Anjo das Sombras escrita por AnnabelleJow


Capítulo 3
Power




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Jenna

A chuva caia pela cidade de Boston, enquanto a morena se encolhia de frio, seus rosto pálido, estava com algumas marcas roxas após a briga que teve, seu cabelo cacheado escondido pelo capuz de seu moletom preto.

Ela caminhava pela cidade, com o corpo fraco, por causa dos hematomas, ela tinha sido a primeira cobaia, ela tinha quinze anos na época, demorou um pouco para os efeitos começarem a surgir, mais eles vieram, enquanto muitos morreram por causa da droga, ela sobreviveu, e nunca tinha se sentido mais viva do que antes.

Parada em frente a um bar, com um placa de Neon roxa, escrita Dennis, a garota abriu a porta que estava com a fechadura molhada, encontrando vários homens sentados, bebendo cerveja, enquanto as garçonetes era assediadas, passou por algumas pessoas recebendo olhares curiosos, e parou em frente ao balcão, onde um rapaz loiro de olhos verdes olhou para ela e sorriu.

– Boa noite, o que vai querer?

– Como é seu nome?

– Logan.

– Bem, Logan eu quero sangue. - Passou a língua sobre os lábios avermelhados, enquanto o garoto riu, sem entender.

– Sangue? Acho meio difícil, vampira. - Falou em um tom zombeteiro.

– Acho que não. - Jenna sorriu de uma maneira maliciosa, levantou o capuz, deixando a mostra seus olhos verdes, penetrantes.

No momento que Logan a olhou, seu corpo ficou imóvel, os olhos do loiros que antes eram verdes ficaram pretos , ele acompanhou a moça até a parte de trás do bar que dava em um beco, inclinou-se de modo que ela pudesse alcançar seu pescoço, e ela o mordeu ali, cravando suas presas no pescoço pálido do rapaz, sugando a maior quantidade de sangue possível, fazendo o garoto cair no chão, morto.

Limpando sua boca suja de sangue, sentiu toda a dor em seu corpo sumir, assim como seus hematomas, saindo do bar após uma das garçonetes perceber que o garoto tinha sumido, logo depois voltando dizendo que o encontrara morto no chão, fazendo todos se levantarem assustados, enquanto ela pegou uma garrafa de Wisky e bebeu, saindo do bar, olhando para o céu, vendo que já havia parado de chover.

– Demorou para voltar dessa vez. - Charlotte uma das crianças do orfanato, que Jenna frequentava, parou no meio da rua olhando para a ruiva com raiva.

– Tive alguns probleminhas.

– Sei muito bem que " probleminhas" são esses, você voltou a usar droga não, é? - Charlotte não aparentava ter dez anos pelo modo como falava, a loira agia como uma adulta, apesar de suas roupas de coelhinho.

– Isso é assunto meu, pirralha. - Jenna se irritou um pouco, sabia que estava errada, mais não podia parar, as drogas faziam ela se esquecer de seu desejo por sangue, e assim ela não teria de matar ninguém.

– Um tal de Joseph Hale, foi te procurar hoje, mais eu disse que não sabia onde você estava, provavelmente numa boca de fumo.

– Cala a boca, e obrigado por não ter falado para ele.

– Quem é ele afinal?

– Ninguém em especial, agora vamos, que eu tenho que te levar de volta para o orfanato, você não podia sair de lá, muito menos a essa hora da noite. - Jenna segura na mão da menor, e as duas começam a andar, sentindo o frio percorrer por seu corpo.

Ela cresceu em um orfano, o mesmo que o de Charlotte, seus pais a largaram quando ainda era bebê, ela já fugiu várias vezes de lá, mais sempre fora pega, até seus quinze anos, quando fugiu em um incêndio, que ela mesma havia provocado, e acabou encontrando com um garoto de cabelo branco, desde esse dia, as coisas ficaram diferentes.

Jenna conseguia controlar a mente dos homens, e entrar em seus sonhos, além de ser praticamente indestrutível, e ter uma força inacreditável, mais tudo isso tinha seu preço, e com isso o desejo de sangue, quando ela não bebia, seu corpo ficava franco, se quebrando e secando aos pouco.

– Sabia que há uma pessoa que está matando os homens da cidade? - Charlotte a perguntou, fazendo a ruiva sair de seus pensamentos.

– È mesmo?

– Sim, parece que esse assassino só mata homens, eles encontram um fio de cabelo ruivo outro dia, a polícia acha que é uma mulher. Quem poderia fazer algo assim?

– Não faço a menor ideia.

Calebe

Kath, estava com Calebe, na casa do moreno, pelo o que a garota havia dito, seus pais são de outro pais, e ela é emancipada. Calebe foi na cozinha buscar um copo de d'agua, quando voltou para seu quarto, encontrou a garota, dançando um musica de Linkin Park que tocava no rádio, a maneira como se movia, seus cabelos longos e loiros, balançando, deixavam o garoto admirado com tanta perfeição.

– Vai, ficar me encarando por quanto tempo? - A loira perguntou, tirando o garoto dos seus pensamentos, fazendo o mesmo ficar corado, e sorrir timidamente.

– Desculpe, eu trouxe a água. - Entregou o copo verde a Katherina, que pegou de sua mão, e bebeu, logo depois deixando em cima de uma mesinha, que se encontrava no quarto, e voltou-se para olhar o garoto.

– Quero te mostrar uma coisa. - Ela sorriu nervosa para Calebe, que a olhava surpreso.

– Tudo bem, o que quer me mostrar?

– Promete que não vai gritar, nem ficar com medo de mim?

– Por que eu faria isso? - Ele sorriu para a menina, e se sentou na cama sendo acompanhado pela mesma, ela o olhou seriamente por alguns segundos, até voltar seu olhar para a lâmpada do abajur, em uma escrivaninha perto da janela.

– Olhe para a lâmpada, daquele abajur. - Ele obedeceu, não sabia onde Kath queria chegar com aquilo, mais fez o que a garota pediu, ficou encarando, e viu a menina movimentar suas mãos, ela parecia estar fazendo força, e em questão de segundos, a lâmpada explodiu, fazendo o menino saltar da cama de susto.

– Como fez isso?

– Consigo controlar a materia. - Ela olhou para o moreno que a olhava surpreso, e parecia não acreditar no que tinha visto. - Está com medo de mim?

– Não, eu não estou, é só que... Eu nunca tinha visto algo assim.

– Entendo.

– Isso é incrível... Você é incrível. - Kath sorriu com o que o garoto havia falado, ela pensava que ele ficaria com medo dela depois disso, assim como seus pais ficaram, mais em vez de gritar, Calebe fez algo inesperado, ele se inclinou para a frente e a beijou de surpresa.

– Você me beijou?

– Acho que isso não é algo que amigos façam, não é mesmo?

– Não mesmo. - Katherina o puxou pela nuca, beijando o moreno novamente, deslizando suas mãos pelo peito do rapaz, o deitando na cama.

Isabelle

Acordei com os raios solares batendo em meu rosto, não estava em casa, e sim no quarto de Miguel, e pior, na cama dele, acordei, me levantando indo para o banheiro, me arrumar para ir a escola " Droga, a escola, não queria ir até lá", ela pensou, saindo já arrumada, usando a roupa de ontem, e encontrando Miguel na cozinha bebendo um suco de laranja, e ele sorriu ao vê-la, ao lado do moreno, estava sua mochila preta.

– Vai a escola hoje? - Perguntou se referindo a mochila do garoto, na cadeira ao lado.

– Bom dia, para você também, e sim, eu vou.

– Isso é novo. - Ela riu, a face de Miguel que antes estava aparentemente alegre, agora estava séria, e ela olhava fixamente para o pescoço da loira, um olhar que a deixou assustada. - O que foi?

– Onde conseguiu essa marca?

– Que marca?

– Essa do seu pescoço, onde conseguiu? - Miguel se levantou e começou a nadar em direção da garota, que se afastava andando para trás.

– Eu não sei, ela só apareceu, por que está desse jeito? Está me assustando. - Belle se viu presa contra parede enquanto Miguel segurava seus pulsos com força a impedindo de fugir.

– Ela não pode ter aparecido assim do nada.

– Me solta! - Um sensação estranha percorreu por seu corpo, vendo em questão de segundos Miguel sendo jogado contra o outro lado da sala, sendo envolvido pela sua própria sombra, que parecia o machucar, enquanto ele gritava de dor. - Meu Deus! Me desculpa, eu sinto muito, não sei como fiz isso. - Ela correu, saindo do apartamento do moreno, ela não sabia para onde exatamente ir, muito menos como tinha feito aquilo, e se sentia horrível por machucar Miguel.

Correndo pela rua, trombando em algumas pessoas, foi para um peco que ficava alguns metros do apartamento, parou e olhou em volta, " Por que eu vim aqui?", ela não entendia, era como se seus pés se movessem sozinhos, e das sombras saiu um garoto de cabelo platinado, sem expressão alguma no rosto, ele andou até sua direção ficando frente a frente da menina.

– Olá Isabelle. - Sua voz era rouca e suave, uma voz aparentemente amigável.

– Como sabe meu nome?

– Eu sei tudo sobre você. Nunca se perguntou como conseguiu sobreviver ao acidente da festa? Qualquer pessoa iria pirar, se do nada uma marca misteriosa aparecesse no seu pescoço, ou se eu cabelo estivesse mudando de cor, se sua visão de uma maneira misteriosa, estivesse melhorada, assim como seus reflexos, não acha?

– Como você...Isso é estranho. - O garoto sorria de forma vitoriosa. Ela realmente não ligou muito, nem pirou com as coisas estranhas que aconteceram.

– Eu sou igual a você, e posso te dar todas as respostas que você quer.

– E o que você ganha com isso?

– Nada, apenas quero te ajudar.

– È mesmo? - Ele sorriu, seus olhos negros a fazia se sentir com medo, ele tinha um sorriso perverso apesar da aparência amigável.

E novamente, seus pés se moviam sem sua permissão, Isabelle caminhou lentamente até a estrada, enquanto, o garoto ria da situação, ela queria parar mais não conseguia controlar seu corpo.

Os carros passavam pela estrada apressadamente, enquanto ela caminhava em direção a eles, olhou para os dois lados, parou no meio da estrada, e deitou-se no chão.

Sua vontade era de gritar, mais sua voz não sai, seu corpo estava imóvel, os carros pararão, até que um caminhão aparece dirigindo com toda velocidade em direção a menina, as pessoas da rua gritavam tentando para-lo, porém ele só aumentava a velocidade, e o medo dela só aumentava.

Isabelle, fechou seus olhos, esperando pelo pior, mais apenas sentiu uma pequena pancada no seu corpo, abrindo os olhos novamente, sentiu como se tivesse acabado de acordar de um pesadelo horrível. Na sua frente estava o menino de antes, os dois estavam no beco, ele sorria de forma estranha.

– Espera... Aquele caminhão... Como eu fui parar lá, e aqui novamente? O que está acontecendo? - A loira estava assustada e com raiva ao mesmo tempo, e só piora por que aquele tal garoto não parava de sorrir. - Me diga, agora!

– Calma Langdon. Eu que fiz isso com você, aquilo foi tudo coisa da sua cabeça.

– Como assim? Eu quase morri! - Socou o ombro esquerdo do albino.

– Eu consigo fazer com que as pessoas vejam o que eu quero, entrando na mente delas, assim como fiz com você.

– Isso é impossível!

– Assim como alguém morta, conseguir respirar. Acha mesmo que sobreviveu aquele acidente? - Sua boca estava seca, não sabia se devia acreditar, na verdade, ela não queria acreditar. - Você está morta Isabelle.

– Não. - Seus olhos estavam marejando, prestes a deixar cair as primeiras lágrimas, ela queria tanto que fosse mentira, mais não era.

– A propósito, meu nome é Lucas, e eu preciso te informar algumas coisinhas, por exemplo, aquela sua amiguinha Katherina, não confie nela.

– Por que, o que tem de errado com a Kath?

– Aquela garota, só entrou na sua escola, com apenas uma propósito, te matar de uma vez por todas, ela não é quem você pensa que é.

Nickolas

Nickolas estava sentado, no bando de trás do carro, de seu amigo Matt, tinha prometido ao amigo que iria o acompanhar até a floresta para um jogo de paintboll junto aos meninos do time de futebol de sua escola.

Matt cantava o refrão de uma música da Icona Pop, enquanto dirigia balançando seu longo cabelo castanho, ele era um bom amigo, muito maluco a maior parte do tempo, mais era a pessoa em que Nickolas mais confiava.

– Estamos quase chegando panda! - Ele gritou, por causa do volume alto do rádio. Matt tinha a estranha mania de chamar o garoto de panda, o que fazia o mesmo rir.

De repente, o carro para no meio da estrada, Matt desliga o rádio, e encara a estrada, fazendo o mais novo estranhar a atitude do rapaz.

– Por que paramos?

– Olhe aquela garota. - Matt apontou e Nickolas direcionou o olhar para a menina de pele morena e cabelos cacheados, parada a poucos metros da estrada, olhando fixamente para o carro. - Vamos falar com ela.

– O que? Ficou maluco, e se ela for uma psicopata?

– Não viaja, Nick. - Matt bufou, e abriu a porta do carro, saindo logo em seguida, Nickolas por outro lado continuou no carro, esperando o amigo voltar. Matt foi em direção a garota, ele parecia estar falando alguma coisa com ela, logo depois os dois começam a nadar em direção a floresta adentrando nela, " Mais uma", Nickolas pensou. Não era novidade, Matt ficar com uma garota que ele mal tinha conhecido.

Nickolas ouviu gritos vindo da floresta, e não pensou duas vezes antes de correr até lá, saiu do carro e correu o mais rápido possível até a floresta, vendo alguns rastros de sangue pelo chão.

– Matthew! Matt, onde você está? Matt! - Nickolas gritava nervoso e preocupado com o amigo, que não respondia, seguiu o rastro de sangue parando perto de uma enorme árvore perto do lago.

Olhou para os lados procurando por alguma coisa, até que sentiu algo molhar seu ombro, passando os dedos pelo local, ele viu, era sangue, olhou para cima viu algo que nunca imaginou que veria.

– Meu Deus! Matt! - Levou suas mãos até sua boca, Matt estava pendurado num tronco da árvore, morto, com o corpo estraçalhado, e cheio de sangue, enquanto alguns corvos comiam seu rosto.

– Olá. - A garota de antes, apareceu ao seu lado, com sua roupa suja de sangue, assim como seus lábios.

– Você fez isso com ele?

– Sim. - Respondeu como se não fosse importante, e ele sentiu medo, pela primeira vez em muitos anos.

– Você vai me matar também? - Nickolas dava longos passos para trás, na medida que a morena se aproximava mais dele, logo se vendo preso, contra uma árvore.

– Não querido, tenho outros planos para você.


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