Éric! Nem imagino Éric como meu aliado! Também não posso matar ele, o que eu faço?

Ninguém avista Éric na praça, é quando Morey Grita:

– Quem é aquele menino ali em cima do telhado? O que é aquilo na mão dele?

– Acho que é uma... – fala Luxy mais o prefeito a interrompe

– FACA!

– Eu não vou ser mais uma peça no jogo deles! – grita Éric lá de cima do telhado do edifício de justiça.

Já era! Éric se matou em cima do telhado, quantas coisas acontecem em uma colheita! Hendery – o prefeito – começa a chorar Elisabeth – sua Esposa – também!

Ando até o lado de Hendery e sussurro:

– Ele era jovem, não merecia morrer fazendo o que ele não queria!

– Você tem que ganhar isso ouviu?

– Sim!

– Por mim! E por Éric!

– Pelo Distrito 4 !

Quando me dou conta estamos gritando e todos estão ouvindo, agora sim eles batem palmas, e tenho certeza que são para o Snow se tocar de que pessoas morrem por causa disso! Enfim me esqueço completamente das câmeras e começo a chorar sem me importar de que mais tarde na reprise os carreiristas do 1, e do 2 estejam vendo isso , eles também são todos babacas!

Os Pacificadores alertam para Luxy de que o presidente Snow nos deu 10 minutos de repouso, como eu me voluntariei eles nem ficam a minha volta, vou direto ao encontro com minha mãe, mas ela está de fora da barreira de pacificadores que nos impede de fugir do local, então procuro Finnick, porque sei que Annie está na enfermaria, ao chegar do lado dele, ele me abraça e diz:

– Não acredito que você fez aquilo! – diz Finnick Assustado.

– Acredite! Eu consigo vencer isso!

– Vou torcer por você!

– Tomará! – Estava aparentemente bem por fora, mais por dentro estava nervosa, não conseguirá falar com minha mãe e nem sabia se iria reencontrar ela outra vez.

Os 10 Minutos passam tão devagar que já estou achando que de 109 minutos foram pra 1 hora, não me permitiram de ficar ao lado de Finnick me colocaram em uma cadeira lá em cima do palco, onde todos olham pra mim com cara de pena! – não quero que sintam pena de mim! Não quero que sintam dó! Quero que fiquem todos alegres, pelo menos nosso distrito não perdeu ninguém! Será que quando eu me for, se Lembrarão de mim?

Hoje o dia está longo – penso – Vou fazer com que se lembrem de mim! Levanto vou até o microfone, dou uma batida em sua ponta, faz um barulho infernal, as câmeras que antes estavam desligadas, apontam para mim, então começo a falar:

– Quero ser Lembrada por coisas boas! Não quero ser lembrada porque me voluntariei no lugar de Annie, não quero ser lembrada porque sou sobrinha do Stanley, e também não quero ser lembrada por auxiliar o prefeito, quero ser lembrada por coisas que eu fiz, e não coisas que eu deixei de fazer!

Todos batem palmas, olho para Finnick ele me dá um meio sorriso, olho para Annie que está saindo da enfermaria com uma mascara de ar em sua boca e ela olha pra mim com olhos de pena, olho para Luxy e ela deixou de olhar pra mim como uma pirralha do Distrito 4 e começou a olhar pra mim como uma vencedora da 65ª edição dos Jogos Vorazes.

De repente na telona em frente ao Edifício de Justiça a cara do Snow aparece, é um vídeo chato com explicação dos Dias Escuros, achei que eles não iam passar esse vídeo, achei que tinham esquecido, mais usaram essa brecha pra passar, o vídeo acaba e Luxy sobe ao palco novamente, Morey também sobe mais acaba caindo do palco e em instantes levado por 2 pacificadores pra enfermaria , fico meio impressionada com as coisas estranhas que acontecem no Distrito 4 em dia de colheita , fico impressionada ! Tanto que até tenho vontade de cantar uma música que aprendi com tio Stanley que falava sobre os Dias Escuros, mais estou com preguiça de chamar a atenção.

– Bom! – Ela limpa a garganta – agora que já nos acalmamos podemos sortear o nome do tributo masculino não é?

Todo mundo faz um alvoroço, muitas pessoas gritando , berrando, chorando e até deitando e rolando no chão até que Murey sai da enfermaria levanta um revolver e atira 3 vezes pro céu , depois volta para dentro da enfermaria sem dizer uma palavra.

– Ele tem licenciamento praquilo? – Pergunta o prefeito.

– Creio que não! – respondo.

– Vamos continuar! – Diz Luxy, mas agora gritando! - Obrigado!

– Vai rápido antes que aconteça alguma coisa – Digo.

Ela caminha até a urna e pega um papel, abre bem na frente do microfone e diz.

– Finnick Odair.

A minha vida é literalmente uma Droga!