Mistérios do coração escrita por Anjo Doce


Capítulo 18
Décimo Oitavo


Notas iniciais do capítulo

Desculpe a demora! Tentarei postar mais um capitulo ainda este ano, mas não prometo, pois as ideias estão fervilhando, mas não tem nada escrito.
PS: Mais uma capítulo para quem é fã de Shina e Shura.



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Os dias foram passando, o grupo que foi par Grécia com Saori, voltou com ela para o Japão, afinal além de deusa, Saori tinha muitos afazeres na sede da Fundação Graad.

Gisty e Shiva estavam atarefados, pois a data do casamento deles se aproximava. O cavaleiro estava radiante, finalmente conseguiria realizar o desejo de oficializar a relação com sua amada, e ela apesar de não ter muita paciência para detalhes que julgava desnecessários, estava ficando surpresa, pois estava animada, principalmente por ver sua amado feliz. Para algumas questões de cunho feminino Gisty pedia a opinião de Shina e Barbela ou até de Marin, que já tinha passado por esse momento.

Apesar de não negar ajuda à amiga, Shina não tinha muita paciência para organização de festa e sempre que podia se isolava, embora, muitas vezes, Algol não deixasse. Na verdade, seus pensamentos não estavam muito alinhados depois das atitudes de Shura e Milo. Muitas vezes ela se via com a mente vagando nas lembranças de cada cavaleiro. Isso a incomodava, pois sentia está perdendo o controle de si. Dava garças aos deuses por não existir nenhuma guerra eminente, pois sentia que não estava preparada para enfrentar nenhum inimigo.

Mesmo estando distraída a Amazona de Cobra continuava fazendo seu trabalho com os aprendizes e recebeu a ajuda de Marin, já que Gisty receberá a liberação de Shion para cuidar de seu casamento. Sempre que podia Marin conversava com a amiga para tentar ajuda - lá, mas Shina, na maioria das vezes, ou desconversava ou respondia rispidamente.

Shura manteve sua postura, se sentia tranquilo, tinha feito sua parte e sabia que uma pessoa com a personalidade de Shina, a melhor atitude era permanecer calmo. Apenas fazia questão de se manter próximo, assim não seria esquecido.

Milo ficou por uns dias sem aparecer, pois não queria expor o ferimento em seu rosto. Isso o irritou muito. Porém não conseguia ter a raiva que Shina merecia, pelo contraio ele sentiu falta de vê-la treinar toda a manhã e admirar-la. Quando resolveu sair de sua casa, não poupou tempo em ver "sua linda amazona", contudo, sabia que deveria ficar afastado, Milo precisava mostra que estava "redimido" pelo que tinha feito. Mesmo de longe, analisou tudo que acontecia com Shina, acabou percebendo algo diferente: a aproximação de Shura era incomum. Sua intuição o avisava que Capricórnio era um sério concorrente, ao contrário de Algol. Apesar de se corroer de ciúme em ver a amazona sempre na companhia do Cavaleiro de Prata, sentia que não era um empecilho para ele.

Um inicio de noite, Shina passava pelas Dose Casas, pois voltava do décimo terceiro templo, onde deixou com Shion um relatório sobre seus alunos. Então quando estava saindo da Casa de Escorpião foi surpreendia por Milo que surgiu e apenas disse:

– Preciso lhe pedir desculpas por o que fiz com você aquela noite. Agi muito mal. Ainda que a ache linda e atraente não poderia ter feito o que fiz.

Shina virou o rosto para observar o cavaleiro que esboçava uma expressão seria. Logo depois, ele a deixou sozinha e entrou para a parte reservada de sua casa. A guerreira ficou parada por alguns momentos sem entender a postura de Milo. Resolveu prosseguir seu caminho.

Quando Shina estava longe, Cléia saiu de trás de uma pilastra e com uma das mãos no queijo, deu um leve sorriso. Suas suspeitas se confirmaram. Seu irmão tinha realmente sido feriado por Shina.

– Meu irmão é louco! Foi fazer gracinha logo com a Shina? Mas pedi desculpas não é o feitio dele. O que será que ele está aprontando?

# # # # # #

Na tarde seguinte, na sala de sua casa, Shina conversando com Marin e não conseguiu esconder da amiga o ocorrido da noite anterior e as duas imaginaram a intenção de Milo, só poderia ser uma estratégia de aproximação, fingindo arrependimento. Então uma ideia surgiu na mente de Shina e a fez sorrir cinicamente.

– Se ele quer uma aproximação para "provar" que não é tão canalha quando parece, eu podia facilitar as coisas para ele, você não acha?

– Como assim?

– Se eu me fingir de ingênua e for procurá-lo? E dessa forma eu posso me divertir um pouco.

– O que você quer: diversão ou confusão? Pra quê você vai perder tempo como o Milo? Todos sabem que, em relação à mulher, ele não vale nada. Para quê você vai dar corda ele? Você já sabe minha opinião, né? Então pare de rodeios e vá procurar quem merece, ou seja, Shura. O cara é sério, cavalheiro e está louquinho por você.

– Não começa a dar uma de Gisty.

– Não somente a Gisty tem esse apoio sobre Shura, até sua mestra. Você precisa parar de fugir das coisas óbvias.

– Porque vocês cismaram que eu preciso de um romance? Eu estou muito bem sozinha.

– Será mesmo? Eu sei que eles mexem contigo, não adianta mentir. Seria mais lógico você abaixar a guarda para Shura ao invés de ser envolvida pelo veneno de Milo.

– Você acha que só idiota? - perguntou alterando a voz - Se Milo tem veneno eu também tenho e posso fazer-lo pagar o sofrimento de todas as mulheres que ele magoou.

Marin ficou cala, apenas suspirou fundo. Tinha a certeza que essa brincadeira poderia acabar mal. Não conseguia entender Shina, parecia que a amiga gostava de problemas.

– Quer saber, Shina? Você é adulta e sabe o que faz. Quer dar uma de "justiceira" vá enfrente. Não me meto mais na sua vida. - se levantou e foi em direção a porta - Beijos e até mais.

Shina caminhou em direção ao quarto e deitou em sua cama. Lembrou-se das palavras de sua amiga e sabia que a opinião dela, de Gisty e Barbela era a mais correta. Também se lembrou da declaração de Shura, de sua voz sedutora, do beijo quente e envolvente e de suas mãos em seu corpo. Seu coração disparou.

Porém as lembranças do beijo de Milo também tomaram sua mente. Aquele olhar sem-vergonha e suas palavras ordinárias, seu beijo molhado e as mãos deslizantes em seu corpo. Por mais que ela quisesse se enganar, Milo tirava a sua razão. Embora Shura também conseguisse dominá-la por completo. Shina suspirou e sussurrou:

– Ai, eu quero os dois... Oh céus o que eu me tornei: uma depravada!?

# # # # # #

Shura tinha acabado de tomar banho, vestia uma bermuda jeans e enxugava seu cabelo com a toalha, de frente para um espelho grande, grudado na porta de seu armário. Pelo reflexo no espelho podia-se notar seu físico definido. De repente seu celular, que estava em cima da cama, tocou e ele foi atender.

– Alô.

– Oi Shura. Como vai? - falaram do outro lado da ligação.

– Shina? Que surpresa!

– Serei direta: sabe aquele pedido de jantar que neguei? Pois é, decidi aceitar. Você ainda tá a fim?

– Claro que sim. Você vem pra cá?

– Pode ser. – respondeu depois de pensar rapidamente na possibilidade de ir à Casa de Capricórnio - À noite estarei ai.

# # # # # #

Milo estava sentado na cadeira da cozinha e em cima da mesa tinha um copo de suco de laranja e um prato que possuía um sanduíche apetitoso. Quando acabou de morder o sanduíche seu celular, que também estava em cima da mesa, tocou. Ele quase engasgou ao ver o número.

– Não acredito que você está me ligando.

– Oi pra você também! – ironizou Shina - Tá ocupando? Pode me encontrar na vila?

– Sim. - tentou esconder a animação - Daqui a meia hora estarei na praça.

Milo desligou a ligação animadíssimo, bebeu o suco num gole só e foi para seu quarto. Lavou o rosto no banheiro de sua suíte e no armário pegou uma camisa vinho, de braço curto e substituiu pela regata branca que vestia, penteou o cabelo e burilou o seu perfume. Gostou de sua aparência no espelho. (1)

– Simples, mas irresistível. - pensou - O que será que ela quer? Tomara que seja a minha boca. - e riu auto.

# # # # # # #

Milo chegou à praça, olhou para todos os lados, mas não viu Shina, sentou e aguardou um pouco, mas a amazona não aparecia. Tirou o celular do bolso e observou à hora, ele cumpriu com o horário, mas ela estava atrasada. Ele não gostava de atrasos, isso o irritou um pouco e então suspirou.

Depois de mais alguns minutos Shina surgiu simplória, como de costume, mas chamou a atenção do cavaleiro, pois apesar da simples calça jeans, ela usava uma blusa preta, frete única, colada e levemente decotada, valorizando seus fartos seios (2). Ela agiu como se não tivesse feito Milo esperar por quase uma hora, pois queria testar a paciência dele e aproveitou que estava próxima dele e olhou a cicatriz no rosto do cavaleiro. Até que não ficou tão feio. O Escorpião, por sua vez, disfarçou ao máximo sua irritação.

– Vamos beber um suco? Ali a frete, tem uma lanchonete muito boa.

Como o cavaleiro queria agradá-la de qualquer jeito, aceitou prontamente.

Eles chegaram ao local que era um ambiente bem iluminado com mesas e cadeiras em acrílico branco e aço, balcão de madeira e com bancos brancos acolchoados. (3) Sentaram-se em um das mesas e pediram uma jarra de suco de abacaxi com hortelã e uma poção de batatas fritas.

– Então, eu realmente me surpreendi com sua ligação.

– Fiquei pensado em seu pedido de desculpas e resolvi ser mais sociável contigo e mostrar que eu também não sou esse ser tão intragável como devo parecer.

– Em minha opinião, intragável não é a palavra que lhe descreve. Eu diria que é indomável. E muitas vezes o indomável não é intragável, ao contrário. Isso provoca curiosidade de muitos, ou medo dos mais fracos.

– Hum... Posso assim acreditar que você está assumindo que tem curiosidade sobre mim?

– E porque não? Todas as amazonas provocavam isso, pelo fato de esconderem o rosto. Com tudo, desde sempre você provocava muito mais curiosidade, em todos. Você e sua amiga Gisty, porém você tinha algo diferente que não é possível explicar claramente. Muitos te chamavam de mulher macho, por ser muito dura com as pessoas ou podiam jurar que você teria um rosto diabólico, pois não acreditavam que uma mulher normal agisse aquela forma.

– Sério!? - ironizou.

– Não se faça de desentendida, amazona. - retribuiu a ironia - Tenho certeza que não sou o primeiro a dizer isso. – e continuou a explicação – Quando todos puderam desvendar o rosto por traz daquela máscara os conceitos sombrios mudaram, mas a curiosidade continuou, pelo menos as minhas e por isso quis tanto me aproximar. Todavia, preciso assumir: estava agindo como um ordinário contigo, então nada mais correto que me redimir.

– Redimir-se não é nada mau, até porque sua fama não é a melhor, no que diz respeito a mulheres, né? Devido seu ato resolvi lhe oferecer minha amizade. Apenas ela. É pegar ou largar. - continuou ironizando com um leve sorriso.

Milo sorriu também e afirmou:

– Por incrível que pareça você tem muita coisa parecida comigo. - e começou a contar nos dedos - É corajosa, irônica, teimosa, luta por aquilo que acredita e não leva desafora para casa. Eu gosto disso. Serei seu amigo, ok? - completou ainda sorrido.

Conversaram mais um pouco e Shina se despediu:

– Preciso ir. Foi interessante nossa conversar amigável.

– Com certeza! Foi bom para eu pudesse ver que você não é tão irada como parece e você pudesse ver que não sou tão canalha como dizem. - afirmou sorrindo - Mas podemos caminhar juntos para o Santuário, também vou para lá.

– Vamos um posso de cada vez? Você sabe como aquele lugar é, além de treinar cavaleiros, é um antro de fofocas. E eu não quero que meu nome, mais uma vez, esteja na língua afiada deles.

– Como quiser. - respondeu com uma expressão bem humorada - Se fofocas te incomodam tanto, tudo bem.

Shina não gostou muito desse comentário, sabia que ele estava zombando dela, mas preferiu ir embora sem questionar.

# # # # # # #

À noite, quando Shina chegou à casa de Shura, ele a atendeu com um belo sorriso e a elogio, pois a amazona estava simples, mas bonita: usando um vestido de malha preto, no comprimento dos joelhos e levemente rodado. (4) No rosto apenas, um batom rosado era visto.

– Eu gosto da sua simplicidade, pois você consegue ser linda mesmo sem nenhum artifício.

– Obrigada. - respondeu tentando não demonstrar a embaraço por aquele comentário. Era incrível como ele conseguia provocar esse sentimento nela.

– Acompanhe-me. - pediu direcionando-a com uma das mãos - O jantar nos aguarda.

A sala de jantar era um lugar aconchegante, estava sendo clareado por iluminarias de parede, no centro ficava uma mesa redonda, de madeira escura e cadeiras acolchoadas de em tecido cinza e ainda havia um espelho em uma das paredes. (5) Depois de ajudar Shina a se sentar, Shura revelou o cardápio:

– Espero que goste de frutos do mar, pois tempos uma excelente paella (6), um prato muito comum na Espanha, o qual eu amo. - e tirou a tampa que cobria a comida.

– Hummm, me parece excelente e tem um cheiro muito bom!

Então Shura serviu o jantar e o vinho branco a Shina e na medida em que degustavam a refeição, conversavam.

– Realmente me surpreendia com sua ligação. Você não reagiu bem a minha tentativa de aproximação na outra vez.

– O que você poderia espera? Foi uma grande surpresa saber, de um momento para outro, tudo o que você revelou.

– Eu sei que foi, mas preferi ariscar mesmo. Você deve saber o que é ariscar tudo ou nada, afinal, muitas vezes, guerreiros precisão fazer exatamente isso.

–Tem razão.

– O máximo que poderia acontecer e levar um tapa na cara e escutar xingamentos. Isso eu poderia sobreviver.

Os dois sorriram.

– Que bom que você resolveu me dar uma chance. Eu prometo que não vou decepcioná-la.

Shina se sentia nervosa com as palavras, mas principalmente, com os olhares de Shura, parecia que ele conseguia ver a sua alma. Porém ela disfarçava muito bem.

– Eu também fiquei irritada quando você disse que me viu chora. Porque não é algo que gosto que vejam.

– Imagino. Afinal lágrimas podem ser sinônimo de fraqueza, mas não é. É sinal de sensibilidade e humanidade, eu apreendi com o tempo a valorizar-los. Por isso, fiquei encantado com você depois desse dia.

– Também passei a valorizar-los. - desconversou - A vida nos ensina muito e se permitirmos esses ensinamentos nos tornamos pessoas melhores.

# # # # # # #

No mesmo momento, Milo estava na casa de Camus contando sobre Shina e a surpresa de seu convite. Os dois estavam sentados no sofá da sala do aquariano, um lugar bem iluminado e amplo, com decoração clara e uma estante com televisão e livros. (7) Camus prestava bastante atenção no relato do amigo.

– Estou me perguntando o que levaria Shina a procurar uma aproximação com você e não consigo encontrar uma resposta plausível.

– Confesso que também me questiono. Acreditava que, para nos aproximarmos, precisaria me esforçar muito mais. Fiquei analisando-a em todo momento e apenas percebi uma preocupação com a sua imagem e uma tentativa de amenizar sua personalidade explosiva. - com um leve sorriso – Apesar de sentir que ela também me analisou por completo.

– Como você acha que se saiu no teste? - perguntou irônico.

– Acredito que fui muito bem. Fui bem natural, apesar de me controlar ao máximo para não ficar olhando para o decote que ela usava e nem elogiar seus atributos. - suspirou - Mas eu queria tanto dar um beijo aquela boca....

Camus sorriu com o comentário do amigo.

– Por que esse sorrisinho, Camus de Aquário?

– Será mesmo que você conseguiu disfarçar tão bem seu desejo por Shina? Eu sei como é difícil para você deixar adormecido seus impulsos sexuais ao lado de uma mulher bonita.

– Se eu quiser, realmente, me aproxima dela, preciso mostra meu lado mais equilibrado. - afirmou com uma expressão seria - Realmente é difícil ficar ao lado dela, sentir seu perfume sem começar a imaginar coisas impuras, até porque ela me parece muito gostosa. - fechou os olhos por alguns segundos e recomeçou - Mas eu sou melhor do que meus "impulsos sexuais", como você diz. Por mais que minha fama seja uma das piores e eu gostar de ser visto dessa forma, eu tenho muito mais escondido. Você sabe disso, talvez, um dos únicos.

– Sei. É por isso que sou seu amigo, porque sei do seu coração. Por isso, preste atenção no meu conselho ao menos uma vez? Se você quer que as coisas deem certo, seja correto com a Shina e não fique apenas a vendo com um pedaço de carne e sim como uma mulher que tem sentimentos e merece respeito.

Milo apenas balançou a cabeça positivamente.

# # # # # # #

Ao fim da refeição Shura conduziu Shina à sala de estar. Um ambiente com cores mais quentes, como o vermelho e coral, que estavam em várias partes da decoração: almofadas, cortina e estofados. E na lateral, podia-se ver o Santuário por uma sacada ampla. (8)

– Obrigada pelo jantar. Estava maravilhoso e a sobremesa também, pois gosto muito de sorvete de chocolate. Agora preciso ir.

– Já? Fique mais um pouco. Aceite um licor.

– Você é muito gentil e receptível.

– Para te agradar faço qualquer coisa. - falou se aproximando.

–Shura... Pare com isso. - pediu se afastando.

– Porque você é tão resistente? Não quero te magoar, ao contrário. - e segurou a mão dela e a puxou para sacada de sua sala. A noite estava clara e a lua refletiu sua luz sobre eles- Me dá uma chance, só uma?

Shina fixou o olhar no rosto de Shura, ele trazia um sorriso leve e seus olhos brilhavam.

– Eu posso te fazer feliz e só você deixar.

Shura sabia muito bem aproveitar as circunstâncias ou seu favor e essa habilidade deixava Shina sem muita saída, afinal qual queria o motivo para não atender aquele pedido? Até porque ela estava se sentindo muito bem ao lado dele. Então um beijo aconteceu e foi tão bom quando o primeiro, porém, dessa vez, ela se entregou ao momento.

Uma das mãos do cavaleiro estava envolvendo a cintura de Shina e a outra acariciava seus cabelos, enquanto as línguas se enroscavam em uma dança envolvente. Os cosmos estavam alterados, pareciam entrelaçados também.

"- Como é bom esse beijo! E o jeito que ele me toca... Faz-me flutuar." - pensou a amazona.

# # # # # # #

Milo passava naquele exato momento pela Casa de Capricórnio, pensando ainda nas palavras da Camus, porém seu pensamento foi interrompido pela explosão de dois cosmos conhecidos, vindo de dentro daquela casa. Ele parou e pensou:

"- Não pode ser! Esse cosmo emanando juntos com o cosmo de Shura é... Maldição o que minha amazona esta fazendo aqui?" - o cavaleiro só conseguia imaginar o pior, até por que a agitação daquela energia indicava muito intimidade.

Sua vontade era adentrar aquela casa para ver o que estava acontecendo, e foi por muito pouco que ele não o fez. Uma centelha de bom senso surgiu em sua mente o fazendo para. Milo resolveu ir embora, mas um misto de raiva e tristeza botou em seu peito.

"- Minha amazona estava com Shura. Não eu não vou permitir que ele fique com ela. ELA É MINHA!!!"

# # # # # # #

Eles terminaram o beijo mais profundo com pequenos beijinhos estalados. Shina estava com as bochechas avermelhadas e buscava ar. Shura tinha um sorriso largo, como se fosse um menino que ganhará um presente.

– Te amo, Shina. - declarou acariciando o rosto da amazona com polegar - Você é incrível.

– Você que é! - sorria - Mas eu preciso ir agora, pois tá ficando tarde e acordo cedo amanhã.

– Ok! Vou te deixar partir. - brincou.

Quando eles voltaram para a sala, antes de Shina se despedir, Shura a beijo de novo e dessa vez a amazona pode perceber a agitação que emanava do espanhol, pela forma mais firme em que ele a envolvia. Uma das mãos dele deslizou até o quadril da mulher e ela sentiu uma pressão daquela mão em sua carne. A pele se arrepiou e por muito pouco a amazona deixou sua razão ir para o espaço. Porém ela desfez o beijo e se afastou.

– Tenho que ir embora mesmo. Obrigada pela noite. Amei tudo!

Shina foi embora deixando Shura fascinado e pensando:

"- Ela é demais!"

# # # # # # #

Shina chegou a sua casa e foi direto para o banheiro e tomou uma chuveirada gelado, pois precisava controlar a brasa que estava acesa dentro de si. Ainda se perguntava: como conseguiu o controle, estando nos braços de Shura, ciente que era uma mulher livre para viver o que quisesse? Porém ela sabia a resposta: ante de desfrutar de um sexo, que ela julgava ser maravilhoso, precisava ter certeza de seus sentimentos, do contrário ela poderia complicar-se ainda mais.


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Notas finais do capítulo

(1) Roupa de Milo: http://mlb-s2-p.mlstatic.com/camisetas-blusas-23351-MLB7890519984_022015-Y.jpg
(2) Blusa de Shina: http://img.ph2-jpg.posthaus.com.br/Web/posthaus/foto/moda-feminina/blusas-frente-unica/blusa-valeria-preta_145547_301_1.jpg
(3) Lanchonete: http://www.empreendedoresweb.com.br/wp-content/uploads/2013/03/como-montar-uma-lanchonete.jpg
(4) Vestido de Shina: http://lojamagento.bigchilli.com.br/media/catalog/product/cache/1/small_image/590x714/c9fb6fa051f4eac1f9c33c1c43e153d8/v/e/vestido-preto-basico-curto-gode-chiffon-renda_zs-002.jpg
(5) Sala de jantar de Shura: http://www.sitededecoracao.com.br/wp-content/uploads/2013/06/como-decorar-sala-de-jantar-pequena1-e1371836408785.png
(6) Paella é um prato à base de arroz e frutos do mar, típico da gastronomia espanhola: http://thepaellaartisan.com/wp-content/uploads/2014/02/Paella-Valenciana.jpg
(7) Sala de Camus: http://www.afci.com.br/mandara-porto-das-dunas/mandara-kuai/mandara-kauai-sala-village-125m2.jpg
(8) Sala de estar de Shura: http://www.linkconstrucao.com.br/layout/uploads/images/sala.jpg



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