Ficta Confessio escrita por cuba


Capítulo 4
Capítulo 03 - Ab Aeterno




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Após seu longo momento de excitação, Tero, ainda sem palavras vai ao encontro do grande lobo a sua frente. O animal nota ele se aproximando e logo se levanta encarando-o, Tero para calmamente a sua frente e estende o braço, o animal pisca e abaixa a cabeça em sinal de confirmação, Tero acaricia seu focinho e o animal em resposta encosta sua pata na cabeça de Tero, que se assusta um pouco.

 

- Será que ele gostou de mim? - questiona Tero, olhando para o curador do museu. Que rindo, responde:

- Parece quem sim senhor Tero, você deveria saber pelos seus estudos.

- Realmente, agora estou me lembrando, os Lobos Hagel na época em qua andavam livres pelo norte de Sancta Sanctrorum, eram conhecidos por sua extrema gentileza com os monges que la instalaram suas moradas, o único requisito para que ele o respeite, é também respeita-lo, parce que fiz a coisa certa...

 

Segundos depois do lobo tirar a pata de Tero, ele encostou o focinho em sua cabeça e uma sensação estranha o atingiu, e Tero caiu de joelhos no chão. Sua mente logo foi tomada pelo estranho sentimento e Tero apareceu em um vazio com apenas o lobo a sua frente. E então o lobo falou:

 

- Quer dizer que foram seus estudos que possibilitaram aqueles homens me acharem?

 

Assustado e quase sem palavras, Tero responde:

 

- Parece que sim, estou desde os quinze anos pesquisando sua raça, já fazem dez anos que tento entender porque vocês sumiram de Salvalus. E mais uma coisa, o que está acontecendo agora?

- Nossas mentes estão em sincronia, é uma habilidade rara de minha raça, acho que você não conseguiu descobrir isso em suas pesquisas, afinal, desaparecemos há mais de quatrocentos anos, devido a seus monges que nos expulsaram de nossa morada, simplesmente fomos embora para não acontecer nada de grave tanto a nós como a eles.

- Monges expulsando animais? Isso deve estar errado, os monges de Gaia nunca machucariam qualquer animal. - contesta Tero.

- E não machucaram, os monges vieram até nossa morada e dialogaram pacificamente, nos convencendo de que era a melhor escolha nos retirarmos para as montanhas geladas de Salvalus.

- Não compreendo, como os monges podem fazer uma coisa dessas? Fora que sua espécia foi dada como extinta...

- Nada do que você sabe é verdade sobre Salvalus, a não ser a exitencia da minha raça, existe muito mais do que se imagina dentro daquelas fronteiras, não sou livre para falar pois minha raça se nega a interagir com os humanos atuais, só estou aqui porque minha curiosidade é maior do que a obediencia pelo clã. Em segundos sairemos dessa condição de mentes sincronizadas, tudo o que eu tinha para lhe contar já foi contado.

- Certo, estou meio confuso, mas qual o seu nome...?

 

Antes de ter sua pergunta respondida, Tero se ve de joelhos no chão, com uma leve dor de cabeça, e o curador do museu, que estava ao seu lado assustado, perguntando o que tinha acontecido e o lobo estava deitado, aproveitando um belo sono embaixo de um árvore.

 

- Parece que ainda falta muita coisa na minha pesquisa, o lobo colocou nossas mentes em uma espécie de sincronia, ele me contou coisas a respeito de Salvalus, parece que os monges escondem alguma coisa.

- Tero, suas pesquisas são muito promissoras e você iria descobrir coisas muito fascinantes continuando ela. Certo, parece que chegou a hora de lhe contar certas coisas Tero...


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