Insignificantemente, você escrita por Amanda


Capítulo 18
Capítulo dezessete




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Hermione gritara com todo o ar de seus pulmões. Ainda perplexa com o rapaz desacordado não percebeu o olhar que as pessoas a sua volta lhe lançaram. Os Weasley surpresos com a preocupação da garota, Harry caminhando até a amiga, enquanto Ronald olhava tudo com certo desconforto. Draco foi o único que se virou lentamente, com os olhos repletos de magoa e ira, nas mãos o sangue do rapaz ferido. As pernas de Hermione falharam por um momento, se não fosse Rony ao seu lado, teria desabado. Abraçou o ruivo, enfiando o rosto na curva do pescoço, procurando um pouco de consolo no abraço do amigo. Draco murmurou algo e junto de outros curandeiros, empurrou a maca para dentro de um corredor, dando uma última olhada em Hermione, arrasada.

Harry cochichara algo para o ruivo, imediatamente Rony passou os braços pelo ombro de Hermione, caminhando, levando-a para fora dali. Assim que saíram do hospital, o rapaz aparatou, levando-a junto na embarcação de enjoo momentâneo. A garota procurou pelas chaves na bolsa, mas desistiu, apenas apontando a varinha e murmurando “alohomora”. Entrou, quase se arrastando, seguiu para a cozinha, enquanto o ruivo fechava a porta.

Rony aproximou-se da amiga que tentava servir um copo de água, sem sucesso, sua mão trêmula não permitia. Ajudou-a, firmando sua mão sobre a da garota, servindo o líquido.

Assentiu em agradecimento, esvaziando lentamente seu copo.

—Hermione, você não pode ficar assim... —Foi calado pelo gesto que a garota fez com a mão, pedindo silêncio.

—Eu vou ficar bem, vou dormir um pouco. —Falou baixo, mexendo nas têmporas. —Fique a vontade!

Desceu do banco, enchendo mais um copo com água.

—Vou voltar para ver como George está, vou avisar qualquer coisa... Vou ver como Nott está também... —Fechou o punho, não acreditando que faria aquilo. Suspirou derrotado. Gentilmente, deixou um beijo na testa de Hermione. —Se cuide!

E então, foi embora, deixando-a sozinha, fragilizada.

Hermione então pegou um comprimido trouxa, o qual não fazia apologia, mas sempre tinha em casa. Engoliu-o com um grande gole de água. Deitou-se na cama, por cima dos cobertores, e adormeceu.

O som constante de bicadas no vidro grosso da janela, lhe acordou. Girou na cama, sentindo sua cabeça girar. Ainda sonolenta, jogou os pés pesados ainda calçados com a bota para fora da cama, sentou-se, sentiu o quarto girar. Caminhou até a janela, trôpega, e levantou-a, abrindo para a coruja entrar. A ave pousou no parapeito, balançando a cabeça penosa, entregando o pequeno pergaminho enrolado. Acariciou as penas lisas e desenrolou o papel.

George acordou, ele está bem, perguntou por você e falou algo sobre cerveja amanteigada... Faz sentido para você? Harry não conseguiu muitas informações sobre Nott, mas sei que ele está melhorando, de acordo com uma curandeira ele bateu a cabeça com muita força. Acho que logo acorda!

–Ronald W.”

Suspirou aliviada pelos dois amigos.

Dormira demais, já passava das três horas da tarde. Dormira desde a madrugada e seu estomago antes revirado, agora roncava, faminto. Jogou os sapatos e roupas sujas no cesto de vime preto, soltou o cabelo volumoso e jogou-se em baixo da água quente do chuveiro. Após vestir-se, correu para a cozinha, preparando um sanduíche rápido e simples. Apressada para sair, jogou uma maça tão vermelha quanto sangue dentro a bolsa, e, enquanto corria rua a fora mordia o sanduíche. Abanou para uma vizinha curiosa que limpava a trilha de pedras com a vassoura encharcada, antes de virar a esquina e aparatar.

No hospital seguiu direto para a sala de espera, que dava diretamente para o corredor dos quartos. Encontrou dois Weasley e Harry. Rony e Gui estavam sentados, conversando sobre algum time de Quadribol enquanto Harry descansava com a cabeça jogada para trás. Gui apenas lhe cumprimentou de longe, enquanto distanciava-se, dizendo que ia buscar algo para beber, perguntando a cada um o que gostariam. Rony levantou-se, fazendo um sinal duplo para o irmão, indicando Harry adormecido. Abraçou a garota.

—Como você está? —Analisava a expressão de Hermione, agora, nada cansada. As olheiras arroxeadas haviam sido substituídas por uma camada de pele clara e saudável. Parecia até mesmo mais corada, mas pensou que isso fosse coisa da sua cabeça, ou da luz.

Hermione sorriu. —Muito melhor, até passei da hora de acordar!

—A mesma Hermione de sempre! —Tocou o rosto da amiga, delicadamente, tirando uma mecha dos olhos castanhos. —Quer ver meu irmão?

Assentiu delicadamente, sendo guiada pelos ombros. Ao entrar no quarto, percebeu que o rapaz já estava mais corado do que nas últimas horas, o cabelo ruivo parecia ainda mais vermelho, e o sorriso brincalhão...

—Sei que está acordado, Weasley! —Falou alto, caminhando em direção ao ruivo que abrira os olhos, sentando-se. —Como está?

—Ficarei melhor depois de um abraço!

Hermione não negou, apenas jogou-se nos braços do rapaz. Abraçando-o com força o suficiente para fazê-lo reclamar. Desculpou-se, ajeitando o cabelo atrás da orelha. E por algum tempo conversaram, o rapaz lhe explicou o que acontecera.

“Estava saindo da Gemialidades Weasley e eles estavam atacando Hogsmeade, peguei minha varinha e senti uma pancada, mas não sei o que aconteceu... Acordei aqui com Rony falando aos berros com Harry e Gina.”

Era tudo do que o gêmeo lembrava. Nada mais e nada a menos, exatamente o acontecido. Foram interrompidos por uma curandeira, aparentemente, nova no trabalho. Parecia nervosa com o contato.

—Ela não é minha namorada, não se preocupe! —Disse para a garota que gaguejou constantemente ao pedir para que o ruivo tirasse a camisa para a troca de curativos. Atrás da garota, Hermione riu.

Enquanto a garota refazia os curativos, Hermione observava o rapaz sorridente. E então, não conseguiu controlar a curiosidade de vê-lo sem camisa. Correu os olhos capciosamente pelo peitoril do rapaz, e então constatou em voz alta.

—Se você levou uma pancada, por que tem ferimentos no peito? —Perguntou, aproximando-se da maca, onde teve uma visão melhor da extensão ferida. —Poderia me dar um minuto?

A garota extremamente corada assentiu e afastou-se, saindo do quarto. Hermione tirou o curativo do rapaz, fazendo-o reclamar com o puxão do esparadrapo grudado em sua pele. Com os dedos delicados, percorreu o trajeto de linhas em relevo que a cicatriz formava. Um “X” pulsante no peito do rapaz.

—O que isso significa? —Pensou alto.

George ainda acariciava o local de onde o curativo fora arrancado.

—Que você não é nada delicada e quer abusar das minhas condições! —Tinha no rosto o típico sorriso Weasley. Cheio de malicia e brincadeira.

—Muito engraçado! —Caminhou até a cômoda, onde os curativos haviam sido deixados. Apanhou o necessário e voltou até o ruivo. —Vou terminar isso, e acredite, não serei delicada!

—Não esperava o contrário!


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Notas finais do capítulo

Olá, espero que tenham gostado! Até