Insignificantemente, você escrita por Amanda


Capítulo 17
Capítulo dezesseis




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Harry olhava para Hermione com curiosidade, enquanto Ronald de braços cruzados encarava friamente a amiga ainda sentada sobre o carpete felpudo. A garota percebeu o olhar irado do ruivo e resolveu brincar um pouco mais, seu dia estava ótimo até então, não seria o mau humor do amigo que estragaria. Sorriu ainda mais, quase soltando uma gargalhada.

—Não estou entendendo a graça, Hermione! —Rony batia o pé no piso. — Os comensais atacaram Hogsmeade, e você aí, rindo sem motivo! Ou melhor, qual o motivo? Saiu com o Nott, de novo?

Harry observava os dois.

—Não Ronald, eu não estava com o Nott, não se preocupe. —Levantou-se.

—Estava com quem dessa vez? Victor Krum voltou para Londres? —Falou quase aos gritos. —Porque pelo que sei você adora esse tipo de gente!

—Que tipo? O que você não gosta? —Hermione mantinha a voz tranquila, porém, agressiva. —Sinto muito se você não aprova, mas são meus amigos!

Ronald bufou, colocando as mãos na boca. Riu com escárnio antes de falar uma ultima vez:

—Enquanto você aproveita a tarde com seus novos amigos, George quase foi morto em Hogsmeade, pelos amigos de seu namoradinho comensal! —Saiu, batendo a porta.

Hermione parou, tirando toda a felicidade de seu rosto. Atordoada olhou fixo para Harry e jogou a bolsa nos ombros, saindo em disparada pela rua. Passou pelo ruivo, que provavelmente ainda esperava Harry e aparatou.

No St. Mungus foi direto para o balcão de informações.

—George Weasley! —Gritou no rosto da atendente. Desculpou-se baixinho e esperou a informação.

—Quarto 221B! Por ali, senhora...

Deixou a moça de roupa clara falando sozinha, apenas seguiu seus instintos e correu pelos corredores. Assim como sofreu na morte de Fred, sofreria se algo acontecesse a George. Os gêmeos eram seus amigos também, e apegara-se ao humor dos rapazes nas festividades na Toca.

Ainda acelerada, bateu a porta na parede ao entrar no quarto. Gina estava sentada ao lado do ruivo, enquanto Gui observava o irmão aos pés da cama. Olharam-na assustados.

—Como ele está? —Perguntou, soltando a bolsa e aproximando-se do amigo desacordado.

—Bem, de acordo com o medi bruxo foram apenas alguns arranhões, nada preocupante! —Gina respondeu sorridente.

—E como Molly está?

Gui suspirou.

—Fleur está com ela. Está nervosa, não suportaria perder mais um filho. —Passou as mãos pelo rosto. —Se importa de ficar com ele? Preciso ir buscar algumas mudas de roupa e ver como todos estão.

—Claro que sim, podem ir!

Gina assentiu, e levantou-se, com a barriga saliente. Os irmãos despediram-se e fecharam a porta, deixando apenas Hermione e George no quarto pequeno. A garota pegou a mão do ruivo, corando ao perceber a mudança de respiração. Sorriu. Com a mão livre, passou os dedos pelo cabelo do rapaz, afastando os fios ruivos da testa suada.

—Hey, estou aqui com você. E juro por Mérlin, que não vou sair daqui por nada! —Sussurrou ao ruivo adormecido. —Sabe? Acho que depois que você acordar vou aceitar aquela cerveja amanteigada.

Deixou que uma tola lágrima rolasse solitária.

—Vou me lembrar disso, Granger! —O ruivo respondeu tão baixo que pareceu um resmungo.

Hermione sorriu.

—Depois que eu acordar conversamos sobre isso! —George relaxou a cabeça e adormeceu novamente, deixando uma Hermione sorridente e mais tranquila.

—Qual é Granger, seu namoradinho é o outro Weasley? —A garota se virou rapidamente, encontrando Draco encarando-a, com os braços cruzados, escorado no batente da porta.

Levantou-se, limpando a lágrima do rosto e cruzando os braços contra o peito.

—Não é o momento certo para isso! —Respondeu.

—E qual seria o momento certo?

—Talvez um que o meu amigo não esteja inconsciente na cama de um hospital! —Rebateu ainda mais firme.

—Amigo! —Repetiu suspirando. —Quando vai me contar quem é o outro?

Hermione riu.

—Quando me levar para tomar café!

Draco sorriu.

—Meu intervalo é daqui quinze minutos! —Levantou a sobrancelha. —O que acha?

Hermione negou. —Foi retórico! Não vou sair daqui até que ele esteja bem. Sinto muito, Draco.

O Sonserino deixou a frustração debaixo da expressão de indiferença, assentiu e soltou a prancheta sobre a cômoda, saindo imediatamente do quarto. Hermione permaneceu ao lado o ruivo, por horas. Viu Rony e Harry entrarem no quarto e saírem, assim como outros membros da família Weasley. Estava sentada, ao lado do ruivo, com um livro aberto na sua frente e coberta por uma fina manta. O relógio já marcava três horas da manhã.

—Hermione, vá para casa descansar, qualquer coisa, prometo que lhe avisamos! —Gui pediu, colocando uma das grandes mãos nos ombro da garota.

—Certo, só vou pegar um café! —Sorriu uma última vez para o rapaz e saiu do quarto.

As luzes fortes do corredor cegaram sua visão, pelo o menos, até que se acostumasse com a luminosidade exagerada. Seguiu a extensão deserta até a cantina, igualmente vazia. Sobre o balcão, deixou alguns nuques e da mão da fútil garçonete, pegou o copo de café fumegante. Sentou-se em uma das mesas espalhadas e bebericou o líquido fumegante. Coçou os olhos, apoiando a cabeça nos cotovelos apoiados na mesa. Suspirou.

—Preferiu beber café sozinha a minha companhia, sou tão ruim assim? —Draco aproximou-se, sentando-se de frente para Hermione.

A garota levantou o rosto.

—Não é você, apenas resolvi beber algo antes de voltar para casa! —Soltou um longo bocejo, cobrindo os lábios abertos pela delicada mão.

Draco assentiu, sem jeito.

—Seu amigo vai ficar bem, só está desacordado por causa das poções que dei a ele! —Disse baixo, observando as ondulações do líquido quente. —Daqui algumas horas ele deve acordar.

Hermione abriu um sorriso largo, mas rápido, passageiro.

—Obrigada. —Abaixou o rosto, cobrindo a vermelhidão de suas bochechas.

Draco percebeu a timidez da garota, sorrindo, começou a falar:

—Sobre o...

Antes que o rapaz pudesse dizer qualquer coisa, uma voz fina ecoou pelo lugar.

“Doutor Malfoy, por favor, compareça a emergência. Doutor Malfoy, compareça a emergência.”

O rapaz levantou-se.

—O café fica para mais tarde! —Sorriu para a garota.

Alguns passos para chegar à porta, Draco parou, ouvindo Hermione aproximar-se.

—Vou com você, quero avisar o Harry que vou para casa!

Juntos, em passos rápidos, chegaram a emergência, onde Hermione parou para conversar com os amigos.

—Vou para casa, descansar. Me avisem qualquer coisa sobre ele! —Pediu abraçando Harry, estático.

—Hermione, você viu quem... Bem, se feriu? —Harry apontou para uma maca, a qual Draco examinava o paciente.

A garota deu alguns passos até o loiro, assustada e preocupada. Sua visão falhou e a respiração acelerou rapidamente.

—Nott! —O grito pareceu explodir de sua garganta.


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Notas finais do capítulo

Olá, obrigada pelos comentários. Até logo