Hermione estava parada de frente a porta. Ver Rony ali na sua frente lhe dava uma sensação estranha e maravilhosa. Sabia que ele estava vivo, mas não estava nada bem,não estava com ela.

Tinha grandes e profundas olheiras e os cabelos bagunçados. O rosto mal tratado, roupas rasgadas e barba muito aparentes davam ao ruivo um ar muito tenebroso, como um partidário das trevas recém liberto de Azkaban. Os olhos estavam sem brilho e parecia louco, mas mesmo assim, Hermione não temeu em recebê-lo.

– Como você está, Rony? - falou docemente.

– Hermione, eu não tenho muito tempo - a voz saía como se estivesse presa - Podemos conversar?

– Claro que sim, Rony. Pode entrar.

– Hermione - Neville meteu-se - talvez esta não seja uma boa ideia.

– Claro que é, Neville - ela falou firme, mesmo que concordasse com o amigo de tantos anos - O Rony é meu marido. É lógico que irei conversar com ele.

– Hermione, me escute, por favor.

– Não Neville, não vou abandonar o Rony. Pode entrar, e obrigada pelo conselho Neville, mas não posso aceitar.

O ruivo adentrou na casa trouxa dos pais de Hermione deixando Neville extremamente cismado. Imediatamente o auror mandou patronos aos demais, avisando que Ronald estava na casa dos pais de Hermione, aparentemente, tentando conversar com ela. O tempo foi só de enviar os patronos e ouvir um grito estrangulado de Hermione.

"Rony, por favor... Não!"

Quando entrou na sala, não encontrou Rony, muito menos Hermione. Haviam aparatado. E ele não sabia para onde.

–--

– Rony – Hermione tentava conversar – Por que você está fazendo isto? O que estamos fazendo aqui?

– Hermione – era nítido o esforço que ele fazia para se concentrar e falar – Não me pergunte nada, não vou saber responder.

– Ron, meu amor - falou com todo o carinho - Você é mais forte que isto. Eu te amo tanto. Por favor, lute.

– Hermione, para de falar e me escuta. Eu preciso... matar você.

Hermione sentiu o peito gelar. Os olhos arregalados, a respiração acelerou. Aquilo só poderia ser um pesadelo do qual ela adoraria acordar o mais rapidamente possível.

Perdeu momentaneamente o ar. Não era possível que Rony estivesse falando aquilo. Não era possível que ele estivesse tão transtornado ao ponto de querer matá-la.

– Ron – os olhos estavam cheios de lágrimas – Por favor... Por quê?

– Porque ela mandou Hermione, e eu não consigo não fazer as coisas que ela manda. Eu tento, mas eu não consigo - ele estava transtornado - De uma forma ou de outra, eu sempre faço o que ela me manda.

– Rony – a voz era pastosa, porém firme – você consegue sim. Você é forte. O homem mais corajoso que conheço em vida. Por favor, Rony, tente. Você é mais forte que isto. Eu sei que você pode...

– CALA A BOCA, HERMIONE! - o grito assustou a moça que estava sentada no sofá da sala de sua antiga casa. A casa onde foi tão feliz com seu marido e estava fechada há quase dois meses, período onde discutiram e começaram a se mal tratar. Pressionou o corpo contra a poltrona, no simples impulso de tentar se proteger.

Ele tinha as mãos contra a cabeça. Andava rapidamente e de modo frenético de um lado para o outro na sala de estar. Tinha os olhos transtornados, a voz grosseira, os olhos estavam profundamente abatidos. Hermione sofreu. Aquela era, sem dúvidas, a dor mais forte que sentira.

Ver Rony naquela situação e não poder fazer nada a deixava triste. A dor machucava o peito, se espalhava pelo corpo... Pressionava a alma. Não sabia o que fazer, mas agora que ele aparecera, ela queria e faria o possível para mantê-lo perto de si.

– Ron – ela não conseguia mais conter as lágrimas. Tinha o rosto escondido atrás das mãos e soluçava freneticamente. Ver Hermione chorar estava deixando Rony ainda mais nervoso. Estava ficando ainda mais perturbado.

–--

– Precisamos descobrir onde eles estão? – Harry estava nervoso na casa dos pais de Hermione. Andava desesperado de um lado para o outro e se sentia de mãos atadas - Temos que agir rápido. Aquela louca pode tentar alguma coisa contra eles...

– Meu Deus, o que vão fazer com a minha filha? – a senhora Granger estava abraçada ao marido e chorava pesadamente sobre seu ombro. Estava temerosa. Sentia pela vida da filha, pelo neto. Pelo genro tão querido.

– Calma Leila. Vamos encontrá-la. Certamente o Rony não fará nada contra ela.

– Você não pode ter certeza, Harry – a mulher estava histérica – Minha filha está à mercê de uma pessoa que não consegue se controlar... Aquela louca que controla ele pode fazer qualquer coisa. Minha filha nem tem a varinha dela. Ficou aqui sobre o sofá.

Harry gostaria de contestar, mas infelizmente, nada poderia tirar a razão que a mulher tinha. Ela estava aflita e era perfeitamente compreensível. Por mais que ele quisesse acreditar que o amigo jamais faria algo contra Hermione, estava comprovado que ele estava sob magia e, desta forma, ele estava incontrolado.

– O que vamos fazer, Harry? Isso tudo é minha culpa. Não sirvo mesmo pra ser auror.

– Neville, por favor. Este não é o momento para lamentações. Precisamos de um plano, e urgente. A Hermione e o Rony podem estar correndo risco, como falou a Leila. E você é um ótimo auror. Sempre foi.

"O que aconteceu aqui hoje poderia ter sido com qualquer um de nós. Você agiu sábia e rapidamente e nos chamou. Isto é ser um bom auror. O trabalho em equipe é essencial."

– O que faremos então, Harry? Precisamos agir - Lewis perguntou.

– Precisamos nos dividir e procurá-los. Começaremos pelos locais mais prováveis. Carter, você e a Lewis podem ir a casa onde eles moravam. Eu e o Neville procuraremos no orfanato. Vou mandar patronos para o maior número de aurores que puder chamar.

– Harry, veja. É o patrono da Hermione... - Neville adiantou-se e abriu a porta para a imponente lontra prateada.

–--

– Então – a voz de Hermione era quase um sussurro – Por que ela quer que você me mate?

– Eu... eu... – ele balançava rapidamente a cabeça, negando – eu não sei, Hermione. Eu não sei.

– Rony, você está transtornado. Precisa se controlar. Precisa de ajuda. Posso te ajudar - Ela tentava se aproximar em vão. Ele se afastava a cada nova tentativa de contato.

– Não – ele ainda andava de uma lado para o outro com as mãos na cabeça – Eu tenho que te matar, mas eu não posso.

– E por que não pode, meu amor? - Hermione sentiu um aperto no peito. Precisava ganhar tempo e pensar em algo rápido.

– Porque eu te amo, Mione - respirou pesadamente - mas não consigo suportar. Isso dói. Dói demais. Dói aqui! – ele batia na cabeça e respirava forte – e dói aqui também – e apontou o coração. - Preciso te proteger.

"Não sei o que fazer. Preciso agir rápido. Preciso que você esteja segura, longe daquela mulher e longe... longe de mim. Quando estiver em segurança, sei que ficarei mais tranquilo."

– Rony, eu te amo tanto. Você é tão forte, tão corajoso, tão bom... Por favor, Rony, meu amor, luta contra essa mulher e não me peça para me afastar de você, porque eu não vou po...

– Eu não consigo, Mione - ele a interrompeu. Parecia lutar contra o tempo - Era pra eu ter te levado pra ela agora. Ela está me esperando em uma casa abandonada próximo daqui, mas... Eu não consegui aparatar lá. Não posso te entregar pra ela. Preciso te manter em segurança. Ela quer que eu te mate na frente dela e assim terá certeza que não fracassei. Eu não posso Mione, eu não posso...

– Ron – ela tentava andar até ele – Eu posso te ajudar, como sempre te ajudei...

– NÃO, MIONE! - Ele afastou-se dela novamente, desta vez com um grito – Não me toque. Ela vai saber onde você está. Não posso tocar em você. Ela viria pra cá. Ela te mataria. Ela fez algum tipo de magia em mim e sou algum tipo de chave de portal, não sei como funciona.

"Se você me tocar, ela vai saber onde estamos. Ela imaginava que eu iria lutar contra ela e não iria te entregar tão fácil... Me enfeitiçou pra que possa me achar assim que seja tocado por alguém."

– Rony, me escuta - falou sem sair de seu lugar entendendo a seriedade da situação - Eu posso te ajudar, o Harry também... Você está conseguindo conversar comigo... Você é mais forte que tudo isto... Você pode controlar e se livrar dessa maldição. Nosso amor é mais forte que qualquer magia e...

– Mione – ele arfava rapidamente. A respiração estava pesada. Muito cansada – Preciso que você me escute...

– Rony, me escuta você...

– Me escuta, por favor, me escuta e presta atenção - continuou nervoso sem lhe dar atenção - Está vendo esta varinha? Ela não é minha – ele mostrava a varinha na mão que tremia freneticamente – Ela me mandou roubar.

"Eu bati em um homem, nem sei quem ele é, mas ela mandou e eu fiz. Peguei a varinha e estuporei ele. Tenho feito às coisas mais horríveis com essa varinha, tudo o que sempre considerei errado, tenho maltratado pessoas indefesas... mas não torturei ou matei ninguém - ele negava com a cabeça agressivamente.

"Quando ela me mandava torturar alguém ou matar alguém, eu nunca conseguia. Eu sempre estuporava ou petrificava. Não conseguia e Merlin me ajudou e tem ajudado, penso em você e me controlo, mas tem ficado difícil... A cada dia mais difícil e eu acho que não aguento mais por muito tempo, e eu... eu tenho que te levar pra ela... Ela me obrigou a isto e está doendo, Hermione. Eu não quero te levar pra ela. Eu não posso te entregar pra ela, não posso..."

– Rony, eu...

– Eu quero que você pegue essa varinha – ele colocou a varinha em cima do sofá, perto de onde ela estava – Mande um patrono para o Harry dizendo onde você está. Ela me mandou matar o Harry também, e eu vou lutar, Mione, o quanto puder – lágrimas caiam dos olhos de ambos – mas eu não posso... Não muito mais... Não estou mais suportando...”

"E assim que o Harry chegar aqui, eu preciso que você fuja. Aparate para algum lugar distante...".

– Ron... Eu não posso aparatar sozinha... Eu...

– Então se esconde, Mione, se esconde de mim – Ele travava uma luta interna e era visível a dor que sentia a cada palavra dita – Não me deixa ver onde você está. Eu preciso que o Harry me estupore e me imobilize. Preciso que ele me pegue antes que eu consiga pegá-lo. Eu não quero, mas eu vou lutar contra ele, mesmo não querendo, eu vou lutar contra ele...

– Ron...

– Mione, por favor - ele estava ainda mais nervoso - Faz o que estou falando. Chama o Harry e foge de mim... - ele agora compartilhava os olhos vermelhos, banhados em grandes gotas de lágrimas que caiam doloridas - Preciso que você fique longe de mim.

– Ron, precisamos pegá-la...

– Mione – ele estava aflito – Por favor...

Ela levantou-se de seu assento, respirou profundamente tentando conter as lágrimas que insistiam em cair incontroláveis e a faziam pensar nas piores coisas, nas situações mais tristes, nos momentos mais difíceis.

Teve uma grande dificuldade ao criar o patrono. Nunca foi boa neste feitiço e não recordava se tinha motivos tão felizes no momento que a pudessem ajudar a criar um. Sorriu para si. Pensou em seu filho. O bebê que tinha sido tão esperado e desejado pelos dois e agora estava em seu ventre.

Pensou na alegria que sentiu ao descobrir que carregava um filho, que espera um filho do homem que sempre amou e, assim, a lontra saiu imponente da ponta da varinha, ela sussurrou breves palavras à imagem prateada e muito iluminada e depois, ela sumiu.

– Mione – Rony estava transtornado – Se esconde.

– Rony, eu não posso me esconder de você, eu te amo.

– Por favor, Hermione, preciso te proteger, e a única forma é mantendo você o mais longe possível de mim...

– Ron, eu te amo, por favor, vamos lutar contra isto tudo juntos... Tudo vai se resolver, eu prometo...

– Hermione, por favor, fica longe de mim, se afasta de mim... Não suportaria saber que fui o culpado de qualquer mal contra você...

– Ron...

– Se protege, fica longe de mim... - as duras lágrimas continuavam a cair.

– Mione – Harry adentrou a casa com a varinha em punho e foi recebido por um feitiço estuporante. Conseguiu abaixar-se a tempo, mas o feitiço atingiu Sarah Lewis que vinha logo atrás dele. Hermione apenas agachou-se e protegeu-se por trás do grande sofá da sala.

Os olhos avermelhados, embargados de grossas e pesadas lágrimas, por um momento avistaram Rony livrando-se de um feitiço lançado por Philiph Carter.

Sentiu o coração parar de bater. Não conseguia respirar. Tentava sair daquela batalha, mas não sabia como. Queria ajudar ao marido, mas se via indefesa. Rony defendia-se e atacava muito bem. Sabia que os outros Aurores não estavam tentando ferí-lo, pois seria demasiado fácil três Aurores imobilizarem um homem apenas, mas precisavam se proteger dos muitos feitiços lançados pelo ruivo.

Viu Rony ser atingido por um feitiço e não conteve o grito. As lágrimas que há muito jorravam aumentaram a intensidade. Rapidamente Rony se levantou e começou a lançar feitiços para todos os lados, sendo seguido por Harry, Neville e Philiph.

– Protejam-se, mas ninguém faz nada contra o Rony.

– Diffindo– Rony lançou imediatamente contra Harry.

– Impedimenta!

– Cuidado Carter, Neville... Abaixem-se.

– Cuidado!

Os vasos de flores próximos a Neville explodiram. Cortinas escolhidas com tanto carinho, tapetes, quadros, livros e paredes estavam totalmente destruídos graças ao poder dos feitiços lançados.

Hermione entendeu o que Rony dissera quando explicou que não pararia, que ela deveria se proteger dele. Ele estava incontrolado, era nítido que estava sendo forçado a lutar contra os amigos e companheiros de trabalho. A situação era aflitiva.

Hermione ouviu Harry gritar. Rony havia acertado o braço de Harry com um feitiço cortante e viu que Neville mancava enquanto Carter tentava golpeá-lo de trás de uma estante.

– Cuidado, Harry... - Hermione ouviu Neville gritar.

– Crucio!

Harry jogou-se no chão para proteger-se do feitiço que acertou a estante onde Carter se protegia, fazendo-a voar e quase atingir a poltrona onde Hermione escondia-se. O coração da moça doeu. Uma espada parecia perfurá-la a cada novo feitiço lançado.

Harry viu Hermione encolher-se ainda mais por trás da poltrona. Suas lágrimas o machucaram e ele sentiu o sangue ferver. Lembrou-se de quando Crabbe quisera matá-la na sala precisa.

Novamente, como em anos atrás, quando precisou entregar-se a morte para salvar a todos, Harry apagou todo o resto de sua mente se entregando a situação e assim lançou um feitiço estuporante em Rony, que conseguiu ser mais rápido que o amigo e se protegeu com um protego.

– Rony, para com isto - Harry gritou - Se controla cara.

– Confringo– foi a resposta do ruivo.

– Protego!

Hermione não sabia mais o que fazer. Chorava histérica atrás do sofá próximo a Rony, mas não conseguia se mover. Ouvir aqueles feitiços não estava lhe fazendo bem, e ela sabia que pela quantidade de feitiços que o atingiram, Rony já deveria ter caído, mas uma força muito mais forte do que ela podia imaginar o mantinha de pé, lutando sem parar. Estava enfeitiçado. Era uma maldição. Imperius, concluiu, só poderia ser. Estella provavelmente o mandara lutar sem cansar se fosse necessário.

"Merlin, faz alguém estuporar ele" - continuou em um mantra enquanto as lágrimas caíam ainda mais pesadas e doloridas com este pensamento tão frustrante e sincero. "Faz ele parar".

– Estupefaça– Rony lançou

– Rennervate– Neville protegeu-se.

– Expelliarmus– Harry agiu rápido.

– Estupefaça– Carter concluiu.

Hermione ouviu o alto estrondo atingir o chão e gritou junto com o barulho rouco. Rony tinha sido estuporado.

Olhou em direção ao barulho e rastejou de onde estava ao seu encontro. Finalmente conseguiu tocá-lo e o abraçou enquanto soluçava incontrolada.

Harry, Neville e Philiph respiraram aliviados por breves momentos, pois assim que Hermione tocou o ruivo desacordado, uma nova surpresa aconteceu segundos depois.

Estella adentrou a casa com uma varinha em punho pronta para atacar, e parou bruscamente ao ser surpreendida pelos aurores que acabaram de lutar. Sentiu-se encurralada e ao tentar lançar um feitiço contra Hermione, foi impedida por Neville...

– Avada...

– Estupefaça!

– Protego Totalum!

Harry lançou imediatamente para Hermione, mesmo consciente que não seria capaz de salvá-la. Neville foi mais rápido. Estella estava estendida no chão da sala destruída por tantos feitiços.

– Incarcerous – Carter adiantou-se e imobilizou a mulher, que tinha os olhos arregalados e uma expressão assustadora.

– Hermione – Harry abaixava-se ao seu lado e falava delicadamente com a amiga, como se temesse machucá-la com suas palavras – Precisamos levar você e o Rony ao St Mungus.

– Harry – ela já não se controlava, estava histérica – Ele não acorda...

– Levaremos o Rony ao St Mungus, ele precisa ser tratado, Hermione.

– Ele vai ficar bem?

– Vai sim, Mione, ele vai ficar bem. Tudo vai ficar bem agora, mas precisamos ir ao St Mungus o mais rapidamente possível. Você também.

Ela cedeu ao apelo do amigo concordando com um aceno de cabeça. Levantou-se, mas não conseguiu controlar as penas e foi amparada por Harry.

– Vou levar a Mione ao St Mungus pela lareira, não vou arriscar aparatar com ela. Neville, por favor, leve o Rony logo em seguida. Carter, chame mais aurores, leve Lewis ao St Mungus e mande Estella para Askaban. Fale com o Arthur e podem marcar o interrogatório para o mais breve possível.

"Avise ao Malfoy que ela foi pega e que precisaremos que ele deponha contra ela novamente em audiência. Explique ao Ministro o que houve e que somos testemunhas de uma tentativa de assassinato.

"Mais tarde irei ao Ministério. Por enquanto deixo tudo em suas mãos. Neville, peço que você avise aos familiares que tudo está bem agora e por favor, após deixar o Rony, vá buscar os pais da Mione. Conto com vocês. Até mais."

Da ponta da varinha de Neville saiu um novo leão em forma de patrono, agora deveria avisar aos parentes que tudo havia terminado e que estavam todos bem. Que encontrariam Rony e Hermione sendo tratados em Azkaban e que a louca estava finalmente presa.