coração, era de Milo: "Oi, eu precisava muito falara com você sobre nosso beijo. Por favor, quando puder ligue para mim." Shina teve o anseio de ligar, porém não o fez.

— Hoje não, Milo. Preciso ficar mais calma essa noite, de um tempo para mim. - pensou deixando o celular na cabeceia e abraçando o travesseiro para dormir.  


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Notas finais do capítulo

1. Adelfí – irmã em grego.
2. Vestido de Gisty: http://s2.glbimg.com/Q4tcPbDJgV4cVZ4NWk8esk5GHlA=/s.glbimg.com/et/nv/f/original/2014/01/27/noivos-budistas_ellen.jpg
3. Vestido de madrinha de Shina: http://g02.a.alicdn.com/kf/HTB1KaBMLFXXXXamXFXXq6xXFXXXz/Elegante-2016-preto-bege-S-XL-partido-vestido-longo-manga-comprida-Vintage-Lace-Chiffon-Maxi-vestidos.jpg
4. Cena mais detalhada na fanfic " Nosso Recanto":
https://fanfiction.com.br/historia/607663/Nosso_Recanto/



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