The Amazing Spider-Man escrita por Leinad Ineger


Capítulo 32
Capitulo 32 - O Voo de Ícaro - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Cansado de esperar, Peter Parker decide que é hora do Homem-Aranha entrar em ação e caçar o Abutre, valendo-se das informações que obteve no laboratório da polícia! Mas essa será uma luta como você nunca viu..



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– Encontrou alguma coisa, Parker?

Era... Sim, era “alguma coisa”. Uma pena negra. Reconheceu o formato, a textura, o material. Era diferente das penas verdes que tantas vezes ele próprio tinha arrancado do ridículo traje, mas era, sem sombra de dúvida, uma pena do Abutre. Eram um pouco mais pesadas, afiadas. Armas de ataque? Adrian Toomes tinha aperfeiçoado seu traje? Elas preservavam a aerodinâmica, mas podiam ser letais como adagas. E a cor... Traje noturno? Stealth?

– Parker?
– Sim, Stacy?
– Encontrou alguma coisa?
– Não sei ao certo.

Peter colocou a pena em um saco plástico, junto com as outras que tinha encontrado.

– Teve sorte?
– Não. As únicas digitais aqui são as do Juiz Hilbert.

Obviamente, ele já sabia que não haveria digitais. Tirou quase sessenta fotos do local, de todos os ângulos, imaginando como tinha sido o ataque do Abutre, o assassinato e a fuga. De todos os ângulos possíveis, exceto, claro, por resistir à tentação de tirar algumas fotos pendurado no teto.

Entraram no carro e dirigiram-se de volta ao departamento tranqüilamente, em meio ao caótico trânsito de Nova York.

– Você é sempre tão quieto ou só está tentando se adaptar, Peter?
– Estava pensando em como minha vida mudou. Em menos de um mês, eu perdi o emprego de pesquisador na UES e entrei para a polícia. Mas, pensando bem, acho que a minha vida toda me preparou pra isso. Meu tio foi assassinado, trabalhei como free-lancer do Clarim tirando fotos do Aranha, namorei a filha do Capitão Stacy – um dos caras mais decentes que já conheci – e, por algum motivo, fui indicado pelo antigo chefe pra esse emprego.
– Que bom que você pensa assim. É um trabalho legal, apesar de não ser tão emocionante quanto aparece na TV. Como era tirar fotos do Aranha?
– Como ser correspondente de guerra! – respondeu Peter, sorrindo. – Eu vi a maioria dos inimigos dele, vi gente como o Capitão América e o Superman. Vi o Aranha se arriscar para salvar vidas de pessoas que ele nem conhecia, de pessoas que tentaram matá-lo. Eu mesmo quase morri tirando as fotos diversas vezes. Depois o Clarim publicava com uma manchete do tipo: “Ameaça mascarada ataca novamente”.
– Hah! E ele nunca te culpou por isso? Afinal, você promovia a cruzada anti-Aranha do Clarim, ainda que não fosse intencional.
– É, no começo ele não gostou da idéia de eu tirar fotos que eram usadas contra ele. Depois ele conheceu o JJJameson, o editor do Clarim, e viu que nunca ia conseguir convencer o velhote de suas intenções. O Aranha nunca se preocupou com recompensa, então reconhecimento também não fazia a cabeça dele.
– Deve ser monótono tirar fotos de cenas do crime depois que eles acontecem e não durante, hein?
– Prefiro assim... Pra minha própria segurança. E acredito que o Aranha também.
– Vocês se consideram amigos?

Peter pensou um pouco para responder. Não que estivesse ouvindo aquela pergunta pela primeira vez. Mas muita coisa tinha mudado. O Aranha... Não, algo dentro de Peter tinha mudado.

– Não. Não somos amigos.
– Entendo. Bom, eu perguntei porque parece que ele voltou a usar aquela roupa preta. Queria saber se há algum motivo especial para isso.
– Motivo especial para mudar de roupa?
– Algumas espécies animais trocam de pele. Algumas pessoas mudam de atitude.
– É. Pode ser uma mudança de atitude, sim.

A mente de Peter voltou para as penas negras que coletou na casa do juiz assassinado. Se o Abutre realmente estava usando uma roupa negra, aquilo significaria uma mudança de atitude? Um Abutre mais violento, talvez? Mais cruel? Ou será que esse novo Abutre era um desconhecido, algum novato se passando pelo vilão?

– Espero que essa “mudança de hábito” do Aranha não signifique o que parece – recomeçou Stacy. – Um Homem-Aranha de luto pode significar que ele tem sangue nas mãos.

Central de Polícia:

O laboratório da polícia era uma moderna instalação científica. O equipamento era de última geração – um presente dos políticos no ano que antecedia as eleições. Sem dúvida, ficava muito bem nos jornais estampar estatísticas sobre os investimentos em segurança pública. De qualquer forma, quem saía ganhando era a equipe do Dr Eisner. De seu terminal de computador, Peter tinha acesso a um extenso banco de dados e informações privilegiadas. Uma rápida pesquisa lhe deu as informações que deixara de prestar atenção três meses antes: o Abutre realmente tinha fugido da prisão. E mais: o juiz que o condenara era Carl Hilbert.

Três meses: o tempo que passara entre treinamento, testes, entrevistas e exames para entrar para a equipe forense. Não podia se culpar: os testes foram rigorosos e, apesar de ter sido dispensado dos exames médicos (“Recebemos um memorando informando seu estado de saúde com resultados atualizados, você não vai precisar passar por nossos médicos”), passou muito tempo no curso de integração. A tia May nunca se sentira tão orgulhosa de seu sobrinho, mas ela não fazia idéia do turbilhão emocional que o acometia. Passou com louvor nas provas de tiro, mas apenas porque podia contar com o Sentido de Aranha para melhorar sua pontaria. Cada vez que pegava na arma para as provas, sentia como se estivesse ouvindo as vozes de Norman Osborne, Harry, Semeghini, o Carnificina, Octopus...

Ou o choro de bebês.

Aparentemente, o Abutre passara todo esse tempo quieto, maquinando sua vingança. Quando a pôs em prática, contudo, foi bem barulhento. Mas ninguém testemunhara o crime. Os filhos do Juiz Hilbert não moravam mais na mansão, a esposa estava fora e os empregados ainda não tinham chegado. Toomes sondou a casa, aprendendo o suficiente sobre seus hábitos para poder agir sem preocupações.

Para o Homem-Aranha, estava claro que o Abutre era o assassino. Peter Parker, no entanto, precisava de evidências físicas. Imprimiu as folhas e...

Pegando o saco plástico com as penas em sua valise, Peter começou a examiná-las. Eram oito, ao todo. Duas ficariam com Stacy, que tentaria encontrar digitais nela. Peter pegou uma com a luva e começou a examiná-la. Era, de fato, bastante parecida com os antigos modelos do Abutre. Feita de uma fibra de carbono ultra-resistente, permitia que Adrian Toomes voasse, mas o forçava a andar curvado por causa do peso. Isso dava uma aparência ainda mais grotesca ao Abutre.

Começou então o processo de identificar resíduos nas penas. Poeira, pêlos, tecidos... Qualquer coisa que, em condições normais, não estaria ali. Num primeiro momento, conseguiu isolar dezesseis resíduos diferentes. Doze não teriam utilidade nenhuma na investigação. Outros três eram provenientes da própria residência do Juiz Hilbert: café, vidro e pêlos do carpete.

Mas Peter notou um leve tilintar em seu Sentido de Aranha quando colocou a última amostra no microscópio. Era um tipo de cal. Podia ter sido arrancado de alguma parede, ou ser um talco usado para que Toomes entrasse no apertado traje. A segunda hipótese era a mais provável, considerando que Peter já tinha identificado resíduos da tinta das paredes.

Voltou ao computador e procurou registros sobre os esconderijos do Abutre que a polícia mantinha como “ativos”. Afinal, se a polícia desativasse todos, por onde começariam a procurar quando precisassem? Por isso era importante catalogar cada esconderijo que descobrissem e esperar para surpreender os vilões dentro de seu próprio covil.

No caso do Abutre, eram dois: um no Bronx, encostado no Cemitério Woodlawn (que lugar melhor para um Abutre?) e outro em Coney Island, próximo a uma pedreira (que lugar melhor para se sujar de cal?)

Novamente, Peter imprimiu as folhas com os esconderijos do Abutre, arquivou tudo em uma pasta e guardou no seu armário. Não queria deixar nenhuma evidência em computadores que podem ser hackeados. Seu dilema, no entanto, era como levar ao Dr Eisner suas descobertas. Se Peter passasse a ser conhecido como “especialista em inimigos do Homem-Aranha”, poderia acabar em maus lençóis.

Coisa que já tinha acontecido quando ele era o “fotógrafo do Homem-Aranha”.

Levaria, no mínimo, uma semana para a conclusão dos trabalhos da perícia. O Dr Eisner ainda estava ocupado com a necrópsia e o resto da equipe tinha seus afazeres. Peter começou a digitar um extenso relatório, detalhando tudo que encontrara na cena do crime. Legendas minuciosas de suas fotos, posição de objetos, materiais encontrados. Tudo.

Mas já estava cansado de esperar. Já era hora do Homem-Aranha entrar em cena e dar ao Abutre o que ele merecia.

Danem-se as conseqüências! Nada de esperar um mandado, ou até que o criminoso finalmente cometesse um erro... Precisava levar a guerra até ele, precisava...

– Parker? Você não vai embora?
– O quê? Ah! Oi, Potter. Não, eu... Estou tentando terminar esse relatório...
– É quase uma da manhã!
– Putz!
– Vem, eu te dou uma carona.
– Mas eu...
– Deixa isso aí. Nós estamos dentro do cronograma com esse caso. Há um monte de crimes acontecendo em Nova York, com o tempo você se acostuma a dividir melhor o seu tempo e cuidar das tarefas com mais eficiência. Agora vamos, eu te levo.

Mari Potter era uma garota legal. Parecia ser dedicada ao trabalho, era muito bonita e gostava de conversar. Peter andava muito quieto, sentia-se cada vez mais retraído, e a companhia de uma mulher estabelecida em sua vida profissional parecia... intimidá-lo. Foi um dia cheio, conturbado.

Não seria difícil ficar sem pensar no quanto ela era bonita.

– Eu já morei aqui no Queens. Meus pais ainda moram aqui. Eu gostava, mas fico mais à vontade em Manhattan, perto do trabalho, perto de tudo.
– Eu não devia ter deixado você me trazer até aqui, Potter...
– Deixe de bobagem! E, pros amigos, eu sou Mari.
– Claro. Peter.
– Ufa! Não agüentava mais te chamar de “Parker”!

Foi difícil esconder o sorriso, foi difícil não prestar atenção no sorriso dela.

– Ei, olha! Não te disse? Aquele é meu irmão, Harry!
– Harry? Marianne Potter tem um irmão chamado...?
– Ei, Harry!

Mari encostou o carro no meio-fio e chamou o irmão, que se aproximou pelo lado do passageiro. Peter pensou em sair do carro pra se apresentar, mas quando abriu a porta, acertou em cheio a testa do rapaz.

– Essa não! Harry!
– Ah, meu Deus! Eu matei o Harry Potter!
– Harry, você tá legal?
– Tou sim – respondeu ele, caído na calçada. – Quem é seu amigo? Algum lutador?
– Não, esse é Peter Parker. Ele trabalha comigo.
– Prazer. Eu acho.
– Mal aí. Não percebi que você estava perto da porta.
– Tudo bem. Mas o que você está fazendo aqui, Mari?
– Eu estava dando uma carona pro Peter...
– Bom, acho que eu... Posso ir a pé daqui...
– Imagina! Vamos, eu...
– Não, Mari. É sério. Eu moro a dois quarteirões daqui. Tá tudo certo.
– Você é quem sabe...
– Obrigado mesmo. E... Bom, foi mal. E foi um prazer, Harry. Se cuida.
– Pode deixar.

Peter dobrou a esquina rapidamente, deixando os dois irmãos para trás.

– Sujeito estranho, esse seu amigo. Mas parece um cara legal.

Mari não respondeu, mas concordava que havia algo muito especial a respeito de Peter Parker. Algo que ela gostaria de entender melhor.

– E aí? Me dá uma carona?
– Não, Harry. Fica pra próxima. Preciso... testar uma teoria.

Enquanto isso, Peter correu até a casa de tia May. A velha senhora já estava dormindo, o que facilitava as coisas. Peter não precisaria fazer um relatório completo sobre como tinha sido seu dia no serviço. Era apenas pegar seu uniforme e sair.

O uniforme negro.

A cidade estava tranqüila, a calmaria da madrugada tornou o trajeto mais rápido. Mas Coney Island era longe, e Peter teve muito em que pensar. Sentia uma estranha repulsa pelo seu uniforme negro, mas não podia ignorar o fato de que ele era muito mais adequado ao que se tornara. O Abutre era um assassino, um demente inescrupuloso incapaz de considerar o valor da vida humana. Simplesmente matava e seguia em frente.
Isso tinha que acabar.

Usou linhas de metrô, ônibus e caminhões para chegar a Coney Island. Já estivera aqui antes, diversas vezes. Algumas com a tia May, outras com Mary Jane.

Também já estivera aqui com Harry e Gwen, mas procurou afastar esses pensamentos da cabeça.

Coney Island é uma península, que já tinha sido uma ilha. A faixa de mar que a separava do Brooklin foi aterrada durante a construção do Belt Parkway – um cinturão de auto-estradas - anos antes da Segunda Guerra Mundial.

Os indígenas a chamavam de “terra sem sombras”, pois sua geografia privilegiada garantia a luz do sol durante todo o dia. Em anos recentes, a área foi revitalizada e sua praia ganhou muito com o processo. Na península sul, fica a pedreira St Sebastian, uma lembrança dos tempos da Guerra, antes dos parques que fizeram a península famosa. Era lá que, Peter suspeitava, o Abutre se escondia.

Não queria anunciar sua chegada. Nesse ponto, o uniforme lhe dava uma grande vantagem. O resto ficava por conta de seu Sentido de Aranha. Aproximou-se de uma série de pequenos barracões na orla exterior do anel que formava a pedreira. Um deles tinha a luz acesa e movimento.

O Sentido de Aranha comemorou o palpite certo.

Dentro do barracão, Adrian Toomes assistia TV. Estava só com a parte debaixo do uniforme, sem as grandes asas. Um velho programa de humor arrancava gargalhadas do velho.

O Homem-Aranha resolveu entrar pelo teto, quebrando as telhas do barracão e caindo exatamente entre a TV e Toomes.

– O que...!? Homem-Aranha! O que está fazendo aqui, seu...

Adrian jamais soube a resposta. Foi atingido em cheio por um murro, sendo lançado para trás, em direção a uma pilha de caixas. O Aranha continuou avançado, mas longe de ser um velhinho indefeso, o velho Abutre ainda tinha algumas surpresas guardadas. Apenas o Sentido de Aranha impediu que Peter fosse pego pelas chamas de um maçarico.

Saltou para trás, o mais longe que pôde. O Abutre estava disposto a jogar sujo, mas dessa vez não teria trégua. Não teria piadas, nem chistes. Ele saiu do barracão em direção ao alto, já trajando suas novas asas negras.

– Não sei como você me achou, mas garanto que vai se arrepender de ter vindo aqui!

O Aranha saltou entre os barracões, esperando que as chamas o iluminassem o suficiente para que o Abutre o visse. O plano deu certo. Em um rasante, o velho o atingiu o cheio com as asas, cortando fundo os braços do herói (isso não era parte do plano). Os dois atingiram o chão de cascalho com fúria. Os golpes eram desordenados, impacientes. Era como uma briga de crianças, sem lógica, sem nenhuma estratégia.

Apenas fúria cega.

Mas o Aranha ainda tinha o suficiente de si para arremessar o Abutre longe. Adrian Toomes atingiu uma pilha de ferramentas com um estrondo.

– Não agüentou ficar quieto, Toomes? Não dava pra fugir e se esconder? Por que matou o Juiz Hilbert?!
– Porque eu não vou engolir humilhação de ninguém, palhaço! Nem de juízes, policiais, autoridades, e muito menos de você!

Começou a arremessar as ferramentas, pás e picaretas em sua maioria, no Aranha. Uma das vantagens de todas as mudanças que passara nos últimos meses foi a mutação biológica que lhe permitiu lançar teias. As teias orgânicas eram tão resistentes quanto as que fabricara no passado para seus lançadores, mas tinham a vantagem de responder muito melhor ao que imaginava. Agora, as teias eram uma extensão dele, de fato. Enquanto bloqueava o ataque, arremessava bolas de teia no Abutre. Contudo, as novas asas eram afiadas, e deram conta da investida. O Abutre resolveu voltar ao corpo-a-corpo, lançando-se contra o Aranha.

Lutar naquela pedreira era desagradável. O Homem-Aranha lembrou do confronto com o Homem-Areia, em um local parecido: uma construção em Manhattan. O problema, lá, foi a interferência do Justiceiro e sua moral maniqueísta. Aquele confronto deixou profundas cicatrizes em Peter, mais do que físicas. Era o tipo de confronto ideológico em que ele não tinha a menor chance, pois Frank Castle sempre ia até o limite da racionalidade.

No seu limite, o Homem-Aranha tinha se mostrado um adversário frágil. Mas fora capaz de se fortalecer em meio ao caos que imperou em sua vida.

Os golpes continuavam desordenados, mas isso não importava mais. O Aranha já conseguira o que precisava: uma confissão. Precisava ter certeza de que o Abutre seria punido pelo crime certo. Obviamente, não poderia depor contra ele em um tribunal, mesmo as evidências que tinha conseguido como cientista forense não eram suficientes (ainda) para colocá-lo atrás das grades. Mas o Abutre era o tipo de pessoa que não se importava em dizer o que tinha feito. Sentia um orgulho demoníaco em afirmar quem havia matado, o que havia roubado. Era apenas uma questão de levá-lo até uma delegacia.

Mas antes, daria uma lição ao Abutre que ele jamais esqueceria.

– O que aconteceu com você, Aranha!? – gritava o vilão, enquanto tentava atingi-lo com suas asas. – Você é patético! Tá com medinho!? Esqueceu o quanto eu posso ser...

A cabeçada o atingiu em cheio no nariz. Não estava preparado pra um golpe desses. O sangue escorreu farto, entrando em sua garganta. De repente, perdeu a força nas pernas, não enxergava mais claramente e começou a tossir. Sentiu o Aranha segurando um de seus braços.

– Ora, seu... Que diabos foi isso!? Desde quando você briga sujo desse jeito? Eu devia... Espere! O que você... NÃO! NÃO!!!

Snap!

Um braço quebrado.

Snap!

Outro braço quebrado.

Entre os gritos de dor, Adrian Toomes sabia que não voltaria a voar tão cedo.

Havia uma delegacia não muito longe dali.

O Abutre caminhou, os dois braços engessados, de volta a sua cela em Camp Gabriels. Para sua surpresa, Fabian Ochoprenhauser estava saindo.

– Bem-vindo de volta.
– Aonde você pensa que vai?
– Embora. Já paguei minha dívida com a sociedade.
– E sua dívida comigo?
– Não me leve a mal, Toomes. Mas eu não te devo nada.
– Anda logo, Ochôa – interrompeu o carcereiro. – Ou vai querer ficar aqui com o Homem-Galinha?
– De jeito nenhum, Columbus. Bom, Toomes... A gente se vê.
– Eu vou matar você!
– Duvido muito.
– Pelotas não é tão grande pra você se esconder de mim!
– Tá, tá... Ei, já pensou em grudar umas penas nesses gessos?

– Bom... Nossa, Peter! Que cara é essa?!
– Noite ruim. Tudo bom com seu irmão, Mari?
– Sim, mas... o que aconteceu com você, afinal?
– Umas coisas quebradas lá na casa da minha tia... Eu tentei consertar e caiu tudo em cima de mim. Nada demais. Ah, bom dia, Stacy. Dr Eisner.
– Bom dia, Peter. Já leu os jornais hoje?
– Ainda não.
– Nosso caso está encerrado – disse o médico. – O Abutre foi preso e confessou o assassinato do Juiz Hilbert.
– Que coisa...
– Sim. No depoimento dele, ele citou o Homem-Aranha. Parece que o Aranha... pegou um pouco pesado com o Abutre.
– “Pesado”?
– Ele quebrou os dois braços do Toomes.

Peter não quis dizer “O que o senhor quer dizer com ‘pesado’?” e sim “Eu mal comecei”.

Na Torre de Vigilância

– Clark? Bruce. Parece que temos uma situação extrema com um velho amigo nosso. O Homem-Aranha.


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Notas finais do capítulo

A seguir: Assuntos de Família!"



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