A casa das ilusões, uma nova versão. escrita por Gabi, Lucas S H


Capítulo 15
Garotinha de olhos puxados


Notas iniciais do capítulo

Ola minna, como estão hoje? Teve gente no ultimo capitulo querendo matar o Cebola. Mas agora é hora de relaxar um pouco. Eu amei escrever o final deste capitulo e espero realmente que gostem. Boa leitura!



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Enfim ela encontrou a porta, um caminho para longe de toda aquela escuridão. Ela poderia enfim encontrar seus amigos e sair daquela casa estranha.

Por baixo da porta passava uma pequena poça de água, seu estomago roncava e ela tentava ao máximo não se lembrar das baratas cascudas.

Ela abriu a porta, que lhe parecia familiar e se deparou com Cascão deitado no chão, tossindo e reclamando.

–Cascão!

–nãoooooooo, o fredi grugi.

–que bom que eu te achei.

–onde você estava? Eu disse pra você não ir para aquela parte escura, eu te chamei e você não respondeu.

–desculpa.

–ta sussa.

–ei, que água toda é essa? Parece que choveu aqui dentro.

–foi mais ou menos isso.

–e por que você esta todo molhado? Vai acabar pegando um resfriado.

Depois de toda a explicação, Magali ficou espantada e com um pouco de duvida, afinal, ali não caberia uma baleia, nem que fosse um filhote.

–tem certeza?

–e por que eu estaria todo molhado. Vai dizer que não foi estranho você estar em uma sala e aparecer em outra.

–faz sentido. Você não vai acreditar no que me aconteceu.

–depois do que passei hoje, eu acredito em tudo.

Magali explicou a Cascão tudo o que lhe acontecera desde que se separaram, desde a escuridão, ate a garota morta, tudo bem detalhadamente.

–uma garota? Que morreu nos seus braços? E disse que aqui é perigoso?

–sim, sim e sim. E ela também disse que os vultos são só a ponta do iceberg e que estão sendo comandados por algo maior, que a pegou e acabou a matando, assim como faz com todos que ela encontra.

–e quem é ela?

–bom isso eu não sei, a garota morreu antes de me dizer.

–e o que você fez com o corpo?

–credo Cascão, eu não te disse que ele virou areia.

–e se tudo que ela disse for mesmo verdade? Nós temos que achar os outros e sair daqui o mais rápido possível antes que a coisa nos encontre.

–sim.

–vamos quebrar a porta.

–e se os vultos ainda estiverem lá?

–fica sussa Maga, eu dou conta daqueles vultos com uma mão amarrada nas costas.

–me desculpa não ter prestado atenção no que você fazia enquanto você corria gritando mamãe.

–-------------------------------------*------------------------------------------

–MAGALIIIIIIIIII... CASCÃOOOOOOOOOO.

–Cascão... Magali.

– MAGALIIIIIIIIIIII... CASCÃOOOOOOOOOOOO.

–ô Mônica, da pra gritar baixo.

–e como é que se grita baixo? Assim eles não vão ouvir. Se for pra gritar, tem que ser alt... Ai...

–você esta bem?

–eu não tinha reparado antes. Olha só.

Ela lhe mostrou um corte um pouco grande em seu braço esquerdo acima do pulso, um pouco profundo onde o sangue ainda caia, o corte ardia e causava um enorme desconforto.

–que maneiro, umas das melhores dores que sentimos é as dos machucados.

–não, não é nada maneiro, esta doendo e muito.

–e o que você vai fazer?

–eu? Bom... Eu vou deixar do jeito que esta, ou você por acaso tem algum curativo ai?

–pra falar a verdade eu achei umas faixas com um remédio pra machucados enquanto você estava reclamando da sua desgraça.

–serio?

–não. Tô brincando, serio.

–como isso é possível?

–comigo tudo é possível.

–então me dá ai convencido. Alguém deve estar querendo nos ajudar isso sim.

–eu arrumo pra você, já que você tem cara de ser uma ótima enfermeira.

–não se cansa desse negocio de contrariar?

Do Contra passou o remédio no corte de Mônica que ardeu com a substancia, o que fez que ela se assustasse e pulasse um pouco pra traz. Seu braço foi enfaixado com cuidado e agora a dor já diminuirá.

–sorte que não foi tão fundo e um pouco mais acima.

–teria muitos jatos de sangue. Incrível.

–(risos ocultos)... Você esta sempre cuidando de mim.

–sempre.

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Em suas mãos estavam grandes bolas de energia que controlavam seus jovens amigos que agora estavam em transe e ao mesmo tempo vivendo tudo aquilo. Ao seu lado, sua companheira arquitetava planos e estava satisfeita com tudo o que acontecia.

(Ângelo) eu pensei que não podia ajuda-los?

–e como eu ia saber que ela iria machucar o braço.

(Ângelo) o coração da Mônica já esta mais calmo.

–e aquele garoto que esta com ela?

(Ângelo) Do Contra? Você nem imagina.

O que ele queria realmente dizer é que Do Contra não estava em transe como os outros, ele ainda não sabia disso, e vivia tudo normalmente, embora estivesse um pouco desconfiado, sobre o transe e também sobre eles, por isso ele exigia um cuidado especial.

Ângelo sabia que Do Contra era diferente e tinha grandes surpresas pro seu futuro se as coisas continuarem como estão, já que Ângelo e Theo andaram olhando o notebook do futuro, que ele não lembrava o nome, umas semanas atrás. Tudo mudaria, e tudo seria como já foi um dia.

(Ângelo) ele esta como sempre foi.

–-------------------------------------*------------------------------------------

Ela parou pra amarrar os cadarços do seu tênis preto e branco.

–Mônica, lembra que eu falei de fantasmas lá no começo da historia?

–am... Lembro.

–e que nessa casa teria muitos deles?

–sim.

–e que te ouviriam se você gritasse mais alto?

–acho que sim.

–e não seria legal se os fantasmas forem negros e não brancos como as pessoas costumam dizer?

–até que seria.

–e que ao invés de lençóis eles usassem capas negras com capuz longos onde não se vê o fim?

–fantasmas não usam lençóis.

–e que seus olhos fossem vermelhos como o sangue que corre do seu machucado?

–se os fantasmas fossem assim seria bem contraditório e talvez, eu disse talvez... Legal.

–então beleza, por que eles são exatamente assim e não vão se sentir ignorados.

–como assim? Ai meu...

Era só olhar pra frente que eles puderam ver dois vultos que os olhavam freneticamente esperando o primeiro passo, assim como fizeram com Magali e Cascão um tempo atrás.

–que da hora, eu quero um autografo.

–Do Contra.

–você também quer?

–não.

–que tal se agente fosse ate lá, tirasse os seus capuzes e visse os rostos deles?

–acho que eles é que querem um autografo seu porque estão vindos pra cá.

–-------------------------------------*------------------------------------------

Do Contra andava pelos corredores assoviando uma canção qualquer de trás pra frente, havia corredores por todos os lados, à direita, à esquerda, mas ele continuava andando pra frente, sem nunca parar ou virar em algum deles.

Droga de vultos, agora que tudo estava ficando bem entre ele e Mônica eles tinham que aparecer e estragar tudo?

–hora, é claro que tinham. Não tem graça se não tiver um desafio.

Ele ainda pensava em Mônica quando ouviu pequenas risadas seguidas de passos. Do Contra simplesmente ignoraria, mas algo não deixou que ele ignorasse, ele teve que procurar pelas risadas, mas tudo ficou silencioso. Bom, ele não se importou. Outra vez ele ouviu risadas que pareciam de uma criança e que logo saia correndo.

–parece que alguém esta querendo brincar comigo?

Passou-se três minutos sem que nada fosse pronunciado, quando ele ouviu pequenos passos que viam da sua direita. Ele correu por vários corredores procurando pelo dono da risada ate que ele se virou e foi ate um corredor mal iluminado onde se podia ver um pezinho de uma criança calçado por um sapatinho vermelho, com uma meia calça preta.

–parece que encontrei a brincalhona.

Ele se agachou perto da garota e a chamou. Ela agora mostrava metade do seu rostinho. Tinha os cabelos bem lisos e curtos com um grande laço preto preso atrás. Seus olhos eram levemente puxados, tinha a pele bem branquinha e aparentada ter cinco anos. Do Contra se encantou pela pequena garota meio que escondida e assustada.

–oi.

Ela mostrou a pequena mãozinha acenando, sem dizer uma palavra.

–então era você que estava correndo por ai?

Continuando sem dizer nada, a garotinha acenou com a cabeça algo parecido com um não.

–você não gosta muito de falar não é? Esta perdida?

Ela acenou com a cabeça novamente um não.

–vem aqui.

Ela segurou a mão de Do Contra e se deixou ser conduzida ate ficar parada a sua frente, ele agora conseguia ver seu vestidinho cor vinho claro com mangas longas e via completamente seu rosto.

–então não esta perdida.

Ele deu um leve sorriso. A garotinha parou e ficou olhando fixamente para Do Contra, ela pareceu ter o reconhecido, pois deu um grande sorriso e o abraçou bem forte como se ele fosse seu porto seguro.

–papai!

Ao ouvir essa palavra ele se espantou, tanto que caiu sentado no chão. Ele olhava para o nada sem saber o motivo daquela palavra. Foi estranho, mas ele não quis mais pensar naquilo, só a abraçou bem forte.

Ela o soltou e ficou em sua frente olhando em seus olhos com um grande sorriso. Ela então se virou e foi pulando ate o corredor onde ele a encontrara, levantou umas das mãos e deu um chãozinho.

(DC) espera... Qual o seu nome?

– Yume!


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Gostaram da participação da pequena Yumi? (Para quem nao sabe, Yumi significado sonho em japonês *-*) Obrigado por estarem nos acompanhando e comentando, um beijão e ate quarta :*



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