Unbroken escrita por Angel


Capítulo 50
Mean




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Marissa os interrompeu.

— Tá, tá. Que tal a gente ir pra casa agora?! — sugeriu, e assim, o fizeram.

Zelena então, pôs-se a fechar a porta do escritório, quando sentiu alguém a abraçar por trás.

— Ei, estou orgulhoso de você! — Robin sussurrou, mordiscando a orelha dela em seguida. Ela sorriu e se virou, ficando de frente para ele.

— Obrigada... não foi nada de mais, na verdade. Ela é minha irmã, e me ajudou muito. Era o mínimo que eu poderia fazer por ela... — explicou, e em seguida o beijou.

— Ei... eu estava pensando... se você estiver livre agora, quem sabe nós poderíamos... — ambos trocaram um olhar malicioso, e após Zelena guardar a chave no lugar onde estava, saiu com ele.

Na mansão Mills...

— Se sente melhor? — David questionou, observando a esposa se acomodar na cama. Ela assentiu com a cabeça.

— Fica comigo? Por favor... — pediu, com a voz manhosa. Ele sorriu, e se acomodou na cama, ao lado dela. A morena então, deitou a cabeça no peito do marido e se aconchegou nos braços dele, enquanto o mesmo acariciava os cabelos negros dela.

— Eu nunca tive ninguém pra me proteger... — ela comentou, baixinho.

— Agora tem — ele beijou a testa dela — sempre vou estar ao seu lado, e te proteger do que quer que seja. Te amo, minha anã!

Ela soltou uma risada baixinha.

— Me sinto protegida nos seus braços... por favor, nunca me deixe! — respondeu — também te amo, meu poste! — ambos riram, e trocaram um beijo.

Na casa de Mary...

— Emma por favor, eu já disse: sinto muito. Eu só queria ajudar a Regina! — falou mais uma vez, vendo a filha jogar com toda sua força a jaqueta em cima da mesa e obtendo o silêncio como resposta — por favor, isso está me matando. Eu não tinha a intenção de te prejudicar, me perdoa! — pediu mais uma vez

— ISSO NÃO MUDA NADA! — Emma finalmente esbravejou, assustando a mãe — EU PEDI PRA NÃO CONTAR! — completou — se não fosse a Marissa, nem eu e você estaríamos aqui. Regina sempre teve razão, você não sabe medir as consequências dos seus atos! — desabafou

— Eu errei... tentando acertar... — tentou se justificar

— EU CONFIEI EM VOCÊ! — gritou, já fora de si. Respirou fundo e pegando novamente sua jaqueta, se dirigiu á porta.

— Onde está indo? — Snow indagou

— Não interessa — respondeu, ríspida — cada vez mais acho que eu nunca deveria ter saído de Nova York! — falou, batendo a porta em seguida atrás de si.

Na loja de Gold...

— Marissa... — Gold observou-a adentrar sua loja, ainda com lágrimas nos olhos — e ai? Onde ela está? Já quer falar comigo? — questionou, esperançoso. Belle se mantinha ao seu lado, segurando sua mão em um gesto de apoio.

— Ela está em casa, descansando. Minha tia conseguiu acalma-la mais e desenterra-lá daquele escritório. Papai está com ela agora, e não, ela ainda não quer falar com você — disse, vendo-o derramar mais lágrimas — mas fica calmo, tá legal? As coisas vão ir pro seu devido lugar e tudo vai ficar bem, você só precisa ter paciência. Ela tá com a cabeça á mil, foi muito pra digerir de uma vez. Eu tenho certeza que vocês vão se resolver e ela vai te aceitar, te chamar de pai e tudo mais. Mas isso vai levar tempo. Acredita em mim, eu sei bem como é isso! Não força nada, isso só vai ter efeito contrário. Vai por mim! — aconselhou

Ele assentiu, mais calmo.

— Você está certa... vou tentar esperar... — falou, respirando fundo.

— Me desculpa ter contado tudo desse jeito, mas até eu mesma fiquei sem reação quando ouvi você falar daquele jeito. Ela é minha mãe, não podia esconder isso! — justificou

— Não tem que se desculpar, você não tem culpa de nada. Não foi você quem contou! — ele disparou, vendo a neta se assustar em seguida — mentiu para proteger Mary Margaret, ela foi quem contou para Regina e ficou sabendo pela Emma! — explicou

— Como sabe? — perguntou, ainda surpresa.

— Porque as únicas pessoas que sabiam isso eram Belle e Emma. Eu tenho plena certeza que Belle não disse nada. Quando Emma adentrou a minha loja no meio da minha discussão com Regina, estava branca como lençol. Snow adentrou logo em seguida, defendendo a filha e pronta pra me contar algo. E eu tenho certeza que era isso... Emma contou para a mãe, que como sempre, não se aguentou e contou para Regina. É óbvio, minha querida. E mesmo se eu não soubesse, ia ficar sabendo já que a cidade inteira só fala disso! — explicou, calmamente

— Você não vai fazer nada contra ela, não é? — Marissa questionou, insegura.

Ele negou com a cabeça.

— Estou trabalhando nisso de não se vingar, e assumir minhas responsabilidades. E depois, se você correu o risco de assumir a culpa e defender alguém que era sua inimiga até um tempo atrás, deve ter os seus motivos! — afirmou — não se esqueça que manhã depois da aula, você tem que vir e começar a cumprir nosso acordo! — lembrou

Ela assentiu, e foi embora. Se dirigiu até o Granny's, e assim que adentrou o local, viu a irmã sentada no balcão com um copo de whisky na mão.

— Ei, como você está? — sentou-se ao lado dela — imagino que deve estar furiosa com a Snow! — observou

— E não deveria estar? Ela sabia das consequências se abrisse aquela maldita boca, e por muito pouco, Gold não acabou com a minha vida. Aliás, eu nem pude dizer: obrigada. Você salvou minha vida, estou te devendo essa! — agradeceu

— Não foi nada... — Marissa falou — e Emma, também não precisa falar desse jeito. Ela é sua mãe, tudo o que ela menos quer é arriscar sua vida! — falou

— Será que é mesmo? Será que ela não queria arriscar minha vida quando me colocou dentro daquele armário e me mandou para esse mundo com menos de uma hora e vida e completamente sozinha? Sim, porque o August não teve nem responsabilidade com ele mesmo, menos ainda comigo. Será que ela se importou com a minha segurança quando não me deixou pegar meu filho e ir embora dessa cidade cheia de monstros, bruxas e sei lá mais o que? Ela se importou comigo quando mesmo eu estando na segurança do mundo real no qual eu sabia me virar, ela quis me trazer de volta e praticamente me pôs diante de Zelena pra lutar com ela sendo que eu mal sabia usar meus poderes? — desabafou — não, ela nunca se importou comigo. Tudo o que sempre quis foi ser a heroína e salvar a sí mesma, e um reino que na verdade nunca foi dela, porque ela nunca governou. Ela fala da sua mãe, mas nunca agiu como uma princesa pro seu povo, e muito menos teve peito pra ser rainha. Tudo que ela sabe é fazer besteiras e se esconder atrás dos amigos e do principe dela pra protegê-lá. Aliás, esse deve ser mais uma razão pela qual o papai preferiu ficar com a sua mãe do que ela. Ele estava cansado de estar casado com uma princesinha mimada que só se faz de vítima e foi atrás de uma mulher de verdade, que por mais do que tenha do que se queixar, nunca banca a indefesa ou a vítima. Ninguém aguenta a Mary, essa é a verdade! — reclamou

— Emma, você devia parar de reclamar e agradecer um pouquinho mais. Nós duas passamos por coisas semelhantes e sabemos muito bem o quanto é importante finalmente ter seus pais. Ninguém é perfeito, e os pais não são diferentes. Mary pode ter errado, mas ela é sua mãe e te ama. E eu tenho certeza que só fez tudo o que fez pra que pudesse ter sua melhor chance. Se você tivesse ficado teria sido pega pela maldição e teria ficado presa, além de nunca ter tido o Henry. Coisas ruins acontecem por uma boa razão! — rebateu

— Pelo menos eu teria ficado com ela, e não teria passado por nada do que passei. Aliás, obrigada por me lembrar. Uma boa parte da culpa de tudo isso ter acontecido é da sua mãe. Se ela não tivesse lançado essa droga de maldição eu teria ficado com meus pais, e nada disso teria acontecido. Ela não só me tirou tudo o que era pra ser meu, como ainda faz questão de ter meu filho e separar meus pais. Como se já não bastasse ter crescido longe da vida que eu poderia ter tido, eu ainda tenho meus pais separados, e sou obrigada a dividir meu filho com a minha própria madrasta. E pelo que me lembro, isso também aconteceu por sua causa. Se você não tivesse aparecido, e não tivesse a maldita ideia de bancar o cupido as coisas estariam menos pior. Então, porque ainda está aqui bancando a boa samaritana? Vai lá pra sua vida perfeita, e me deixa em paz! — respondeu, completamente transtornada.

— Você está fora de si... — Marissa observou, completamente assustada — minha mãe sofreu por muitas coisas que a sua aprontou. Ela nunca quis arruinar a sua vida, e muito menos roubar seu filho. O único objetivo da maldição era destruir a vida de Snow e você sabe disso, todo o resto seria um dano colateral. E me responde: como ela quer roubar o Henry de você sendo que foi uma adoção sigilosa e ela não fazia a mínima ideia de quem era a mãe dele e que por um sinal deixou escrito bem grande na ficha dele que não queria nenhum tipo de contato com o menino? Me desculpe, mas a única culpada do Henry ter duas mães é você, que decidiu deixa-lo. Eu sei que foi pro bem dele, porque você não tinha a mínima condição de cria-lo bem, o que a minha mãe fez e você deveria agradecê-la. Ele não te ama menos por amar Regina, e você sabe disso. Quanto ao papai... Emma por favor, não seja infantil. Se ele realmente amasse Mary, ele poderia ter mil filhas com a Regina que ele continuaria com ela. Eu jamais teria "bancado o cupido" se soubesse que não existia amor ali. Eu saberia bem lidar com o fato de ter pais separados, e se você parar de bancar a egoísta e começar a agir como uma mulher da sua idade você também vai saber lidar com isso. — rebateu — e perfeita? Você acha que minha vida é perfeita? Eu também cresci longe dos meus pais, e tive a vida igual ao pior que a sua. E não foi porque queriam que eu tivesse a minha melhor chance, mas sim porque o meu próprio avô quis me matar. E estou enchendo a cara e reclamando por isso? NÃO! Segui em frente, e você deveria fazer o mesmo. Para de reclamar e começa a agradecer por tudo o que você tem na vida! — falou

— Eu nunca deveria ter saído de Nova York mesmo... — foi a única coisa que Emma deixou escapar dos seus lábios — eu não vou discutir com você! — disse, tirando o dinheiro do bolso e pondo sob a mesa — Henry vai estar pronto as sete em ponto na frente de casa, pode ir busca-lo! — disse, se levantando e indo embora, sob um olhar de reprovação da irmã.


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