A casa das ilusões, uma nova versão. escrita por Gabi, Lucas S H


Capítulo 7
O hotel em Copacabana


Notas iniciais do capítulo

Ohaio. Cá estou eu novamente, ainda agradeço pelos comentários. A pedido dos leitores os capítulos agora estarão um pouquinho maiores e como hoje eu estou muito feliz e é ferias, hoje vai ter dobradinha! Yay. Mas em troca quero muitos comentários em. Boa leitura!

PS: esse capitulo foi feito por Lucas, créditos a ele.



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Voltamos para o hotel, mas eu nem cheguei a entrar, pra dizer a verdade nem olhei o hotel, notei que perto dali havia uma praça, então dei uma fugidinha pra lá, mas depois de alguns minutos Do Contra me viu e foi atrás de mim.

–esta fugindo Mônica?

–fugindo? Não, eu só quis ver essa praça, ela é bonita.

–você mente muito bem.

–e você não ia confiar em mim?

–esta certo, vamos voltar pro hotel, eles estão nos esperando.

–esta bom.

Droga, não consegui fugir. Já estávamos chegando, a praça não era muito longe, chegamos no hotel e Magali estava nos esperando na escadaria. Aquele era um hotel bem grande todo feito em mármore, não sabia que ainda existiam lugares assim, que lugar lindo.

–puxa gente como demoraram. Vocês não sabem a tortura que foi esperar ao lado da cozinha.

Magali. Que bom saber que você não mudou, que você continua a mesma garota doce e comilona de sempre. Minha melhor amiga.

–ai Maga.

Dei-lhe um abraço meio sem pensar.

–ué, que foi?

–nada, só quero que você saiba o quanto eu gosto de você.

–eu também quero abraço.

–a não DC.

–eu não queria mesmo.

Nos sentamos em uma mesa e pedimos nosso almoço, não havia muita gente no restaurante do hotel, demorou um pouco porque Magali não conseguia se decidir entre um prato e outro. Eu estava preocupada com tudo isso, poderia parecer calma por fora, mas por dentro ainda não acordei, meu coração esta sendo torturado.

(DC) a comida esta boa amor, porque eu não estou achando?

(Mônica) esta sim DC.

(DC) tem certeza, estou achando você tão tristinha.

(Mônica) não é nada, é só... Saudade de casa.

(Magali) não se preocupa não Mônica, as palestras já acabarão, amanhã mesmo a gente vai embora.

(Mônica) que bom Maga.

(Magali) é bom mesmo, ficar comendo comida de hotel não é muito saldável.

Então eu estava no Rio de Janeiro para assistir palestras, mas palestras sobre o que?

(Mônica) então Magali, minha ultima palestra foi sobre o que mesmo?

(Magali) sobre a faculdade de direito, depois eu tive que ver uns papeis, foi quando o Quim deu a ideia de ir visitar a praia ante de voltarmos pra casa.

Eu estou cursando direito, pelo menos consegui ter uma das carreiras que eu pensava em cursar.

(Mônica) e as aulas?

(Magali) começam daqui a três meses, você esqueceu mesmo.

(Mônica) deveria ter olhado minha agenda.

(Magali) e desde quando você tem agenda Mô?

Depois do almoço, todos nós nos dividimos, Magali e Quim saíram, foram fazer compras, é claro que eu não aceitei, não tenho cabeça pra isso, estou no futuro ora, então eu subi ao quarto já que Do Contra também havia saído.

Já era fim de tarde, Magali ainda não havia voltado então decidi tomar um banho.

Entrei na banheira, a água estava fria, mas eu precisava disso. Só agora caiu a ficha, eu estou em um futuro provável casada com Do Contra. Muitas perguntas precisavam ser respondidas. Eu não podia desistir e me entregar de bandeja, eu vou superar tudo isso e voltar pro Cebola.

–foco Mônica, você esta desesperada, você não é assim, você é segura e confiante, você já passou por coisa muito pior, não, não passei, mas você vai passar por tudo isso e voltar pro Cebola. Cebola, onde você esta? Dizer palavras de alto ajuda não esta funcionando muito.

Aproveitei que Do Contra havia saído e gritei o mais alto que pude o máximo que consegui. Eu só pensava em voltar pro passado, pro meu passado, pro meu Cebola. Deixei que algumas lágrimas caíssem, eu não podia me desesperar, eu precisava me focar e fazer o que sempre fiz de melhor: ser forte.

Voltei ao quarto e vi que Do Contra havia acabado de chegar e conversava com alguém no telefone.

–não precisa se preocupar, nos vamos embora amanha mesmo... Ela esta bem... É claro que estou falando a verdade... Depois de todo esse tempo você ainda não me conhece?...Não sinto uma gota de saudades... Ate... Bom dia.

–quem era?

–a sogrona, queria saber quando voltamos, ela esta com saudades.

–eu também estou.

–vem aqui.

Eu já sabia o que ele queria, ele queria que sua Mônica o correspondesse, mas eu não sou essa Mônica, não posso continuar.

–desculpa, mesmo, mas eu nem consegui dormir direito na noite passada e estou super cansada.

–tem certeza de que e só isso?

–e eu mentiria pra você?

–você esta certa.

–estou?

–o que você acha?

–que você é muito complicado. Boa noite.

–bom dia.

–você e suas contradições.

–às vezes eu faço de proposito.

Dormir na mesma cama que Do Contra não foi fácil, eu tinha medo que ele tentasse se aproximar, e se eu não conseguisse me controlar? Eu tinha medo ate de me virar e olhar eu seu rosto, mas eu não aguentava mais ficar nessa posição, meu corpo estava todo dolorido. Me arrisquei em virar bem devagar para não acorda-lo. Ele dormia no mais profundo sono, ele sorria. Nunca havia reparado em seu rosto, tudo nele era harmonioso, tudo combinava. Sei que o que vou dizer pode parecer errado, mas Do Contra é incrível.

–-------------------------------------*------------------------------------------

–viu só, ela já esta começando a se afeiçoar a ele.

–mas não será só isso!

–ela vai procurar aquele rapaz.

–ela vai procurar o Cebola?

–isso não será bom, a decepção que ela terá será muito grande. E esse nem é o problema, ela ainda esta ligada a ele, mas essa ligação precisa ser rompida.

–o que tem em mente?

–você logo vai descobrir

–-------------------------------------*------------------------------------------

Que lugar é esse? É tudo tão escuro! Não vejo nada.

–tem alguém ai?

–Mônica.

–Cebola!

–o que você fez Mônica? Como pode?

–eu não fiz nada.

–fez sim, você me traiu.

–eu não te traí Cebola, eu te amo!

–como pode me amar Mônica, depois de tudo o que você fez?

–mas eu te amo, te amo, te amo!

–mas eu não te amo mais, Hahaha.

Aquela risada foi tenebrosa e fez com que meus calafrios voltassem, por que ele ria assim?

–Cebola, você esta me assustando!

De repente ele foi se modificando, se contorcendo, seu sorriso foi ficando assustador, do seu corpo foram se abrindo tentáculos e ele foi ficando maior, eu realmente me sentia assustada! Ele esta se tornando um monstro!

–Mônica!

–o que aconteceu com a sua voz? Por que você esta assim? Volta ao normal, agora!

–eu vou te matar Mônica!

Ele veio em minha direção, eu desviei e ate lhe dei um soco, tentei fugir, mas ele me alcançou e me levantou pelos braços. Suas garras apertavam meu pescoço causando grande dor, logo elas o perfuraram e o sangue começou a jorrar.

–não Cebola, me solta, por favor, Cebola, naaaaaaaaao.

–haaaaaaaaaaaaaaa!

–Mônica, o que foi?

–DC, não deixa ele me pegar, por favor.

–calma Mônica, foi só um pesadelo.

–eu me sentia tão fraca, sozinha, então ele... Ele...

–tudo bem, foi um pesadelo.

Eu o abracei e ele me apertou forte, comecei a chorar como nunca havia chorado. Ele passava a mão em meus cabelos e cantava uma musica que eu não conseguia entender, pois estava em japonês, bem baixinho para que só nos pudéssemos ouvir.

–esta se sentindo melhor? Foi só um pesadelo.

–não, não foi só isso, promete que vai me proteger, promete.

–é claro que eu prometo, eu sempre vou estar aqui pra você Mônica, sempre.

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–por que você fez isso? Por que assombrar a imagem do Cebola? Viu como você assustou a Mônica? A Mônica?

–exatamente!

–essa era a sua intenção? Mas por quê?

–porque só assim ela veria aquele rapaz com olhos diferentes e veria esse rapaz como um porto seguro.

–você sabe que não pode interferir tanto, que não pode fazer com que uma pessoa goste de outra.

–eu sei bem disso, mas meus motivos ficaram claros pra você assim que tudo isso acabar.

–não sei como isso vai ajudar.

–você saberá.

–acho você tão complicada quanto o Do Contra!

–gosto desse rapaz tanto quanto gosto de você.

–me senti honrado agora.

–bem eu vou indo, quando menos esperar estarei de volta.

–espera, eu não sei como sair daqui, ai ai, ela não vai voltar.

–-------------------------------------*------------------------------------------

Saímos do Rio de Janeiro com destino a casa da minha mãe. DC foi dirigindo contrariando Magali já que o carro era dela, o Quim foi dormindo na frente e Magali e eu atrás.

Eu olhava a estrada ainda transtornada com o pesadelo que tive, como Do Contra, com tanta facilidade conseguiu me acalmar? De uma coisa eu sabia, ele esta aqui pra mim, mas isso não melhora muito a minha preocupação.

(DC) Mônica você ainda esta pensando nos pesadelos?

(Magali) que pesadelo?

(DC) a Mônica andou tendo um pesadelo ontem ficou tão assustada que eu mesmo não a reconheci.

(Magali) você esta falando serio DC?

(DC) eu nunca menti sobre a Mônica.

(Magali) é verdade Monica? Por que você não me contou?

(Mônica) eu não quero falar sobre isso.

(Magali) tudo bem, eu respeito seu espaço, mas saiba que se quiser estamos aqui.

O resto da viajem foi tranquila (pra eles), DC e Magali ficaram discutindo sobre a quantidade de calorias que algum de nos havia comido, eu não entendi bem e isso não me importou, meu principal objetivo agora é encontrar Cebola e descobrir o que esta acontecendo, só ele pode me ajudar.

Descemos do carro em frente a minha antiga casa, eu precisava ver meus pais mais achei estranho parar aqui já que DC havia comentado algo sobre NOSSA casa.

(Mônica) que saudades!

Como estarão meus pais depois de todos esses anos? Teriam mudado tanto quanto minha vida? Do Contra me chamou a atenção.

–entra Mônica, ta meio difícil aqui. O que vocês não carregam dentro dessas malas?

Encarei a porta, ela parecia maior do que o normal, meu estomago se revirou, será que eles notariam se eu fingisse um desmaio?

(Quim) vamos lá Monica, onde esta seu senso de decisão?

Meu senso de decisão deve ter ficado seis anos no passado. Mas é hora de encarar de frente.

–1,2...3

A casa estava como sempre foi tirando umas reforma aqui e ali e um sofá novo onde minha mãe estava ela simplesmente se levantou e sorriu pra mim.

–filha!

–mãe!

Corri para abraça-la, realmente parecia que não nos víamos há anos, ela continua linda como sempre!

(Magali) oi dona coisa!

(Luiza) é Luiza Magali, tantos anos e você não aprendeu meu nome?

(Magali) foi mal.

(DC) tchau sogrona.

(Luiza) Do Contra, por que demoraram tanto?

(Magali) mas foi só uma semana dona co... Luiza.

(Luiza) olá Quim. Como esta?

(Quim) e ai? Vou bem obrigado.

(Luiza) bom, vamos jantar vocês devem estar com fome depois dessa viajem.

(Magali) opa!

–se vocês permitirem que eu os acompanhe.

(Mônica) pai!

(Souza) Moniquinha!

Meu pai sim aparentava estar mais velhos com expressões e cabelos brancos.

(Magali) e o que vai ter pro jantar?

(Mônica) Magali!

Nos sentamos a mesa, o jantar estaria delicioso se não fosse meu estomago, só de olhar Magali já dava pra notar. Durante todo o jantar eu não pronunciei uma só palavra, ao contrario de Do Contra que foi o que mais falou, minha cabeça não permitia.

Quando estava na hora de ir procurei não olhar nos olhos de qualquer um que aparecesse na minha frente, não queria que vissem meu estado.

(Mônica) tchau mãe! Tchau pai!

(Luiza) tchau filha, juízo em.

Ela falou dando uma piscadela para Do Contra, meu rosto fervia.

(Sousa) e coloca um sorriso nesse rosto.

Pedimos uma carona para Magali e Quim e entramos no carro. Eu olhava do contra conversando com Quim, ele sabe que somos uma família feliz. Esta tudo tão errado! Eu não pensava que meu futuro seria assim!


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Notas finais do capítulo

Notas na próxima nota final.



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