Anjo das Sombras escrita por AnnabelleJow


Capítulo 2
O errado, pode ser o certo a se fazer.


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, e me perdoem por qualquer erro de digitação, o capítulo ficou um pouco pequeno.
Espero que gostem.



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Isabelle

Estranho, Isabelle não poderia classificar aquilo como outra coisa a não ser estranho. Ela devia ter morrido no lago, nunca deveria ter ido aquela festa, apesar que se não fosse isso Calebe nunca teria conhecido Katherina, no final isso tudo teve um lado bom. Era a terceira aula, Alisson a olhava de uma maneira estranha, ou melhor todos a olhavam de maneira estranha, desde cedo, mais ela ainda não consegui tirar de sua mente a marca no pescoço de Kath. Na aula de Literatura, James, o professor pelo qual as meninas babavam, estava explicando alguma coisa sobre Liev Tolstói, nessa aula ele havia trocado os parceiros, Belle não estava mais sentando com Caleb e sim sozinha, James havia dito alguma coisa que seu parceiro não havia ido pra escola naquela manhã.

– Me fale uma frase de Tolsói senhor Hale. - James parou em frente a mesa de Caleb que estava atrás de mim, sentado junto a Kath, os dois estavam conversando sobre alguma coisa, quando foram interrompidos pelo moreno.

– As famílias felizes parecem-se todas; as famílias infelizes são infelizes cada uma à sua maneira. - Caleb o olhava um pouco nervoso, e gaguejou um pouco, ele tinha sido pego de surpresa, mais o moreno ainda o olhava com desapontamento.

– E de onde é esta frase?

– Anna Kariênina. - Ele respondeu um pouco mais firme dessa vez, Kath sorriu para ele, e James se deu por vencido se direcionando ao quadro, Caleb e Belle olharam um para o outro como se dissesse "Foi por pouco".

Depois da aula, Belle sai da sala indo em direção ao banheiro, o corredor estava quase vazio, os alunos pareciam ter sumido, o que não era normal, mais ela sentia como se alguém estivesse a seguindo, olhava para trás várias vezes mais não via ninguém, quando chega perto do banheiro, sente sendo puxada para dentro, sua vontade era de gritar, mais ela não consegui foi tudo muito rápido, a luz se acendeu, e ali ela viu Alisson parada em sua frente, a morena estava com os olhos inchados, e olhava para a menor com raiva, mais Belle deveria estar com raiva não o contrário, porém ela não conseguia, Alisson colocou as mãos ao seu redor prendendo-a contra a parede.

– Vejo que está bem Langdon.

– Estou obrigada, agora será que posso ir embora? - Belle tentou sair, mais a maior a impediu, segurando seu braço, ela era muito alta, pele bronzeada, cabelo preto até a cintura, e olhos azuis.

– Me desculpe está bem? Eu quase te matei naquela noite, não devia ter feito aquilo, eu sei disso.

– Eu te perdoo, Alisson.

– Como consegue? Fiz coisas horríveis para você durante anos, quase te matei, e você parece que não liga para isso.

– Não consigo sentir raiva de você.

– Por que não? - Ela soltou o braço da menor, suspirou, cruzando os braços e olhando para a loira, como se não acreditasse nela, ela tinha razão, Isabelle devia sentir raiva, mesmo que pouca.

– Não sei, conheço você desde que era criança, sei como você é de verdade Alisson, não sei o que houve, o motivo pelo qual te fez mudar tanto durante esses anos, mais não me importa, por que eu seu quem você é de verdade, mesmo que talvez você mesma tenha esquecido. - Belle abriu a porta do banheiro saindo de lá rapidamente, deixando a morena sozinha, ela se sentia mal por ver a garota assim, deveria sentir raiva, mais não conseguia.

Quarta e penúltima aula, o dia se passou rápido, os alunos ainda a olhavam estranho, ela se sentia estranha, antes ninguém prestava atenção nela, era uma garota "invisível" e agora o centro das atenções, mesmo não sabendo o por que ainda. No ginásio, os alunos se dividiam, de um lado os meninos e no outro as garotas, estava chovendo, então os garotos não teriam treino de futebol. Belle estava amarrando os cadarços soltos de seu tênis, enquanto Kath que estava ao seu lado, se alongava, hoje elas não tinham como fugir da aula, as duas estavam usando uniformes, uma calça de moletom vermelha e uma blusa preta de mangas curtas.

– Vamos jogar vôlei, isso não estava nos meus planos. - Sussurrou ela, olhando para as outras garotas, mais seu olhar parou em Alisson, a morena tinha uma feição envergonhada, ao ver Belle a olhando.

– Vai ser divertido, só tente não levar uma bolada na cara. - Kath falou divertida, indo em direção a quadra, ficando no mesmo time que a loira. Belle nunca foi boa em esportes, isso era evidente, nunca gostou de jogar nada que não tivesse um controle.

– Comecem! - A treinadora Ronan, soprou o apito vermelho, e ajeitou seu boné preto, o jogo começou, Alisson deu uma sacada, e foi em direção de Kath, que devolveu, indo para Jemmia uma das amigas de Alisson. Belle sentiu um dor forte nas suas costas, como se estivessem a perfurando, seus olhos ardiam, ela sentiu algo bater na sua cabeça com força, fazendo a cair no chão, as garotas paparam de jogar e foram a ajudar.

– Belle, você está bem? - Kath perguntou agachando até a garota, Caleb que estava do outro lado no ginásio, correu em direção a amiga, ela ainda se sentia um pouco tonta, sua boca estava seca, um sensação estranha a invadiu.

– Estou sim, o que aconteceu?

– Levou uma bolada na cabeça. - Jemmia sorriu sem jeito para ela, sua pele estava vermelha mais suas sardas se destacavam, Belle lembrava da garota a avisando sobre o lago se quebrando naquela noite, diferente das muitas amigas de Alisson, Jemmia era a única simpática no grupo. - Tem certeza que está bem?

– Sim, estou bem. - Ela sorri para a ruiva, que a olhava preocupada, e depois para Alisson em tom de repreensão. A trinadora Ronan chega no local, ajeitando sua blusa que teimava em levantar, mostrando sua enorme barriga.

– Ela está bem, não aconteceu nada de mais, agora vá para a enfermaria, e depois pode ir para casa. - A mulher olhava para a menor como se quisessem mata-la, seus olhos verdes demonstravam raiva, mais a menina não entendia o por que.

– Vou leva-la a enfermaria. - Kath ajudou a menor a se levantar, e foram em direção a enfermaria, só a gora Belle tinha percebido, a mão de Kath era muito quente, e as vezes podia ver um certo tom avermelhado em seus olhos, a marca em seu pescoço estava com pequenos ricos vermelhos, ela devia estar olhando para a morena por muito tempo, por que Kath a olhava nervosa de certo modo.

– O que foi? Por que está me encarando? - Kath perguntou, sua voz mostrava certa irritação.

– Você é estranha. - Sua boca parecia que se movia sozinha, e as palavras saiam por vontade própria, a única coisa que Katherina fez, foi dar uma leve risada.

– Falou a garota mais normal do mundo, não é anjo? - As duas pararam em frente a enfermaria, a menor encarou a porta, com uma pequena janela de vidro protegida por pequenas grades. - È aqui que eu fico, preciso voltar, boa sorte.

– Obrigada.

Depois da horrível visita a enfermeira Mary, que disse que a garota estava apenas querendo chamar atenção, e a chamou de doida, Belle saiu da escola, Caleb e Kath ainda estavam em horário de aula, as ruas cobertas pela água e lama, a chuva não parava de cair, o tempo nublado, e não havia quase ninguém pelas ruas. Depois de andar um pouco, já se sentia cansada, ainda faltavam quarenta minutos para chegar em casa, e aquela chuva não ajudava, caminhando por aquela rua deserta, Belle sentia um pouco de medo, sua visão não estava muito bem, e ela se sentia tonta ainda. Seu corpo doía, sua visão embaçada, ela sentia muito frio, e trincava os dentes, passava as mãos pelos braços em forma de tentar conter o frio, mesmo que em vão. Um carro da marca Gol, preto para ao seu lado e o motorista abaixa o vidro do carro.

– Entra aqui, Isabelle. - Era Miguel, ele estava um pouco molhado, e a olhava com certa preocupação, Miguel era o garoto problema da escola, ela nunca tinha falado com ele antes, mais sabia que o garoto era encrenca na certa.

– Não! - Ela grita, ou pelo menos tenta e volta a caminhar, e o moreno a segue com o carro, o garoto bufa com a teimosia da menor, ele até gostava disso nela.

– Entra logo.

– Já disse que não! - Desse vez Miguel para o carro, e sai do mesmo, andando rapidamente em direção da garota, pegando-a com muita facilidade, e a colocando nos ombros. - Me solta! Seu maluco, o que tá fazendo? Me larga! - Ela se debatia, mais o jovem parecia não se importar, ele correu em direção ao seu carro, abrindo a porta do lado traseiro, e colocando a loira ali deitada no banco, fechou a porta traseira e abriu a da frente, entrando no veículo e fechando a porta novamente. - Deixa eu sair, Miguel.

– Você não está em condições de querer alguma coisa, pequena. - Olhou para a garota pelo retrovisor, seus olhos vermelhos, e completamente molhada, ele ligou o motor novamente e começou a dirigir.

– Pra onde está me levando? - O medo em sua voz era visível, Miguel riu com a pergunta.

– Para a minha casa, pequena.

No apartamento pequeno de Miguel, a garota olhava atentamente tudo a sua volta, em um lado um grande estante de livros sobre fatos históricos, do outro lado várias estátuas estranhas, as paredes pintadas de branco, e os moveis coloridos, era bem mais arrumado do que ela imaginava, em cima de um mesinha tinha um porta retrato com uma foto de um garotinho segurando uma bola de futebol, deduziu que era o moreno.

– Achei algumas roupas da filha da namorada do meu tio Joe, acho que vai servir em você. - O garoto se aproximou, ficando por trás dela, causando um certo arrepio na menor, ela podia até imaginar ele sorrindo por trás dela.

– Obrigada, mais não precisava fazer isso, e por que fez isso? - O olhou desconfiada, ela até tinha achado legal o que o menino tinha feito por ela, a ajudando só não entendia o motivo disso.

– Não posso ser legal? Sabe, eu não sou o monstro que todo mundo fala. - Ele sorriu, seus olhos castanhos mostravam divertimento, seu cabelo castanho estava molhado, tirou sua típica jaqueta de couro e pendurou na porta.

– Desculpa.

Lucas

Rato de laboratório, esse era o rótulo que a instituição CHR, dava para ele, seus pais era agentes, e viviam em função de seu trabalho, com Lucas não seria diferente, ele foi treinado desde pequeno, sendo agora também uma das cobaias, cinquenta pessoas fizeram os testes alguns involuntariamente, porém somente cinco pessoas sobreviveram, todos os que fizeram involuntariamente conseguiram fugir de algum jeito, ele por outro lado tinha feito por escolha própria. Não era mais uma criança, já tinha vinte e um anos, era considerado como um dos melhores espiões da instituição, assim como sua mãe Chloe Sampaio.

– Três de nossas experiências, sumiram, eu quero saber como, isso só poderia acontecer se alguém de dentro deixasse eles saírem. - Carlos, nos olhava com certa decepção, ao meu lado estava Jhon e Kevin, todos estavam reunidos na sala de Carlos, ele comandava a instituição, já fazia alguns anos, e teve a estúpida ideia de criar super humanos.

– Não sabemos como senhor. - Jhon se pronunciou, ficando a minha frente, atraindo todos os olhares para ele. - Mais estamos vigiando dois deles, projeto X e XY.

– Que bom, mais o que eu quero é que você os traga até mim seu inútil, eles estão desenvolvendo suas habilidades, e perderam a memória da noite que que sofreram o experimento, podem acabar se descontrolando.

– Não podemos simplesmente, arrasta-los até aqui senhor. - Kevin fala seriamente, e Jhon o olha surpreso, Kevin nunca foi muito de falar. - Por que não manda o velhinho vampiro ir se enturmar com eles? - Lucas odiava esse apelido, seu cabelo era platinado, um tom branco, seu cabelo tinha um perfeito corte Justin Bieber, não que gostasse, mais sua mãe não o deu escolha, seus olhos por outro lado era negros como a noite, e sua pele extremamente clara.

– Lucas? Você aceita? - Carlos o perguntou um tanto duvidoso sobre a sua resposta.

– Sim senhor, farei o que for preciso.

– Então parece que terá de estudar novamente.

– Como disse senhor, eu farei o que for preciso.


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