No porto de Baltar, comprando um bilhete para o navio, estava Nior, com sua pequena bagagem e unica espada na cintura ele recebia o bilhete das mãos da vendedora, Nior se dirigiu ao deck principal para esperar o navio em direção a Jáfar. Enquanto ele espera, um velho mal-vestido se aproxima, perguntando:

  - Olá meu caro rapaz, vejo que é um guerreiro daqui de Baltar não é? Você está indo para onde meu jovem? Daichi, Jáfar, ou até mesmo para Vadember?

- Vadember? Saia daqui, está velho demais e começa a inventar nomes, não preciso de distrações em meu caminho. - alerta Dior ao estranho velho.

- Parece que eu não deveria ter começado essa conversa, os guerreiros de hoje em dia são tão mal informados... - gesticula o velho, falando com as mãos e indo embora.

Confuso e meio curioso Nior tenta chamar o velho de volta, mas ele havia sumido. O apito do navio se aproximando tira Nior de seus pensamentos, que se aproxima da ponta do deck para embarcar. Ao entrar no navio, uma comissária de bordo o leva a sua cabine e logo o capitão se anuncia:

- Olá a todos os passageiros, sou o capitão Kadow, estamos indo em direção a Daichi e em três dias chegaremos la, zarparemos em aproximadamente vinte minutos.

- Um bom cronograma, acho que darei uma volta pelo navio.

Nior se levanta da poltrona onde estava sentado de passa pela porta de sua cabine, logo de cara vê uma linda paisagem pela janela do corredor, no fundo do horizonte o rio Jáfar desagua, formando uma belíssima nuvem de partículas de água, que misturado a luz do sol forma um enorme arco-íris. Não se vê apenas o desague, mas também baleias acompanhando o navios, baleias azuis, titãs do mar, gigantescas, observando o pequeno navio comparado a elas. Nior se sente satisfeito com a bela paisagem que acabou de vivenciar e retorna ao seu quarto.

Fuçando sua mala, Nior encontra um pedaço de pergaminho velho, abrindo-o ele se depara com um mapa, não um mapa comum, um mapa detalhado, com belíssimas figuras, e um pedaço de terra a mais.

- Que estranho, este mapa é tão bem feito, mas contém essa estranha  ilha  ao norte de Salvalus, e seu nome é Vadember! Foi o mesmo nome que aquele velho estranho disse enquanto resmungava! Deve ter sido o próprio que colocou isso na minha mala...

Interessado, Nior senta-se a mesa da cabine para averiguar o mapa mais calmamente. Quando começou a interpretar o mapa, foi interrompido pelo capitão do navio:

- Atenção todos os passageiros, estaremos agora cruzando a fronteira entre Baltar e Obdias, favor se postarem diante a suas portas para a apresentação dos bilhetes para os guardas de Obdias.

Confuso, Nior pega seu bilhete e ainda com o estranho mapa na mão, vai para fora de sua cabine, esperando ser atendido.

Momentos depois, um homem fardado pergunta pelo seu bilhete e Nior o mostra, mas o homem interessou-se por outra coisa.

- Ei garoto, o que é isso em sua mão? - pergunta o gurda.

- Parece ser um mapa, mas está errado, tem pedaços de terra a mais... - esclarece Nior, confuso.

- Queira me acompanhar por favor? Iremos ver o capitão.

Sem questionar, Nior simplesmente segue o sujeito e é levado a cabine onde o capitão se encontra.

- Capitão, o senhor não nos informou que tinha alguém com conhecimentos das terras proibidas à bordo de seu navio. 

- Mas não temos ninguém, o que aconteceu a esse garoto e porque estão em minha cabine?

- Espere, senhores, um velho colocou isso em minha bolsa enquanto esperava o navio antes de embarcarmos. - se pronuncia Nior, ainda mais atordoado com a nova história.

- Certo, parece que temos uma explicação, foi o velho Quetta que introduziu mais um nessa história... Garoto, não podemos mais negar uma coisa quando temos uma prova em nossas mãos, parece que você foi acidentalmente colocado em uma coisa que não deveria sequer saber, sente-se e lhe contaremos o que realmente está acontecendo.

Nior se senta na poltrona central e mais confuso do que nunca começa a ouvir.