Mistérios do coração escrita por Anjo Doce


Capítulo 2
Segundo


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Para eventuais dúvidas, o que estiver em negrito, aconteceu no passado.



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Shina saiu do chuveiro se enxugou, foi para o quarto enrolada na toalha e deitou na cama. Ainda lembrando aquele acontecimento.

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No dia seguinte Shina acordou, estava entrelaçada a Seiya e se deu conta do que havia feito. Levantou-se deixando o rapaz ainda adormecido. Ela vestiu um camisão roxo e saiu do quarto, na sala as roupas estavam espalhadas pelo chão.

– Eu não deveria ter feito isso.

Partiu para o banheiro, lavou seu rosto e percebeu que estava marcada no pescoço com uma mancha roxa. Passou a mão pelo rosto tentando acreditar nas loucuras daquela noite.

Seguiu até a cozinha, que como toda a casa tinha moveis rústica, fogão e geladeira antigos, no centro da mesa de jantar havia uma fruteira com maças. Colocou água numa chaleira de alumínio escovado e levou ao fogo. Abriu a geladeira, pegou um prato com queijo e pós encima da mesa, do armário, ela trouxe um pacote de pão de forma e fez um sanduíche de queijo. A água já estava quente, então Shina deslizou o fogão e começou a prepara o café, jogando água num coador de pano.

Surgiu na cozinha Seiya com um sorriso largo, vestido com sua causa jeans. Seu copo estava todo marcado de arranhões.

– Bom dia!

– Bom. – respondeu Shina secamente – Sente ai e sirva-se. Além de pão e queijo, tem essas maçãs e eu estou acabando de passar o café.

– Obrigado! Estou morto de fome. – revelou mordendo uma maçã.

– Tenho algo a dizer para você: esqueça tudo que aconteceu com a gente.

– O quê? Mas por que esta me pedindo isso?

– Essa noite foi um erro. Nunca deveria ter acontecido.

O cavaleiro pensou, passando a mão na cabeça: “É realmente não agir corretamente com a Mino”. E discordou de Shina:

– Não posso esquecer algo tão bom.

– Bom foi, mas não deveria ter acontecido.

– Juro que não te entendo. – revelou jogando-se na cadeira.

Shina bufou e pensou: “Eu só quero me proteger. Eu não o mereço e nunca o terei para mim. Não quero sofrer.

– Você pode contar comigo para qualquer coisa, mas não quero mais ter esses envolvimentos contigo. – falou com a cabeça baixa.

Seiya se aproximou e acariciou os cabelos da amazona e declarou:

– Você é muito especial! É bom saber que sempre poderei contra com você. Digo mais: faço questão de lembrar cada momento de vivemos nessa noite. – beijo os lábios de Shina que desviou a cabeça.

– É melhor você ir embora, seus amigos e a deusa deve estar preocupados com seu sumiço.

#######

– Eu quis ser forte e cumprir o que tinha dito a Seiya naquele dia, mas eu não consegui. Amamos-nos muitas vezes depois aquela noite, até em lugares inusitados e em momentos impróprios, como em um dos aniversários de Saori. Às vezes por incitação minha, outra por atitudes dele. Nosso romance passou a ser viciante e de tão forma que eu achava que não viveria mais se sentir o corpo e o cheiro dele. Mas eu sabia, que a cada dia que se passava, o coração dele não era meu, pelo contrario, ele e a Saori estava cada vez mais próximos. Principalmente depois da batalha com Hades, na qual Seiya ficou totalmente inconsciente e a deusa fez questão de cuidar dele pessoalmente. Eu, como não queria demonstrar tanto interesse em relação a ele, fique muito tempo sem vê-lo, só voltei a revê-lo quando Ártemis tomou para si o Santuário de Atena. Como Seiya estava confuso! Eu estava loca para abraça-lo, mas tive que fingir desprezo por causa da situação que vivíamos. Mas também eu sei que mesmo que tentasse me achegar a ele, nada adiantaria, pois Seiya estava tão preocupado com Saori que nem prestaria atenção em mim. Isso me dava um misto de sentimentos: tristeza, raiva, medo, angustia... Eu sabia que não podia cobrar nada dele. Eu que errei em me envolver com ele. – continuava conversando consigo enquanto vestia uma calça legging e um blusão – O que me deixava pior era não conseguir dividir essa dor com ninguém, pois não tinha coragem. Não que eu me importasse com a opinião da pessoa, a vida era minha e eu fazia com ela o que quisesse. Mas eu não conseguia, de forma alguma, revelar nada a ninguém. Nem para Jisty, que teve a chance de voltar à vida e estava morando no Santuário. E principalmente para Marin, que se tornou minha amiga depois da Batalha das Dez Casas, afinal ela era mestra de Seiya. Como eu tinha vergonha de mim mesma. – parou de frente para o espelho do quarto para se olhar – Porém, nos últimos tempos, a citação estava, literalmente, acabando comigo. Jisty e Marin viviam perguntando o que eu tinha e eu nada falava. E naquela manhã...

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Shina acordou num desamino tão grande que continuou deitada. A dor corroía seu ser. Ela estava em ponto de explodir e não conseguiu mais segurar, desabou em lágrima. Era um choro preço que por ser durona, fazia questão de guardar.

Quando Jisty foi procurar à amiga, que não tinha ido ao treino, se espantou, pois Shina estava com uma aparência péssima. As únicas palavras de Shina aos questionamentos da amiga foram:

– Eu não estou me sentindo bem e gostaria de ficar sozinha.

Jisty, apesar da preocupação, respeitou a amiga e foi embora. Shina voltou para a cama e permanecei deitadas por um longo período, até que escutou batidas na porta e a voz de Jisty a chamando. Sem nenhuma vontade Shina a atendeu e viu que estava acompanhada de Rubi.

– Desculpe vir aqui novamente, mas descobriu que a Rubi chegou ao Santuário e fui chamá-la, pois eu sei que vocês são amigas. – contou Jisty entrando na sala de Shina juntos de Rubi – Achei que mais uma amiga poderia te ajudar, já que você não quer falar nada com a Marin.

– Shina o que aconteceu com você? Que cara é essa?

A amazona não falou uma palavra.

– Amiga, se abra com a gente. – pediu Jisty – Há vários dias você esta muito diferente, mas hoje... Estou muito preocupada com você.

– Somos suas amigas. Queremos somente o seu bem. – completou Rubi.

Shina sentou no sofá de vime, pós as mãos no rosto e começou a chorar. Jisty e Rubi se olharam preocupadas, a Amazona de Serpente sentou-se ao lado da amiga e a abraçou.

– Shina, pelos deuses, o que esta acontecendo? Você esta me deixando muito aflita. – afirmou Jisty.

A Amazona de Cobra respirou fundo, limpou as lágrimas e finalmente falou algo:

– Estou cansada de guardar isso para mim. Preciso desabafa e acredito que, realmente, posso contar com vocês.

Assim Shina contou toda a história que estava a matando aos poucos. As amigas se surpreenderam, principalmente Jisty, pois desde que havia voltado a morar no Santuário, sabia do amor da amiga por Seiya, mas nunca soube, nem desconfiava, do romance deles.

Já Rubi achou um absurdo, acreditou que a amiga estava se rebaixando em permitir viver um relacionamento assim e por tanto tempo.

– Shina, eu sei o que é fazer loucuras por amor. Porém, você precisa se valorizar, se amar primeiro. Precisa decidir o que você quer para sua vida: ou assuma esse relacionamento, ou termine de vez, mas continuar assim é inconcebível.

– Eu devia terminar definitivamente, afinal nunca deveria ter começado. Com tudo, não tenho força, por mais que eu sofra, não quero ficar sem ele.

– Eu estou chocada! Não sabia que seu amor por Seiya lhe fizesse aceita tal situação. –revelou Jisty – Não que eu acredite que você deva se preocupar com a aprovação das pessoas. Se você estivesse feliz da força com que vive, não me importaria, mas não, você esta mal. Por isso eu concordo com a Rubi.

– Bem, eu tenho algo em mente, entretanto você precisa confiar em mim, mesmo me conhecendo pouco tempo.

– Realmente te conheço pouco, mas você conseguiu conquistar minha confiança e amizade, o que é uma novidade, para mim. No entanto posso perguntar o que você tem em mente?

– Lógico que pode. Aproveitando que o Seiya esta aqui no Santuário também, penso em falar com ele e pedir para tomar uma atitude de homem. Se você não consegue agir, que ele, pelo menos, aja.

– Ai. – gemeu fechados os olhos – Se ele não quiser mais ficar comigo?

– Shina, nós só perdemos algo que possuímos. – afirmou Rubi – Se essa história acabar, você pode sofrer, mas sei que é forte o suficiente para dar à volta por cima. E o melhor: com a cabeça erguida. Eu tenho certeza que à decisão de hoje, será para o seu bem.

Rubi foi embora e Jisty ficou ao lado da amiga.

– Agora vá tomar um banho e comer alguma coisa.

– Não tenho fome.

– Mesmo assim. Vamos querida, anime-se! Ainda há esperança.

– Na verdade, eu acredito que será o fim.

– Que seja, mesmo que tudo acabe, não é motivo de desistir da vida. Somos amazonas e temos força para seguir, mesmo nas maiores adversidades. O importante é revolver tudo para que você pare de mendigar amor.

Depois de um bom tempo Seiya chegou até a casa de Shina. Sua expressão era de preocupação. A amazona já estava com uma aparência melhor, porém os olhos ainda permaneciam inchados. Nessas horas, que Shina, sentia falta de usar máscara, suas emoções ficavam muito aparentes. Eles se sentaram no sofá e começaram a conversar.

– A Rubi falou comigo e eu fique preocupado com você.

– O que ela te falou?

– Ela disse que ficou sabendo do nosso envolvimento e que você estava muito triste e precisávamos decidir nossas vidas. Ela esta certa.

– Seiya, estou realmente triste. – abaixou a cabeça – Sabe, desde nossa primeira vez, eu tive medo de sofrer, por isso quis me afastar de você, porém não consegui. Eu te amo tanto. – uma pausa – Sinto que nada faz sentido sem você, por esse motivo deixei muitas vezes a razão de lado e te procurei ou permitir que você me procurasse. – voltou a olhar para ele – Entretanto, nunca me senti totalmente feliz, me sentia um objeto de prazer e por essa causa não quis contar a ninguém, só hoje me abrir com a Rubi e Jisty. Estou tão cansada...

– Oh Shina! Essas palavras estão me entristecendo. Eu nunca a vi como objeto, ao contrario, sempre te respeitei e admirei, apesar de sentir muito desejo por você. Eu jamais pensei estar te magoando, até porque você demonstrava que queria tanto quando eu. Sempre fui discreto com a nossa relação, pois acreditava que você preferia assim, por ser independente e não querer compromisso com ninguém. – acariciou a face da amazona – Mas se eu desrespeitei você, me perdoe! No caminho para cá, pensei o que eu queria para minha vida. Sabe o que descobrir? Eu não quero ficar sem você. – deu um leve sorriso – Eu preciso de você.

– Então...

– Eu quero ficar com você e vou fazer as coisas certas. Vou assumir nosso romance. Todos vão saber que estamos juntos.

– Serio mesmo? – perguntou com um sorriso – Eu não quero que faça nada contra sua vontade apenas para me agradar.

– Shina, eu adoro você, adoro ficar ao seu lado, escutar seu sorriso, sentir seu perfume, fazer amor contigo. Se isso não é amor, o quê pode ser? Por isso quero que todos saibam que estamos juntos. Venha mora comigo. – o rosto de Shina se iluminava a cada palavra dita por Seiya – Só tem um problema: Você iria para o Japão comigo? Sei que será uma mudança radical, mas eu quero ficar perto de minha irmã que esta morando lá.

A amazona ouviu tudo tentando acreditar. Seria mesmo possível?

– Por que você não responde algo? Acho que estou te assustando com tanta novidade, né?

– Um pouco. Eu estou feliz, porém ir morar no Japão implica deixar minha vida aqui, deixar meu trabalho no Santuário. Será que vou me acostumar? E será que Shion vai permitir que eu saia daqui?

– Bem, tenho certeza que você vai se acostumar a viver no Japão. Enquanto ao Shion, eu vou conversar com ele. Afinal se você for comigo não quer dizer que abandonou sua missão, né?

Eles se abraçaram e beijaram.

– Eu te amo, Seiya.

– Vai ser diferente, mas ao mesmo tempo bom, dividir minha vida com você. – e brincou – Só espero que você não tente me matar a cada 5 Minutos.

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– Aquela notícia deixou muita gente abismada. Acho que a única pessoa que já sabia além de Rubi e Jisty, era o Shiryu, por ser grande amigo de Seiya, sempre soube. A Marin tinha uma leve desconfiança, mas nunca menciono nada por discrição, só depois da noticia que ela revelou o que pensava. Quem não conseguiu esconder a surpresa e até um desconforto foi a Saori. Apesar de me sentindo vitoriosa, fiquei penalizada, pois se eu estivesse em seu lugar com certeza estaria arrasada. Não sei se alguém sabia o que ela sentia por Seiya, mas eu sabia e por isso, eu sempre tive um pouco de mal-estar em seleção a ela, desde quando presenciei um quase beijo dela em Seiya, no episodio do seu sequestrou por Jamian. (1). No entanto precisei suavizar esse sentimento, afinal Saori é a deusa e eu sua guerreira. Todas a vezes que me envolvi nas batalhas travada por ela, foi por eu ser uma amazona de Atena e saber que essa era minha missão, mas também para garantir que nada aconteceria com Seiya. – caminhou até a sala – Shion não se pôs contra a minha ida para o Japão, desde que eu me comprometesse em retornar ao Santuário se ele me chama-se ou se alguma emergência ocorresse. Foi um alivio! O que me preocupava era a adaptação com um novo país e principalmente, novo idioma, mas eu já tinha passado por isso quando era mais nova e seria valido tudo para ficar perto de Seiya. Claro, o ruim foi me separa mais uma vez de Jisty, mas ela e Marin me deram bastante apoio. E a Rubi ficou tão radiante com minha felicidade que parecia que era com ela. – sorriu pensando como a amiga se entusiasma com a felicidade dos amigos.

Shina procurou não deixar suas funções no Santuário sem cuidados, por isso deixou seu posto com Jisty. Quando o grupo que foi com Saori ao Santuário, ou seja, Seiya, Shiryu, Rubi e Hyoga, voltou para o Japão, Shina foi junto.

A amazona e Seiya foram morar no apartamento do rapaz e pouco mais de dois anos se passaram e cada parte daquele lugar guardava lembranças deles.

Shina, que estava parada na porta se aceso do corredor para a sala, olhou cada parte no recinto. Sentou-se no sofá de frente para a porta da rua e suspirou.

– Realmente foi uma experiência nova: deixar minha vida fechada no Santuário e vir para cá. Foi bastante diferente! Principalmente aprender a dividir uma casa e uma vida com Seiya. Sei que para ele também era muito novo tudo aquilo. Porém ele foi tão complacente comigo que até me surpreende pensa.

Seu olhar se fixou na porta da rua e a lembrança de quando pós os pés naquele apartamento pela primeira vez surgiu. Era tão nítido que parecia esta acontecendo novamente enquanto ela era espectadora.

#######

Seiya abriu a porta e a claridade invadiu o cômodo, ele estava segurando com a mão direita à bolsa de viagem dele e de sua namorada e com a outra mão ele a conduziu para dentro do apartamento.

– Esse é meu humilde apartamento, agora será nosso lar. – falou botando as bolsas no chão.

– Eu não ligo se é simples sou luxuoso. O que importa é esta ao seu lado.

Seiya fechou a porta e se aproximou de Shina com um largo sorriso, acariciou o rosto da amazona. A alegria invadia os corações de ambos. Então se beijaram e Seiya pesou seu corpo ao de Shina e os dois caíram no sofá. Eles sorriram com a travessura do rapaz, se olharam fixamente e voltaram a se beijar, as carícias se tonaram agarrões e logo o casal se livrou das roupas e acabaram fazendo amor ali mesmo.

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Shina escorregou o corpo, deitou no sofá e fechou os olhos, as lembras borbulhavam em sua mente.

– Passamos momentos tão bons, mesmo quando não fazíamos nada de importante, como ver TV.

Seu olhar deslizou até o outro sofá e “viu” os dois sentados juntos, cobertos por um edredom, abraçados para afastar o frio aquela noite.

– Até quando brigávamos foi bom.

Então reviu os dois discutindo no meio da sala. Ela apontava o dedo em direção o rosto de Seiya que trazia um sorriso cínico. Isso a deixa com mais raiva.

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– Para de rir da minha cara.

– Relaxa amor. Não leve as coisa tão a serio. – se aproximou dela com devido cuidado – Eu só estou brincando... Ei... Sorria pra mim... Te amo!

Shina olhou ainda com raivo para Seiya, mas logo deu um sorrisinho tímido.

– Também amo!

Assim acabaram se beijando.

#######

Era inicio de noite eles estavam no quarto, Seiya a acabava de se arrumar e Shina o observava. O cavaleiro estava vestido com um terno de risco de giz, uma gravata grafite e um sapato social preto e seus cabelos estavam com gel para deixar o arrepiado mais fixado.

– Então como estou?

– Muito bonito! Mas é engraçado ver você vestido assim.

– To me sentindo um pingüim, mas a Saori pediu que fôssemos assim para o evento da fundação. Fazer o quê?

– É. Manda quem pode e obedece quem tem juízo.

– Tem certeza que não quer ir comigo?

– Tenho. Eu tenho melhorei minha insociabilidade, mas ainda não gosto de eventos cheios de gente e com imprensa. – fez uma careta – Prefiro te espera aqui.

– Antes de ir quero uma beijo. – pediu abraçando e beijando sua namorada.

– Hum... – reclamou interrompendo o ato – É melhor você ir logo, pois se continuarmos você vai acabar se atrasando e a deusa não vai gostar.

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A amazona se levantou e se dirigiu até a cozinha, pegou um pouco de suco de laranja da geladeira e enquanto bebia encostada com o quadril na pedra da pia, olhou através do basculante, a praia.

– Para não perder a forma, muitas vezes treinei e pratique exercícios físicos nessa praia. Algumas vezes sozinha e outras vezes com Seiya.

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No final da tarde, o sol já estava se pondo, na areia Shina e Seiya treinavam ataque e defesa. A amazona atacou repetidas vezes e o cavaleiro que somente se defendeu.

– Pare de apenas se defender, Seiya. Ataque-me. Quero ver a força do cavaleiro que venceu deuses. – mandou Shina aumentado à velocidade e a força nos ataques.

Então Seiya concentrou seu cosmo e expeliu um golpe fazendo com que Shina fosse arrastada a alguns metros. O cavaleiro se aproximou e perguntou:

– Esta tudo bem?

–E porque não estaria.

E voltou a atacá-lo.

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Lavou o copo e voltou para sala, fitou dois porta-retratos na estante. Um, com borda preta, trazia o retrato de um grupo: Seiya, Shina, Shiryu, Rubi, Hyoga, Eiri, Saori e Shun. Todos com veste de festa, segurando uma taça de champanhe. Foi o noivado de Hyoga e Eiri.

– Eu não queria ser fotografada, mas para o Seiya me deixar em paz, acabei aceitando posar com o grupo para essa foto. Esse dia o casal de noivos estavam muito felizes. A comemoração aconteceu no orfanato onde Eiri trabalha e no qual Seiya e seus amigos foram criados. Se for contabilizar as vezes que fui aquele lugar, quase nula. Não gosto de ir a orfanatos, lembro de como foi ruim ter ficado em um. Além de não curtir muito crianças, pois elas falam auto e demais. – revirou os olhos – Ainda tinha a Mino, é uma pena, mas nunca nos gostamos muito. Porém esse sentimento, por incrível que pareça, vinha mais da parte dela do que de mim.

Já o outro porta-retrato exibia uma foto de Shina e Seiya, também num momento de comemoração, brindando com uma taça de vinho tinto. Ela olhou para o seu dedo polegar direito onde tinha um anel de aço com a frase εγώ κι εσύ gravada em baixo revelo.

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Num restaurante italiano muito bonito, o ambiente era aconchegante e a meia luz, trazendo uma ar romântico. Shina e Seiya estavam sentados um de frente para o outro, a mesa era quadrada com dois lugares. Enquanto esperavam o garçom trazer seus pedidos, saboreavam um delicioso vinho tinto.

Eles estavam bem vestidos, Seiya usava um blusão de botos, de cor vinho, com suaves listras brancas, calça preta e sapatênis preto. Shina usava um vestido bege de cetim, tomara que caia, justo e curto, nos pés, sandália preta, alta e com tiras. Poucas vezes Shina usou vestido, não gostava muito.

– Posso saber o motivo desse jantar?

– Precisa de motivo especial para jantarmos. O motivo especial é estarmos junto.

– Não adianta fingir, eu sei que tem um motivo. Você fez questão que saíssemos bem vestidos e ainda me trouxe aqui, num restaurante tão bonito. Por que isso?

– Eu sei que comida italiana e sua preferência, até por causa de sua origem, então quis te trazer aqui para... – uma pausa – Na verdade, eu tenho que confessar. Queria deixar para depois da refeição, mas não consigo te enrolar – deu um sorriso maroto e tirou uma caixinha de jóia do bolso e abriu, mostrando o conteúdo – Esses anéis são para reafirmar que eu tenho um compromisso serio com você e apesar de já estarmos morando junto, pretendo me casar com você futuramente.

A amazona sorriu largamente e Seiya pegou um anel e iria por no dedo anelar direito dela, mas Shina interrompeu e pediu para por no polegar, pois preferia assim. O cavaleiro fez a vontade dela.

– Eu escolhi aço, pois embora não seja um metal valioso, é muito forte e não se estraga com facilidade. Espero que nossa história seja tão forte com o aço. – beijou a mão de Shina.

– εγώ κι εσύ – leu Shina - Eu e você.

– Eu escolhi por uma frase em grego, pois é a idioma único para nós.

Assim ela pegou o outro anel e colocou no delo polegar direito de Seiya.

– Te amo! – ela declarou.

Ele se levantou, pegou a taça de vinho e ela o acompanhou. Brindaram e beberam um gole. Seiya olhou dentro dos olhos verdes de sua namorada e declarou:

– Eu também te amo!

Seiya beijou os lábios de Shina com todo carinho, enquanto ela se sentia nas nuvens te tanta alegria.


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Notas finais do capítulo

(1) episodio 29 e 30.
Comentem.