O decorre do dia foi passando. A organização para a festa acontecia a todo vapor nem torna a praça da Vila do Rodório.
A notícia do namoro de Saori e Seiya foi se espalhando aos poucos e como o Cavaleiro de Pegasos imaginava, sugiram criticas.

A noite surgiu e aos poucos as pessoas começaram a chegar e encher a praça da vila que estava toda arrumada com iluminarias coloridas e tendas, cada uma destinado a um tipo de comida e bebida. Num determinado ponto havia um palco onde aconteciam apresentações musicas. Mais ao lado, num palco menor, estava duas cadeiras de madeira acolchoadas em camurça vermelho, era o local em que o Mestre do Santuário e Atena se sentavam, assim podia ser vistos e ver todos no local.

Shina decidiu que não iria à festa, pois não queria presenciar a alegria do mais novo casal. A amazona imaginava, sobre ela, olhares questionadores, risadas e sombarias e isso não a agradaria de forma alguma. Ela não aceitaria ser humilhada mais uma vez. E já que não gostava de ficar cercada de muita gente e de festas, preferiu ficar em casa. Depois pensaria numa desculpa para dar a Algol. Não era obrigada a fazer o gosto de ninguém. Entre alegar o amigo e se preserva, ela ficava com a segunda opção.
Com esses pensamentos Shina se mantinha deitada na cama, olhando o céu estrelado, pela janela do quarto.
Então ela escutou batidas na porta da rua e foi atender, era Gisty que entrou sem pedir.
– Oi, cheguei à festa e não te vi, então deixei o Shiva lá com os colegas e vim atrás de você. Já imaginava te encontrar aqui. Ainda não está arrumada? - reparando na amiga que estava com um leve vestidinho de algodão.
– Não to nenhum pouco a fim de ir. Prefiro ficar na minha casa.
– Por quê?
–Você não tava aqui no Santuário, mas acredito que já deve saber a noticia.
– Sim. Mas o que tem isso? O Algol está ansioso, tava se controlando para vim ver o que estava acontecendo, mas eu me propus a vir no lugar dele.
– Fala qualquer coisa para ele e ponto.
– Você não quer ir mesmo, né?
–Não.
Giyst olhou para a amiga e resolver se fazer de desentendida e a puxando para o quarto falando:
– Você vai vestir aquela roupa mesmo? Anda você está atrasada.
Shina se irritou e indagou rispidamente:
– Ô Giyst, odeio quando você da uma de louca. Qual é a parte que você não? - E gritou - EU NÃO VOU NESSA FESTA.
– E qual é a parte que você não entendeu que: EU NÃO VOU DEIXAR QUE VOCÊ FALTE A ELA. - afirmou no mesmo tom.
– Droga Gisty! Você quer que eu seja humilhada publicamente? O Seiya e a Saori vão anunciar o noivado deles para todos e eu lá batendo palma? Não mesmo!
– Ah eles estão noivos? Culpa sua. Agora eu quero exatamente o que você falou.Shina se surpreendeu com a afirmação da amiga e ela continuou - A Shina que eu conheço não se preocupa com a opinião dos outros. Você ta com medinho do julgamento alheio? De pensarem que você foi traída e trocada?
– Eu não estou preocupada com o julgamento alheio e sim com a minha dor. Até porque ninguém sabe o que realmente aconteceu.
– MENTIRA. - e abaixou o tom de voz - Sabe por que estou insistindo? Porque eu quero ver você enfrentar essa citação assim com você já enfrentou outras: com coragem e determinação. - e ordeno - Agora você vai se arrumar lindamente, vai levantar a cabeça, chegar à festa mostrando que você é superior a qualquer coisa e vai arrasar, deixando todo o mundo de queixo aberto. Incluindo o Seiya, ok? E se seu coração for esmagado, você vai continuar firme como se nada estivesse acontecendo. E não e só por causa dos outros, mas de você mesmo. Fugir não é sua característica da Shina de Cobra.
A amazona sentou na cama e deu um suspiro alto e longo e começou a analisa as palavras da amiga. Apesar da dureza, ela estava certa. Era preciso enfrentar tudo, mesmo com dor. No final, ela estará mais forte do que nunca.
– Venha, vou ajudar você a se arrumar e ficar linda.
– Tá bom. – então ela reparou no anel e na pulseira que Gisty estava no braço, era em formato de rosário (semelhante a que Shaka usava) – Que pulseira é está?
– Ah! Foi presente do Shiva. – falou olhando para seu braço direito – Você não vai acreditar: eu aceitei me casar com ele. – revelou sorrindo.
– Sério? Isso é surpreendente logo você que não achava necessidade oficializar a relação de vocês.
– Dessa vez, não tinha como negar. Ele fez uma surpresa tão linda. Depois te conto os detalhes. Agora, para de enrolar e vem se arrumar. (1)

Ao fim, Shina se olhou no espelho e estava com um vestido justo, que imitava um conjunto, roxo em cima e preto em baixo (2). Salto alto e com uma maquiagem leve, mas que a deixou muito bonita.
– Será que não estou exagerada demais?
– Você esta linda, amiga. Pronta para arrasar.

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No tempo em que Gisty estava na casa de Shina, Shiva estava na festa conversando com o amigo Ágora (3) e contando a novidade:
– Como você conseguiu essa proeza? Afinal ela negou seus pedidos tantas vezes.
– Talvez por nunca desistir de pedir e também, dessa vez, preparei uma surpresa. Acredito que por isso, ela não conseguiu negar.
– Entendi, usou uma boa estratégia, certo? Parabéns, amigo! O mestre Shaka também ficara feliz.

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Quando as amazonas chegaram à festa, Shina observou tudo em sua volta: as tendas, a iluminação, as pessoas sentadas nas mesas ou em pé, bebendo, comendo e conversando alegremente. Ela também observou a pista de dança com piso quadriculado em branco e preto, pilastras de aço e iluminações coloridas (4), onde estava lotada de pessoas dançando animadamente, além do palco principal e do secundário, ao qual estava Shion e Atena sentados. O patriarca vestia uma calça social preta e um blusão preto de listras brancas de botos. Já a deusa estava diferente, com um vestido curto, de renda, verde claro. (5)
– Tenho que ser forte! - pensou Shina.
Então Algol se aproximou das amazonas.
– Oi Shina, oi Gisty! Pensei que você não viria, mas valeu a pena esperar, você está linda!
Gisty sorriu alto, deixou os dois sozinhos e foi ao encontro de Shiva.
– Vamos beber alguma coisa. – pediu Shina.

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Uma das tendas, sentado numa mesa Camus e Milo conversavam. O escorpiano não parava de reclamar de sua irmã, que dançava próximo a ele.
– Essa garota está se amostrando demais. Não basta ter vindo com aquela roupa, tem que ficar dançando também?
– Milo, você é muito chato! Não sei aonde você está vendo problema. Deixe Cléia em paz, ela não está fazendo nada de errado, apenas se divertindo.
– Eu me preocupo com minha irmã, ela é uma moça muito bonita e por isso chama atenção. E ainda por cima fica grudada, para cima e para baixo, no Kiki. Mas não adianta eu brigar que ela não para.
Camus balançou a cabeça negativamente e bebeu um longo gole de sua bebida. Nisso Cléia se aproximou e sentou á mesa para descansar um pouco.
– Sossega um pouco, garota! – mandou Milo – Parece que está ligada a 220 volts.
– Adelfós (6), eu já disse: essa noite, eu vou me acabar de dançar.
– Ok, mas será que você pode largar seu amiguinho um pouco?
A aprendiz olhou para Camus revirando os olhos. Nesse momento Kiki se aproximou da mesa e Milo logo disparou:
– Não sei por você fica tão grudado na minha irmã?
Kiki sorriu com a pergunta e falou ironicamente:
– Porque somos amigos?
– Isso mesmo, Milo. SOMOS AMIGOS e eu não vou deixar de ficar perto dele por conta de sua implicância. – levantou da cadeira – Amo essa música que acabou de começar! Vamos dançar, Kiki? – antes de sair olhou para Camus – Faz um favor para mim, mestre Camus: da um jeito em seu amigo?
– Pode deixar, minha querida. Vai se divertir.
Cléia puxou Kiki pelo braço e foi para pista de dança.
– Você mima demais essa garota! Duvido que se fossem seus outros discípulos você daria tanta regalia.
Camus deu um sorriso irônico e respondeu:
– Não estamos em um treino e sim numa festa. E se você não parar de reclamar, vou te deixar sozinho nessa mesa.

Na pista Kiki e Cléia começaram a dança e rir do ciúme de Milo.
– Seu irmão nunca vai mudar de ideia sobre nossa amizade?
– Pelo jeito: não. Ele é cabeçudo mesmo e ainda tem um agravante: ele é muito machista e safado para entender a amizade entre um homem e uma mulher. Ele só consegue enxergar segundas intenções nos nossos sentimentos.
– Isso é uma grande bobagem.
– Também acho, mas fazer o quê? Ele implicou não apenas com você, mas até com minha roupa. - contou apontando para seu tronco - Você ver algo provocante?
– Não. - afirmou o aprendiz olhando o conjunto de saia de malha com espanta floral e em blusa branca de alça (7) - Você ta normal, até porque você nem gosta de "aparecer" muito. Sabe o que eu acredito? Você vai sofrer quando resolver namorar.
– Ih, Kiki, não tenho esses planos na minha vida.
– Nem eu, mas a vida é uma caixa de surpresa. Eu, nesses anos de Santuário, já vi muita gente afirmar que um guerreiro não foi feito para o amor e depois deixar essa teoria cair por terra.
– Bem, vamos deixar esse assunto pra depois e curtir essa festa?
Então eles continuaram dançando sobre o olhar reprovador de Milo, mas logo o escorpião esqueceu sua irmã, ele viu Shina e apenas se concentrou na amazona, apesar de não gostar da saber que ela estava sendo acompanhada de outro homem.
Shina estavam mais à frente, foi cumprimentar sua mestra e Algol estava junto. Barbela estava na companhia de Aiolos e Shura. O capricorniano admirou a Amazona de Cobrar e fez questão que ela soubesse isso, a elogiando abertamente ao grupo:
– Você está tão bonita que iluminou este lugar com sua presença.
Shina, apesar de não gostar de elogios desse tipo, não pode deixar de sentiu uma leve vergonha, não habitual de sua personalidade, porém fez o possível para na transparecer isso e apenas agradeceu junto de um sorriso sutil. Quem não gostou nada foi Algol que franziu o seno.

Neste momento, a música parou de tocar e ecoou, através do microfone, a voz de Saori.
– Desculpe interromper a musica, porém gostaria da atenção de todos para um comunicado especial. - todos olharam para o palco principal e viram Atena junto a Seiya - Como eu procuro manter minha vida sempre as claras, com todos os presentes, moradores do Santuário e Rodório, quero que saibam que eu e o Seiya - deu uma pausa e olhou para Seiya - Estamos juntos e noivos, pretendemos nos casar em breve. Espero que nossa alegria sejam de vocês também.
O silencio se fez presente e logo surgiram burburinhos deixando os dois apreensivos.
Algol não pode deixar de olhar para Shina que por impulso, para fugir de qualquer questionamento e lembrando das palavras de Gisty, começou a aplaudir contagiando todos, assim houve uma serie de palmas e Saori e Seiya sorriram, agradeceram e desceram do palco.
Depois do comunicado, a música recomeçou convidando as pessoas para dançarem novamente e a festa prosseguiu,
Shion e Dohko foram ao encontro do casal, na lateral do palco.
– Fico muito feliz com a decisão de vocês. Desejo muitas felicidades!
– Obrigado Dohko. Sei que sua felicitação é sincera, mas pelo silêncio que pairou depois da notícia, acredito que muita gente não deve desejar o mesmo.
– Não creio nisso, Seiya. Realmente a noticia causou um susto, até porque foi de repente. Mas logo isso passa. E se não passar, ignorem tudo, sigam a vida e o sonho de vocês, até porque já esperaram muito por isso.
– Concordo com tudo que o Dohko falou. - afirmou Shion - Sei que Saori gostaria que todos se agradassem com sua vitória, porém também é necessário pensar um pouco em vocês também.
– Obrigada pelas palavras! – disse Saori – É dessa forma que pretendo seguir a parti de hoje: nunca esquecer das pessoas que estão em meu redor, até porque amo especialmente cada uma, mas vou pensar na minha felicidade também. Afinal, viver é um grande milagre e eu quero usufruir dele de corpo e alma.
– Amanhã vou oferecer um jantar especial em comemoração ao noivado de vocês.
– Obrigada.
Shion e Dohko se retiraram da festa discretamente e se recolheram cada um em seus aposentos, no Santuário. Saori e Seiya foram dançar alegremente, pensado apenas em serem felizes.

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Barbela trazia no peito uma preocupação com a pupila, pois pelo que ficou sabendo, imaginou que ela deveria está se esforçando muito para não parecer abalada e estava indo bem, mas, com certeza, seu coração deveria está ferido. Já Algol encaravam Shina com um olhar questionador, porém tinha consciência que não deveria fazer nenhuma pergunta, pelo menos naquele momento.
Aiolia e Shura se distanciaram com a desculpa de buscar mais bebida.
– Sinceramente, estou um pouco surpreso com essa notícia.
– Eu também, Aiolos. Estou pensando na reação da Shina, ela parece está bem. Mas me pergunto: será que ela está bem mesmo? Ela e o Seiya acabaram de se separar e todos sabem o quando ela o amava.
– Pelo jeito eles se separaram amigavelmente e ela deve está seguindo a vida normalmente.
Todavia a preocupação com Shina também vinha de Gisty, Rubi, Marin e Aiolia. A Amazona de Serpente, de longe, observava a amiga e estava satisfeita com sua atitude. Rubi preferia falar com a amiga depois, apenas rezava para ela ficasse bem. Já Marin e Aiolia, depois de cumprimentarem Saori e Seiya, se aproximaram de Shina. Shura e Aiolos retornaram ao grupo e todos começaram a conversar animadamente.
Com tudo, Shina não se sentia confortável, na sua mente, todos a observavam em busca de alguma reação, o que era uma verdade. Para fugir ela falou:
– Vou dançar um pouco, quem quer ir comigo?
– Eu vou com você. - afirmou Algol.

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A notícia realmente provocou opiniões diversas, uns estavam felizes por eles, uns acreditavam que não era correto uma deusa se envolver, dessa maneira, com um cavaleiro inferior, alguns ficaram em dúvida, outros não deram muita importância para a notícia. Mas, em particular, uma pessoa se revoltou fortemente, Jabu de Unicórnio. Ele já tinha ouvido comentário ao longo do dia sobre os dois, mas não levou fé. Na verdade ele não queria acreditar que sua amada deusa realmente estava com Seiya. Porém, depois de ouvir da boca de sua amada aquela noticia, ele não poderia mais duvidar.
Sua revolta se misturava a uma profunda tristeza. As palavras dela ecoavam em sua mente: "Estamos juntos e noivos." Ele se dirigiu a uma tenda de bebidas e pediu uma tequila para tentar engolir aquela história junto da bebida.
Nashi foi atrás do amigo e o encontro debruçado no pequeno balcão da tenta.
– Jabu. – chamou o amigo com um olhar preocupado.
O Cavaleiro de Unicórnio apenas olhou para o Cavaleiro de Lobo.
– Você sempre soube que nunca ficaria com ela, até porque ela mesmo já afirmou que não te amava. Então tenha força e não se abata.
Jabu respirou fundo, bebeu mais um copo de tequila e afirmou:
– Deixe-me sozinho, não quero ouvir nada.
Nashi balançou a cabeça negativamente e deixou Jabu.
No lado de fora da tenda encontrou Ban e sua esposa (uma grega moradora do Rodório), o cavaleiro envolvia a cintura da mulher com um dos braços.
– Então, ele tá mal, né?
– Porque é um cabeça dura, Ban. Ele não quer nem conversar.
– Sendo assim, vamos deixá-lo em paz. Assim, quem sabe, ele consegue pensar um pouco.
– O problema, Júlia, é que ele ta bebendo muito e tenho receio dele provocar alguma confusão.
– Sei. Então o jeito é ficarmos de olho nele. – afirmou Ban.

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Na pista de dança Shina e Algol dançavam, porém ela percebeu que Milo estava parado na lateral da pista e a olhava intensamente. Ele não queria esta aquela forma, fixado na amazona, mas era mais forte do que ele, afinal ela estava linda aquela noite, assim como na noite do aniversário de Atena, quando ele reparou em sua beleza pela primeira vez. Camus, como de costume, o advertiu para não se comportar assim, mas acabou o deixando sozinho, pois viu que Milo não o escutaria, como sempre.
“- Aiii. Puxa pensei que isso tivesse acabado!” – pensou a amazona.
Algol percebeu que a amiga se sentia incomodado com algo e perguntou:
– O que houve?
No entanto, depois da pergunta, ele percebeu o que estava acontecendo e encarou Milo que não desvie o olhar nenhum momento mantendo o mesmo sorriso safado.
– Esse cara não vale nada! Que ousadia ficar te olhando dessa forma, estando acompanhada de mim! Quem ele pensa que é?
– Vou saída daqui. - comunicou saindo da pista e indo ao encontro de sua amiga Gisty que estava sentado junto ao namorado. Algol foi atrás e quando se aproximou da amazonas disse:
– Você não deveria se preocupar tanto com aquele cara.
– Faz um favor para mim? – pediu tentando mudar de assunto – Compra uma torta na tenda de doces, pode ser qualquer sabor. Preciso adoçar minha boca.
Gisty ficou observando os dois e tendendo entender que estava acontecendo, quando ele saiu perguntou:
– O que houve?
– Aquele cafone (8), ficou me encarando descaradamente. Que raiva! – contou com um tom de voz baixo para que ninguém ouvisse.
Gisty apenas sorriso deixando Shina irritada.
– Por que esse sorriso debochado?
– Porque eu consegui o que queria: ver os homens babando por você. Olha que não são somente Algol, Shura e Milo. Se você reparar, você recebe olhares onde você passa. Até o Shiva te elogiou.
Shina bufou cruzando os braços. E nessa hora apareceu um rapaz trazendo um copo de vinho tinto e oferecendo a Amazona de Cobra que estranhou e na mesma hora questionou rispidamente:
– O que é isso?
O rapaz se retrair assustado, mas Gisty tomou à frente em defesa dele.
– Calma amiga. Alguém mandou você entregar esse copo a ela?
– S...sim, foi o senhor que está mais adiante. – e apontou para Shura que onde estava sorriu e levantou o seu copo de vinho montando a Shina e bebendo um gole depois.
Shina pensou rapidamente qual motivo que levou o Cavaleiro de Capricórnio a fazer aquilo, pensou em negar, porém seria indelicadeza fazer isso com ele. Se fosse outra pessoa, a amazona não pensaria duas vezes em jogar o conteúdo do copo um sua face, mas com ele, um cavaleiro o qual ela respeitava tanto, não poderia ter essa atitude, então resolveu aceitar a bebida e repetiu o jeito de Shura, levantou o seu copo em direção dele e bebendo depois.
O rapaz foi embora e antes que Gisty falasse qualquer coisa outra pessoa apareceu na frente das amigas: Milo.
– Por que você saiu da pista? Você estava linda dançando. Dança comigo? – pediu se aproximando mais da amazona.
Aquela citação foi surreal para Shina. Por um momento ela achou que estava imaginando coisa, mas quando sentiu a mão de Milo tocar sua cintura, na mesma hora ela reagiu empurrando o cavaleiro.
– Você ta louco? – gritou – Desde quando eu lhe dei confiança para isso? Se afaste de mim, do contrario jogo esse vinho na sua fussa, cafone. – ameaçou apontando o dedo indicador no rosto de Milo que continuou com o mesmo sorriso safado.
Gisty também ficou pasma com o que presenciou, por isso ficou alerta, pois sabia que Shina, a qualquer momento, podia atacar Milo. Shiva também ficou alerta. Nesse momento, Algol voltou trazendo um parto com a torta que a amiga pediu, presenciou o impasse entre Shina e Escorpião e perguntou:
– O que está acontecendo?
Shina olhou Algol e ele ficou assustado, pois seus olhos pareciam que fulminaria qualquer um, mas ele continuou a questionar:
– O que você veio fazer aqui, cara? Você teve a cara de pau de vim atrás da Shina. Não percebe que você a incomoda? Deixe-a em paz.
– Quem é você para me mandar fazer alguma coisa? – perguntou Milo mantendo o mesmo sorriso.
– Sou o amigo dela e não vou deixar você atormenta-la ainda mais. Entendeu?
As pessoas em volta já estavam olhando para eles e Shina sabia que essa discursa não acabar bem e, mesmo com muita raiva de Milo, ela não queria ser responsável por um embate entre os dois. Além de não querer seu nome envolvido nessa confusão.
– Pare Algol. Não perca o seu tempo com esse cara. Eu não quero que você brigue com ele por minha causa. Eu não preciso que você me defenda.
– Eu sei que não precisa, mas não vou deixar que ele fique te atazanando.
– Não sei o motivo de você prefere ficar com esse ai, ao em vez de ter minha companhia que é muito mais agradável.
O Cavaleiro de Medusa partiu em direção a Milo, mas Shina se pôs á frente impedindo um confronto maior. Gisty e Shiva também se colocaram em volta dos dois cavaleiros tentando contornar a citação. Shina que já estava a ponto de enforcar os dois por causa da confusão que estavam apontando, resolveu ir embora da festa. Começou a caminhar em direção ao Santuário pensando: “Se eles querem se matar, se matem. Eu vou para minha casa de onde não deveria ter saído, esta noite.”
Quando Shina estava próxima a Vila das Amazonas ela sentiu que estava sendo seguida, virou para trás e falou alto:
– Quem está me seguindo, apareça agora.
Quando Shina estava próxima a Vila das Amazonas ela sentiu que estava sendo seguida, virou para trás e falou alto:
– Quem está me seguindo, apareça agora.
Então a pessoa se revelou e Shina não acreditou no que seus olhos viram, a raiva que ainda estava presente em suas veias fervilhou e ela esbravejou:
– Eu não acredito no que eu to vendo! O que você veio fazer atrás de mim, Cavaleiro de Escorpião?
– Calma, amazona. – falou com uma vos melodiosa que irritou mais Shina.
– NÃO TENHO CALMA. – gritou – Será que você não tem senso de ridículo? Eu não aguento mais você no meu pé. Eu estava feliz, esses dias, pois pensava que você tivesse me esquecido, mas então, hoje você resolveu se superar. Eu quero que você fique longe de mim e nunca mais me olhe desse jeito. Eu não sou igual a essas mulherzinhas que você ta acostumado a pegar. E saiba que eu estou até sendo legal com você, porque minha vontade e de enforcá-lo.
Milo escutou tudo apenas rindo das palavras da amazona que resolveu não dar mais confiança para ele, se virou e seguiu seu caminha bufando. Porém a surpresa dela foi ainda maior do que podia esperar. Milo não só continuou a seguir-la, como também, na velocidade de um Cavaleiro de Ouro, se aproximou e a agarrou, suas mãos apertaram o corpo de Shina contra o dele e então ele a beijou intensamente. O susto foi tanto que a guerreira demorou a tomar uma atitude, mas logo que se deu conta do que estava acontecendo se debateu nos braços de Milo.
– Me solta seu miserável, cafajeste, safado. – ela gritou enquanto o socava, mas Milo continuou com os braços embasados no corpo dela.
– Xinga mais, você não sabe como isso me deixa louco, eu quero você amazona.
As palavras de Milo conseguiram dar uma forma maior para Shina, que conseguiu sair dos braços dele e ainda o arranhou profundamente no rosto. O guerreiro pôs a mão em sua face direita e percebeu que estava ferido. Ele olhou para ela assustado, pois, realmente não esperava aquela reação.
– VOCÊ NÃO VALE NADA!!!! DA PRÓXIMA VEZ QUE TOCAR EM MIM, EU TE MATO. NEM QUE SEJA A ÚLTIMA COISA QUE EU FAÇA NA VIDA.
Milo ficou chocado olhando a amazona se distanciar dele e logo depois seguiu lentamente para sua casa. Ele não conseguiu acreditar que foi rejeitado daquela forma. Toda mulher, que havia estado nos braços dele e sentido seu beijo, nunca o rejeitou. Shina foi à primeira. “Logo ela!” pensou. Mas ele não iria desistir, já mais.
Já a amazona, chegou a sua casa, deitou na cama e chorou compulsivamente. O ódio dela era tão grande que mataria um exercito inteiro. Ela xingou Milo até não poder mais. O dia terminou pior do que imaginava.
– Como ele teve a audácia de me agarra? Eu acabo com ele da próxima vez.