Unbroken escrita por Angel
No dia seguinte, Marissa foi buscar Henry na porta do apartamento de Mary e Emma, e ele estava lá, assim como ela havia dito.
— Vem cá, o que está acontecendo com a sua mãe? Ela parecia completamente... como eu posso dizer? Maluca! — Marissa comentou, no caminho até o ponto de ônibus.
— Eu também não sei... desde voltamos de Nova York ela está assim. Depois do que a vovó fez, parece que as coisas pioraram... — o garoto disse — mas enfim, animada pro seu primeiro dia? — questionou, vendo Marissa fazer uma careta — a escola não é tão ruim! — falou
— Eu odeio escola, odeio aulas, odeio professores, odeio lideres de torcida, garotos do time de basquete, odeio lições, odeio provas... a pergunta é: o que tem de tão interessante em um colégio? Só esta falando assim porque a sua professora é a Mary, e os seus colegas ainda não chegaram na fase fútil. Gosta da escola porque ainda não chegou no colegial. Quando estiver no primeiro ano vai desejar colocar fogo no colégio! — rebateu, vendo Henry rir.
— Come on, come on. Don't leave me like this... — Marissa cantarolava, colocando seus fones de ouvido
— Vai ter que se acostumar a cantar mais baixo, ou os professores vão tomar seu celular! — Henry comentou, rindo
— Até parece — Marissa revirou os olhos — como se já não bastasse não poder usar magia enquanto estiver na escola, vou esconder meu celular? Nem sonhando! — respondeu
— Que música você tá ouvindo? — indagou
— Haunted, da Taylor Swift! — respondeu, sorrindo. Avistando o ponto de ônibus da escola do irmão logo a sua frente — vai lá, garoto. Até mais tarde! — falou, dando um toque de mão com ele.
— Boa sorte! — ele respondeu, adentrando o ônibus. Marissa pensou "vou precisar". O ponto de ônibus da High School não ficava muito longe, andou mais uns segundos e adentrou.
— Bom dia, você deve ser Marissa, a filha de Regina e David, estou certa? — uma senhora que era a motorista a cumprimentou. Marissa assentiu — seja bem-vinda. Entra ai, você é a última. Fique á vontade! — concluiu, e Marissa observou por todo o ônibus. Todos olhavam para ela, curiosos. Ela ignorou, e sentou-se em um lugar próximo ao fundo, que se encontrava vazio. Colocou seu fone de volta e voltou á ouvir suas músicas. Não demorou muito para que chegassem. A escola não era grande, era pequena até. Não foi difícil achar sua sala, a maioria dos alunos já estavam lá, e assim como no ônibus, voltaram sua atenção para ela. Mas somente uma garota loira, num salto tão brilhoso e uma saia com top completamente chamativos que mesclavam rosa e branco que Marissa não soube decifrar se ela estava realmente na escola ao queria fazer cover da Barbie em alguma premiere de filme infantil.
— Oi, Kate Winer! — foi logo se apresentando, com duas garotas atrás de si — você deve ser Marissa, filha da rainha e do príncipe — foi a primeira pessoa que se referiu aos pais dela pela sua condição de realeza — meus pais são os duques do Rei George! — esclareceu
— Legal, você deve conhecer meus pais! — respondeu, sem muito interesse
— Mas é claro, bom.. na verdade, tecnicamente. Eu ia á muitos bailes e conheci muitos da realeza. Quando soube que você seria minha colega, achei legal e pensei que pudéssemos ser amigas, já que temos quase o mesmo nível e não podemos nos misturar com a plebe! — olhou a classe com nojo
— Como é que é? — Marissa cruzou os braços, ainda incrédula
— Só que você vai ter de mudar um pouquinho seu guarda-roupa. Sabe, sapatos de salto fino e qualquer coisa que use nesse mundo, essa sua calça jeans preta e essa blusa vermelha toda estampada, esse colete preto com esse cinto prata não estão com nada! — comentou, olhando Marissa.
— Até parece — bufou — só porque você quer! Agora sai da minha frente, projeto de Barbie falsificada! — falou, empurrando a garota e sentando-se em um lugar ao lado da parede, em frente á outra garota que ela não fez a miníma questão de prestar atenção. Kate já havia irritado o suficiente.
— Ei, não liga pra ela! — a menina disse, atrás dela — Kate é assim mesmo, se acha dona do mundo! — falou, fazendo Marissa voltar-se para ela — eu sou Tess, Tess Tyler. Seja bem-vinda! — falou, amigavelmente. A garota tinha o cabelo loiro, a altura dos ombros. O olho era verde, magra e se vestia de um modo meio paty. Mas ao contrário das outras, parecia ser bem amigável.
— Eu sou Marissa Mills Nolan, mas me chama de Marissa. É, eu também quero saber qual o problema com essa garota, fala sério. Ela é muito sem noção! — respondeu
— Eu sei, todo mundo sabe quem você é — sorriu — o problema da Kate, é que ela quer ser o centro do mundo, uma princesa e todas essas coisas. Ela se acha melhor do que todo mundo só por ser filha do duque e da duquesa. Ela é líder de torcida, popular e todas aquelas coisas clichês de colegial. E acredite, ela só quis se aproximar de você porque é a princesa, filha do rei e da rainha. Interesse, principalmente em te ofuscar! — esclareceu — acredite, eu já fui amiga dela. E não durou nem uma semana, eu amava quando conversamos sobre moda e tudo mais, mas odiava aquela mania dela de superioridade. Não demorou muito pra começar a me humilhar. Enfim... — contou
— A pergunta é... quem não se irritaria perto dela? — ambas riram
— Se não for pedir muito, mande lembranças ao seu pai. Diga a ele que meu pai ficou muito contente quando soube que ele finalmente venceu o Rei George! — falou
— Claro, mas como conhece ele? — questionou
— Meu pai era um velho conselheiro do Rei George. Eles brigaram quando meu pai discordou do que ele fez com o David, desde então nunca mais falou com ele! — explicou
Marissa assentiu, surpresa. Não demorou muito para a professora entrar na sala, e iniciar a aula. Tudo correu bem até a aula de Educação Física. Marissa odiava Educação Física. A professora escolheu os times e para azar, ela ficou no mesmo que a nova rival. Era vôlei, para piorar. E logo de início, de propósito, Kate acertou a bola na cabeça da garota, que se segurou para não voar nela. O jogo continuou, e a professora nada fez. Passado algum tempo, chegou a vez de Marissa sacar e fazendo a mira perfeita, devolveu a bolada que Kate havia lhe dado, com tamanha força que nem ela mesmo conhecia.
— Você fez de propósito! — ela veio até Marissa, completamente furiosa.
— Ah, é? Já ouviu o ditado que tudo o que vai, volta? Pois é, a bolada que me deu voltou pra você! — respondeu
— Você não vai falar comigo desse jeito, você não é nada perto de mim! — rebateu
— Garota, vê se acorda. Será que tem algum neurônio na sua cabeça? Ou a água oxigenada matou todos eles? Você é que não faz ideia de com quem está mexendo! — devolveu
— E o que você vai fazer? Arrancar meu coração? Armar uma bola de fogo e jogar em mim? — respondeu
— Não preciso gastar meus poderes com você, faço questão de te dar uma lição com minhas próprias mãos! — falou, dando um soco nela em seguida, a fazendo cair no chão.
Enquanto isso, na loja de Gold...
— Regina! — os olhos dele brilharam ao ver a filha adentrar a sua loja
— Precisamos conversar! — foi tudo que escapou de seus lábios
— Filha, por favor... perdoa o seu pai. Eu sei que não fui um bom pai, mas eu queria tentar ser, de hoje em diante... desculpe por atrasar tanto tempo. — pediu, sincero
— Está tudo bem, você não sabia! — respondeu, forçando um sorriso sem mostrar os dentes — é aquela coisa... nós temos muita história, e uma história bem complicada. Mas uma coisa que Zelena me disse e eu refleti, você foi o único quem eu tive por muito tempo. Foi meu professor, meu confidente, meu cúmplice... o homem que me ensinou tudo... bem ou mal. Você errou muito comigo, mas eu também rebati algumas vezes. Então, o que eu quero dizer é: eu quero tentar. Eu quero mesmo que tudo fique bem entre nós e eu quero te ver como pai. Mas isso vai levar tempo... as coisas não são tão simples, e você sabe. Não vou te chamar de papai tão rápido, e nem vou esquecer tudo agora. Mas eu vou tentar e vai acontecer alguma hora, isso eu posso prometer! — falou, vendo sorrir como nunca havia visto. Era um sorriso sem irônia, puro e sincero. Ela sentiu que ele estava mesmo feliz.
— Por mim está mais do que tudo bem — respondeu, deixando uma lágrima escorrer de seus olhos — eu posso... te abraçar? — perguntou dando a volta no balcão e ficando diante dela. A mesma assentiu, sem dizer nada. Ele assim, se aproximou e a abraçou. De uma maneira que nem seu pai de criação havia abraçado. Era um abraço fraterno, ela sentiu um carinho totalmente desinteressado da parte dele pela primeira vez na vida. Ela retribuiu o gesto, e encostou na cabeça no ombro dele, que acariciava a cabeça dela suavemente.
— Minha garotinha... eu tenho muito orgulho em saber que é minha filha. Você venceu, não do jeito que sua mãe queria ou que eu quis um dia. Mas de um jeito limpo, do que jeito que você queria. É uma boa líder, uma ótima mãe e realizou o seu sonho de se casar com o seu amor. Além de se tornar aquela que sempre quis, uma pessoa melhor. Uma mulher forte e livre. Eu te amo! — disse, depositando um beijo na testa dela.
Foram interrompidos pelo celular de Regina, que tocava sem parar.
— Alô? Sim, é ela mesma. Quem gostaria? — ouviu o que a mulher do outro lado da linha falava atentamente — tudo bem, estou indo pra ai! — desligou o aparelho — como eu previa... — disse
— O que aconteceu? — Gold perguntou
— Era da escola da Marissa, ela se envolveu em uma briga e bateu em uma aluna. Eu esperava até mais! — riram — me convocaram, vou ter de ir até lá! — falou
— Por falar nela, tudo certo para a festa? — perguntou
— Sim, ela já está sabendo do seu casamento e tudo mais. Só não imagina da festa dela. Está tudo como combinamos! — assentiu
— Mais uma pergunta: sabe se Zelena está usando os poderes?
— Não sei, porque?
— Nada, só estou intrigado com uma coisa. Deixe pra lá!
— Bom, vou indo. Até depois! — despediu-se
Mais tarde...
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