Ficta Confessio escrita por cuba


Capítulo 2
Capitulo 01 - Ad libitum


Notas iniciais do capítulo

Aqui começaremos com a apresentação das personagens.



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No reino de Labela, onde tudo é feito do mais puro e branco mármore, uma grande construção se sobrepõe acima de todas as outras, bela e ao mesmo tempo rigorosa se ergue ao Norte a Academia de Gaia onde dentro dos enormes corredores que dão passagem para incontáveis salas de aula, uma em especial se destaca, não pelo barulho mas sim pela atenção que se da em seu interior, um professor alto com seus cabelos brancos presos na altura do ombro, um óculos meio incomum para sua profissão e o seu jaleco prata, que é de uso restrito para os plantam a sabedoria na mente das outras pessoas, esse que esta explicando sua matéria, História, uma coisa muito importante de se aprender, pois a história nem sempre foi registrada, esse homem para por um momento e levanta sua voz.

- Bem pessoal, é assim que se encerra a Era das Descobertas e se iniciam os tempos atuais onde ninguém passa um dia sem aprender uma coisa nova. Por isso quando voltarmos das férias começaremos a estudar a História Atual de nosso mundo, espero que tenham gostado da aula de hoje. - ainda vinte minutos para o término da aula o professor se senta e volta seu olhar para a janela, observando o lado de fora com muita atenção.
- É o ultimo dia de aula e a minha sala é a única cheia, deveria me orgulhar disso - pensa o professor - Mas eles não devem estar prestando a menor atenção, pelo menos me esforço para ensinar minha matéria, pelo menos isso eles reconhecem. - virando o seu olhar para a sala, seu pensamento muda - Provavelmente serei demitido depois das férias, preciso aproveitá-las para não me arrepender de nada.

Não era costume do professor ter uma pausa tão longa na sua aula, então um aluno, confuso, levanta a mão e pergunta:

- Professor Tero, o senhor esta se sentindo bem?

Como se tivesse sido arrancado de um mundo distante, Tero volta a si e um pouco assustado solta um alegre sorriso:

- Claro que estou bem! Hoje é o ultimo dia do ano letivo, amanha começam nossas merecidas férias e eu aqui querendo atrasar a vida de vocês? - soltando uma leve risada o professor termina - Vão! Serão liberados mais cedo, não quero ser lembrado por ser o Professor Tero, o Certinho. Desculpem-me e ótimas férias para cada um de vocês e até o ano que vem se tudo der certo! - Tero arruma seu material e o coloca em sua bolsa e se levanta para sair da sala. - O que estão esperando? Eu já os liberei.

Surpresos os alunos olham uns para os outros e em segundos todos estão de malas prontas e saindo da sala desejando boas férias a seus amigos e para seu professor.
Ainda com um sorriso em seu rosto, Tero caminha calmamente pelos corredores da escola, passando por salas quietas, salas vazias, salas barulhentas e salas em festa. Em pouco tempo chega ao estacionamento onde sobe em sua antiga moto, uma Comet Harley azul com detalhes prateados. A estrada da Academia até a casa de Tero não é tão longa, mas o tempo passou devagar para o homem com seus cabelos brancos esvoaçando para fora do capacete que o protegia em seus pensamentos. No meio do caminho Tero recebe uma ligação e para a moto no acostamento da estrada. Ao atender o celular, uma voz conhecida pergunta sobre ele:

- Alo? Gostaria de falar com o Professor Tero Roosevelt, aqui é o Senhor Carrè, curador do Museu de Animais de Delphino. - identifica-se a voz do outro lado.
- Ah! Olá Senhor Carrè, é o Tero falando.
- Olá Professor Tero, só consegui seu número agora, estou te procurando o dia inteiro. Gostaria muito que o senhor viesse até o Museu aqui na capital, parece que encontramos o que o senhor a tanto tempo procura em sua tese de doutorado, enfim, o senhor pode vir? - pergunta Carrè.

Todo excitado e atrapalhado, Tero fica um pouco fora de órbita e quase deixa sua moto cair, mas logo volta ao normal e continua no telefone.

- Mas é claro que eu vou, eu estava dirigindo até minha casa, mas o Museu fica no caminho, estarei ai em pouco tempo, tchau Senhor Carrè. - desligando o celular Tero da a ignição em sua moto e volta a estrada. Devido a grande excitação, o caminho se torna cada vez mais longo e quase bate em um carro por estar tão distraído pela nova descoberta, porém, Tero chega ao Museu e freando para em uma vaga ao lado da entrada e vai correndo a secretaria do Museu. - Onde está o Senhor Carrè? Preciso falar urgentemente com ele, meu nome é Tero, eu acho que tenho uma hora marcada!

- O senhor Carrè esta lhe esperando no final do corredor em seu gabinete, ponho esse crachá e quando for entrar bata na porta. - dando-lhe um crachá a secretaria manda Tero ir.

Tero coloca o crachá rapidamente e vai em direção a sala do curador, enquanto andava Tero ouviu um som parecido com um rugido, ou pelo menos pensou ouvir. Chegando ao local indicado Tero da algumas batidas na porta e vai entrando, nisso, ele ve o curador sentado em sua mesa.

- Oh! Que bom ve-lo aqui Tero, podemos dispensar formalidades não? - pergunta o homem levantando-se de sua cadeira.
- Claro Carrè, já nos conhecemos a um bom tempo! - cumprimentando o curador, Tero pergunta - E então, vamos ao que interessa?
- Obviamente, apenas me siga Tero. - saindo por uma outra porta, Carrè o convida a passar pela porta.

Longos minutos se passaram enquanto Tero e Carrè andavam por um longo corredor com apenas algumas portas e pouca iluminação quando, uma grande porta surgiu parecendo ser o final. Os dois passaram pela porta e quando Tero colocou os olho no que tinha a sua frente, ficou impressionado, um jardim que pelo tamanho do Museu não dava a impressão de caber ali dentro, as extensões do jardim não eram vistas pois ele se alongava em todas as direções fazendo com que a única parede visível fosse a da porta em que saíram. Uma enorme variedade de plantas eram encontradas ali, arvores e flores de outros lugares do mundo, um lago no meio de uma clareira e o mais incrível, entre duas árvores que pareciam ser centenárias, lá estava a suposta tese de doutorado de Tero, podia se considerar um elo perdido pois havia desaparecido dos olhos da civilização desde a chegada a Sanctrorum. Um animal de grande porte, dois metros de altura, quatro de comprimento sem contar sua cauda, quatro patas fortes, tinha o focinho de um gato, mas não era um gato, era um majestoso leão, um leão branco com belas jubas com um fraco tom de azul, em suas patas dianteiras encontrava-se uma enorme fruta amarela que era mordida de pouco em pouco. Admirado com tanta beleza a sua frente, palavras fracas saem da boca de Tero.

- Que criatura magnífica, não consigo expressar tantos sentimentos em palavras, onde o encontraram? Foi como eu disse, nas montanhas de Salvalus? Afinal eu estava certo...
- O encontramos enquanto fazíamos uma expedição pelas montanhas, la encontramos alguns monges que não nos deixaram continuar, mas ai essa criatura chegou e parece que os monges entendiam o que ele queria, e finalmente nos deixaram continuar. Ele nos acompanhou até aqui, parece que ele tinha algum desejo em vir para cá. - diz o curador, sorrindo.

A alegria e excitação de Tero só aumentavam a medida que Carrè falava e confirmava suas perguntas com seus vinte e cinco anos ele nunca tinha visto nada igual em toda sua ainda curta vida, era incomparável o sentimento que sentia na hora, dez anos dedicados em pesquisas e explorações finalmente deram resultado, mas uma pergunta ainda o incomodava:
- Afinal, como uma criatura com esse porte pode se esconder e sobreviver por todos esses anos sem ser descoberta...

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Notas finais do capítulo

No próximo capítulo, termino da apresentação das personagens e o começo da aventura!



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