Quando estavam prestes a acabar com a pouca distância que havia entre seus lábios, a porta abre-se com força e Tinker entra correndo por ela. Ambos se separam no mesmo instante.

— REGINA, REGINA, REGINA, VOCÊ PRECISA VIR E... — ela se aproximou gritando, mas abaixou o tom de voz ao perceber o clima que ali havia — Ah, oi David... não sabia que estava aqui. Eu... tô atrapalhando alguma coisa? — perguntou, dividia seu olhar entre ambos.

— NÃO! — responderam juntos, ambos com nervosismo explicito na voz

— Ok... — falou quase num sussurro, mas que havia alguma coisa estranha ali, isso havia. Retornou o foco e continuou — Bom, seja lá o que for, vocês tem que vir comigo. Agora! — puxou ambos pelo braço — vamos! — ia arrastando ambos

— Espera ai, o que aconteceu? — Regina perguntou

— Zelena, outra vez. Está na frente da biblioteca. Controlando Rumple, e tentando pegar o Henry! — contou, de uma só vez

— O QUE? — Regina se desesperou ao ouvir as últimas palavras

— Vamos, não temos tempo! — Tinker os apressou

Chegando lá...

— Quem diria, querido sobrinho... você é o ingrediente que falta... — Zelena falou, enquanto ia puxando o menino pra si com seus poderes. Emma tentou intervir com os dela, mas foi inútil. Rumple, controlado por Zelena, a derrubou e ela não conseguiu mais usa-los, naquele instante. Era inútil, Emma ainda não sabia seus poderes por completo, ainda mais para usa-los contra Rumple.

— HENRY! — Regina chegou correndo até eles, vendo a cena

— Olha, querida irmãzinha. Que bom que chegou. O que acha de seu filhinho ir passar o dia com a tia dele? — Zelena ironizou

— Deixe-o em paz! — Regina tentou lançar uma bola de fogo contra ela, mas assim como Emma, foi derrubada por Rumple

Zelena o ergueu no ar.

— O que quer de mim? — perguntou ele, confuso. Porque ela o queria?

— Digamos que você é uma parte do meu plano! — sorriu, o puxando pra si

Charming tentou ataca-la por trás, mas foi em vão.

Henry, num ato de desespero gritou.

Inesperadamente, a garota misteriosa passava por ali naquele instante. Ia andando distraída, quando ouviu os gritos do garoto. Se aproximou, sem ser vista e viu o que jamais esperava ver. Então, era não era a única.

— Não adianta gritar, querido. Hoje você vai passear comigo, querendo ou não! — zombava

— Não... ela vai machuca-lo! O que eu faço? — disse á si mesma — não, eu não posso me meter nisso. Aliás, porque estou preocupada com ele? Mal o conheço! — deu as costas, e saiu andando. Porém, parou por um instante, e sua consciência falou mais alto — não seria certo... me salvaram a vida uma vez... mas, será que posso com uma bruxa? — perguntava a si mesma, até que viu Zelena o puxando pelo pescoço.

— Ei, para com isso! — num impulso, correu até eles, e interceptou-a, fazendo com que Henry caísse no chão.

Todos se voltaram para ela, espantados.

— Não se meta onde não foi chamada, garota. — Zelena disse, e tentou atingi-lá, mas ela impediu, espantando a todos, novamente — Quem é você? — perguntou, surpresa. Ninguém além de Rumple ali, podia contra ela.

— Não te interessa, verdinha! — ela não sabia de fato, onde estava se metendo. Mas não podia perder a piada — Deixe o garoto em paz! — disse, ficando de frente pra ela

— Como ela consegue? — Emma perguntou

— Eu sabia, ela é uma feiticeira! — Henry falou

— Já chega de palhaçada. Não tenho tempo pra isso. Rumple, acabe com ela! — Zelena ordenou, movimentando a adaga

— Me desculpe, menina! — Rumple disse, antes de começar a agir.

Nesse instante, o medo tomou conta dela. E com uma força desconhecida, se defendeu, impulsionando seus braços pra frente. Um grande parede apareceu em volta dela, e de suas mãos saiu uma forte luz azul que além de deter Rumple, o jogou pra longe. A surpresa de todos foi imensa... ninguém nunca tinha conseguido derrubar Rumple com magia sem que estivesse com sua adaga.

— Eu não entendo! Como você pode? — Zelena gritou, extremamente frustrada

A menina apenas parou por um instante, e olhou para suas mãos. Nem ela sabia exatamente o que havia feito.

— Cuidado! — Charming gritou, e logo em seguida pode ver um dos macacos voadores de Zelena derrubar a menina violentamente no chão. Ela apenas sentiu a dor da queda, e seus joelhos sangrarem. Tentou se levantar, mas sentiu seu corpo todo doer.

— Rumple, termine o serviço! — Zelena gritou

Ela levantou vagarosamente a cabeça, e pode vê-lo se aproximando dela. Observou que era controlado pela adaga que ela tinha nas mãos. Com a pouca força que ainda tinha, fez um gesto com uma mão que a derrubou no chão, e com a outra, conseguiu voar a adaga pra longe das mãos de Zelena. Nesse instante, Rumple parou, e Belle, rapidamente, pegou a adaga do chão. Ele estava livre.

— Maldita seja! Você vai me pagar! — Zelena esbravejou contra a garota

— Não tão rápido, minha cara. Temos contas a acertar! — Rumple a respondeu

— Boa sorte em tentar me pegar! — e antes que ele pudesse fazer algo, ela desapareceu em uma fumaça verde

— Rumple! — Belle correu até ele, o abraçando — você está livre!

— Você está bem, meu amor? — Regina perguntou á Henry

— Quem é ela? — Rumple perguntou, apontando para a garota que tentava se levantar

— Não sabemos, ela não quer dizer. Chegou a pouco tempo na cidade! — David respondeu, e em seguida se dirigiu até ela, lhe estendendo a mão para que ajudasse a se levantar

— Obrigada! — disse, pegando na mão dele, e se levantando — ai, droga! — exclamou colocando com uma mão sobre o joelho, que estava com um ferimento imenso — não consigo ficar de pé! — afirmou, com um braço apoiado no ombro dele

— Espere! — Rumple se aproximou, e como era acostumado a fazer, curou o ferimento da garota com seus poderes

— Hãn... obrigada! — respondeu, ainda confusa — O que era aquilo? Quem é ela? — perguntou

— Zelena... uma bruxa que quer voltar no tempo. E aquele era um de seus macacos voadores! — Emma explicou, também se aproximando

— Macacos voadores? Como Mundo Mágico de Oz? Isso é sério? — arregalou os olhos

— Sim, aqui cada um é um personagem dos contos de fada! — Henry tratou logo de esclarecê-la

— Ah, não. Isso não pode ser verdade. Seria muita... — Regina a cortou

— Loucura? Acostume-se. Aqui você vai achar tudo loucura! E a propósito, obrigada por salvar meu filho! — agradeceu

— Não há de que, eu acho... — revirou os olhos — agora se me dão licença, vou voltar a fazer o que estava fazendo! — disse, tentando se esquivar. Bruxas, macacos que voam, contos de fada, isso era fantasioso demais. Porém, Rumple a impediu.

— Não tão rápido, querida. Tenho algumas perguntas pra você!

— Se caso ainda não tiveram tempo de lhe contar, não sou do tipo que responde perguntas! — sorriu ironicamente

— Mas as minhas você irá responder, porque será do seu interesse...

— Ah, não. Sem essa. Já foi demais por hoje! — protestou

— Como conseguiu fazer aquilo? — foi direto ao ponto

— Fazendo, ué! — deu de ombros

— Você não tem a menor ideia do que acabou de fazer, não é verdade? — a analisou

— Olha, você adivinhou. Não tenho a menor ideia mesmo. Aliás, eu não tenho a menor ideia do que aconteceu aqui, to começando a achar que isso é só um sonho maluco! — despejou

— Talvez, seja porque aqui não me apresentei... prazer, sou Rumplestiltskin, aqui todos me chamam de Gold, mas minha fama me procede como o senhor das trevas! — Contou, a deixando mais espantada e confusa ainda

— Senhor das trevas? Tá, deixa eu ver se entendi. Você tem o poder das trevas sobre o seu comando, então? — perguntou, tentando assimilar o que estava ouvindo

— Digamos sou o feiticeiro mais poderoso que pode haver. Mas, acho que isso está pra mudar... — observou

— E porque? — perguntou, ainda sem entender

— Você conseguiu, de alguma forma, me deter... e ninguém consegue isso a não ser que esteja com a minha adaga. E no entanto, você além de criar um escudo pra si, me atacou. Como fez aquilo?

— Eu sinceramente não sei... eu apenas me senti acoada e tentei me defender. Mas, eu nunca fiz aquilo antes... — explicou

— O livro não diz nada á respeito? — Henry perguntou dessa vez

— Que livro, garoto? — ela devolveu a pergunta

— Não se faça de desentendida. O livro de magia que estava com você, eu vi ele no seu carro no dia em que chegou aqui! — revelou

— A profecia... — Rumple ligou os pontos

— O que? — Dessa vez foi Regina quem perguntou

— Me acompanhem, eu acho que tenho exatamente a resposta para o que aconteceu aqui! — falou

Na loja do Gold...

— Há uma velha profecia, que diz que uma feiticeira muito poderosa nasceria. Seus poderes seriam tão grandes que ela poderia vencer até o próprio Senhor das trevas, tornando-a a mais poderosa que poderia haver! — explicou — tão poderosa que poderia até, trazer alguém do mundo dos mortos! Com um preço muito alto a se pagar, é claro. Precisaria abrir mão de seus poderes pra sempre! — contou

— Uau! Então ela pode derrotar a Zelena? — Regina rapidamente se interessou

— Facilmente, mas com um plano é claro!

— E como sabe que eu sou essa feiticeira? — a garota perguntou

— É o que preciso ter certeza. Segundo o que foi dito, para que esses grande poderes possam nascer, precisa ser gerado por grandes forças, também.

— Que tipo de forças, por exemplo? — Snow finalmente falou

— Uma mistura: A do amor verdadeiro, a magia mais poderosa do mundo; com os poderes das trevas. Ou seja, um de seus pais tinha magia negra, e acabou, quase que impossivelmente, se apaixonando verdadeiramente por alguém. E provavelmente foi algo forte, porque quem pratica magia negra não costuma amar muito! — esclareceu

— Isso é impossível! — foi tudo que ela disse

— Porque? Aliás, quem são seus pais e onde estão? — Emma perguntou