Unbroken escrita por Angel


Capítulo 7
Who I Am


Notas iniciais do capítulo

Oiee. Esse cap ficou ruim porque estou sem inspiração pra escrever, mas acho que conseguir explicar uma parte do passado. Enfim, boa leitura



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— Eu não tenho pais! — afirmou, se segurando pra não chorar

— Você está aqui, ao que tudo se parece a profecia se cumpriu, então sim, você tem pais — Rumple respondeu — e mesmo se não fosse feiticeira, você nasceu. Ninguém nasce sem pai e mãe, querida.

— Olha, eu sei que os pais podem ser difíceis, mas eles só querem o nosso bem. Não deveria ter fugido, sua mãe deve estar louca atrás de você! — Snow comentou

— EU SOU ORFÃ! —desabafou, segurando as lágrimas

Todos se entreolharam.

— Fui abandonada nos meus primeiros dias de vida! — contou — por isso não acredito no que diz essa tal profecia. Meus pais não me queriam. Se queriam tanto ficar juntos, porque rejeitar sua filha?

— Podiam não querer ter feito isso, e sim serem obrigados. Eu me perguntava a mesma coisa, até descobrir que a minha mãe lutou por mim tudo o que pode! — Emma se pronunciou

— Não... — foi tudo o que saiu dos lábios dela

— Ou queriam te dar a sua melhor chance, eu também passei por isso! — dessa vez foi Henry

— Definitivamente não... — continuou negando, de cabeça baixa e olhos fechados, se apoiando no balcão

— E como você pode saber disso? — Belle decidiu falar — não pode dizer o que se passa por trás das atitudes de alguém, sem ao menos tê-lo visto uma única vez!

— ME QUERIAM MORTA! — gritou, assustando todos — eles não me deixaram porque não tinham outra opção, ou porque queriam me dar a melhor chance. Me largaram pra morrer!

— Como assim? Porque você tem tanta certeza disso? — Emma não compreendia

— Eu fui achada dentro de um saco de lixo, por uns pescadores, perto das margens de boston. Eu estava quase morta quando me acharam... alguns minutos a mais, teriam sido fatais. Talvez tivesse sido até melhor — deu de ombros — depois de passar um tempo internada, foi mandada por sistema de adoção. Fiquei por lá até meus 5 anos de idade. Os internos do orfanato em que eu estava conseguiram uma fuga e eu fui junto com eles. Ai passei a morar nas ruas... passei de tudo que podem imaginar. Fome, frio... quando ganhava alguma coisa de alguém me roubavam... tentava esconder, mas sempre acabava apanhando e sendo roubada do mesmo jeito. Aprendi a me virar sozinha logo cedo. Quando eu tinha por volta de 9 anos um casal de empresários, acompanhado de amigos é claro, e ai me "ajudaram". Me pagaram coisas, e eu não tinha entendido porque. Contra a minha vontade, me levaram de volta até o sistema de adoção, e uns meses depois, pra minha surpresa, eles me adotaram — respirou fundo, se lembrando — mas logo em seguida descobri o porque: eles não podiam ter filhos, e pra ficar bem diante da alta sociedade, decidiram adotar a menininha de rua. Foi o pior inferno que eu poderia ter passado. Eles não ligavam pra mim, me passavam na cara todos os dias que estavam me fazendo um favor. Colocavam apelidos em mim do tipo: Marginal, mendiga e por ai vai. Não suportavam a minha presença... tanto que me colocaram num colégio interno. Sofria bullying das minhas colegas, não tinha amigos, e nas férias eles me mandavam pra acampamentos, excursões á cidades e qualquer coisa que me deixasse longe deles... — deixou uma lágrima escorrer dos olhos — eu sempre só tive a mim mesma. Portanto, nos lugares que ia, sempre tentava aprender algo de novo. Aprendi a fazer de tudo que vocês possam imaginar, até lutar e dirigir. Me chamam de mal-educada, mas não imaginam tudo o que ouvi pra me tornar assim. Já fui tão humilhada que hoje não aturo nenhum tipo de desaforo ou ameaça. Enfim... — respirou fundo — por isso eu disse que não tenho pais, não tenho ninguém. Entendem? Só tenho eu mesma! — desabafou, deixando as lágrimas finalmente escaparem

— Eu sinto muito... — Regina ia dizendo, mas a menina a completou

— Maddie! — finalmente falou

— Como? — Regina perguntou, sem entender

— Meu nome é Maddie. Queriam tanto saber ele, agora sabem! — contou

— Como chegou até aqui, Maddie? — David perguntou — Você ainda não é maior, suponho...

— Faço 16 anos daqui a um mês... Eu fugi — deu de ombros — estava em mais uma das milhares excursões de férias que eles me colocavam. Desse vez foi em Boston. Aproveitei que a onde eles moram é Los Angeles, um tanto distante, e comecei a planejar uma fuga. Foi de madrugada. Juntei algumas coisas na bolsa, e desci até a recepção do hotel sem ser percebida. Sai pelo estacionamento, amparada por um carro que estava saindo também. Assim que me vi longe de lá, imaginei uma forma de vir pro interior, alguma cidade pequena onde ninguém me achasse. Andei pelas ruas, até que vi um cara caindo de bêbado tentando abrir a porta do carro. Vi que ele estava com a chave na mão, então não foi difícil empurra-lo e tomar a chave dele. Entrei no carro e fui embora. Peguei a estrada mais próxima do bairro em que estava, e assim que finalmente consegui sair de lá, senti um alivio imenso. Eu finalmente estava livre novamente. Não que se virar sozinha seja fácil, mas é melhor do que ser humilhada todos os dias. Já tinha tentando fugir outras vezes... mas algum instrutor ou até mesmo a policia me pegava. O segurança do meu colégio é um deles... enfim, me certificando que já estava longe de Boston, tentei encontrar alguma cidadezinha onde jamais me encontrariam. Passado algum tempo eu vi a placa: Bem-Vindo á StoryBrooke. Eu nunca tinha ouvido falar daqui então pensei que seria o lugar perfeito. Adentrei a cidade, e depois de virar algumas ruas e passar umas quadras, foi quando ele — apontou para Charming — me fechou e o resto vocês já sabem! — contou

— Sentimos muito, Maddie. De verdade! Te julgamos antes de saber o que havia acontecido! — Emma falou por todos

— Não tem problema, já to acostumada. Mas enfim, tô começando a achar que você sem enganou, Sr. Rumple! — se virou para ele — como vê, não sou filha desse amor tão esplendido que você diz, e tão pouco de feiticeiros. Eu nasci no mundo real, e não no da fantasia. Não sou quem você procura!

— Não diga isso tão rápido, querida. — Rumple respondeu — tudo indica que você é sim, quem eu imagino que seja. Só precisamos achar os seus pais e vamos ter a certeza disso! — afirmou

— E quem disse que quero achar as pessoas que tentaram me matar? — cruzou os braços

— Você não tem que querer, querida. Você PRECISA! Poderes mágicos funcionam a base de sentimentos, e consequentemente de seus pensamentos. Por mais que diga que sim, você não superou seu passado pois não o conhece por completo. Quando você conhecê-lo, e aceita-lo, você vai ter mais facilidade pra se equilibrar e estará pronta pra aprender a usar seus poderes. Seus pais são a chave do que você deve descobrir, afinal, eles são a razão dos seus poderes. Se tivesse vindo de qualquer outro casal, você não seria quem é e não estaria aqui — elucidou — portanto, minha cara. Você precisa deles, precisa acha-los. Não só você, nós também. Você pode ser a resolução de todos os nossos problemas. Enquanto isso não acontecer, seus poderes não irão fluir como devem e será impossível você aprender a usa-los e domina-los por inteiro! — explicou

— Olha, eu acho que não vai rolar — sorriu, ironicamente. Novamente aquela expressão foi familiar não só pra Emma, mas pra todos ali — e mesmo se eu quisesse, o que eu não quero, é meio impossível de fazer isso. Caso não se lembre, não há nenhum rastro de nenhum dos dois, porque eu fui achada, e não entregada diretamente pra adoção! — cruzou os braços

— Não preciso de registros, minha cara. Evidências já me bastão! — Rumple falou, em tom irônico — podemos acha-los sem muita dificuldade — disse, se agachando e pegando uma caixa no balcão — isso... — falou, abrindo a caixa e pegando um globo de lá de dentro — é um globo mágico. Com ele você pode encontrar um filho, uma mãe, um pai... qualquer pessoa ligada a você por laços de sangue! — explicou — basta picar seu dedo, e deixar o sangue pingar nele!

— Tá, vamos supor que eu faça isso. Vai mostrar em qual lugar no mundo eles estão. E depois? Se for uma cidade como New York, por exemplo? Ainda vai ser fácil acha-los? — usou seu tom irônico familiar á todos

— Se você nos ajudar, sim!

— E como? Eu posso saber?

— Apesar de muito poderosa, entende muito pouco de magia.... — observou Rumple — todos nós, temos alguma coisa ligada á nossa familia. Por mais que você diga que não. Algo que vale sentimentalmente pra nós, sem sabermos, nos liga a eles!

— E o que, por exemplo?

— O livro que Henry disse que está com você...

— O que tem ele?

— Como o conseguiu?

— Apareceu nas minhas coisas há um tempo. Não sei como, mas apareceu!

— Assim que você descobriu seus poderes, não é?

— Um pouco depois... onde quer chegar com tudo isso? — se apoiou no balcão, o encarando

— Exatamente como estava previsto. O livro de feitiços aparecia á dona assim que tivesse conhecimento sobre o que poderia fazer... e também tem mais uma coisa...

— Diga, estou esperando!

— O livro tem uma tranca. Uma tranca que só pode ser aberto com magia, e somente pela dona. Porém, ela precisa usar uma coisa, além de magia. Um objeto que valha muito pra ela. Você me disse que está com o livro, como consegue abri-lo? Que objeto é esse que te vale tanto e você usa pra abrir o livro de feitiços? — a indagou, vendo seu tom irônico e confiante se desmanchar — tenho certeza que ele é a chave para encontrarmos os seus pais! — falou

— Eu não tenho nada assim... lamento te informar, mas você está errado! — falou, com nervosismo na sua voz

— Eu diria que não! — Emma finalmente falou — sabe, eu tenho um super poder. Eu consigo ver quem está mentindo... e você, menina. Está! — a encarou — para de ter medo do passado. Não se esconda dele. Descubra-o, e encare ele. Só assim, você vai conseguir seguir em frente! — aconselhou

— Vocês não entendem. Eu simplesmente não quero conhecer nenhum deles. Porque não se colocam um pouco no meu lugar? Imaginem seus pais lhe deixar pra morrer, e você crescer com essa realidade na sua cabeça. Além de ver o olhar de reprovação em cada pessoa que te olha — disse, encarando a todos — ai você pensa: se meus pais queriam tanto se ver livre de mim e tentaram me matar, porque os estranhos se importariam de ser olhar na sua cara? Não, eu não quero conhece-os, eu não quero saber quem são, onde estão, ou qualquer coisa relacionada á eles. Se estou onde estou hoje, é por mim mesma. Não preciso deles pra nada, nada!

— Está sendo egoísta! — foi a vez de Henry — seus pais podem ter se arrependido e fazendo de tudo pra te encontrar hoje e pedir perdão. Não diga que não precisa deles, porque se não fossem eles você nem teria nascido. Você não sabe o que aconteceu pra eles terem feito isso com você. E depois, há gente aqui que precisa de você. Aquela bruxa pegou o coração da minha mãe, e quer roubar nosso futuro. Você pode nos ajudar e no entanto, se recusa! — jogou

— Eu estou sendo egoísta? Vocês estão pensando em usar meus poderes pra resolver seus problemas, e não em mim. Antes de descobrir que era uma feiticeira, vocês só queriam saber quem era pra poder me incriminar. Tentaram me prender, e agora que podem tirar vantagem de mim, querem passar por cima do meus sentimentos pra conseguir isso. Mas adivinha só? Eu não vou deixar. Eu não quero conhecer meus pais e ponto final! — falou se dirigindo para a porta

— Não pode fazer isso. A cidade inteira precisa de você, nós precisamos de você! — Regina falou

— Pois vocês estão ferrados! — abriu a porta e saiu

— E agora, Gold? O que nós vamos fazer? — David perguntou

— Vamos encontrar os pais dela! — respondeu

— E como vamos fazer isso? — Emma perguntou

— Precisamos achar, sem que ela saiba, o que ela usa pra abrir o livro. Quando tivermos esse objeto, tudo ficará fácil!

— E como vamos saber o que é? Você mesmo disse que só ela pode abrir o livro! — Regina se manisfestou

— Porque quando estivermos com ele, ela não vai conseguir abrir o livro. E quando isso acontecer, ela virá até nós. Com ele em nossas mãos, não vai ser dificil conseguir o sangue dela, e ai nós os encontraremos!

Não muito longe dali...


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